Dangerous Woman - 2ª Temporada escrita por Letícia Matias


Capítulo 3
3


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!! Bem vindos a mais uma #DangerousFriday!
Graças a Deus hoje entrei de férias *-*
Espero que gostem desse capítulo ;)



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A chuva está forte do lado de fora do carro, estou dirigindo mas não consigo ver nada á minha frente. A água cai sobre o carro com intensidade e demasiado ruído. Mas continuo dirigindo até que um som estrondoso se projeta no momento que sou a
lançada para frente com uma força inumana.
Acordo sobressaltada e me sento na maca no mesmo instante. Olho ao redor e relaxo visivelmente ao ver Kyle na poltrona ao lado da minha cama.
–Você está bem?
Sorrio para não preocupá-lo.
–Sim, foi só um... pesadelo.
Kyle concorda.
–Seu pai já foi embora com a sua mãe. Ele me pediu para falar que te ama.
Sorrio de lado.
–Como está se sentindo?
–Com fome. - digo. -E você?
–Comi quase agora. Sean teve que ir embora já que o horário de visitas acabou. Ele dormiu ontem aqui então, hoje é minha vez.
Concordo com a cabeça.
–Onde Sean está ficando?
–No seu apartamento. Ofereci para ele ficar no meu, mas acho que ele não gosta de ambientes desorganizados.
Sorrio.
–Não mesmo.
–Ah e o médico veio te ver enquanto você dormia, ele falou que amanhã depois do almoço, você vai poder ir pra casa.
–Que bom. - digo.
–Você podia ficar lá em casa, o que acha?
Dou de ombros.
–Pode ser, podemos resolver isso amanhã. - mudo de assunto. - Você pode pegar algo pra mim comer?
Kyle se levanta da poltrona e encosta os lábios nos meus.
–O que você quer comer?
–Alguma coisa leve. Uma sopa talvez.
–Talvez um cachorro quente? - ele diz e eu sorrio.
–Acho que vou preferir a sopa. - franzo o nariz e ele dá uma risadinha antes de beijar ele.
–Tudo bem, vou arrumar uma sopa pra você.
–Obrigada.
Observo Kyle sair do quarto e olho em volta. Ainda estou recebendo soro na veia com algum remédio, talvez analgésicos e meus batimentos continuam a serem bipados. Quero sair logo daquele hospital e voltar para casa. Quero esquecer aquele ocorrido, mas acho que não consegurei.
Me pergunto se tem alguém com Matt ou se Kyle foi ver ele. Só de pensar nele, sinto a raiva retornando, tanto pelas coisas imcoerentes que ele dissera, quanto pelo tapa. Ele havia me batido! Eu não sabia o porquê de não ter contado para Kyle o que ele havia feito. Talvez pelo fato de que Kyle arrebentaria com a cara dele. O fato era que eu teria que saber do que Matt estava falando. O que todos sabiam e eu não?
Sinto-me entediada e fico olhando para o catéter em minha mão recebendo um líquido transparente. Eu sempre odiara hospitais. Tudo em hospitais cheira a tragédia, morte. É um lugar mórbido e opressivo.
***
Kyle volta minutos depois com uma bandeja com uma tigela branca de sopa de frango, um copo de suco de laranja bem doce e uma gelatina de morango.
Após tomar a sopa, que acredite ou não,mesmo sendo de hospital, estava muito boa, abro a gelatina para comer.
–Quer? - ofereço para Kyle.
–Não, obrigado. Já comi muitas desde domingo.
Sorrio amareladamente.
–Sinto muito que tenha ficado aqui desde domingo. Sua cara está péssima.
–Não me importo com a minha cara. É claro que eu tinha que ficar com você.
–E o seu pai?
–Ele está bem.
Levo a colher branca de plástico até a boca.
–E... Matt?
–Matt está no andar de baixo. Ash estava com ele mas teve que ir embora hoje. Fui dar uma olhada nele mais cedo.
–Ah.
–O que ele disse? - perguntei.
–Que sentia muito.
–Sei. - digo.
–Tem certeza que não aconteceu mais nada?
Mordo minha língua. Não sei se é uma boa hora para contar que Matt me bateu e logo depois, no momento do acidente, ele estava me pedindo desculpa.
Balanço a cabeça.
–Não vamos conversar sobre isso hoje. Estou cansada, por mais que tenha dormido dois dias seguidos.
Kyle sorri de lado.
–É, sei como é. Por que não volta a dormir então? Se passam das dez e meia.
Concordo com a cabeça e Kyle tira a bandeja de cima de mim.
–Deita aqui na cama comigo.
–Não é permitido.
–E desde quando você se importa com isso?
O garoto de cabelos vermelhos sorri e se deita ao meu lado.
–Essa camisola cinza é tão horrorosa. - digo olhando para meu corpo.
Kyle ri.
–Olha, infelizmente eu não posso discordar. Eu até traria pra você um roupão preto meio transparente, mas acho que não é uma boa ideia aqui no hospital.
Dou risada e me viro de lado para olhá-lo. Amo tanto os olhos dele, eles são tão verdes e incríveis.
Levo minha esquerda até seu rosto e o acaricio. Sua barba está crescendo e é áspera contra minha mão.
–No que está pensando? - sussurro.
Kyle está sério e olhando para mim.
–Que eu te amo, pra caramba.
Nos fitamos sem falar nada. Eu não duvidava de suas palavras, eu podia sentir a verdade por trás delas.
Kyle encostou a testa na minha e colocou a mão nas minhas costas, trazendo-me para mais perto dele.
–Não vejo a hora de você sair desse hospital.
Sorrio.
–Também quero ir embora daqui.
Meu coração está acelerado pelas palavras dele. Tenho vontade de agarrá-lo ali mesmo, mas ao mesmo tempo estou desanimada.
Estou desanimada e profundamente chateada com tudo o que aconteceu. Estava ansiosa para saber como seria meu encontro com Matt, como eu reagiria e como ele agiria. Não pude não pensar no que minha mãe dissera. Claro que fora um acidente, mas se eu não conhecesse Matt, eu não estaria aqui. Entretanto, se eu não conhecesse Matt, não conheceria Kyle e Chloé. Por isso afasto tal pensameto.
–Chloé esteve aqui?
–Sim, veio no domingo e ontem também. Muita gente apareceu aqui. Lucas,Chloé, Sam e o... namorado dele. - Kyle franze o cenho. - Aquela menina que trabalha com você...
–Debbie.
–Isso. Todos se preocupam com você. Você é muito especial pra nós.
Nem para todos. -penso.
–Os meninos também apareceram. O Ash e o Clarck.
–Ah.
Ficamos em silêncio por um instante.
–Tenta dormir um pouco. - digo. - Você parece tão cansado.
–Estou mesmo.
Continuo acariciando seu rosto com suavidade enquanto observo-o fechar os olhos e em silêncio. Kyle dormiu tão rápido que se eu não soubesse que ele estava tão cansado, teria ficado assustada.
Eu estava cansada, mas não estava com sono. Espero mais alguns minutos antes de levantar da cama e arrastar o suporte com a bolsa de soro comigo. Aquela camisola é tão horrorosa. Primeiro vou ao banheiro o mais silenciosamente possível. Fecho a porta e acendo a luz fluorescente. Me olho no espelho grande de corpo inteiro e me assusto ao ver meu rosto machucado. Eu tenho arranhões pela bochecha e pontos na lateral da testa. Espero que não fique cicatrizes. Os cortes já estão com cascas, cicatrizando, mas mesmo assim me choco. Meu lábio inferior no canto esquerdo está arroxeado e com um pequeno corte levemente inchado.
Suspiro e vou até o vaso sanitário. Minha bexiga parece que vai explodir.
Após dar descarga, vou até a pia branca de granito e lavo as mãos. Abro a porta do banheiro cuidadosamente carregando o suporte onde o soro está pendurado e paro abruptamente quando vejo Matt na porta, indo embora. Ele olha para mim, me medindo de cima a baixo. Ele está com uma camiseta branca feia e uma calça larga da mesma cor. Pelo menos não é uma camisola horrorosa que o hospital faz os homens vestir.
–O que está fazendo aqui? - pergunto sussurrando, mas com a voz firme.
Me aproximo dele. Matt também está carregando uma bolsa de soro na mão,mas sem o suporte.
Ele olha para Kyle na cama e eu sigo seu olhar.
–Podemos conversar? - ele sussurra olhando para mim.
Analiso seu rosto machucado por um instante. Sua boca também está cortada e seu piercing de argola preta foi tirado, talvez pelos médicos e há pontos perto de seu olho esquedo.
–Tá. - digo.


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Notas finais do capítulo

E ai?? Gostaram?? Estão ansiosos para o outro?
Vejo vocês no próximo ♡♡
Beijo,
Lê.



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