Dangerous Woman - 2ª Temporada escrita por Letícia Matias


Capítulo 18
18


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Tudo bem com vocês? Bom, já quero me desculpar por não ter postado na sexta. Surgiram algumas complicações... mas hoje terá dois capítulos(o de sexta e o de hoje) espero que gostem e me perdoem por não ter postado nobdia certinho... espero que gostem ;)



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Aquele setembro foi um mês turbulento. Eu tive muito sucesso em evitar qualquer tipo de fatalidades, como outro acidente de carro. Voltar para a academia de ballet foi ótimo para mim. Eu estava mais dedicada do que nunca em meus ensaios para a apresentação do Cisne Negro que seria na semana depois do feriado de Ação de Graças. Outubro também passara voando. Kyle e eu nos víamos todos os dias. Geralmente ele ia para o meu apartamento nos dias de semana e nos sábados e domingos, eu e ele ficávamos em seu apartamento comendo, assistindo algum programa de TV e outras coisas que envolviam mais contato físico. Foi como se depois do acidente, nós tivéssemos criado uma bolha ao nosso redor e não saíamos dela por nada. Ele parou de frequentar a fraternidade. Nós ficávamos juntos o tempo inteiro. Não sei se é algo saudável, mas não queria que mudasse. Isso fez com que minhas chances de cruzar com Matt diminuíssem bem mais e eu até achava bom para evitar problemas entre Kyle e eu.

Kyle e eu estávamos sentados em sua cama. Eu com as pernas cruzadas como um índio, com um álbum de fotografias na mão. Fotografias de Kyle com sua família. Kyle estava encostado no travesseiro me observando. Meus cabelos estavam presos num coque e eu usava uma camiseta sua do Nirvana. Ele estava sem camisa, seus olhos verdes e cansados. A iluminação fraca do seu abajur de lâmpada incandescente era confortável. 

– Essa daqui é a Chloé? - pergunto apontando para uma foto de uma menininha loira com a boca suja de chocolate ao lado de um garoto de cabelos castanhos e olhos verdes sorrindo.

– É. - Kyle sorri. - Esse dia foi ótimo. Ela teve dor de barriga e eu ri da cara dela.

Dou risada e estreito os olhos.

– Seu fofoqueiro. Parece que o jogo virou, não é mesmo?

Kyle ri e tira o álbum de fotos da minha mão e o coloca pro lado, me puxa para perto dele. Eu me sento no seu colo de frente para ele e encosto os lábios nos seus suavemente.

– Chega de fotos. Quero falar sobre algo sério.

– Muito sério? - pergunto.

– Sim.

– Tudo bem. - digo e pego um saco de papelão em cima do criado mudo. O coloco na cabeça e continuo. - Sou todo ouvidos.

Kyle ri baixinho e eu também franzindo o nariz.

– Estava pensando... Você gostaria de ir em um show comigo?

– Show? - meu coração se acelera. - De quem?

– Ah... É de uma banda aí. É aquela lá... Como se chama mesmo? The Neighbourhood.

Tiro o saco de papelão da cabeça imediatamente e olho para Kyle. Ele está sorrindo segurando dois ingressos na mão.

– Está brincando comigo? - pergunto e pego os ingressos da sua mão. 

Dou uma lida nas palavras em negrito escrito THE NEIGHBOURHOOD.

– Não acredito, Kyle! - passo os braços ao redor do seu pescoço. - Obrigada! Ah meu Deus que legal!

Kyle ri da minha animação e sorri balançando a cabeça.

– O quê? - dou risada. - Você nunca me viu agir como uma fã louca, não é?

– Não, mas é bem engraçado. Só por favor, não vai tentar invadir o palco.

Arqueio as sobrancelhas.

– Claro que vou. O Jesse é um tesão! Preciso de uma foto com ele.

Kyle revira os olhos e dou risada.

– Estou brincando. Mas é sério, Kyle. Obrigada! - encosto meus lábios nos seus e suspiro. - Eu te amo, muito.

– Você me ama porque vou te levar num show da sua banda favorita?

– Não!

– Sei. - ele faz cócegas em mim me derrubando na cama ao seu lado. 

Seu rosto está próximo do meu e eu estou sorrindo como uma boba.
–Você não quer ir mesmo passar o dia de Ação de Graças comigo? - ele pergunta.
Sorrio amareladamente.
–Eu queria, mas você sabe como meus pais são. - reviro os olhos. - Mas manda lembranças pro seu pai por mim, tudo bem?
–Claro. - Kyle sorri de lado. - Vou sentir sua falta.
Meu sorriso se alarga e eu seguro o rosto de Kyle com as duas mãos.
–Eu te amo.
–Eu te amo.
Olho para o relógio em cima do criado mudo.
–Você vai ter que me levar pra casa. - suspiro. - Vou pro aeroporto ás 8 da manhã.
As mãos de Kyle se infiltram por baixo da minha blusa e eu sorrio.
–Neste caso, acho que tenho que matar a saudade novamente. Sabe, vamos ficar vários dias sem se ver.
Entrelaço minhas pernas ao redor da sua cintura e lhe beijo trazendo-o para mais perto.
***
Deixar o Brooklyn e ir para Manhattan era sempre uma viagem. Eu não sabia como Kyle suportava fazer aquilo todos os dias  As janelas do carro estavam fechadas e embaçadas por causa do aquecedor ligado. Estava muito frio e em breve entraríamos no inverno.
–Seu pai está bem em Ohio? Você acha que ele está se readaptando?
O rosto de Kyle fica amarelo conforme vamos passando por postes de luz.
–Acredito que sim. Conversei com o sr.Boone e ele disse que ele está feliz.
–Isso é ótimo, Kyle. E agora você vai poder ver isso de perto. Você vai ver, foi uma boa decisão.
–Graças a você.
Balanço a cabeça negativamente.
–Não sei se mereço esse reconhecimento. Não fiz nada demais.
–Fez sim, Alice. Você sempre faz.
Sorrio de lado e olho pela janela. Posso sentir minhas bochechas esquentando.
***
O vento frio parece que irá cortar minha pele a qualquer momento. Meus cabelos esvoaçam para todos os lados enquanto estou agarrada a Kyle em frente ao capô de seu carro que está parado em fente ao prédio onde moro.
–Vou sentir sua falta. - digo e encosto meus lábios nos do meu namorado.
Ele sorri e acaricia meu rosto com as costas da mão.
–É, eu também vou. Sinto muito por não poder te levar no aeroporto amanhã.
–Está tudo bem. Só me diga que vai tomar cuidado na estrada. Quantas horas de viagem mesmo?
– Oito horas.
–Você vai tomar cuidado, não vai? - pergunto olhando para seu rosto. - Vai dirigir com cuidado e usar o cinto de segurança.
Kyle sorri e eu bato em seu ombro:
–Me promete.
–Eu prometo! - ele dá risada e diz sorrindo. - Eu prometo, boneca.
Encosto os lábios nos seus novamente e o beijo lentamente.
–Eu te amo. Quando chegar lá, me liga.
–Pode deixar. Mande lembranças a Sean.
–Com certeza.
–E para os seus pais também, até mesmo para sua mãe que não gosta muito ds mim.
Reviro os olhos.
–Kyle, minha mãe não gosta de ninguém.
O garoto de cabelos vermelhos sorri de lado.
–Tchau boneca.
Me afasto dele e ele contorna o capô do carro olhando para mim. Não posso deixar de sorrir ao vê-lo com sua jaqueta estilosa de couro e seus cabelos vermelhos dando um contraste bonito com sua pele branca.
–Devo chegar lá pelas sete da manhã, se eu não parar em lugar nenhum pra comer. - ele diz entrando dentro do carro.
Vou até a janela do passageiro e digo:
–Tudo bem, toma cuidado.
–Você também.
Sorrio.
–Tchau boneca.
Kyle liga o carro e eu subo na calçada. Observo o carro preto se afastar de mim sumindo pela larga avenida de prédios residenciais. Abraço a mim mesma enquanto o vento bate com violência contra meu corpo. Olho em volta, sentirei saudades de Nova York. Os prédios que me encurralam por todos os lados são reconfortantes e sempre cheios de vida, brilhantes e iluminados.
Entro dentro do prédio. Ainda tenho que arrumar minha mala. Embarcarei para Los Angeles ás 8 da manhã.


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Notas finais do capítulo

Awn fofinhos ♡ Gostaram desse capítulo? Eu espero que sim.
No próximo capítulo escreverei mais coisas nas notas finais do capítulo... mas espero que tenham gostado! Obrigada pelo apoio ;)
amo vocês
lê ♡