Dangerous Woman - 2ª Temporada escrita por Letícia Matias


Capítulo 1
1


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!!!! SEJAM BEM VINDOS A 2ª TEMPORADA DE DANGEROUS WOMAN!!!! YAAAAAAAAAY!
EU T



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Quando me mudei para Nova York, eu podia jurar que minha vida continuaria a mesma, que eu continuaria a mesma. Tinha essa certeza comigo como dois mais dois são quatro. Por mais que meu querido irmão, Sean, dissesse que eu mudaria e começaria a sentir o gosto da tão esperada liberdade, eu não acreditava muito.
Não consigo acreditar o quanto minha vida mudou em três meses. Ás vezes sinto que estou vivendo a vida de outra pessoa, que sou uma hospedeira no corpo de uma Alice que não conheço. Não que eu não goste da minha "nova eu",mas tudo está tão diferente...
Abri meus olhos com lentidão, completamente desorientada e sonolenta. A primeira coisa que fiz ao abrir meus olhos, foi tornar a fechá-lo. Havia uma luz forte e branca onde quer que estivesse bem acima do meu rosto. Não conseguia movimentar meu corpo e nem falar, mas eu podia ouvir vozes, podia ouvi-las, mas não compreendê-las. Elas pareciam abafadas, distantes, mas era mais de uma voz,mais de duas.
Tudo ficou silencioso novamente e escuro como antes. As vozes, eu não as ouvia mais. Era tudo tranquilo, calmo, silencioso e indolor. Não havia nada.
***
Meus ouvidos capitaram um som baixinho e parecia bem perto. Bip, bip, bip. O som se repetia calmo e em sequência. Ouvi também uma voz conhecida que falava baixo, na verdade duas vozes, ambas conhecidas, e foi então que meus olhos se abriram lentamente.
Pisquei algumas vezes para minha visão ficar nítida. Minha boca estava seca e quando engoli em seco, minha garganta arranhou.
O garoto alto e corpulento de cabelos castanhos olhou para mim e, surpreso, arregalou ligeiramente os olhos e sorriu.
—Oi. - ele disse suavemente.
O outro garoto, com cabelos chamativos e vermelhos também olhou para mim, com a expressão ansiosa e respirou fundo.
Meu irmão se aproximou de mim e segurou minha mão. Olhei para a minha mão que estava furada com uma agulha com um esparadrapo em cima levando um cateter até a bolsa de soro num suporte ao lado da maca onde eu estava.
Eu estava no hospital. Mas, o que tinha acontecido?
Percebo que estou com as sobrancelhas unidas olhando para o curativo em minha mão. Olho para o garoto de cabelos vermelhos ao pé da maca. Ele me olha com intensidade, seus cabelos vermelhos desgrenhados. Está vestindo uma jaqueta de couro preta e uma calça jeans preta desbotada. Debaixo de seus olhos verdes, posso ver profundas olheiras arroxeadas que indicam cansaço e noites mal dormidas.
—Você está bem? - ouço meu irmão perguntar.
Minha atenção volta para ele, quase me esquecera de sua presença.
Os olhos castanhos do meu irmão me analisam ansiosos e ele está sorrindo.
—Acho que sim. -digo rouca. - O que... Aconteceu?
—Não se lembra de nada? -ele pergunta.
Balanço a cabeça negativamente franzindo o cenho e olhando para o cobertor branco que cobre minhas pernas.
Minha expressão muda quando fragmentos vêm a minha mente. Estou no carro de...Matt e... Ele me bateu.
Minha respiração se acelera audivelmente assim como os batimentos cardíacos e meus olhos começam a arder.
—Ally, você está bem? - ouço Sean perguntar.
Braços me envolvem num abraço apertado e quente enquanto fecho os olhos para tentar impedir que as lágrimas saiam de meus olhos.
É o cheiro dele, são os braços dele em volta de mim, é o rosto dele enterrado em meu pescoço. É como se ele estivesse juntando todos os meus pedaços quebrados. Minha mão direita está em suas costas, tentando abraçá-lo de volta. Não sei qual o motivo de eu estar chorando. São muitos! Não consigo conter minhas lágrimas nem o soluço forte subindo por minha garganta.
—Está tudo bem, boneca. Você vai ficar bem. -ele sussurra.
Tento assentir e eu acho que é o que faço.
Respiro fundo e ele me solta, sentando em um espacinho vazio da maca ao meu lado. Olho para Sean e sorrio amareladamente.
—Que susto é esse que você nos deu? Achamos que você não ia acordar nunca.
Franzo o cenho.
—Como assim?
—Você está apagada há dois dias. Hoje é terça-feira.
—Ah. - digo.
—Está todo mundo aí fora. Um monte de gente veio te ver. Mamãe e papai surtaram.
—Eles estão aqui? -arregalo os olhos.
—Sim, estão tomando um café. -Sean diz e sorri e depois olha para Kyle e depois para mim. -Eu... vou deixar vocês conversarem um pouco. Depois volto com a mãe e com o pai.
Concordo com a cabeça e meu irmão se curva para me dar um beijo na testa.
Observo-o se afastar da cama e sair do quarto. Torno a ouvir os bips e vejo que é o monitor cardíaco ao lado da minha cama que está fazendo esse barulho irritante. Me sinto tão confusa e... Irritada.
Olho para Kyle que me olha atentamente.
—Como está o seu pai?
—Preocupado com você. Prometi que quando você estiver bem, te levarei lá pra conhecê-lo.
Concordo com a cabeça e fecho os olhos respirando fundo. Só Deus sabe a raiva que estou sentindo de Matt, mas mesmo assim pergunto:
—E Matt?
—Ele está bem. Está internado também. Quebrou a costela e teve uns machucados no rosto. Vai ficar bem.
Isso faz com que eu me pergunte se estou com algum machucado.
Olho para meus braços a procura de arranhões e hematomas.
— Você não quebrou nada, só... Teve uns arranhões no rosto. - Kyle diz. - Mas continua bonita mesmo assim.
Sorrio sem mostrar os dentes.
—Posso perguntar uma coisa? - ele pergunta.
Meu coração palpita.
—Pode.
—Por que estava indo com o Matt?
—Eu pedi para ele me levar,não tinha dinheiro pro táxi e os trens e os metrôs...
—Não estavam funcionando. É, foi um dia caótico. -Kyle suspira. -Aconteceu mais alguma coisa?
Fico em silêncio. Não sei se devo dizer que Matt me bateu, mas só de pensar em tal ocorrido sinto vontade de matá-lo. As coisas que ele disse...
Suspiro.
—Nós... brigamos. Estávamos discutindo no carro. - falo.
Kyle estreita os olhos.
—Ele... Começou a falar coisas e eu... Fiquei nervosa e bati na cara dele e...
Mordo minha língua.
—E?
Olho dentro dos olhos verdes de Kyle.
—E aqui estou eu.
Ele suspira e balança a cabeça.
—Fiquei tão preocupado quando aquele idiota me ligou. Ele mesmo que ligou pra ambulância, acredita? Nem desmaiou nem nada.
Fico calada ouvindo.
—Graças a Deus você está aqui. Não posso perder você também. Não aguento passar por isso outra vez.
As lágrimas escorrem pelo meu rosto e Kyle as seca com os polegares. Encosta sua testa na minha e sussurra:
—Eu te amo.
—Eu também.- digo e procuro seus lábios.
Os meus estão secos e os de Kyle macios e quentes, como sempre. É tão bom sentir seu beijo. As coisas horríveis que Matt disse sobre Kyle e sobre mim me faz ter mais raiva e repulsa dele. Amo Kyle e não consigo acreditar em uma só palavra que Matt disse.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram desse primeiro capítulo?
Estou mega feliz com esse começo de segunda temporada ;)
Espero vocês na quarta-feira, como de costume
Amo muuuuito vocês.
Beijos,
Lê.