Conversa da madrugada, entre ou Outono e Artie escrita por Pernabel, Alethopic
—Moça,
me deixe entrar
e sentir seu coração bater,
que a muito tempo
não sei mas o que é viver,
—Mas o que houve, e o que há de haver?
—Estou longe de vc e de gente com coração,
com saudade das tardes laranjas poéticas,
que se completavam com você.
—Também sinto tua falta, Artie.
Falta de gente que sonha sem medo,
Sem receio. Sem nenhuma vergonha.
Saudade de tuas rimas e de tuas métricas.
Saudade de teu abraço.
—Saudade do teu cheiro,Outono,
e da sua singularidade,
que vive em mim simbolizada,
pela fruta mais suave que habita meu jardim.
apenas uma andorinha não faz verão
mas apenas, já você esquenta minha alma.
—E você me faz sorrir
num domingo de madrugada as uma e vinte duas da manhã...
—Não, me culpe. Não à mim.
Culpe os meus poemas,
que já não sei mais escrever.
das estrofes que escrevi
—Muitas vezes atraentes
—porém nunca românticas.
—Você tem o objetivo do realismo ou o ideal dos românticos?
Preciso dormir... Morfeu me chama
—Eu não sei o que eu sou,
mas talvez seja apenas um trágico árcade
preso em versos modernos
que representam minha alma.
Adeus...
—Adeus...
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