Amor à segunda vista! escrita por Yasmin, Yasmin


Capítulo 17
Capítulo 17 - irreversível


Notas iniciais do capítulo

Oi, meninas, estou de volta.
Espero que ainda estejam, aí!
Bom, primeiramente quero agradecer o carinho de todas vcs. Adorei a participação de vcs no capítulo passado. Foram ótimas, amei mesmo. Muito obrigada, só peço desculpas por não ter respondido nenhum comentário ainda, mas, vou faze-lo assim que publicar esse capitulo aqui...
Ahhh, também quero dedicar esse capitulo a Paulina que me emocionou muito com a bela recomendação deixada na historia, muito obrigada, sua linda. Amei ...de coração, dedico esse capitulo todinho a vc!!,
Bom, por enquanto é só isso!!!
Espero que gostem!!!



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 Para sua sorte a Rote 66 que ligava Springfield a Chicago, não estava engaveta. Sua BMW corria livre e quando necessário, ultrapassava algumas Harley Davidson que encontrava a sua frente. Ele não estava se importando com o limite de velocidade ou de ser autuado por qualquer policial à paisana. Adquirir uma multa de transito era a menor de suas preocupações naquele momento, sua mente estava totalmente voltada ao estado de saúde de sua noiva e o bebê.

Desde que recebera a notícia que Katniss havia sido levada para o hospital, Peeta não fez outra coisa, senão, culpar-se pela forma que como agiu na última semana, onde ele, mesmo com possibilidades, não se esforçou para ao menos saber como estava, pelo contrário fizera um esforço descomunal para manter-se longe.

 Assim que entrou na parte metropolitana da cidade, dirigiu rumo ao hospital central, estacionou seu carro na primeira vaga que encontrou em sua frente e tentou buscar informações na recepção, mas não conseguiu êxito, já que lá se encontrava tumultuada, com trinta ou mais pessoas desesperadas em busca de notícias das vítimas de um acidente de trem que ocorreu na parte oeste da cidade. Tudo ao seu redor estava um caos, ele até teve um pensamento egoísta, ao pensar que a droga do acidente não tinha outro dia para acontecer.

Ele esperou o tumulto se desfazer, mas a cada minuto tudo só piorava. Vítimas e mais vítimas chegavam ensanguentadas e mais familiares entravam em busca de notícia. A impaciência lhe atingiu. Então ele se levantou e tentou falar com a recepcionista que usava um crachá descrevendo que estava em fase de treinamento e possivelmente não esperava se deparar com um tumulto desse na madrugada, que geralmente são calmas. A garota estava mais perdida que cego em tiroteio.

— Peeta! — Prim surgiu logo atrás dele, vestindo o jaleco e segurando uma prancheta.

— Como elas estão? — Ele foi de encontro a ela, sua voz saiu trêmula e insegura, com medo do que poderia estar acontecendo com sua noiva e o bebê.

— Elas? — Prim o olhou com estranhamento.

— Katniss diz que é menina — explicou ele e Prim sorriu, mas não como ele gostaria. — Como elas estão? — Em tom aflito ele repetiu a pergunta.

— Eu não sei, fiquei sabendo há pouco tempo. Com esse tumulto não consegui fazer outra coisa além de voluntariar-me. — respondeu ela apreensiva — Meus pais estão com ela. É tudo que sei...

— Me leva até ela!

Prim não fez uma boa expressão e olhou ao redor.

— O que foi?

— Preciso que espere alguns minutos. Vou tentar deixar a área livre para você. Tenho certeza que não vai querer encarar um pai furioso.

— Eu não me importo — disse ele — Só preciso vê-la.

Prim olhou para os lados, caminhou até o balcão da recepção e falou com a recepcionista que no mesmo instante passou as informações do quarto que Katniss estava.

— Coloque isso. — falou ela lhe entregando um crachá de visitante — Espere cinco minutos e depois disso vá ao 4º andar, ela está no Quarto 402.

— Certo! — Ele apertou o passo, não queria esperar por mais, mas Prim o parou.

— Estou falando sério, a coisa não está favorável para o seu lado, então faça o que eu digo, enquanto espera, darei um jeito de tirar meu pai de lá. Eu não sei o que você fez, mas ele não está muito feliz com você e tudo que Katniss não precisa agora é presenciar uma guerra entre os homens que ela mais ama.

Peeta assentiu e então Prim sumiu no elevador. Impaciente ele esperou os cinco minutos que foram milimetricamente cronometrados. Ao sair do elevador ele caminhou cautelosamente até o quarto que Katniss estava, abriu a porta e avistou deitada. Ele deixou a mochila num canto e depois se livrou do seu coldre e da arma, para logo em seguida, aproximar-se da cama onde ela dormia.

A pele do rosto de katniss estava apática. Sem a coloração sadia que normalmente enfeitava seu rosto. Isso tudo era culpa dele, pensou, jamais se perdoaria, caso algo tivesse acontecido com elas.

Movido pela culpa e por ansiar tocar-lhe. Peeta deitou ao seu lado, beijou sua face e respirou aliviado ao sentir que a protuberância ainda estava ali na barriga. Era sinal que a recordação permanente da noite que ele jamais esqueceria, estava viva. Certo?

E assim, por alguns minutos ele permaneceu, alisando seu rosto, sentindo seu doce perfume sobrepujar o cheiro desconfortante de um hospital, fechou os olhos e lembrou da última manhã que acordaram juntos, uma manhã úmida, típica da cidade de Chicago. Finalmente sentiu coração ganhar paz.

Ao sentir os toques em sua pele. Katniss tentava abrir os olhos aos poucos. A medicação ainda estava fazendo efeito. Não tanto como desde que chegará ali sangrando absurdamente. Desta forma, ela passou parte da madrugada. E naquele momento era a primeira vez que acordava desde que fora resgatada por Boggs que decidiu logo após que ela se foi ir para casa também. E ao seguir o mesmo percurso reconheceu seu carro impedindo o transito na via que eles estavam e solicitou um regaste.

— Peeta! — ela sussurrou, perto dele com respiração quente.

Finalmente abriu os olhos, se lembrou de tudo e um desespero que só uma mãe na eminencia de perder um filho, poderia sentir, lhe atingiu.

— Diga que está tudo bem. Tinha muito sangue — Lágrimas finas, porém, dolorosas banhavam seu rosto.

Peeta sentiu o mesmo ao ver tudo aquilo. Sentiu mais ainda ao perceber que não tinha a resposta acerca da vida do seu filho. Ele devia ter especulado assim que chegou. Mas, ele também se encontrava tão temeroso como Katniss que esperava sua resposta com uma angustia nos olhos.

— Vai ficar tudo bem! — ele passou o dedo limpando o rastro de suas lagrimas, ao mesmo tempo em que beijou sua têmpora, depois sua face, sentindo o gosto salgado que elas tinham.

Katniss o fitou, seu olhar era firme, interrogativo, por trás de seu olhar continha um misto de saudade e mágoa, mas no momento tudo que ela queria eram os seus braços. Os braços que nos últimos dias estivera longe por demasiado.

— Quando vamos saber?

— Quer que eu chame um médico? — perguntou ele, aflito com receio do aborto ter acontecido. E se isso se isso fosse confirmado? Ainda assim, ficariam juntos? A gravidez era o que os unia? O sim ou não era o prepúcio de tudo, da estrada com dois caminhos, onde eles fariam uma escolha; seguir juntos ou não de mãos dadas nos próximos cinquenta anos ou até quando a vida finita os permitisse. — Eu fui um tolo, Katniss, me desculpa! — Agora era sua vez de deixar o sentimento falar mais alto, aflorar através de uma lágrima que brotou de seus olhos apavorados com a provável possibilidade de perder as duas. — Me desculpa! — Mais lágrimas escaparam o que deixou Katniss apavorada, vê-lo daquela maneira fez com que seus pensamentos fossem tele transportados para Washington, na noite que se conheceram.

Num rompante, tudo que ele se perguntou. Tornou-se a dúvida dela.

— E depois? — ela o segurou pelo rosto, fungou antes de concluir: — Como vai ser? — desviou o olhar... — E se...

— Não diga! — ele a calou, encostando seus lábios no dela. Um beijo único, intenso, porém terno, fazendo tudo rodar em câmera lenta. Era um beijo revestido do mais puro amor, que um homem poderia nutrir por uma mulher. Poderoso o suficiente para fazer o que dormia, acordar. O que não mais vivia, reviver... — Vamos dar um jeito — ele respondeu renovado. Quase certo que um coração além do de Katniss batia ali dentro. E com essa certeza eles permaneceram juntos, enroscados. Esperando fosse quem fosse entrar por aquela porta dizer que o sangramento de Katniss era algo comum no início de uma gravidez e que o coração de sua menina batia forte, assim como o de seus pais. E dessa forma eles foram interrompidos por um jovem médico ruivo e seu prontuário.

####

Dois meses depois

— Não está atrasado? — perguntou ela e de forma irritada, tentava se acostumar com seu casaco apertado. Era quase uma missão impossível fecha-lo, o inverno em Chicago havia chegado e a roupa larga que havia comprado na noite anterior, naquela manhã parecia que havia sido encolhida.  Ela parecia que havia engolido uma melancia. Ou melhor, parecia que havia sido engolida por qualquer vegetal que a deixava com aparência roliça.

Peeta estava sentando na beirada da cama, e ao ver a indecisão de sua noiva, que batalhava com o guarda roupa desde que acordara, levantou-se e pegou um casaco grande o suficiente, porém sofisticado demais para ser usado no ambiente de trabalho.

— Que tal esse aqui?

— Não combina com uma agente do FBI. — ela objetou.

— A gravida mais elegante do FBI.

— Sério? — ela sorriu — Estou grávida?

— Está! — Ele começou a retirar o outro casaco ao mesmo tempo em que deixava uma trilha de beijos em seu pescoço. Katniss arfou quase se derreteu em seus braços, mas ele próprio parou, lembrando que precisava ir ao batente.

— Precisa mesmo ir? — ela resmungou.

— Será por poucos dias.

— Virá para o Natal, certo?

Ele coçou a cabeça.

—Tem certeza que vou sair vivo. Seu pai...

Desde que se conheceram, no hospital, o senhor Everdeen não sido muito cordial com ele. A verdade é que o pai de Katniss não aparentou estar feliz com o noivado da filha

— Vou pedir para pegar leve com você.

  Ela sabia tinha uma tarefa árdua pela frente. Desde que quase sofreu um aborto, seu pai culpa unicamente Peeta. E desde que se conheceram no hospital. Peeta precisou se ausentar mais e mais. E para John esse não era o tipo de cara que desejava ver ao lado da filha. Ambos já haviam discutido. A primeira vez na vida que ficou magoada com seu pai visto que ele não fora nada gentil ao receber Peeta em sua casa.

— Leve como? — ele caçoou.

— Nada de dizer que você é uma péssimo cara para mim.

— Sou um péssimo noivo?

— Às vezes — ela disse zombeteira — Principalmente quando tem que ficar se encontrando com aquela tal de Mérida.

Ao lembrar-se do assunto, ela se afastou, mas ele se reaproximou, ajudando a fechar fileira de botões, logo que ela se conformou em usar o casaco elegante.

— Já falamos sobre isso. Não passou de trabalho. — Ele a fitou nos olhos, eles já haviam entrado a fundo no assunto, mas nem tanto, já que ele havia omitido alguns detalhes que julgou ser desnecessário ela saber.

— Trabalho? — ironizou ela. — O que você faz nesse trabalho? — ela se virou, estava vermelha apenas em tocar no assunto. Peeta sorriu de lado. Um sorriso nervoso.

— Para ela sou casado com uma mulher louca que não aceita o divórcio.

— E ela acredita nisso?

— Aparentemente sim. Tenho dois filhos e um cachorro.

— E quando ficam sozinhos?

— Já falamos sobre isso, Katniss...

— Não chegamos a essa parte — ela estreitou os olhos — Demorando demais para responder, Peeta Mellark. — Ela se soltou, apanhou a bolsa e colocou alguns pertences que usa o dia-a-dia. Seu movimento era nervoso o que deixou Peeta nada entusiasmado, partiria logo e não queria deixa-la com paranoias, então tratou logo de explicar:

— Falamos sobre arqueologia, nada demais, Katniss, esse assunto é irritante, não faço isso por livre espontânea vontade, se eu pudesse a colocava no meu relatório, entregava o caso e a acusava de associação terrorista.

Notoriamente esse era o desejo de Katniss. Que ele encerrasse o caso e ficasse o mais longe o possível da tal de Merida, mas sabia de quantas vidas estavam em jogo, por isso, relevaria, mas com as condições que impôs a ele; sem contato físico ou coisas do tipo, ele que desse um jeito.

— E ela não tem medo?

— De que? — ele acompanhou seus passos até o banheiro.

— Da louca — ela pegou seu estojo de maquiagem que estava na pia e colocou dentro da bolsa. — Dela ter uma arma!

 Peeta gargalhou.

— Diga a ela que sua esposa, além, de louca tem uma arma — disse pegando a Glock e a depositou na bolsa. — E tem uma mira certeira...

— Vou acrescentar isso nas minhas desculpas — ele se aproximou encostando o tronco dela na pia de granito, segurando-a pela cintura.

— Desculpas?

— Sim, mais um motivo para que ela e eu sejamos apenas amigos.

— Ela acredita nisso?

— É o que parece.

— Garota tola. Se fosse eu... — ela deixou a bolsa no canto da pia e rodeou o braço em torno do pescoço dele. — Te atacaria... — O beijou. Eles se beijaram, pararam apenas quando ela se lembrou, que Peeta precisava voar para Washington.

 

####

Após mais uma partida no aeroporto, aquela cena se repetiu por várias vezes. A saudade, a preocupação que um tinha pelo outro, também se multiplicava ao nível que a barriga de Katniss crescia.

Após cinco meses de relacionamento. John Everdeen ainda não se simpatizava com o pai de sua neta. E por esse motivo Katniss e ele, sentiram a relação; pai e filha, pela primeira vez na vida, balançar.

— O papai, não está contente comigo — desabafou com Prim, enquanto as duas estavam deitadas.

— Ele está com ciúmes — Prim destacou, olhando para ela de rabo de olho, enquanto alisava a barriga redondinha da irmã.

— Ele não tinha ciúmes do Gale.

Prim deu um singelo sorriso, pois ela sabia o motivo. Era tão evidente que qualquer um que conhecesse Katniss sabia que eles não ficariam juntos para sempre.

— Gale não era um concorrente de peso. Ele jamais se sentiu ameaçado. Já o James Bond...em poucos dias fez o trabalho completo. Você está caída por ele.

— Ah... Estou mesmo — disse sorrindo e endireitou-se com uma mão na barriga, outra na coluna, estava cada dia mais difícil encontrar uma posição confortável. — Eu gosto muito dele. Mas, está tudo acontecendo tão rápido. Primeiro eu deveria conhecê-lo, namora-lo, descobrir o que temos em comum, passar a noite acordados, comendo ou planejando viagens simples para as nossas folgas e não o oposto, comigo desse tamanho que adormece em qualquer canto macio que encontro. — ela suspirou e continuou o desabafo — Semana passada, saímos para comprar o colchão do bebê e enquanto ele conversava com o vendedor eu me acomodei numa king-size e dormi por todo o período que ficamos na loja. Depois ele foi obrigado a comprar o colchão porque o copo de pipoca doce que eu segurava, virou, e o corante manchou todo o tecido. Você tinha que ver a cara dele quando viu o preço.

Prim segurou o riso, mas não conseguiu.

— Isso é normal, está gravida.

— Eu sei, mas é muito estranho. Eu não tenho controle sobre meu corpo. — tocou sua barriga — Ela tem...

— Ou ele.

— É ... — Se corrigiu visto que, já havia feito repetidas vezes o exame especifico parar confirmar o sexo, mas fora impossível saber, pois o bebê estava de bruços com as pernas flexionadas (joelho na barriga e a parte de baixo das pernas cruzadas), nem com Katniss e Peeta conversando, mexendo na barriga, como orientou Prim. A criança facilitou na revelação.

— Mas, e você, estou aqui há horas falando e se quer perguntei como estava.

— Não está acontecendo nada demais comigo, minha vida tem sido um tanto quanto sem graça, desde que rompi com Carter, não tenho feito nada além de trabalhar... Dei sorte de conseguir estar aqui hoje, mas vamos continuar falando de você, do seu agente gato Bond, ele vai conseguir chegar? Ao contrário do papai, a mamãe está animadíssima com o novo genro dela.

— Não sei, espero que sim...

Prim pousou a mão sobre a sobrinha

— Ele é lindo e faz inúmeros sacrifícios para passar 24hrs com você. — suspirou — Parece até o Ben Affleck no filme Pearl Harbor, Lembra? — Jogou a cabeça no travesseiro, lembrando da última vez que Katniss e o noivo se viram. Era aniversário dela, e ele tinha apenas 48 hrs de folga, passou 24 hrs dela, viajando, para passar apenas um dia ao lado dela — Ele é tão romântico!

Katniss gargalhou.

— É foi lindo! — Katniss sibilou, olhando através da janela onde pequenos flocos de neve inundavam a larga calçada. — Mas, acho que dessa vez ele não conseguirá vir! — Olhou para irmã e se deitou novamente, parecendo triste por Peeta não conseguir chegar a tempo. Era natal e todos da família estavam reunidos, fazendo ser o momento oportuno para apresenta-los a todos. E calar as tias fofoqueiras que diziam que o pai de sua filha só podia ser um homem casado para sempre estar ausente. — Você poderia trazer a ceia pra mim — disse ela depois de um tempo sem um pingo de vontade de ficar junto das outras pessoas.

— Nem pensar. — sua irmã negou levantando-se e colocado as botas de cano longo. —Será divertido, será o primeiro natal junto da nossa princesa — se corrigiu — Príncipe, sei lá, vamos!!! — ela se jogou e por cima da blusa, depositou inúmeros beijos na saliência de katniss.

— Certo — não resistiu ela, e fez o mesmo que Prim, colocou sua bota e ajeitou a blusa de lã que vestia no corpo, o que deixava sua barriga pontuda em completa evidencia.

Poucos minutos antes da mãe anunciar o jantar ela tentou mais uma vez contato com o pai de sua filha. Pensou que se não podia ter sua presença, queria ao menos escutar sua voz.

"Onde você está?" Sussurrou para si mesma, enquanto estava de pé sobre o parapeito enorme janela.

— Querida!!! — Escutou a voz do pai, que trazia algo escondido nas mãos. — Rabanadas — disse travesso, por ter pego escondido da esposa que proibiu a filha de comer qualquer coisa gordurosa.

— Obrigada. — Ela agradeceu desembrulhando o papel, logo em seguida deu uma mordida tendo um enorme prazer por sentir todos aqueles sabores.

— Para fazermos as pazes — disse ele ficando ao lá seu lado — Fui rude com você nos ...

Enquanto o pai falava, Katniss prestava atenção na paisagem branca que vinha da janela, viu um carro estacionar na calçada e um homem loiro sair pela porta. Seu coração acelerou torcendo para ser Peeta, mas logo o homem atravessou a calçada e tocou a campainha da vizinha, que o recebeu com inúmeros beijos e abraços.

— Tudo bem — ela disse olhando para o pai, que a abraçou de lado e o convidou para se juntar aos outros na sala.

Na sala de espera. E ao som de uma música calma os Everdeens aproveitavam o Natal a sua maneira. Alegre e contagiante, com um verdadeiro espírito de Natal.

— Estão escutando isso?

Clara, chamou a atenção de todos, ao ouvir um barulho estranho vindo de frente da casa. — Parece um avião — disse abrindo a porta e caminhando até a sala e viu um helicóptero pousando no Jardim. A força do vento fazia os flocos de neve girar em círculos. Uma bela imagem de natal.

                — O que foi? — Katniss se aproximou e quando viu aquilo, o tumulto lá fora, já sabia do que se tratava, era Peeta, ele havia chegado, passar o primeiro natal ao lado de seu noivo era real.

Ignorando seu peso e a temperatura, ela saiu às pressas pela porta. A saudade era tanta que ela nem se importou com os pés afundando na neve.

 — Peeta!! — ela gritou, pois o barulho das hélices girando era ensurdecedor.

Então ele olhou para trás e ao mesmo tempo que seu coração pulsava de felicidade, ele sentiu angustia ao vê-la correndo sem preocupação naquele chão molhado.

— Enlouqueceu — ele falou assim que ela pulou em seus braços. O abraço era tão forte que os três pareciam que se fundiriam, ali, nos braços um do outro.

— Achei que você não fosse chegar.

— Eu estava salvando o mundo. — respondeu.

— E o mundo é mais importante que sua filha e eu?

— Nada é mais importante que vocês duas — Peeta exibiu um sorriso e deu uma olhadela para janela e viu que eles tinham uma enorme plateia, mas não hesitou ao tomá-la novamente com um beijo e saborear os lábios vermelhos da noiva! Pois a cada chegada e partida era assim, o sentimento ia se intensificando. Eram como gotas e gotas de amor que transbordaria com o nascimento, daquilo de melhor que eles haviam feitos juntos. E definitivamente o sentimento já era irreversível. Um irreversível amor.


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