Crucio escrita por Day


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!

Só quero dizer que essa one está postada graças às meninas que estão escrevendo a coletânea Jily comigo.

Espero que vocês gostem, porque desde que li/assisti "O Prisioneiro de Azkaban", tive vontade de matar o Peter auheuae. Se tiver algum erro, me avisem. Elas me afobaram tanto para postar, que nem revisei :c

Boa leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/699725/chapter/1

Avada Kedavra!

Foi tudo que ouvi antes de saber que James estava morto. Eu não poderia chorar, não quando Voldemort estaria vindo atrás de mim. Abracei Harry com tanta força, que poderia machucá-lo, mas não me importei. Minha única vontade era protegê-lo da morte iminente.

Ouvi passos se aproximando de onde estávamos. Minhas mãos tremiam e meu coração falhava uma batida. Harry chorava e já não adiantava mais tentar calá-lo, Voldemort sabia que eu estava ali e estava vindo até mim.

— Apareça — ouvi aquela voz tão próxima que todo meu corpo estremeceu. — Não adianta tentar escapar.

Abracei meu filho ainda mais forte e me ajoelhei no chão, esperando-o. Não adiantaria nada tentar escapar ou fugir do que viria. De qualquer forma, minha varinha estava longe demais de mim e correr definitivamente seria pior.

Quando a porta do quarto foi praticamente arrancada, engoli em seco. É agora, pensei. Harry se debatia e seu choro era mais que medo, era desespero e algumas doses de pavor e angústia. Olhei-o uma última vez e, mesmo que ele não entendesse, murmurei que o amaria para sempre.

Entendi ali, naquele momento, o que a mãe de James me dissera assim que fiquei grávida. Um dia, Lily, você será capaz até de morrer por seu filho. Eu realmente era, eu seria capaz de morrer por ele, se preciso fosse.

— Saia — a voz de Voldemort soou tão próxima que eu soube que ele estava atrás de mim. — Dê-me o garoto.

— Não! — gritei. — Por favor não, me mate. Mate a mim, mas não a ele. Por favor.

— Sua sangue-ruim, saia daí.

— Por favor, por favor, não o mate... — minha voz era um sussurro.

Avada Kedavra!

Um jato de luz verde iluminou todo o quarto. Harry olhou tudo aquilo e, pela primeira vez, se calou, estava fascinado demais. Eu, por outro lado, o apertei mais contra mim e esperei que alguma coisa acontecesse. Qualquer coisa. Eu estava esperando a morte, mas ela não veio.

Ao invés disso, um grito angustiante vindo de Voldemort pôde ser ouvido a milhas de distância e, em seguida, não havia nada mais ali além de mim e Harry. Sua varinha, assim como o manto que usava, estavam jogados no chão; os escombros da parede onde o Avada atingira formavam uma camada de poeira sobre o assoalho.

Nada daquilo parecia possível. Harry e eu estávamos vivos após a maldição da morte ser lançada a nós. O silêncio voltou a pairar e, a mínima vontade que tive de que James fosse ao nosso encontro morreu. No andar de baixo, ele continuava morto. Ele não tivera a mesma sorte.

— Fique aqui, quieto — sussurrei antes de colocar Harry no berço.

A cada degrau que eu descia em direção à sala, mais vontade tive de não descer. Não tinha qualquer chance de outra coisa, senão James morto, estar à minha espera. Chorei por antecipação, por saber que eu não seria forte o bastante para vê-lo sem vida.

Por mais preparada que eu supostamente estivesse, foi forte e doloroso demais. Meus joelhos fraquejaram e meu coração perdeu algumas batidas, era surreal demais. Diante de mim, estava aquele que deu a vida para que eu vivesse, para que Harry vivesse.

Seus olhos ainda estavam abertos, como se me encarasse, os mesmos olhos que me transmitiram confiança por tantos anos, agora não tinham nada além do vazio da morte. Antes de fechá-los, forcei um sorriso, o mais alegre que pude, para que fosse a última coisa que James visse.

Você tem o sorriso mais lindo de todos, Evans — ele repetia, várias vezes ao dia, pelos corredores de Hogwarts.

Talvez minutos ou horas tenham se passado. Permaneci abraçada ao corpo de James, chorando compulsivamente. Eu não podia aceitar que era o fim, simplesmente não conseguia aceitar. Ele estava morto por mim, por Harry, e, mesmo que Voldemort não tenha conseguido nos matar, isso não o traria de volta para mim.

E, se isso tinha acontecido, era porque Voldemort sabia onde estávamos. Nosso segredo, nossa localização, tinha sido divulgada, e só uma pessoa no mundo a conhecia. Pettigrew. Meu ódio por Peter era maior que a dor. O remorso por ter confiado nele e não em Sirius se sobrepunha à perda.

Dumbledore, sem qualquer aviso prévio, chegou até mim. Não disse uma só palavra e afastou-me do corpo de James. Eu cuido disso, consegui ouvi-lo dizer enquanto me levava para fora. Em um vislumbre, vi Remus antes de ele me envolver em um abraço.

Remus chorava, tanto quanto eu. Seus ombros tremiam, assim como suas mãos, e sua voz era inexistente. Estávamos igualmente arrasados. De todas as imagens do mundo, ver Moony chorar era a pior. Ele era sempre tão centrado, que o ver fora do eixo era desconcertante.

— Quero Pettigrew. Agora — falei quando as palavras fizeram o mínimo sentido para mim.

— Por quê?

— Ele precisa sofrer também, Remus. Se alguém tem o direito de fazer isso, somos nós.

— Lily, não...

— Traga o Pettigrew para mim. Eu consigo cuidar dele sozinha.

¤¤¤

Dumbledore levou Harry para algum lugar seguro e Remus foi à procura de Pettigrew. Quase como masoquismo, deixei o corpo de James exatamente onde estava, Peter deveria vê-lo, caído, sem vida. Sirius não aparecera, disseram que o viram sair para beber.

Black nunca foi o melhor para lidar com perdas. Quando Marlene morreu, não o vimos por vários dias, ele ficou trancafiado no quarto e não fez nada além de chorar e se afogar em bebidas trouxas. Perder James tinha sido forte demais para todos seus amigos, em especial para o melhor deles.

Enquanto Sirius bebia, eu faria Pettigrew implorar a morte. A única palavra que me vinha à mente era crucio e o quanto eu queria repeti-la apontando a varinha a Peter, sem dar a ele qualquer chance de escapar. Se Peter tinha sido homem o bastante para nos deletar, teria de ser também para aguentar as consequências.

Ouvi Remus me chamando e soube que ele tinha feito o que pedi.

— Lily... — aquela voz, sempre tão irritante, me fez estremecer de raiva.

Expelliarmus — gritei antes que Peter pensasse em qualquer coisa. — Olá, Wormtrail — pontuei cada sílaba enquanto quebrava sua varinha.

— Prongs... — ele se ajoelhou contra o corpo de James.

Aquela cena me causou repulsa, nojo. Acima de tudo, remorso. O choro de Peter parecia tão falso, ele nem ao menos se mostrava arrependido. Quis tanto que James estivesse vivo apenas para que eu dissesse o quão errado esteve em não deixar o Segredo com Sirius.

— Levante-se — puxei-o pela roupa. — O que você pensou ao dizer a Voldemort onde estávamos?

— Não fale o nome dele em vão.

— Não me diga o que falar ou não e responda. O que ele te deu em troca da nossa localização?

Pettigrew não respondeu nada. Curvou os ombros e manteve-se calado, me olhava como se eu pudesse mata-lo — o que era minha vontade — e, por vezes, até abriu a boca para falar, mas não saiu som algum. Sempre muito inocente e, em algumas situações, tinha a opinião facilmente mudada em troca de algo.

Pelo visto, sua tão adorada lealdade a James e aos outros não passava de encenação. Era tão óbvio que, sozinho, ele não passaria de mais um garoto esquisito e desengonçado que entrara para Grifinória por sorte. Peter seria mais um aluno de alguma outra casa qualquer e passaria desapercebido durante os sete anos em Hogwarts. Acima de tudo, desapercebido por James. Talvez, com isso, ele ainda estivesse vivo.

Crucio — gritei com a varinha apontada a ele.

Wormtrail se contraiu e foi ao chão, ganiu algumas palavras, me dando a mais pura sensação de superioridade.  Há algumas horas, Harry e eu estávamos naquela mesma posição, à beira da morte, por causa dele. Era quase meu direito fazê-lo sofrer o máximo possível.

— Imperdoável — ele murmurou.

— Imperdoável é o que você me fez!

Toda a seriedade em mim se esvaiu e me desfiz em lágrimas. Por que, de todas as crianças, o meu filho precisava ser o escolhido pela profecia? Porque James precisava ter morrido? Por que não podíamos simplesmente criar Harry, juntos? Era tudo culpa de Peter, de sua fraqueza e ingenuidade.

Voltei a colocá-lo de pé. Cada parte de mim queria matá-lo, da forma mais dolorosa possível. E não seria só por James. Seria por Marlene e Dorcas, mortas. Por Frank e Alice, loucos, presos no St. Mungus, sem a menor chance de verem o filho crescer. Por toda a Ordem, colocada a baixo, pelos Comensais.

E o culpado era Voldemort. Bellatrix. Dolohov. Pettigrew. Dos outros, talvez, eu jamais teria chance de me vingar. Mas, Peter estava à minha frente, tão próximo de mim que pude sentir seu medo, pavor e sua angústia.

Encostei a varinha contra a primeira parte de seu corpo que encontrei, olhei naqueles olhos vagos e sorri. Aquele sorriso vazio, sem expressão, sem nada de realmente bom. A única coisa que eu carregava no sorriso era uma palavra

Crucio — falei, no tom mais baixo que pude, para apenas ele ouvir.

As pernas de Peter bambearam, mas não o deixei cair. Se James tinha morrido em pé, ele também morreria. Afinal, o que um fazia o outro fazia também, não era esse o lema? Que Pettigrew sofresse tanto quanto Potter, que morresse com a mesma dor. Mas, antes disso, eu o deixaria no estado de mais pura loucura e descontrole mental, igual os Longbottom.

— Você ainda não respondeu! Por que quebrou o Segredo, Wormtrail? Por quê? — minha voz estava aos berros. — Por que você o matou?

— Lily, eu... não tive a intenção.

— Como não teve a intenção? Faça-me o favor! De ser menos manipulável.

Soltei a gola de sua camisa e permiti que ele caísse. Arrastando-se, Peter veio até mim e agarrou-se às minhas pernas. Eu, que nunca neguei abraço algum, tive repulsa de seu toque. Pettigrew causava-me sempre as sensações mais desprezíveis e, daquela vez, não era diferente.

— Não me toque, nunca mais.

— Você não é assim, Evans, nunca foi.

— A dor e raiva são capazes de mudar as pessoas, Peter. E nem sempre é para o bem. Crucio — falei pausadamente, sussurrando a última palavra. — E é exatamente o que sinto agora.

Afastei-me dele. Ao contrário do que seria esperado em uma situação como aquela, eu não sentia o menor remorso de lançar a ele a maldição imperdoável. O que não tinha perdão não era crucio, e sim a traição que ele causou a mim, a James.

Quantas e quantas vezes Pettigrew não espalhou a todo o mundo como os Marotos eram seus melhores amigos? Em especial Potter. Era inconcebível que alguém deletasse o melhor amigo a ponto de fazê-lo ser morto por isso. Eu jamais seria capaz de perdoar Peter pelo que fez, mas sabia que, onde quer que estivesse, James o perdoaria.

Era sua fraqueza, perdoar muito facilmente. Mas, comparada a todas as infinitas qualidades, aquilo passava despercebido.

— Sabe, nós nunca gostamos muito um do outro, não é? Nunca nos demos muito bem, mas você me suportava, me tolerava. E eu? Bom, Wormtrail, eu sempre te detestei, e não pense que James não sabia disso.

— Falsa — ele murmurou.

Era a mais pura verdade, de fato. Eu interpretava muito bem o papel de gostar de Peter, interpretei por anos e já não dava mais.

Crucio — de murmuro, sua voz passou a gritos de dor. — Quando James me disse que Sirius seria nosso Guardião do Segredo, eu soube que estaríamos a salvo, que Harry estaria bem. Então, algumas semanas depois, fiquei sabendo que já não era mais Sirius, e sim você. A certeza que tive simplesmente desapareceu, porque eu não confio em você. E sabe de uma coisa? Eu estava certa.

Ri sem qualquer humor de novo. Aquela risada não parecia minha, não era minha, e era péssimo ouvir a mim mesma daquela forma.

— Olhe — mandei. — Olhe para o seu melhor amigo. Ele está morto e a culpa é sua.

— Você sabe que eu sinto muito, Lily.

— Se sentisse, não teria nem feito isso! Crucio!

Uma vez, disseram que, para que as maldições imperdoáveis tivessem o efeito desejado, era preciso conjura-las com vontade. E, se tinha qualquer coisa no mundo da qual eu tinha vontade, era torturar Peter, causar a ele a mais intensa dor que eu pudesse, fazê-lo implorar a morte e, depois, deixa-lo sofrer mais um pouco.

Eu queria ver Peter morrer, assim como Voldemort viu James.

— Se você não me responder, te mato agora. Por que contou o Segredo?

— Minha intenção nunca foi que você morresse, Lily. Não você. Eu sempre te amei, como James te amou. Vocês nunca pareciam um casal promissor e era bom, pelo menos para mim.

— Que história é essa? Você me ama? Invente outra desculpa, Pettigrew.

— Não, Lily, estou falando sério. Quando vocês se casaram, vi que eu não teria qualquer chance. Eu só queria James fora do caminho...

Crucio — gritei com toda a força que tinha. Já não era mais raiva por ele ter nos entregado. Era ódio por saber que ele provocou a morte de James de propósito. — E você achou que eu ficaria com você depois disso? Eu te odeio, Wormtrail, eu abomino a sua existência.

Por vários segundos depois, fiquei calada, no mais absoluto silêncio. Tudo que fiz foi encará-lo, seus olhos fechados e as mãos fechadas em punho, a expressão clara de dor. Olhei rapidamente para James, caído no canto próximo de Peter, perguntei-me se ele sabia desse sentimento do amigo e se alguma vez tivera feito algo a respeito.

Todas as vezes que Pettigrew me atingiu, com palavras ou não, todas as vezes em que fez questão de trazer à tona o fato de meus pais serem trouxa, os episódios em que ele fazia piadas contra mim porque achava legal, eram maneiras de disfarçar isso? Ou essa desculpa não passava de uma justificativa falha?

— Desde quando? — perguntei. — Desde quando você me ama? Não me faça lançar um crucio para que você responda.

— Desde o primeiro ano, quando você ficou tão encantada com James na aula de voo e eu quis que você me olhasse da mesma forma. Achei que não passaria daquilo, mas...

Peter se calou e pensei nas infinitas coisas que poderiam ser ditas a seguir.

— Mas...?

— No terceiro ano, quando você recusou o convite dele para ir a Hogsmeade, eu achei que teria chance. Semana após semana, Lily, eu tentei me aproximar, mas você nem me olhava.

Lembrei desse dia como se fosse há um mês. James havia sido insistente por tantas vezes, que eu já não suportava vê-lo se aproximar. À sua sombra, estava sempre Peter, sempre. Talvez isso fizesse algum sentido agora, mas era tarde demais.

— Eu poderia ter aceitado, sabe? Não precisava matá-lo! Crucio!

— Lily, por favor... — Peter suplicou.

— Por favor o que? — era tudo o que eu queria, desde o começo. Que Pettigrew implorasse pela morte. Estava prestes a conjurar o Avada quando o ouvi responder:

— Perdoe-me.

Ri, uma risada seca, sem vida, sem humor, sem nada. Exatamente como Bellatrix ria. Peter me encarava assustado e, sobretudo, com medo. Eu estava, entre outras coisas, adorando vê-lo daquele jeito.

— Perdão, Wormtrail? Você quer que eu te perdoe? Não me faça rir.

Desde que o vi entrar, meus atos tornaram-se irracionais. Eram motivados pela raiva que eu sentia dele e pela dor que a perda de James estava causando. Com a força que tinha, chutei Peter repetidas vezes, até que estivesse sangrando. Talvez eu não o matasse com um Avada e sim com alguns chutes bem dados.

Abaixei-me até ficar na mesma altura que ele. Seu rosto era todo marcado pelo líquido vermelho e viscoso. Aquilo, de alguma forma, me deixou mais satisfeita. Ele deveria sentir a mais forte dor que eu pudesse lhe causar e mata-lo com um feitiço seria... rápido, simples demais.

— Não esqueça que eu sou uma nascida-trouxa, como você fazia questão de lembrar, Pettigrew. Eu sei como matar alguém sem usar a porra de uma varinha.

Virei-me de costas pelo fato de não suportar mais olhar para ele. A imagem dele caído, se fazendo de coitado e inocente já tinha passado do limite que eu suportava. Demonstrações de falso arrependimento, como aquela nunca fizeram meu estilo, ainda mais com uma justificativa terrivelmente ruim.

— Você sempre me cansou, sabia? Essa sua voz irritante, suas piadas ruins e a obsessão por James. Argh, Peter, você é cansativo demais. Nem Sirius, e aquele jeito dele, me irritam tanto como você.

— Sirius me odeia.

— E como odeio — a voz de Sirius soou atrás de mim e toda a pose de forte que tive foi por água abaixo. — Evans, abaixe essa varinha.

Obedeci, porque talvez eu precisasse daquela ordem, que alguém me impedisse de continuar. Caminhei até ele e, mesmo sabendo que Black odiava contato ou compartilhar momentos tristes, o abracei e chorei contra seu peito.

Nós só precisávamos daquilo, daquele momento, daquele abraço, para que as coisas ficassem menos pior. Sirius perdera seu melhor amigo, melhor amigo de verdade, seu companheiro em tudo por tantos anos, aquele que o acolheu como irmão quando a própria família Black o renegou.

Eu, bom, eu havia perdido James. E isso bastava.

— Pads... — a voz de Peter era fraca, mas nítida.

— Nunca me chame assim de novo! — Sirius gritou ao se afastar de mim. — É por sua causa que Prongs está morto! Por sua causa, Harry não vai ter um pai, Lily não vai ter um marido e eu não vou ter o meu melhor amigo de volta.

— Eu não...

— Você não o que, Pettigrew? Ninguém conta o Segredo sem querer, caralho. Não é por um deslize que você quebra a porra de uma promessa! Não é por engano que você mata alguém.

— Eu não o matei, Pads.

— Já falei para não me chamar assim — Sirius se virou para mim e vi, nos olhos dele, quanto ódio tinha ali. — A varinha, me dê a varinha.

Entreguei-a a ele e soube, de imediato, o que ele faria. Era o que eu deveria ter feito desde que Peter pisou ali, dentro da minha casa, da casa de James, mas não tive coragem. Não sem antes fazê-lo sentir a mais terrível dor que um bruxo poderia causar a alguém.

Sirius, sem dizer nada, perguntou se podia terminar o que comecei. Assenti e encarei Peter, sustentando seu olhar de medo e, ao mesmo tempo, tranquilo. Só havia uma saída para ele, ainda que lhe custasse a vida.

— Adeus, Pettigrew — falei antes de Sirius conjurar:

Avada Kedavra!

E então, morto, ao lado de James, estava aquele que o matara, mesmo que indiretamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Me sinto mais feliz com o Peter morto hahaha.

Juro que sou legal, então comentem o que acharam, seja bom ou ruim.

Kissus.