POV Tânia

Sue me prensa contra a parede com uma força mais que necessária para não permitir a minha saída.

— olá minha querida – ela diz passando uma faca pelo meu rosto, da testa ao queixo – há quanto tempo não ? Fiquei com saudades...

— você é louca só pode... – digo em um fio de voz, como uma mulher pode desacordar o próprio filho ?

— não minha querida, eu não sou louca - ela diz e um forte e longo suspiro sai de seus lábios, ela parecia sofrer, como se algo a machucasse por dentro. Ela me olha e vejo a for estampada em suas orbes negras. – sou apenas uma mulher que sofre dia e noite, uma dor terrível, causada pela refeição ! Uma dor que só passará quando o que me fez mal sofrer mais do que eu já sofri em todos estes anos.

Então... O não fazemos para aliviar nossas dores. Diversas maneiras e opiniões são postos no caderno do subconsciente, mas a única coisa que fazemos é obedecer o desespero, que nos obriga a fazer coisas que não enxergamos e isso acaba virando algo doentio.

— mas no que isso lhe satisfará ? Ver o sofrimento em rostos de inocentes, de pessoas que nunca lhe quiseram fazer mal... No que isso pode lhe ajudar ? – pergunto e vejo o desespero em seus olhos, um desespero capaz de nos contagiar e...

POV Sue

Tânia tinha razão em parte de suas palavras, mas se isso não né ajudar, vai servir como aprendizagem ao Charlie.

Depois de ter dois corpos mortos na casa deles mesmos, eu coloco fogo na casa, onde uma explosão pode acontecer por conta do botijão de gás que coloquei ao lado da geladeira e com olho na panela...

No carro, eu penso um pouco sobre en tudo que já fiz, tudo que eu estou fazendo, em todos os meus planos, em todas as ações, palavras e sentimentos usados e que deram usados, não deixo de derramar lágrimas pelo rosto, como eu pude me deixar levar por algo tão idiota ? Eu quase estraguei a vida da menina, matei meu marido, filho e nora... O que mais me falta ?

A dor que se forma em meu peito é enorme, como e quando eu né tornei esse monstro ? Como eu me deixei levar a tal loucura ? Como eu pude estragar tanto a minha vida ?

Parando o carro na residência dos Cullens onde eu tinha algo a fazer, eu tinha algo importante a ser feito, mas... Ao ver seu carro, o carro do ser que roubou meu coração de um jeito estranho e inexplicável, estava ali, algo dentro de mim se ascende como um raio e toda está onda de arrependimento, passa... Será ?

A dúvida me corroe por dentro, a explosão de sentimentos em meu peito me deixa exausta, sem perceber que não tinha parado o carro, eu vejo a velocidade acima de 120Km por hora, vejo um caminhão vindo em minha direção e tudo se acaba...

POV Autora

                  15 anos depois...

Ter a morte de amigos tão próximos ao grupo, foi difícil, era inacreditável que o coração de Sue chegasse a ser tão frio.  (Pelo menos para eles)

Em quinze anos muita coisa mudou, a Morte de Renne foi um difícil perca para todos, Charlie logo se juntou a esposa por ser tomado pela profunda depressão que o tomou, Bella por um longo tempo se manteve inconformada com tais percas, eram percas tao dolorosas, tão inesperadas como esperadas a qualquer pessoa.

Esme e Carlisle, chegaram aos 60 anos e com seus lindos e macios cabelos brancos que se misturam levemente com a cor natural do cabelo de ambos.

Os meninos com seus 33 anos, estão com suas amadas, Emmett não perdeu oportunidade em pedir Rosalie em casamento, onde a mesma o surpreendeu com a descoberta dos gêmeos (Laura e Maycon), Jasper e Alice se casaram assim que a faculdade de fotografia de ambos fora completa, hoje eles tem a pequena Alicia, Edward não quis se casar, Bella nunca o exige mais do que isso pois por enquanto seu interesse está no  Amor Ente Paredes

                      Fim !