Permita-se Recomeçar escrita por Kíria Kim


Capítulo 36
Capitulo 36




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Chegamos no aeroporto em Bordeaux por volta das 06 horas e 30 minutos da manhã, fizemos o check in e nos informaram que o vôo estava atrasado.

       Enquanto esperavamos liberar o vôo, conversamos com nossos amigos, Derek conversou com Luís que estava administrando seus negócios em parceria com gerente de Derek, tudo estava bem, nenhuma ocorrência urgente, nos negócios, pois na vida pessoal, estava uma loucura, segundo ele a Karina estava a todo vapor com os preparativos do casamento, a Taty e ela não paravam, ele e o Bruno estavam ficando malucos.

       Eu conversei com a Taty, ela me contou as novidades sobre o Abrigo, tudo estava bem, desde quando saimos do Brasil eu estava mandando para ela fotos e vídeos, ela estava organizando e armazenando para fazernos um DVD, mandei os últimos arquivos, ela me contou a loucura que estava os preparativos do casamento, ela dizia que não tinha nem tempo de ver Bruno direito, elas também estavam com dificuldades em conseguir um buffet que agradassem a todos, enfim muita loucura e correria.

       Encerrei a ligação e fiquei por um momento pensando, eu não queria todo esse estresse no meu casamento, queria uma festa simples e intima, que fosse a minha cara e do Derek.

       Depois de quase uma hora de espera, conseguimos embarcar, iriamos para a Itália, Roma para ser mais exata, a viagem durou aproximadamente 2 horas, desembarcamos no Aeroporto Leonardo da Vinci em Roma, fomos para o hotel, mas levamos mais alguns minutos entediados, embora a vista da cidade é linda, o trânsito é caótico e as ruas são estreitas, o taxista nos aconselhou a pegar um trem, ou explorar a cidade à pé.

       Nos hospedamos no hotel dentro do centro histórico, a área próximo ao Monumento a Vitor Emanuel II e o Panteão é uma boa referência.

A região possui vários hotéis, com os mais diferentes níveis de conforto. Além disso, fica próximo a várias atrações de relevo (Fórum, Panteão, Piazza Navona, etc.), além de ter muitos restaurantes, bares, bancos e outros tipos de serviço à mão. A área também é razoavelmente bem irrigada em termos de transportes públicos e é de fácil acesso.

Desfizemos nossas malas e fomos explorar a cidade, nosso primeiro passeio foi o Museus do Vaticano, é um conjunto de pequenos museus reunidos e instalados nos antigos aposentos dos palácios que pertenceram aos Papas de outras épocas. Todos são interligados entre si.

O passeio começou pelo belo museu Pio Clementino, fundado no final do século 18 pelo Papa Clemente XIV (1769-1774) e depois reestruturado pelo seu sucessor, o Papa Pio VI (1775-1799). Eles promoveram uma onda de colecionismo, adquirindo peças ao comprá-las de nobres falidos e confiscando das escavações arqueológicas (⅓ dos achados era da Igreja).

Quando você sai do Museu Pio Clementino, é automaticamente induzido a subir uma escada até o andar de cima, onde está o Museu Etrusco.

Fundado pelo Papa Gregório XVI (1831–1846), ele abriga peças do antigo povo que habitou a península itálica antes dos romanos, entre 1000 e 700 a.C.: os Etruscos.

Contém muitas peças em cerâmica e metais preciosos, belíssimos e muito antigos. Todos confiscados das escavações arqueológicas realizadas na época.

Além das relíquias etruscas, encontramos também peças mais “recentes”, da época do Império Romano.

Você será induzido a descer novamente para o andar inferior, para visitar o próximo museu, que traz relíquias provenientes do Antigo Egito.

Também fundado pelo Papa Gregório XVI, 2 anos depois do Museu Etrusco, contém peças egípcias encontradas nas escavações feitas em Roma.

Os romanos tinham por hábito saquear peças e relíquias do Egito e trazê-los para a capital, a fim de decorar suas casas e os espaços públicos.

No final deste museu, estão reunidas peças provenientes de vários locais da Antiguidade, como a Mesopotâmia, entre outros.

O passeio pelo museu é conforto a preferência do turista, você pode visitar todas as sala ou apenas as que quiser, mas o ápice do passeio é a Capela Sistina, A mais linda de todas as capelas do mundo. Aliás, “linda” é um adjetivo pífio para descrevê-la.

No século 15, uma série de reconstruções e restaurações começou a ser feita no Vaticano, após um longo período de abandono.

O Papa Sisto IV (1471-1484) assumiu o compromisso de reconstruir a antiga Capela Magna do Palácio Apostólico. A obra começou em 1477 e foi concluída em 1481, quando recebeu o novo nome, em homenagem a este pontífice: Capela Sistina.

A primeira missa ocorrida lá dentro foi em 09 de agosto de 1483, sendo dedicada a ascensão da Virgem Maria. Desde então passou a ser muito utilizada para diversas atividades papais, incluindo o conclave – o processo de escolha de um novo Papa. O primeiro ocorrido ali foi em 1492, quando Rodrigo Borgia foi eleito Papa Alexandre VI.

Inicialmente, a Capela Sistina não tinha os magníficos afrescos que a tornaram famosa.

Na época que foi criada, o Papa contratou o artista Perugino para criar 2 afrescos: um para a parede atrás do altar e outro para o teto que tinha uma pintura que representava um céu estrelado, bem ao estilo das capelas medievais.

Em 1504, provavelmente por problemas no terreno onde a capela estava situada, houve uma inclinação da parede sul, provocando uma grande rachadura no teto. As atividades religiosas foram imediatamente suspensas e, no mesmo ano, o Papa Julio II mandou iniciar o reparo do edifício. Foi bem sucedido no que diz respeito à estrutura, mas não conseguiu recuperar a pintura original do teto estrelado.

Foi então que em 1506, o Papa teve a ideia de chamar Michelangelo para refazer o afresco do teto. Demorou 2 anos para convencer o artista, que andava chateado com o pontífice,  segunda versão do teto (a atual), levou 4 anos para ficar pronta (de 1508 a 1512). Reza a lenda que Michelangelo fez tudo sozinho, em cima de andaimes, dispensando a ajuda de assistentes.

O tema central do majestoso afresco do teto é o Genesis. Nas laterais, vemos cenas do Antigo Testamento, figuras de profetas, sibilas e ancestrais de Cristo.

A última obra acrescentada na Capela Sistina foi criada 22 anos depois da pintura do teto. O Papa Paulo II contratou Michelangelo para que redecorasse a parte de trás do altar.

Para esse feito, inclinaram um pouco a parede (com objetivo de evitar acumulo de poeira),o afresco criado é o famoso Juízo Final, uma das obras primas de Michelangelo. Levou 7 anos para ficar pronto (de 1534 até 1541).

A pintura faz uma alusão à Justiça Divina, com almas sendo retiradas de seus túmulos e levadas perante Deus (no centro, com feições um tanto severas), o grande juiz que decide o destino delas: o céu ou o inferno.

Este afresco gerou muita polêmica na época, pois Michelangelo recebeu duras críticas por retratar corpos nus, considerados indecentes para ornar uma capela, ainda por cima a mais importante do Vaticano.

Majestosa. Espetacular. Magnífica. Extravagante. Posso colocar aqui todos os adjetivos existentes no dicionário e nenhum deles vai ser capaz de definir o que é aquilo!

 Estava bem cheio, com todo mundo olhando boquiaberto para aquelas pinturas. Há um ar refrigerado no local, que dizem que é pra preservar os afrescos do “calor humano”. Próximo às paredes laterais, existem bancos (concorridíssimos) onde podemos sentar e apreciar tudo.

Sobre as paredes perfeitas! As tapeçarias pintadas parecem de verdade. E os afrescos então... Belíssimos.

O Juízo Final lindo e enorme. Vai do altar até o teto, tendo mais ou menos 14 metros de altura e 12 metros de largura. E tem tanto detalhe, que a gente fica até meio perdido. Sem palavras pra descrever.

Por alguma razão, não é permitido tirar fotos dentro da Capela Sistina. Para conseguir que isso seja respeitado, vários guardas ficam passeando entre os visitantes, gritando “No photo, please!”, fiscalizando aqueles que tentam um clique escondido.

Mas mesmo com a proibição Derek conseguiu tirar quatro fotos da Capela, eu fiquei extasiada, fotos da Capela Sistina, meu Deus!

Saímos da Capela já era tarde, andamos um pouco e a cada esquina encontravamos um café, escolhemos uma mesa no lado de fora do café, tomamos café expresso e comemos uma fatia de bolo, conversamos animadamente sobre nosso passeio, então resolvemos ir para próxima atração turística o Pantheon – templo dedicado a todos os deuses romanos, é uma das mais bem preservadas estruturas romanas antigas e permaneceu em uso por toda a sua história. Localizado na Piazza della Rotonda, o Panteão tem sido utilizado como uma igreja, dedicada à "Santa Maria e os Mártires" e informalmente de Santa Maria Rotonda desde o século VII.

       O Pantheon era belissímo com colunas gigantescas, seu estilo grego-romano era muito encontrado na estrutura do monumento, era uma estrutura muito bem preservada, que aliava cultura e turismo em um só passeio.

       Encontramos um grupo de turistas que também passeava pela cidade, continuamos nosso passeio com esse grupo, chegamos nas Ruinas do Fórum Romano, foi durante séculos o centro da vida pública romana: o local de cerimónias triunfais e de eleições, o local onde se realizavam discursos públicos, os processos criminais, os confrontos entre gladiadores, e o centro dos assuntos comerciais.

Aqui, estátuas e monumentos celebraram os grandes homens da cidade. O coração da Roma antiga, foi considerado o ponto de encontro mais conhecido do mundo, em toda a história

Essa viagem estava sendo mágica, ver esses monumentos, estátuas, templos, respirar aquele ar de cultura, antiguidade, estava me deixando muito emocionada.

Andamos por todo o local que um dia fora o Fórum Romano, Derek estava tão feliz quanto eu, de mãos dadas nós observamos e registramos em fotos e vídeos as ruinas de um dos maiores impérios do mundo.

Depois de um dia inteiro de passeios e muitas fotos, voltamos para o hotel, tomamos um banho relaxante, pois andamos o dia todo, pedimos nosso jantar no quarto, além de estarmos cansados, queriamos passar algumas horas especiais, só nós dois.

No outro dia nossa caminhada por Roma começou cedo, combinamos com o grupo de turistas de nos encontrarmos em uma praça no centro da cidade, depois iriamos explorar a cidade juntos.

Nesse dia iriamos conhecer as ruinas do Coliseu, eu não tinha nenhuma palavra para descrever minhas emoções, eu estava de ansiosa a euforia máxima, junto com os turistas chegamos no Coliseu, é um anfiteatro oval localizado no centro da cidade de Roma.

 Construído com concreto e areia, é o maior anfiteatro já construído e está situado a leste do Fórum Romano.

O Coliseu poderia abrigar, entre 50 mil e 80 mil espectadores, com uma audiência média de cerca de 65 mil pessoas. O edifício era usado para combates de gladiadores e espetáculos públicos, caças de animais selvagens, execuções, encenações de batalhas famosas e dramas baseados na mitologia clássica.

O prédio deixou de ser usado para entretenimento na era medieval. Mais tarde foi reutilizado para vários fins, tais como habitação, oficinas, sede uma ordem religiosa, uma fortaleza, uma pedreira e um santuário cristão.

Embora parcialmente arruinado por causa de danos causados por terremotos e saques, o Coliseu é ainda um símbolo da Roma Imperial. É uma das atrações turísticas mais populares da capital italiana.

Quando entrei nele, me vi em outro plano, era simplesmente sensacional a emoção de pisar em um templo tão importante para uma civilização, me vi em tempos antigos, lembrei em filmes que retratam todo seu esplendor, não conseguia acreditar onde estava, Derek segurando minha mão, perguntou se eu estava bem, pois sem perceber lágrimas escorria em meu rosto.

Nesse momento soltei sua mão e o abraçei com tanto carinho e amor, ele estava comigo e compartilhando de todas essas emoções, por mais que eu tentasse, ele nunca saberia a proporção do meu amor por ele.

Andamos por todo o templo, fiz questão de tirar muitas fotos, aquela viagem ficaria registrada em vídeos, mais também em minha alma.

Saímos do Coliseu e andamos com o grupo até um restaurante, entramos e fomos almoçar, o grupo era composto por dez turistas, dois suiços, cinco americanos e três canadenses.

Os dois suiços eram um casal que estavam em comemoração aos dez anos de casamento, os americanos eram uma família com os pais e três filhos, os canadenses também era uma família com o casal e uma filha.

Os filhos tinham idades variando entre 12 e 20 anos, os pais não passavam de cinquenta anos, conversamos animadamente por algumas horas, trocamos telefones e e-mail, queriamos continuar a amizade, pois todos eram pessoas muito prestativas, educadas e gentis.

Nos despedimos do grupo de andamos um pouco pela cidade, Derek disse que tinha uma surpresa para mim em nosso último dia em Roma, então fomos até uma ponte.

A Ponte Milvio é uma das pontes que liga um lado do Rio Tiber ao outro e está localizada na zona norte de Roma. Ela é uma das mais antigas pontes romanas, já que as primeiras construções datam de 207 a.C., e os antigos romanos também a chamavam de Ponte Mollo.

Essa ponte é a ponte dos “cadeados do amor”, onde casais colocam os cadeados na ponte e jogam as chaves no rio, uma vez o cadeado fechado o amor duraria para sempre.

Derek tirou do bolso um cadeado com os nossos nomes gravado nele, nós então prendemos o cadeado na ponte e jogamos a chave no rio, trocamos juras de amor e beijos apaixonados.

Voltamos para o hotel, arrumamos nossas malas, pois no outro dia iriamos pegar o avião rumo a Florença.

Nossa viagem até Florença durou cerca de 1 hora, nos hospedamos em um hotel no centro da cidade, tomamos um reforçado café da manhã e saimos para explorar a cidade.

Florença foi durante muito tempo considerada a capital da moda. É considerada o berço do Renascimento italiano, e uma das cidades mais belas do mundo.

A cidade também é cenário de obras de artistas do Renascimento, como Michelangelo, Leonardo da Vinci, Giotto, Botticelli, Rafael Sanzio, Donatello, entre outros.

Nosso primeiro passeio foi A Grande Sinagoga de Florença, também conhecida como Tempio Maggiore, Templo Principal, é, até hoje, considerada uma das mais belas da Europa.

Ladeado por um amplo jardim, o Tempio Maggiore impressiona imediatamente os visitantes. Os relevos das portas têm motivos geométricos e arabescos, como evidências concretas do estilo mourisco que impregna todo o edifício. Os mosaicos e afrescos foram feitos por Giovani Panti.

Dividida em três alas, tem o seu centro na área onde está a Arca Sagrada - o Hechal - decorado por arabescos feitos por Giacomo Del Medico e iluminada pela luz da Chama Eterna. À esquerda, está o setor para o coral e, à direita, o órgão. A parte inferior do templo é destinada aos homens e a superior, às mulheres.

Ao sair da sinagoga, à direita, encontramos o Museu Judaico de História e Arte. Logo à entrada estão duas colunas de gesso, que representam o Monumento aos Deportados. A peça original está atualmente em Jerusalém. O Museu está dividido em dois setores, cujo objetivo é narrar a trajetória da comunidade judaica através de uma perspectiva histórica.

Uma miniatura de madeira reproduz o antigo Gueto de Florença. Uma exposição de fotografias e achados arqueológicos mostra imagens do dia a dia no gueto. O Museu abriga, também, uma coleção de objetos religiosos e da vida cotidiana, entre os quais, instrumentos musicais, trajes para a circuncisão, duas ketubot (contratos de casamento), livros de rezas e outros.

Conhecemos a Grande Sinagoga, ficamos impresionados com a arquitetura, a cúpula do templo era esverdeado e está integrada a paisagem da cidade, mantém sua singularidade, o museu é muito característico da época com elementos que nos faz curtir e admirar a preservação das peças.

Passeando pela cidade, encontramos a Basílica de Santa Maria Novella, situada transversalmente a estação ferroviária de mesmo nome.

Sob encomenda de Giovanni di Paolo Rucellai, um comerciante local, Leon Battista Alberti, projetou a parte superior da fachada incrustada em mármore preto e branco, preserva os famosos afrescos do período gótico e do início do renascimento.

Alberti trouxe os ideais de arquitetura humanista, proporção e detalhamento de inspiração clássica para o projeto, enquanto também criou harmonia com a já existente parte medieval da fachada.

Santa Maria Novella é a primeira grande Basílica de Florença, e a principal Igreja Dominicana da Cidade.

       Andar pela cidade, conhecer esses monumentos, respirar esse ar, nos leva imediatamente a eras antigas, passear pela cidade é respirar não ar, mas sim cultura, arte, beleza, é como se o tempo para eles não tivesse passado, nós haviamos voltado no tempo, eu tinha a nítida sensação que a qualquer momento iria topar com um artista famosa daquela época, sei que seria impossível, mas essa era minha impressão.

       Era bem depois do almoço, andavamos pela cidade em busca de algum lugar agradável para comermos, aqui na Toscana quase todos os restaurantes são trattorias.  Um ambiente informal com menu tipicamente Toscano.

       Encontramos uma trattoria muita convidativa, Sostanza: Ambiente informal com mesas grandes onde é provável que te coloquem juntos com outros clientes.  Isto dá a oportunidade de ótimas conversas. 

Famosíssimo pelo omelete de alcachofra que não existe em nenhum outro lugar no mundo.  Uma das melhores bistecca alla Fiorentina da cidade e o peito de frango (nadando) na manteiga marronzinha é um sonho!!!

Sentamos com quatro pessoas, coincidência ou não eram brasileiros, além da comida ser deliciosa, o bate papo foi incrível, eram uma família, o casal e um duas filhas, estavam de férias, a filha mais velha estava comemorando seu ingresso na universidade, a mais nova ainda tinha dúvidas do que cursar.

Já estava entardecendo quando nos despedimos, voltamos para o hotel de mão dadas, curtindo o espetáculo do pôr-do-sol em Florença, encontramos uma praça e sentamos no banco, ficamos por alguns minutos admirando os moradores da cidade, a convivência com os turistas não os incomodavam, ao contrário, eram gentins, educados e de muita boa vontade, compramos um sorvete e nos deliciamos com a tranquilidade e beleza da cidade.

Os raios de sol de Florença me despertou naquela manhã, o dia prometia ser lindo, olhei para o lado e encontrei Derek dormindo tranquilamente, fiquei observando-o por alguns minutos, então comecei dando pequenos beijos em seu rosto para acorda-lo, imediatamente fui recompensada com aqueles olhos esmeraldas que eu tanto amava me desejando bom dia.

Saimos do hotel, hoje iriamos tomar nosso café da manhã da rua, em uma padaria ou café, algo bem diferente do que estavamos fazendo até então.

Encontramos o Caffé Sabatino 1921, que era um café frequentado exclusivamente por locais,não poderiamos ter encontrado lugar melhor.

Ao chegar uma porta de vidro escondia um lugar simples porém de atmosfera acolhedora, Apesar de haverem mesas, alguns italianos faziam sua “colazione” em pé junto ao balcão.

Entre as opções oferecidas eu escolhi o café da manhã mais italiano possível, cappuccino e brioche com mel, Derek pediu o mesmo, só acrescentou suco de laranja, ainda ficamos algum tempo apreciando o movimento e tentando captar a atmosfera fiorentina que passava pela linda porta de vidro, já encantada pela cidade.

O ponto turistico para visitar hoje era o Palácio Pitti é um grande palácio renascentista de Florença. Está situado na margem direita do rio Arno, a pouca distância da Ponte Vecchio.

Agressivo e robusto este palácio criou um novo estilo palaciano renascentista. O Palácio Pitti, como protótipo do estilo palaciano renascentista, prescinde, evidentemente, da torre defensiva, típica nas casas senhoriais da Idade Média. Para proteger a mansão,foi inspirado na arquitetura romana, recorrendo a paredes muito grossas e a janelas pequenas e muito elevadas.

Deste modo, cria-se um palácio robusto, moderno e agressivo. O pátio do palácio, é um exemplo da arquitetura maneirista florentina. Na decoração dos muros, recria-se um esquema clássico, com colunas, no estilo dórico, jónico e coríntio, e arcos que se sucedem, criando um efeito óptico do qual, a parede, parece sobressaír.

No século XIX, o palácio foi usado como base militar por Napoleão Bonaparte, e de seguida serviu por um curto período de tempo como residência oficial dos reis da Itália. No início do século XX, o Palácio Pitti, juntamente com o seu conteúdo, foi doado ao povo italiano por Vítor Emanuel III; por esse motivo, as suas portas foram abertas ao público e converteu-se numa das maiores galerias de arte de Florença. Hoje em dia, mantém-se como museu público, mas as suas coleções iniciais foram ampliadas.

Não poderiamos visitar Florença e não ir ao Museu Nacional de São Marcos é um museu de Florença, fica na Praça de São Marcos. Seu rico acervo é formado principalmente de pintura sacra do Renascimento, o prédio do museu é um antigo convento dominicano do século XIII que foi reconstruído por Michelozzo em meados do século XV, criando uma arquitetura ao mesmo tempo sóbria, elegante, espaçosa e bem iluminada, típica do Renascimento italiano.

Alguns traços, contudo, se conservam de seu desenho primitivo, O ambiente mais notável do complexo é talvez a grande Biblioteca, com delgadas colunas de sustentação do teto abobadado, que foi a primeira biblioteca pública do Ocidente.

O museu é famoso especialmente pela série de afrescos pintados por Fra Angelico e seus auxiliares, outros mestres representados no museu são Domenico Ghirlandaio, Alesso Baldovinetti, Giovanni Antonio Sogliani e fra Bartolomeo.

Dos auxiliares de Fra Angélico se conhece os nomes de Giovanni da Fiesole e Guido di Pietro Trosini. 

A Biblioteca teve grande parte de sua coleção transferida para a Biblioteca Laurenciana no século XIX, mas ainda possui mais de uma centena de livros corais iluminados da Idade Média e do Renascimento, bibliografia de teologia e filosofia, e parte da coleção de Giorgio La Pira.

Como disse respiramos cultura e arte, a cidade nos ofereçe um roteiro interessante que mistura cultura, conhecimento e romantismo, além da cidade ser bela, seus moradores, monumentos e museus são um convite ao regresso.

Era nosso último dia na cidade em passeamos bastante, encontramos um Carrinhos de dobradinha, pedimos um panino al lampredotto com a opção picante, com molho verde, e com o pão ligeiramente molhado, é uma experiência maravilhosa e ultra típica!

Depois dessa delícia ultra rápida, voltamos para o hotel, pois Derek disse que iriamos explorar a noite de Florença, a tarde em Florença era para mim um convite ao cochilo, deitei na cama e me entreguei ao prazer de uma bela soneca.

Fui acordada com um corpo quente em cima de mim e muitos beijos no rosto, orelha e pescoço.

— Acorda Docinho, está na hora de se aprontar para sairmos, aproveitar a noite em Florença. Disse Derek.

— Uh, prefiro os beijos e tudo que ele leva. Respondi sonolenta.

Então Derek se ajeitou em cima de mim e me beijou ardentemente, retribui o beijo com o mesmo desejo, nos amamos apaixonadamente em Florença.

Derek escolheu o restaurante Borgo San Jacopo, muito  elegante com uma linda vista ao rio Arno, na entrada um display de azeites locais artesanais, a decoração é discreta e elegante, com mesas em madeira escura, prateleiras com pratos decorativos e quadros da família proprietária do restaurante, o prédio tem formato de sobrado com dois andares e escadas.

Eu escolhi uma salada de polvo com verdura deliciosa como primeiro prato e depois o Brodetto alla Marchigiana que é um misto de peixes com molho de tomate com pão torrado.

Derek pediu um taglierini grelhado com creme e presunto, a tartar, o carpaccio e o curry de camarão com arroz pilaf, para acompanhar os pratos tomamos vinho branco.

O restaurante era acolhedor e muito elegante, tinha uma atmosfera de familiaridade, de aconchego, enquanto jantavamos, trocamos nossas impressões sobre a cidade, sobre todo o roteiro que percorremos até aquele momento.

Após o jantar andamos um pouco perto do rio Arno, sentamos em um banco e contemplamos a maravilhosa vista a nossa frente, no outro dia iriamos para Veneza, essa era nossa última noite em Florença, estavamos muito felizes, finalmente estavamos juntos compartilhando o amor que tinhamos.

Acordamos bem cedo no outro dia, tomamos um café da manhã bem reforçado, pois tinhamos até Veneza quase 3 horas de vôo.

Desembarcamos no Aeroporto Marco Polo em Veneza era quase horário do almoço, tomamos um táxi aquático que nos levou até o pier do hotel.

Fizemos o check in no hotel, nos informaram que havia um restaurante onde podiamos almoçar, fizemos uma refeição leve e fomos explorar a bela cidade aquática.

Veneza a cidade mais exótica da Itália. Diferente de qualquer outro lugar do mundo, Veneza é totalmente cortada por rios e virou um dos destinos mais turísticos da Europa, ela é localizada no nordeste da Itália, sobre um grupo de 117 pequenas ilhas separadas por canais e ligadas por pontes, ela é famosa por sua beleza, arquitetura e obras de arte, ela foi importante na história da música sinfônica e da ópera, sendo local de nascimento de Antônio Vivaldi.

Por ser uma cidade aquática, nosso meio de transporte era um táxi aquático, que nos levava aos pontos turisticos, neles haviam pier, onde podiamos descer e visita-los.

A Ponte di Rialto de Veneza é um dos pontos turísticos mais bonitos da cidade. Essa ponte serve para cruzar o Grande Canal e acabou virando um pequeno centro de compras, pois tem diversas lojas e barracas ao seu redor. Por ser a mais velha ponte construída para cruzar o Grande Canal e por uma arquitetura histórica italiana, a ponte é um símbolo da cidade e um dos lugares mais visitados pelos viajantes que vão para Itália. No seu início, a ponte foi construída toda em madeira e com o tempo foi reconstruída em pedra, mas mantendo o seu estilo e arquitetura inicial.

Paramos em algumas lojas e barraquinhas, onde compramos lembranças da cidade, depois continuamos nosso tour até a Praça de São Marcos, onde descemos no pier e andamos por toda sua extensão.

A Praça de São Marcos, Piazza San Marco, é o ponto turístico mais importante e procurado de Veneza, por abrigar dentro dela vários lugares históricos e legais de conhecer. A Praça de São Marcos em Veneza é formada por construções históricas como a Basílica de São Marco, que é um ponto turístico imperdível, o Palazzo Ducale, a Torre do Relógio e a Campinale, que é a torre que tem os sinos da basílica.

A Campanário de São Marcos é também conhecido como Torre Veneziana, e é uma torre enorme que fica na Piazza San Marco. A Torre de Veneza atrai os turistas, por causa da sua incrível vista. O lugar é realmente alto e é possível ver toda a cidade de Veneza, com uma vista incrível que rende fotos maravilhosas.

A Torre do Relógio é outro ponto turístico importante em Veneza e fica em um edifício renascentista, dentro da Praça de São Marcos. A parte central do relógio é feita de ouro e esmalte azul e o diferencial dele é que além de mostrar as horas, ele mostra também as fazes da lua e o signo do zodíaco.

Nosso próximo passeio era algo muito conhecido e também muito ansiado por mim, iriamos passear de gondola pela Grande Canal, é um canal enorme que corta toda a cidade de ponta a ponta, o legal para passear pelos canais é fazer o passeio de gôndola, que além de ser o passeio mais tradicional da cidade e ser super romântico.

 O passeio mais comum é o de 30 minutos, que passa pelos principais pontos turísticos de Veneza, existem pontos espalhadas por toda a cidade, o barco é super confortável, que pode transportar até 4 pessoas, mas o passeio a dois é extremamente romântico.

Derek e eu curtimos o passeio de gondola, a cidade é muito romântica e exótica nos proporcionando uma atmosfera charmosa e um certo ar surreal, a cidade estava cheia de turistas pois estavamos na época do grande Carnaval de Veneza, um evento que dura dez dias, os participantes usam trajes do século XVIII e máscaras, com bailes em salões e desfiles, claro ir a Veneza e não participar do baile de máscaras, é o mesmo que namorar sem beijo!!!!

Antes de voltarmos para o hotel paramos em uma loja que alugava os trajes e as máscaras, escolhemos nossas fantasias e voltamos para o hotel, tinhamos uma noite interessante pela frente.

No hotel pedimos nosso jantar, tomamos um banho e nos aprontamos para o grande evento, eu estava muito ansiosa, além de estar em Veneza, iria participar do famoso baile de máscaras, eu não tinha palavras para descrever meus sentimentos.

Minha fantasia era um vestido preto longo e muito esvoaçante, com mangas longas, a saia tinha várias camadas e no viés do vestido plumas pretas e brancas, a máscara era de fundo branco, com brilho nos olhos e nas laterais dela em preto, Derek usava um espécie de termo preto como fantasia só que acima da bota que usava tinha plumas em preto e branco, a camisa era branca e o casaco era de comprimento até o meio da coxa era preto ornado em plumas branco e preto, sua máscara era do mesmo tom que a minha, branca com brilhos pretos nos olhos e laterais, nas mãos ele levava uma espécie de cedro, também ornado nas cores da roupa, usavamos luvas brancas e jóias como detalhe da roupa.

Primeiro participamos do desfile, havia uma imensidão de turistas com as fantasias mais extravagante que outras, realmente aquele eventos nos levava a outra época, conseguimos o cinco lugar no desfile, minha nossa nem em meus sonhos iria imaginar algo assim, depois fomos ao baile, eu jurava que estava no século XVIII, a música era clássica, a dança característica daquela época, o mais interessante era que ninguém reconhecia quem estava no baile, pois as máscaras guardavam nossa identidade perfeitamente.

Depois de algum tempo observando, arriscamos uns passos de dança, foi muito divertido, surreal e fantasioso,ao longo da noite nos soltamos e dançamos bastante.

Voltamos para o hotel era madrugada, tomamos um belo banho para tirar toda a maquiagem do rosto e o peso da fantasia, fomos para a cama, pois nossos pés estavam doloridos, mas nossos corações explodiam de felicidade.

Acordamos não sei que hora era, mas o barulho era tão alto que nos assustou, o céu estava derramando-se sobre Veneza, a chuva e trovões castigavam a cidade e nos impossibilitava de sair do hotel, pensei que fosse um tremendo azar, pois essa seria nosso último dia na cidade e posteriormente nosso último dia de viagem.

Mas como sempre, Derek vendo sempre o lado positivo dos acontecimentos, me surpreendeu de uma forma de eu nunca imaginaria....

Com as chuvas o hotel estava funcionando a base de gerador, pois a energia acabado, ele então me preparou um delicioso banho de banheira, enquanto eu estava no banheiro ouvia ele preparar algo no quarto.

Depois de algum tempo ele apareceu no banheiro e me acompanhou, assim que terminamos nosso banho fomos para o quarto, não pude acreditar na surpresa que me esperava.

A única iluminação do cômodo vinha da mesa com velas acessas, ela estava ornamentada com taças, dois pratos e talheres um pouco diferentes, Derek me levou a uma cadeira, eu sentei, ele então fez uma chamada no telefone, minutos depois a campainha tocou, era o serviço de quarto. Ele havia programado uma tarde regado a vinho e fundue, o barulho da chuva e os clarões do trovão só aumentaram a atmosfera de romântismo que Derek criou para nós, passamos a tarde mais agradável da toda nossa viagem, pois éramos só nós, juntos compartilhando desse momento de total união, amor e companherismo. Mais uma vez Derek me mostrava que ele não era só o homem da minha vida, mas sim minha outra metade, meu complemento, minha razão para viver.

Depois de nossa tarde muito agradável, nos preparamos para voltarmos para o Brasil, parece que Derek fez um acordo com Deus, pois no horário de sairmos do hotel a chuva havia cessado, pegamos o táxi aquático até o Aeroporto Internacional Marco Polo, nosso vôo até São Paulo duraria cerca de 14 horas. Dentro do avião Derek me perguntou se eu havia gostado de nossa viagem, eu não pude responder, apenas o beijei apaixonadamente, depois disse Eu Te Amo.

Com a vista da janela do avião, meus pensamentos divagaram sobre nossa viagem, se eu pudesse descrever as cidades por onde passamos em apenas uma palavra eu descreveria Paris – Beleza/ Bordeaux – Sabor/ Roma – Poder/ Florença – Cultura/ Veneza – Romântismo, então com esses pensamentos adormeci plenamente feliz, acordando quase no Brasil.


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