Reencontro escrita por Nahu


Capítulo 1
Os Marotos


Notas iniciais do capítulo

Heeey, essa é a minha primeira fanfic de HP e eu estou morrendo de medo de ter feito algo de errado. Se eu errei em algo, eu sou nova em questão de fã mas tentei não errar muito :3
Agradeço a AnaBBC por ter betado essa fic q eu sei que tinha erros por causa do sono enquanto eu escrevia.
Eu espero sinceramente que vocês gostem dessa fanfic quanto eu gostei de escreve-la, foram horas e horas falando com fãs afinco e depois de muito coragem... Aqui estou.
Nos vemos lá embaixo.
PS: Fic narrada por Lupin após sua morte.



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Não diria que é a melhor sensação estar morto, mas devido às situações levadas até isso, morrer com honra torna-se mais reconfortante enquanto vê sua vida se esvaindo aos poucos de seu corpo e tudo ao seu redor é tomado pela escuridão.

Tão rápido a escuridão veio, a luz chegou excitando minhas pálpebras a se abrirem. Não sentia mais meu corpo caído ao chão e, sim, de pé e o vento ricocheteando minha pele do rosto. Quando abri meus olhos, para minha total surpresa, não era o outro lado depois da vida, somente eu em frente ao Salgueiro Lutador, o tão famoso de Hogwarts.

Essa árvore trazia boas e más lembranças do meu tempo na escola, um lugar nostálgico que marcava uma das melhores fases da minha vida ao lado dos meus três melhores amigos: Tiago Potter, Sirius Black e Pedro Pettigrew. Nós quatro formávamos um grupo chamado Os Marotos e, apesar de reconhecer atualmente que nossos atos nessa época eram totalmente inconsequentes, são boas memórias ao lado deles.

Minha história com eles sofreu diversos problemas: desde meus problemas por ser lobisomem, de eles pesquisando arduamente jeito para serem animagos e me fazerem companhia nas difíceis noites da transformação, até a traição de Pedro tendo como consequência a morte de Tiago e sua esposa, deixando o pequeno Harry Potter órfão.

Saindo da minha pequena bolha de lembranças, rumei silenciosamente até ao Salgueiro que não se moveu e entrei pela pequena passagem que havia nele. O túnel que se seguiu está anormalmente largo, como se não quisesse criar dificuldades para minha passagem. Eu sentia que deveria tomar este rumo, não sabia a explicação para fazer isso.

Ao entrar na tão famosa Casa dos Gritos, sendo na verdade meu esses gritos, a surpresa invadiu-me. Seus móveis, antes a maioria quebrados e com uma espessa camada de poeira, agora estão arrumados e reluzentes tamanha a limpeza, isso se repetia pela minha visão por toda a casa. Mas o mais surpreendente foi encontrar Sirius e Tiago ali parados à minha frente sorrindo.

Provavelmente eu estou com uma expressão mista entre surpresa e felicidade. Ambos aparentam ter a idade em que faleceram, sem nenhuma marca de dor ou sujeira, vestidos em trajes normais, provavelmente eu estava igual nesta questão. Impossível explicar o que se passa em meu interior ao vê-los.

Quando finalmente olhei nos olhos de Tiago, diversos sentimentos foram transmitidos através dessa ação. Uma amizade que valia mais do que ouro, mal sabia eu ao despedir-me dele que seria de fato aquela a ultima vez que nos veríamos até esse momento. Após mais de dez anos sem ver seu sorriso característico, seu cabelo incorrigivelmente desalinhado e sua presença ao meu lado, vê-lo parado ali na sala é uma sensação indescritível.

A distância entre nós dois foi dissipada com um abraço forte, como aquele que aconteceu no que seria nossa despedida há anos atrás.  O sentimento ali com mais destaque obviamente é a saudade que sentíamos um do outro e o quão difícil foi esse tempo longe, sentir ele nesse abraço e ter a certeza de que não era minha imaginação foi reconfortante.

Permanecemos assim por vários segundos no abraço, sem trocarmos nenhuma palavra e sentindo o olhar do nosso outro amigo sobre nós. Com um sorriso pairando sobre meus lábios e sentindo meu amigo sorrir em meus ombros, afasto-me dele segurando seus ombros com as mãos e finalmente olhei para Sirius.

A lembrança de sua morte veio-me à mente e um arrepio passou por todo meu corpo. Lembro dos mínimos detalhes desse momento, de cada célula do meu corpo doer ao ver o meu melhor amigo morrer do mesmo jeito que Tiago e, novamente, eu não pude fazer nada para impedir isso. Não chorei nesse dia, mantive-me forte ao lado de Harry, apesar de toda tristeza que estava invadindo o meu corpo ao saber que mais um amigo havia se partido, doeu – talvez até mais – como quando soube que Tiago e sua esposa faleceram.

— Aluado, meu amigo... – Sua frase foi interrompida por mim, puxando-o pelo braço para um abraço e confirmando que não era um simples delírio, que de fato ele estava ali.

Se é que isso era possível, seu abraço foi muito mais forte que o de Tiago, fazendo minhas costelas reclamarem pela força aplicada nelas e momentaneamente senti o ar me faltar. Quando Sirius viu a minha dificuldade, afrouxou o abraço, ainda o mantendo.  Ouvia o início de uma risada dele perto dos meus ouvidos e o acompanhei me afastado dele, encarando meus dois amigos.

— Quantos anos faz que nós três não nos reunimos?  - Perguntou Almofadinhas, apelido de Sirius, com uma pontada ainda de riso em sua voz.

— Não sei, Pontas, mas isso pode ser o sinal da velhice chegando – Digo em um tom risonho, aproveitando esse momento.

— Não sei sobre vocês, mas mantenho minha forma perfeita – Ouço a voz de Pontas, apelido de Tiago, cheia de si, entretanto voltou a ficar séria fazendo um som com a garganta para chamar a atenção – Voltemos ao que viemos fazer aqui, Sirius.

Com um leve aceno de cabeça, o adulto de cabelos longos recolheu o sorriso ainda mantendo o vestígio dele em seus lábios e afastou-se, encostando seu corpo na parede e olhou para nossos rostos e enfim para aquela casa tão conhecida pelos três. Soltou um suspiro e o som de sua voz predominou pelo recinto:

— Meu caro amigo, talvez imagine o porquê de estarmos aqui, não? – Fez uma pausa para minha resposta e continuou após eu concordar rapidamente com a cabeça – Não estou muito surpreso com o lugar que para você é o mais marcante.

— Ocorreram tantos momentos nessa casa, mudanças físicas e também sentimentais, seria uma surpresa não ser esse lugar, meu amigo.

— De fato, Aluado, mesmo faltando uma pessoa... – Pontas brincava com uma taça em suas mãos que encontrara em algum lugar quando a deixou  cair, olhando em um ponto fixo da casa atrás de mim.

A pergunta que eu iria fazer foi respondida assim que me virei para ver o ponto atrás de mim e encontrei Pedro Pettigrew, apelidado como Rabicho.  Uma expressão de nojo pairou sobre meu rosto ao ver sua pessoa à minha frente, as feições de rato tinham desaparecido, dando um ar mais humano a ele.

— O que faz aqui, Rabicho? – Pergunto, não escondendo o nojo em minha voz, mas ao me virar para meus amigos, encontro somente a curiosidade no olhar de ambos – Porque não fazem nada, Pontas e Almofadinhas?

— Ele não estaria aqui se não fosse digno, Aluado - Responde Tiago, ajeitando os óculos em seu rosto e analisando Pedro dos pés à cabeça, totalmente desconfiado – Para estar nesse tipo de lugar, entre a vida e a morte para você, significa que algumas coisas faltam se encaixar.

— Apesar do cheiro de traição inalar sobre esse aí – Apontou Sirius ao Pettigrew em um quase tom indignado – O que diz Tiago não deixa de ter razão, infelizmente.

Como se o rosto de Pedro retornasse a cor, aproximou-se lentamente olhando para suas mãos nervosamente e falando consigo mesmo em um som inaudível aos ouvidos de todos os presentes.  Ouviu-se um suspiro alto dele e olhou para os olhos de cada na sala com determinação.

— Enfim os Marotos juntos – A voz estranhamente fina dele foi ouvida pelo recinto, deixando claro seu nervosismo, apesar de sua expressão mostrar o contrário – A Casa dos Gritos como o seu lugar entre vida e morte, Aluado, interessante.

— Desembucha, Rabicho – Cortou Sirius grossamente, lançando um olhar que congelaria qualquer um – Não estou com paciência para mais uma sua.

— Venho contar a nossa história sob meu ponto de vista – Levanta as mãos para Sirius, pedindo para não o interromper quando o de cabelos grandes fez menção – Já estamos todos mortos, posso ter o direito a algumas palavras ao menos?

Fiz sinal de indiferença, observando Tiago apenas concordar, mas vi o seu punho se fechar deixando os nós dos dedos brancos. Sirius demorou a concordar, olhando de modo indignado para nós, como se não acreditasse nos nossos atos. Sirius guardava sérios ressentimentos com Pedro, todos nós guardávamos.

— Poucos foram os momentos em que eu brilhei... – Pedro foi interrompido por um Sirius revoltado.

— Nunca brilhou.

— Realmente, Sirius, nunca brilhei.  Jamais negarei que me juntei a vocês somente pela fama, vi uma oportunidade de crescer estando no grupo e ser melhor do que todos esperavam de mim.  O primeiro motivo para me juntar a vocês foi esse, mas o motivo de eu ficar ao lado de vocês por todos os anos em Hogwarts foi porque de fato gostava de estar com vocês e de nossas aventuras.

— Gostava tanto que decidiu trair Tiago e sua esposa? – Sibilou Almofadinhas, já impaciente.

— Sirius, deixe-o terminar – Surpreendo com a minha própria voz, repreendendo meu melhor amigo – Todos já estamos mortos, ouvir alguma coisa dele não será dos males o pior.

— Como eu ia dizendo – Pigarreou Pedro ao ver Sirius fazendo um muxoxo e olhando para sua cara de um jeito nada agradável – Quando nos formamos na escola, cada um seguiu seu rumo, e apesar de mantermos nosso vínculo, percebi que eu estava perdendo todo o brilho que ganhei estando com vocês e a ganância falou mais alto que nossa amizade, esse é o meu verdadeiro arrependimento.

— Não diga mentiras, Rabicho – Falou friamente Potter, desacreditado com a história do ex-amigo – Você encomendou minha morte, você era o guardião do nosso segredo.

— Chegarei nesse ponto, Tiago. Ao chegar à conclusão que estava sumindo e vocês se destacando, encontrei-me desesperado em busca de uma forma de brilhar e agindo como um cego pelo poder, encontrei Voldemort e juntei-me a ele.

“Naquela hora, parecia uma proposta irrecusável e eu não tinha noção das consequências que aquilo poderia trazer no futuro. Eu agia como um espião para Voldemort e mesmo sabendo que era incrivelmente errado, o fazia sem negar. O Lorde das Trevas duvidava da minha lealdade e com puro medo de morrer, quando você decidiu que eu deveria ser o guardião do segredo, parecia ser a única saída para não acontecer a minha morte. ’’

— Todos nós sabemos dessa história, Pedro – Declaro olhando friamente em sua direção – Conte algo que não sabemos para tornar as coisas, de fato, interessantes.

— E em um ato de puro medo, fiz tudo aquilo com Sirius para ao menos sair honrosamente – Virou-se para o citado e sorriu tristemente – Eu sei, fui terrível a todos, especialmente a você, Sirius. Quando nos encontramos nessa casa anos depois com Harry Potter junto com os amigos, você tirou uma conclusão que de fato parecia fazer todo o sentido, mas em partes foi mentira.

“Não me afugentei ao corpo de um rato por querer me esconder dos seguidores de Voldemort e, sim, como forma de me penalizar pelo que tinha feito a todos vocês, permaneci naquele corpo incrivelmente ruim. Parece ser fraca essa penalização, se eu mesmo não soubesse que estava arrependido dos meus atos e viver no corpo do rato tornou-se um fardo que faria questão de levar pela vida toda”.

Um silêncio desconfortável invadiu o recinto, nenhum dos três amigos tinha algo a dizer além da cara de desdém e surpresa, pois Pedro Pettigrew falou tudo em uma seriedade que dificilmente usava, fazendo os amigos o encararem com um olhar minimamente curioso.

— Se isso de fato é verdade, Pedro... – Tiago cortou o silencio, parecendo escolher as palavras certas para dizer – Por que ficou com o seu dono enquanto rato sendo ele amigo do meu filho?

— Por incrível que pareça, Pontas, sentia a necessidade de ao menos estar presente na vida de seu filho, não para atrapalhar e, sim, zelar mesmo que só o observando ao longe , porque afinal era seu filho e, por minha causa, se tornou órfão.

— Não ouse falar do meu afilhado como se preocupasse com ele, Rabicho – Vociferou Almofadinhas ao notar o rumo da conversa – Diga logo a verdade, seu...

— Porque eu estaria aqui contando isso no meu tom sério, se fosse mentira, Sirius? – A pergunta calou o outro, que não tinha uma resposta para tal – Porque de fato faltam peças nesse quebra-cabeça e essas que eu devo colocar. Quando aconteceu o episódio de Harry Potter nessa casa e todos aqueles acontecimentos, teria alguma chance de vocês acreditarem no que eu estou falando, Almofadinhas e Aluado?”

— Não teriam acreditado – Continuou Rabicho ao receber como resposta um silêncio à sua pergunta – Então eu deixei vocês criarem esse maior ódio sobre mim, teriam seus motivos e quando me vi livre de vocês percebi que não teria ninguém a me recorrer, senão ao Voldemort que estava fraco, mas vivo.

“Eu tinha uma dívida com Harry Potter por ter poupado minha vida naquele dia, Tiago. Nunca o feri diretamente ou/e gravemente, por saber que era filho seu e que não merecia de mim esse sofrimento. Quando deixei Harry Potter escapar, não foi só pela dívida, foi porque sabia que, ao fazer isso, além de deixá-lo vivo, deixaria vivo o filho de um dos meus melhores amigos, e morrer por ter feito isso seria justo. Morri por ter deixado o filho do meu melhor amigo que eu traí fugir, essa seria a melhor punição para mim, um traidor”.

Pedro Pettigrew olhou nos olhos de nós três, enquanto todos permaneciam mais uma vez quietos diante da história que ele contava. Seria inútil contestar que ele poderia estar mentindo, porque nunca o viram usar um tom tão sério como esse e estar ali junto a eles naquele lugar, se não fosse digno.

— Eu não espero que nenhuns dos três perdoem-me por todo o mal que eu fiz a todos. Mas eu digo com toda a sinceridade que me arrependo de tudo e de principalmente ter perdido uma amizade tão valiosa como a de vocês, mesmo sendo tarde para dizer... Sinto muito, Marotos, por tudo.

“Agora se me dêem licença, cavalheiros, acho que está na minha hora de partir.”

Com um breve aceno a todos os presentes na sala, rumou até a porta de entrada que provavelmente seria o portal. Rapidamente troco olhares com os rapazes, Almofadinhas e Pontas, e vejo o adulto de cabelos longos colocar a mão sobre o ombro de Rabicho fazendo-o parar sua caminhada para olhar surpreso seu até então ex-melhor amigo.

— Não digo que o perdoarei hoje, Pedro, honestamente – Ouço a voz de Tiago ressoar pelo recinto em um tom calmo – Mas se a morte considera você importante para esse momento, acredito em suas palavras, meu amigo.

Vejo aquele pequeno corpo rechonchudo tremer e voltar a olhar para o resto de seus amigos, para ter certeza que não foi um delírio e para confirmar apenas sorri acenando com a cabeça e Sirius se fez de mal feito revirando os olhos, mas via um vestígio de sorriso em seus lábios.

Todos os Marotos olhavam entre si, o clima de tensão ainda é presente sobre o recinto, mas todos observam a casa de forma nostálgica, relembrando todos os momentos ali, tantas reviravoltas aconteceram em nossas vidas. Morremos cedo, mas não tinha nenhum arrependimento nos olhos de ninguém e, sim, paz.

— Se imaginássemos que morreríamos tão cedo, nós teríamos aproveitado melhor nossa juventude – Sirius quebra o silêncio e cruza os braços, sorrindo ao se lembrar de nossas travessuras – Apesar de tudo, Pedro, você brilhou como nós, não por nossa fama, mas porque somos amigos e cada um no nosso grupo tinha um brilho diferente, você tinha o seu próprio, só não o via, meu amigo.

— Obrigado, Sirius – Mesmo com a claridade da casa, podia ver as bochechas de Pedro adquirirem um tom vermelho escarlate e a voz sair mais fina – Tem certas coisas que você não vê, se torna cego para umas e almeja outras.

— Você admitiu seus erros, Pettigrew, não lamente mais por eles – Digo ao ver até que ponto iria essa conversa dele – Eu também tenho muitos erros, mas eu aprendi com eles, então faça o mesmo.

— Você está certo, Remo – Vejo Pedro sorrir e se encostar em um móvel qualquer da casa de modo despojado – Todos nós erramos, Marotos.

A distância entre todos foi diminuindo até formar uma roda espaçosa de amigos, não tinha porque estarmos tão longe um dos outros sendo que fazia anos que essa formação não era feita. Pedro, Sirius e Tiago conversavam animados sobre um assunto qualquer enquanto eu os observava, sentia saudades desses momentos.

— Remo, soube que você se casou e teve um filho – Sirius se direcionou a mim, chamando minha atenção – Arranjou uma mulher que goste de suas fases de lua?

— Muito engraçadinho você, Sirius – Reviro os olhos com o trocadilho do meu amigo e sorrio tristemente ao sentir uma sensação, que não conhecia, mas sabia o que significava – É uma mulher diferente, Sirius, uma pena que meu filho não poderá ter sua presença.

Sem ser necessário mais perguntas sobre isso, eles entenderam o recado e sorriram tristemente em minha direção.

— Aluado, meu amigo – Almofadinhas se aproxima, abraçando meu ombros de lado – Ele terá como pais dois heróis de guerra e sentirá-se orgulhoso dos seus atos, você merece todo o reconhecimento que a vida o proporcionou.

— Tenho certeza que meu filho guiará o seu nesse caminho – Tiago comenta com uma pitada de orgulho em sua voz ao citar o nome do seu filho – Tornará-se um grande bruxo assim como seus pais.

Solto um suspiro ao pensar nas dificuldades que meu filho terá pela vida, mas sei que ao partir, o deixei em mãos certas para torná-lo o grande homem que poderá ser no futuro, mesmo com seus pais ausentes e sendo um órfão da guerra. 

Olho para o teto e encaro a porta da entrada, sentindo que estava na hora.

— Chegou a hora, Remo – Ouço a voz de Sirius perto de mim confirmando essa minha sensação – Enfim os Marotos juntos.

Seguimos juntos até a porta da entrada daquela casa que marcou tanto nossa adolescência e que fora decisiva para  Harry Potter e Sirius. Tiago abriu-a e momentaneamente meus olhos fecharam por causa da luminosidade e permaneceram assim até ter certeza que era suportável. Os quatro marotos estavam lado a lado, olhando para trás todo o imóvel com um sorriso.

— Tiago – Chamo meu amigo antes de fazermos qualquer coisa – Sentiria orgulho no grande homem que seu filho se tornou, uma pena ter partido cedo.

— Eu não preciso ter conhecido ele atualmente para ter orgulho dele, Aluado – Respondeu Pontas olhando para mim sorridente – Mas sinto que voltaremos – eu, você e Almofadinhas – para o guiarmos pela última vez.

Prefiro não perguntar o real significado dessa frase e só olhei para a porta de entrada extremamente luminosa, um portal entre a vida e a morte. Um a um rumaram até ela, sem antes colocar sua mão sobre a soleira da porta e ao retirarem, a forma das patas que cada um deles assumia como animais – Cervo, lobo e rato - estavam ali em um tom vermelho. Demorei alguns segundos para acompanhá-los, fazendo o mesmo que todos e deixando minha marca na soleira de uma grande pata de lobisomem e rumei para a luz.

Antes de uma sensação gostosa se instalar sobre meu corpo, chego a uma conclusão.

Fiéis como sempre, meus amigos apareceram naquela sala: Tiago, Pedro e Sirius. Aqueles que em meus momentos difíceis não me deixaram, e sim buscaram uma solução para estar ao meu lado. Até em minha morte, eles estão aqui me recepcionando para essa nova etapa.

Afinal, o último maroto chegou.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam? O tamanho está ótimo para o que eu propus logo na sinopse e ao que eu queria escrever e narrar, um reencontro para esse 4 lindões que eu adoro.
Agradeço a todos que me incentivaram no grupo do facebook para postar essa ideia e a todos meus amigos que me apoiaram na construção dessa OS.
Sei que essa fic tem seus momentos de pesares, momentos fofos e bem gays, esses extremo que acredito que balanceou.
Qualquer comentário, favorito e recomendação é sempre bem-vindo ♥
Beijos e nos vemos talvez em outras histórias de HP.



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