Há muito tempo atrás,na Idade Média,havia uma camponesa chamada Karolina Class que viviam no interior londrino,moça bela e alta,de olhos e cabelos longos cor castanho claro,apesar de ser cuidadosa e amorosa,era muito responsável. Priorizava o bem familiar,mas nunca gostou de verdade de viver no meio do campo,pois era ambiciosa e pensava em ter sempre o melhor.
       Sua mãe Vivian era uma senhora de cabelo curto e bem grisalho,olhos azul claro,era doce e amorosa,porém doente e sentia muita falta de seu marido Hanks,pai de Karolina que morreu misteriosamente.
Sua irmã mais nova,Lucy era uma criança alegre,sorridente e gentil, tinha cabelos ruivos que quase sempre estavam amarrados por um prendedor de flores,o qual sua mãe fez.
      A casa a qual residiam era feita de madeira,pequena e simples,porém bem arrumada e cuidada,se localizava perto de um lago e com uma curta vista para a cidade.
    Era uma manhã ensolarada e calma,o vento assoprava frescamente. A família se despreguiçava levemente com o canto sincronizado dos pássaros.
    Após se levantar e escovar os dentes,Karolina logo vai para a mesa,Vivian preparava o café da manhã e Lucy despreguiçava ao sair do quarto.
— Dormiu bem querida?
Karolina responde:
— Muito bem,me admiro de não ter que me agasalhar toda hoje,essa semana fez tanto frio.
— Mas hoje está um dia lindo e bom para colheita... não é?
— É... Tem muito tempo que não vejo um tempo bonito assim,me anima de ter que fazer todo esse trabalho - Karolina interrompe a fala com um sorriso
— Mana,mas não prometeu que iriamos brincar hoje?
— Desculpa irmãzinha,por hoje não vai dar pois é muito trabalho. Mas se me sobrar tempo com certeza eu irei brincar.
— Tudo bem, eu entendo... - Lucy abaixa a cabeça
— Não fique chateada meu bem,sua irmã anda muito ocupada essa semana mas ela com certeza terá tempo ok? Agora vamos comer!
    Havia cereal e alguns pães sobre a mesa,acompanhado de chá de rosas. A família conversava calmamente enquanto comia,quando terminaram Stacy foi lavar a louça.
— Tenho que ir,ainda há muito trabalho a ser feito! - diz Karol pegando uma cesta,um chapéu e luvas de uma cabideira e um machado do chão enquanto saia.
    Ao chegar sente a brisa ensolarada ao lado do lago que havia por lá,vendo as flores desabrochadas,coloca as luvas e começa a colher calmamente.Porém sem a percepção dela,um homem rondava pelas árvores procurando algo até que a viu,o sol radiante batia em sua pele e seus cabelos balançavam vagamente conforme o vento batia,Karolina sentiu aquela famosa “sensação estranha de estar sendo observada”.Quando ela terminou ele rapidamente saiu dali.
    E assim se passou o dia,Karolina exausta após tanto trabalho voltou para a casa ao anoitecer com uma cesta cheia de flores e segurando diversas lenhas.
— Parece que teve um bom trabalho hoje minha filha! Estou orgulhosa pelo seu esforço - diz Vivian sorrindo - Agora vamos descansar,que amanhã é um novo dia!
    Karolina deixa a cesta sobre a bancada e tira o chapéu e as luvas e deixa o machado e a lenha sobre o chão,ao andar fez uma breve pausa.
— Mãe, hoje ao trabalhar senti algo estranho...
— Diga filha
— É como... Se eu estivesse sido observada por um alguém...
— Mas aqui é uma terra isolada,a próxima terra que possui um dono é longe.
— Eu sei mas,isso não tira a possibilidade,fico com medo de um ladrão ou algo parecido. - diz um tanto assustada
— Não precisa se preocupar... Estaremos seguros aqui,o que iriam querer de nós? Afinal não temos nada de valor,vivemos do campo.
— Eu não sei mãe... - Vivian a conforta e a abraça
— Tenha calma filha,apenas descanse,está bem?
— Tá bem...
Vivian beija sua testa:
— Tenha uma boa noite...
Karolina se vira para o quarto de Lucy,que estava dormindo,e senta ao seu lado.
— Não importa o que eu faça,quero sempre proteger e dar o melhor para vocês.
Karolina beija a testa de Lucy:
— Boa noite maninha.

POV Karolina
    Não conseguia dormir direito,levantei da minha cama,olhei para os lados ainda apreensiva e desconfiada. Peguei uma blusa bem quente e saí até lá fora,mesmo com a blusa ainda estava muito frio e ventava bastante. Estava um tempo fechado e escuro.
    Observava o ambiente e nada,até que vi tochas vindo até a minha direção juntamente com guardas de enormes espadas e foices. Comecei a me desesperar e corri para casa,não demorou muito e vi uma silhueta de um homem alto segurando o meu braço com um sorriso misterioso:
— Onde pensa que vai? Você vem comigo...

    Acordei suando frio,nunca pensei de ter tanto medo do desconhecido assim... Me levantei com o mesmo frio em que se residia o pesadelo,peguei uma roupa qualquer e fui entrar no quarto de minha mãe. Porém ela não estava lá,nem Lucy... Resolvi ir até a cozinha e nada,estava novamente entrando em desespero.
    Ouvi ruídos do lado de fora,logo fui sair para ver o que acontecia. Vivian e Lucy estavam sendo amarradas por guardas enquanto o príncipe os ordenava,conseguia escutar de longe a conversa:
— Preciso achar e capturar toda a população do interior,se cooperarem nada acontecerá a ninguém... - dizia com um tom cruel e frio
    O príncipe de Londres... Era cruel e misterioso,apesar de estondeante tinha um olhar fatal,muitos dizem da sua maldade ser fruto de sua criação,mas ninguém sabe se é realmente verdade. Seu nome era Takashi Seiji,que está sob uma sucessão temporária como cargo de rei,devido seu pai estar impossibilitado no momento.
— Mas,o que pensa que está fazendo? O que ganhará ao fazer isso? - grito me aproximando da cena
— Filha,por favor... - diz minha mãe cabisbaixa
Ele me encara com um olhar surpreso,como se estivesse admirado:
— É você...
Rapidamente ele se vira:
— A senhorita... Me perdoe por ter feito isso com você... Deixerei a ti e sua família,realmente sinto muito por isso.
    Não entendia aquilo,a sua mudança foi tão repentina... Ele sabia que eu residia ali,mas mesmo assim retira minha família a força a ponto de amarrar para levar até o reino e simplesmente a devolve e pede desculpas?
— Vossa Alteza eu não entendo... - Digo franzindo o cenho
Ele rapidamente interrompe:
— Não irei mais atormentá-la,poderá viver livremente com sua família.Até logo.
— Muito obrigada... - diz mamãe entre lágrimas
    O príncipe sobe na carruagem e os seus guardas desamarram ambas,rapidamente se retirando dalí como se nada tivesse acontecido. Ao observar a carruagem que era muito grande,consegui ver um homem velho tremendo amarrado e encolhido.
— Mamãe... Estava com tanto medo - diz Lucy que a abraça forte
— Tenha calma querida,nossa Karolina nos salvou - diz mamãe com um sorriso
Me aproximo e entro no abraço:
— Estou tão confusa e apavorada ao mesmo tempo... Mas fico feliz que as deixei bem - sorrio
— Vamos entrar,ainda temos muito a discutir...
    Todos fomos entrando,acendi uma lareira improvisada na sala.Me sentei num sofá listrado velho que tinhamos junto da minha mãe,enquanto Lucy ia para o quarto.
— Me perdoe filha, eu deveria ter acreditado em você. Sua desconfiança não era realmente exagero - diz com uma expressão triste
— Tudo bem mãe,eu também comecei a achar que era apenas uma das minhas neuras. Tanto foi que sonhei algo parecido,não achei que ia ser real até ver com meus próprios olhos. - digo um tanto assustada
— Mãe,como ele invadiu nossa casa e as prenderam?
— Foram os seus guardas reais,passaram direto do seu quarto ao nosso. Estava acordada a noite inteira,porém Lucy não,simplesmente nos puxaram dizendo que eram ordens do príncipe.
— Mas o que será que ele planeja com tudo isso afinal? - seguro a mão dela
— Eu não faço ideia querida... - ela segura mais forte
— Enfim, e aquela mudança do príncipe? Aquele olhar... Tudo me deixou muito confusa...
Minha mãe solta minha mão
— Filha, aquele modo o qual ele te tratou e o jeito que ele te olhou... Foi quase o mesmo de quando encontrei o seu pai...
— Como assim mamãe?
— O príncipe, ele pode estar apaixonado por você.
— M-mas como? Ele nem me conhece nem nada.
— Amor a primeira vista é assim, não é de se resistir... - ela sorri levemente,provavelmente lembrando dos velhos tempos
— Eu não ei de acreditar em amor a primeira vista e além do mais,o que iria induzir ele a isso?
— Meu bem, são coisas do coração... É um cara misterioso e cruel,mas que ainda possui um coração o qual você deve ter iluminado.
    Ela olha pra mim,sorri e depois vai até seu quarto. Enquanto isso peguei um livro e comecei a ler para esquecer daquilo tudo... Fiquei até terminar o livro,no anoitecer.
    Enquanto ia para o meu quarto, vi a minha mãe lendo para a Lucy. Um livro clássico infantil sobre o bem e o mal:
— ...Então quando tudo estiver escuro, sempre haverá uma luz e iluminará aquilo tudo
— Mas como achar essa luz mamãe?
— É só acreditar, a crença te guiará no caminho certo. Então não precisa ter medo.
Lucy sorri e abraça mamãe, que lhe dá um beijo na testa:
— Boa noite filha...
    Vou para o meu quarto e logo vou pegando no sono,antes de dormir sinto um beijo na testa:
— Boa noite minha querida...
— Boa noite mamãe... - sorrio
    Mais um novo dia se iniciando,me despreguiço como de costume. Escovo os dentes,coloco minhas roupas e vou até a cozinha.
— Foi muito bom você ter trabalhado mais na semana passada Karolina...
— É verdade, estaríamos sem comida...- digo mexendo a colher na xícara de chá
— Está um pouco distraída, aconteceu algo?
— N-não, estou pensando sobre o que fazer hoje apenas...
— Está bem... - ela volta a comer, se mantém numa expressão desconfiada
Ao terminar coloquei meu chapéu e carreguei uma bolsa.
— Aonde vai minha filha?
— Vou trabalhar apenas...
— Mas hoje é dia de descanso pra você...
— Não tem problema trabalhar mais um pouco não é?
Fui andando até o lago e me aconcheguei, sentindo que o príncipe haveria de aparecer por alí. Após um tempo o vi andando traquilamente a procura de algo.
— O que procura Vossa Alteza? - grito para que pudesse me ver
Ele rapidamente olha e vai até minha direção:
— Estava procurando uma maravilhosa mulher muito parecida com você...
Dou um leve riso:
— Não esperava que fosse flertar com uma camponesa simples como eu...
Ele ri, seu olhar era tão singelo quando me encontrava, parecia qualquer outro homem bondoso que morava por alí.
— Bom, o que procura? Espero que já sabia da minha intenção de encontrá-la.
— Exatamente, mas venho apenas a procura de respostas.
Ele sorri e senta ao meu lado:
— É uma pena senhorita... mas afinal o que deseja saber?
— Gostaria de saber sobre o seus interesses em relação a população interiorana - respondo
Ele dá uma leve pausa dramática
— Lamento... Mas não posso lhe dizer, é algo muito secreto entre o reino.
Abaixo minha cabeça e sorrio chateadamente:
— Sabia que não diria... Bom, entendo se é algo pessoal.
— Se me permite senhorita, eu tenho de ir agora. Em breve nos veremos novamente. - ele ergue o seu chapéu e vai embora, mas afinal, pra quê tanto mistério?

POV Takashi
    Saí rapidamente dalí, andando de volta ao reino. O castelo de Londres é gigante, envolvido por uma cerca enorme e dourada, ao entrar se depara com um tapete vermelho e guardas reais fortemente armados.
    Fui até o quarto de meu pai, que estava de cama por uns 3 meses por uma doença que os médicos ainda não identificaram. Ouço novamente a mesma pergunta:
— Takashi, conseguiu capturar a garota e sua família?
Me mantenho cabisbaixo e me ajoelho diante dele:
— Não senhor...
Ele se inclina revoltado, me dando um sermão:
— Ora seu inútil, consegue capturar todos os interioranos mas não consegue fazer o mesmo com um bando de mulheres indefesas... O que deu em você?
Me levanto e retruco cabisbaixo novamente:
— Pai, é muito mais forte do que eu. É como se ela fizesse algo comigo, que me faz esquecer de quem sou.
Ele ri:
— Mas que piada, meu filho justificando sua fraqueza medíocre. Deveria ter mandado seu irmão fazer o serviço se soubesse que isso fosse acontecer. Agora saia por favor, estou furioso...
— Está bem Vossa Majestade - reverencio e saio do quarto, ouvindo tosses fortes e resmungos
    Meu pai sempre foi extremamente autoritário, de tanto extressar e tentar trair minha mãe, a mesma morreu por um infarte. Um cara impiedoso e muito cruel, na minha infância me cobrava coisas que não conseguia, me castigava quase todo o dia.
    Queria fugir dalí, mas precisava de tempo para ganhar estabilidade. Além disso sempre quis comandar o reino de forma justa, mas a vida me deixou mais cruel e sanguinário, infelizmente quase me equivalendo ao meu pai.
    Atualmente, meu pai já está velho e fraco, porém não quer renunciar de seu cargo e me colocou para representá-lo. Ele tem um plano sanguinário em relação a classe mais pobre e do interior, a qual ele sempre repudiou, nem eu faço exatamente ideia do que ele quer com isso.
— Mas que droga! - soco a parede
— Por que não consigo capturá-la? Uma simples mulher... Não consigo nem lembrar do que faço quando me aproximo dela...
    Começo a chorar e revoltar-me, pensando sobre o que fazer.
— O meu interior pede para fugir, mas não posso... Eu tenho que comandar esse reino, mesmo que meu pai me cobre dessa maneira.
Então me levantei e fui até o escritório real, fiquei um bom tempo organizando tudo. Não conseguia parar de pensar em ter de tentar capturar a moça camponesa e sua família, queria resistir a minha fraqueza estúpida.
POV End

Após aquele dia, eles se encontravam todo o dia com ele não conseguindo a prender e levar até seu reino. Karolina ao conhecê-lo e saber de sua história aos poucos, foi se apaixonando por Takashi, ambos já estavam muito próximos um do outro.
*Flashback ON*
— Qual seu nome mesmo?
A camponesa sorri
— Karolina Class, não acredito que mesmo depois desse tempo você não havia perguntado meu nome.
Takashi ri:
— Nome lindo, mostra classe e beleza. Realmente combina com você.
Karol ruboriza levemente
— Obrigada, Vossa Alteza.
— Por favor, não utilize formalidades diante de mim, pode me chamar pelo meu nome.
*Flashback OFF*
    Até que após longos meses, Takashi sentiu que era a hora de se confessar a Karolina e fugir juntos para formar um novo reino. Apesar de achar uma ideia louca e imprevisível, foi algo forte e intenso que o pressionou.
    O príncipe ao se levantar, vestiu suas roupas e pegou uma mala enorme, desceu as escadas de fininho indo até a porta. Se dirigindo aos guardas:
— Escutem, preciso que me ajudem em uma fuga, sei que são os guardas mais fiéis que possuo, por isso conto com vocês. Quero ir primeiro até ao mesmo local interiorano para resolver algo.
    Ele conversava com outros cargos aparentemente combinando algo, rapidamente os seus guardas reais pegaram a carruagem e saíram em direção a terra de Karolina e sua família.

POV Karolina
    Ao acordar senti um pressentimento estranho, como se algo diferente estivesse prestes a acontecer hoje. Me vesti confortavelmente,escovei os dentes e fui até a cozinha como de costume. Ontem Takashi não apareceu... O que será que aconteceu?
Ao me sentar, minha mãe pergunta:
— Querida, o que está havendo?
— Nada mãe, só estou muito cansada de ontem...
Minha mãe olha desconfiadamente:
— O que anda fazendo nessas saídas? Se encontrando com Takashi?
Olho surpresa:
— M-mas como assim? Só ando trabalhando apenas
— Filha você não trabalhou tanto nesses meses, trouxe apenas algumas coisas enquanto Lucy e eu fizemos o resto. Algo está fazendo você ficar por mais tempo se distraindo.
Suspirei e confirmei:
— Está bem, estou me encontrando com ele sim. Me desculpe pela irresponsabilidade de ter trabalhado menos.
Lucy começa a sorrir:
— Mana tá namorando!
— Daonde tirou isso Lucy? Apenas nos conhecemos, quero respostas dele.
Mamãe ri e diz calmamente:
— Tudo bem filha, apenas desejo sua felicidade. - De repente ela começa a tossir
— Mamãe, a senhora está bem?
— Estou sim filha, apenas problemas da velhice - ela dá uma risada enquanto continua a tossir
— Eu tenho os remédios na bancada, não pode se esquecer de tomá-los todos os dias mãe, já lhe disse várias vezes.
Ela sorri:
— Karolina, é sempre tão responsável e cuidadosa. Agora é sua vez de viver minha querida...
— Está bem, mais se cuide por favor.
Peguei minhas coisas, quando saio me deparo com a carruagem do príncipe.
— Takashi, que bom lhe encontrar novamente... - corro e lhe dou um abraço
— Karolina... Estou apreensivo, mas preciso lhe dizer e pedir algo muito importante
— Se é algo importante, pode dizer... - o solto
Ele estava nervoso, porém se ajoelha e segura minhas mãos
— Senhorita Karolina, por favor fuja comigo...
Eu travo de repente, afinal que pedido era aquele?
— Como assim Takashi? Eu tenho uma família e não quero ter tamanha irresponsabilidade ao cometer um ato desses.
Ele rapidamente interrompe
— Karolina, desde o dia que lhe vi eu desejo isso. Ando me segurando todo esse tempo, mas não aguentei o suficiente. - ele olha nos meus olhos e se levanta
— Ando pesquisando e lendo sobre lugares diferentes e encontrei uma cidade diferente e muito pequena na Inglaterra,onde não há ocupação. Eu me estabilizei esse tempo inteiro, tenho dinheiro o suficiente e levarei os prisioneiros do meu pai para habitá-la, já combinei com todos os meus aliados.
Eu não sabia o que fazer, só queria o bem da minha família:
— Mas eu não posso deixar... - digo chateada
— Pode levar sua família junto, há espaço na carruagem. Não precisa levar nada. - ele interrompe
Estava confusa, mas minha ambição praticamente subiu a minha cabeça. Abracei Takashi fortemente e respondi:
— Tudo bem, eu vou com você.
Corri para casa e chamei a todos:
— Mamãe,Lucy precisamos sair urgentemente
— O que houve querida?
Abro um sorriso no rosto
— Iremos finalmente sair do campo
Minha mãe retruca:
— Você ficou louca filha? Nós somos camponeses, não podemos deixar nossas terras.
— Mãe, teremos uma vida nova. Estou cansada de trabalhar, quero melhores condições para todos nós. Além disso, vou viver bem com quem eu amo.
— Filha, é muito arriscado. Não posso fazer isso...
— Mãe... você não queria a minha felicidade?
Vivian ri:
— Você não tem jeito mesmo Karolina...
Elas organizam tudo e fomos correndo até a carruagem, era divida em duas partes, então minha mãe e minha irmã ficaram atrás e eu e Takashi na outra parte. Takashi segurou minha mão e subi rapidamente.
O príncipe começa a sorrir e ficamos entre olhares:
— Como estou feliz de poder fazer isto contigo. Karolina, eu...
Ele estava nervoso mas rapidamente continua:
— Eu te amo, muito
    Eu não gostava de admitir sentimentos, sempre fui meio reservada quanto a isso. Queria mostrar força e resistência, mas confesso que sempre tive uma queda por Takashi desde quando o conheci, éramos diferentes mas sempre senti uma conexão a ele, Takashi sempre se mostrava sincero e tão bondoso comigo, ao ver como ele realmente era... Confesso que realmente me apaixonei por ele.
Takashi se aproxima de mim, nos encaravamos singelamente.
— Eu também te amo Takashi
    Ele de repente me segura e me beija fortemente, nunca senti algo tão forte. Eu sentia seus lábios macios e leves, seus braços fortes...

POV Takashi
    Eu me senti tão bem e com tanta paz naquele momento, aquela mulher me mudou. Não quero nunca ficar longe dela, nunca me senti tão aliviado...
POV End

Ao terminarem, ambos se entre olharam, não sabendo como reagir.
— Isso foi muito bom,nunca senti algo assim antes. Você é uma luz em minha vida Karolina - diz Takashi
— Me sinto previlegiada por te iluminar - sorri Karolina encostando em seu ombro.
Ambos ficaram entre um silêncio e Takashi segura e aperta a mão de Karolina:
— Senhorita Karolina, poderia ser a minha rainha para toda a vida?
Ela abre um lindo sorriso, tirando sua cabeça do ombro dele.
— É claro Vossa Majestade.
Passa-se um tempo, até que Karolina pergunta:
— Mas Takashi, como ficará Londres sem você comandando?
— Tenho um irmão mais velho que mora em Liverpool, meu pai há de oferecer o cargo a ele antes de morrer. Chikao é um cara bondoso e possui todos os requisitos para conseguir tornar de Londres um bom lugar.
— Não tem medo que seu pai faça algo?
— Estou confiante de que ele não tem ideia do que está acontecendo.
— Sendo assim, tudo bem - Karolina adormece
Takashi a observava e passava a mão em seus cabelos:
— Por que tão linda? - ele sorri
Enquanto isso,Vivian conta uma história para Lucy até todos adormecerem.
    Ao amanhecer, conseguiram chegar ao lugar determinado. Os guardas reais pararam e abriram as portas da carruagem:
— Tenham um bom dia, bem vindos a cidade estipulada pela Vossa Alteza
    Era um lugar lindo e muito diferente do resto da Inglaterra, era florido e havia lagos e rios, era cheio de árvores e ensolarado com um clima fresco, nunca foi visto um lugar tão natural...
    Todos começam a abrir os olhos.
— Meu Deus, nunca vi nada igual - diz Takashi
— É lindo mamãe! Olha os passarinhos! - diz Lucy sorrindo
— Sim filhinha, é muito bonito...
— Vamos ser realmente felizes por aqui - diz Karolina abraçando Takashi de lado
— Mas afinal, como chamaremos esse lugar?
Takashi pensa um pouco e conclui:
— Sempre pensei em batizar um lugar com o nome da minha mãe, Kalya.
Karolina comenta:
— É um nome bonito e combina com esse lugar, mas por que sua mãe tem um nome diferente dos demais membros de sua família? Além do mais, você nunca me falou dela.
— Ela era indiana e cigana, meu pai viajou até a Índia a procura de trabalhadores e apaixonou pela minha mãe. Ele dizia que ela era uma mulher doce,bondosa,muito bela e esforçada.
— Interessante... - diz Vivian descendo da carruagem vagarozamente - Fico tão feliz que minha filha se apaixonou por um homem como você Vossa Alteza, digo Majestade.
— Muito obrigada por ter feito uma moça tão extraordinária como sua filha, senhora Vivian. Karolina já me disse muito sobre você e o quanto se preocupa. - Vivian e Takashi apertam as mãos
— Karolina é uma filha maravilhosa, tenho muito orgulho dela e de Lucy. - diz Vivian olhando para Karolina com um doce sorriso - Mas então, como iremos prosseguir?
— Meus guardas irão construir um abrigo provisório, enquanto outros estão trazendo os prisioneiros asiáticos do interior de Londres para vir trabalhar e povoar a mais nova Kalya. Trouxe mantimentos e água no caminho, espero que dê o suficiente.
    Os guardas reais construíram rapidamente o abrigo, todos se entrosaram e rapidamente se adaptaram alí, conseguindo sobreviver normalmente pela abundância da região. Após dois dias todos os prisioneiros chegaram e habitaram a região, tendo residências pequenas. Takashi começou a pagar para que trabalhassem e ajudassem a formar a região, Kalya possuia muita diversidade e riqueza, então em pouco tempo a região cresceu exorbitantemente economicamente e tecnologicamente, se desenvolvendo.
    Após dois anos, com o término da construção da nova cidade, Takashi e Karolina puderam se casar,desenvolvendo um regime monárquio e se tornando Rei e Rainha. Takashi comandava de forma justa e se tornando um bom homemLucy se tornou princesa e Vivian resolveu administrar os custos e organização do Império. Kalya foi assim conhecida por muitos anos como uma cidade próspera, em que todos conviviam felizmente com a natureza e com o seu próximo... Karolina possuia um poder incontrolável sobre Takashi, mas será que aquilo duraria para sempre?