A menina tinha os seus pensamentos longe. Apesar de tudo que vinha acontecendo ela conseguia não pensar em nada, em nada a não ser nele. Ele o dono dos seus pensamentos e dos seus sonhos. 

E lá estava ela com seus olhos fechados e pensando em coisas que poderia falar ou fazer pra mostrar que o seu coração só seria de uma única pessoa.

Então o telefone tocou fazendo menina acordar dos seus devaneios. Ela se levantou da cama e preguiçosamente  tirou o telefone do gancho.

- Oi? - Ela perguntou sem a nenhuma vontade de saber a resposta.

- Oi, filha!

- Ah, mãe. Que foi?

- Tem como você ver se as roupas secaram? - Isso era uma coisa muito típica. Ela já estava acostumada em receber ligações no meio da tarde com pedidos de favores.

- Tudo bem.

- Então eu tenho que desligar.

- Tchau, mãe.

Violet voltou aos seus devaneios. Sempre quando ela estava sozinha ela percebia o quanto era incompleta sem o seu par.

E ela passou alguma horas em eu quarto, sonhando...

Até que em fim resolveu tomar uma iniciativa. Se levantou e foi se arrumar, não demorou muito, só queri ater certeza que estava, digamos apresentável.  (tênis, calça jeans e uma blusa confortável)

E em pouco tempo estava apresentável e pronta pra sair.

Antes de sair, passando pelo corredor ela parou em frente ao espelho, fechou os olhos e pensou. Pensou, no que ia fazer, abriu os olhos e sorriu. sim, ela tinha certeza.

Tinha certeza e nada no mundo  a faria mudar de ideia. 

E num piscar de olhos ela estava a caminho. A caminho de um mundo novo, onde tudo tinha cores diferentes e um brilho que seria impossível descrever.

No caminho, ela foi pensando no que falaria e no quanto aquilo seria difícil. Então chegou a seguinte conclusão: "O que eu perderia?" como não havia encontrado nada que realmente a fizesse declinar, então resolveu continuar e arriscar.

Em pouco tempo já estava na porta da casa dele, aquele que fazia seu coração acelerar, que a fazia sonhar e que agora a fazia querer gritar.

Ela parou, fechou os olhos e mentalmente contou até 3. Assim que abriu os olhos tocou a campainha e esperou. A final o que mais podia fazer?

Em pouco tempo lá estava ele abrindo a porta e sorrindo ao ver o rosto com traços lindos da menina. Ao mesmo tempo que Violet ficava nervosa ao ver os olhos do amado, ele praticamente tremia só de pensar que ela estava na sua porta, por vontade própria.

Ela queria o ver. Bem, ela não queria só o ver, ela queria dizer o que sentia. É ela queria e ela iria fazer, mas só não sabia como.

-Oi! - Ele disse sorrindo.

Violet sempre ficava deslumbrada quando olhava o menino nos olhos. Depois de três segundos ela respondeu.

-Bem oi! - Ela desviou o olhar.- È... bem... posso entrar?

-Ah... claro. - Ele sorriu e abriu a porta fazendo um gesto pra ela entrar.

Ela entrou e fez a pergunta que talvez seria a mais importante.

-Você tá sozinho? - Naquele momento ela não sabia mais o que fazer.

-Bem, não. - Ela desviou o olhar pro chão, desapontada. - Mas a gente pode conversar. - Ele a puxou pela mão e a conduziu até o seu quarto sem esperar uma resposta.