Jealousy - Please, Fuck You escrita por Ema Nunes


Capítulo 1
Capítulo 1 - He Could Be Me


Notas iniciais do capítulo

Leiam as notas finais, é importante ♥
Boa leitura :3



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"Como uma semente que cresce, esse ciúme

Sabendo, me faz acreditar, ele poderia ser eu

Embora ele tenha você agora, como eu costumava ter

Deixou-me todo cortado"

 Jonathan é um ótimo amigo. Ao saber que eu estaria de intercambio em Londres ele logo se ofereceu para me acolher em sua casa. Levando em consideração que Jonathan é gay, e passa a maior parte de seu tempo jogando ( Ele é um "Atleta de Games", apesar de parecer idiota, a conta bancaria dele não demonstra isso), isto seria como um sonho... Seria, se ele estivesse de férias em Londres com toda a sua equipe.

 E apesar de tudo, conhecer a equipe seria, sim, muito incrível. Mas meu problema tem nome e sobrenome e belos olhos azuis e 1,75 metros de altura. Seu nome é Arthur Paes.

Num passado muito vergonhoso, eu e Arthur nos conhecemos. Eu e ele éramos jovens, tínhamos apenas um ano de diferença, estávamos empolgados com a nova rede social que bombardeou na Internet, e um dos primeiros grupos em que eu fui colocada por uma menina que eu mal conhecia foi um grupo de Otakus ( Parte vergonhosa do meu passado, eu era Otome que fingia ser fofa - Kawaii! - na Internet...), e ele já era "famosinho" no mesmo grupo. Então eu fiz de tudo para chamar a sua atenção. E bem sucedida ficamos melhores amigos até primeiro de abril (Lembrando que nós nos conhecemos dia 1° de Agosto), só terminamos nossa amizade pois não estava mais dando certo, eu queria muito mais do que amizade, ele queria mais do que um simples namoro virtual, acabou que por ciúmes de que eu perdi meu BV, ele me bloqueou. Isso me deixou muito magoada.

 O fato é, este reencontro me trazendo um sentimento estranho, como se eu voltasse a ser uma adolescente boba.  E agora com 19 anos e no último ano da faculdade  ( terminei a escola mais cedo, eu era muito avançada, e precisava ocupar a minha cabeça, então decidi fazer a prova para pular o ensino médio e fazer faculdade de Publicidade.), estou muito diferente de anos antes, e como será que ele está? Ele ainda se lembra de mim?

Mesmo assim, eu não deveria estar preocupada com isso, afinal somos adultos responsáveis agora, cada um sabe o que faz de si. E afinal, Jonathan é um amor. E apesar de que eu implore para que ele se assuma gay (ele ainda tem medo), é divertido ver a cara das pessoas com a gente se tratando como namorados bem "animados" de vez em sempre.

Várias lembranças me voltam de momentos felizes com Jonathan, o que faz os cantos da minha boca se levantarem. Perco-me de meus devaneios quando ouço o som da voz abafada e animadora do comandante após horas de voo.

"Passageiros olhem pela janela, Londres lhe aguarda."

Em questão de segundos todos os passageiros foram olhar para janela.

Dei espaço para que as duas simpáticas crianças (que passaram o voo ao meu lado) para que também pudessem espiar a pacífica cidade de Londres. E ela é tão linda quanto nas fotos...

Agora eu não tenho mais como fugir. Meu destino já foi traçado. Londres e muitas surpresas me esperam!

~×~

Já no portão de desembarque e com todas as minhas malas (Uma danificada por sinal), procuro Jonathan no meio de pessoas comemorando, se beijando e se abraçando, eu o vejo segurando uma placa que com certeza tinha uma daquelas frases clichês, mas ando em sua direção com um sorriso radiante, assim que ele me avista, um sorriso exuberante e de dar inveja se abre, e ao ver que ele estava sozinho me aliviou, reencontro adiado por mais trinta minutos!
— Finalmente, achei que iria morrer plantado aqui! — e após dizer isso com os maiores dos sorrisos o Abraço.
— Era essa a intenção, mas vejo que falhei miseravelmente...
E fazendo uma cara "pensante" ele me da um tapa de leve no braço pega duas das minhas quatro malas e sai andando como se estivesse ofendido. Solto um risinho e ele também não conseguindo se conter.
Fazemos o trajeto até o carro em silêncio,  já que no aeroporto não se dava para ouvir nada. Como não sabia o trajeto fui seguindo-o, não era difícil acha-lo — Jonathan é uma girafa! —, suas roupas são até que normais para esse frio de Londres, mas mesmo assim, ele está fabuloso! 

Não sei se posso considerar isso como um problema, mas eu não aguento ficar parada ou quieta. Simplesmente não consigo, não posso. E como Jonathan e eu temos o mesmo gosto musical, e como é a minha primeira vez em Londres — Queria deixar o melhores lugares por ultimo. —, é bem provável que de tanto eu falar Jonathan tenha tido altas vontades de me jogar para fora do carro. Mas eu nenhum momento de minha vida eu falei mais do que quando passamos praticamente ao lado do Big Ben, nem mesmo quando eu vi todos os guardas em frente ao palácio da Grande Rainha (Como dizem todos por aqui,quando vão se referir a Grande Rainha), Jonathan começou a rir, mas não era uma risada normal, era uma risada deliciosa, mais gostosa de se ouvir do a de qualquer bebê que tenha feito sucesso na Internet.

— O que foi? —Digo em meio aos seus e, agora meus, risos.

— Você é pior do que criança Ema! — Afirma ele balançando a cabeça tentando se recompor.

—Só porque eu chamei o guardinha de cotonete humano? — Falo isso, e caímos na gargalhada que fizeram todos os pedestres olharem para nós com cara de "Que macumba é essa?".

 E após muitos comentários desnecessários vindos de minha parte, e muitas risadas contagiantes, Jonathan entra em um condomínio e o meu bom humor se vai.

— Jonathan, você acha que eles vão realmente gostar de mim? — Digo com o medo na voz e com borboletas raivosas em meu estomago.

— Mas é claro! To até com medo de você deixar todos apaixonados, imagina só você destruir o nosso time? Amor é louco! Se eu curtisse seu fruto você já estaria casada! 

E recuperando um pouco do meu bom humor e um pouco tímida e com medo, pego a duas de minhas malas — As mais leves, é claro, Jonathan nasceu para ser meu escravo. Espero Jonathan ir na minha frente então o sigo, a casa era uma mistura da era vitoriana com algo bem moderno, basicamente a porta de entrada e a varanda são de estilo vitoriana, as janelas e as sacadas também, mas a cor da casa (Branco, que mesmo com toda a chuva, continua branco) e o telhado (Além do fabuloso quintal de gramas verdes cheios de flores, e, uma fonte estilo moderna com algumas luzes de LED) davam um ar mais moderno para a casa. É realmente linda.

Nunca na minha vida os meus sapatos me pareceram tão interessantes, eu não conseguia olhar para frente, simplesmente tinha medo de BOOM o Arthur ou qualquer praga do meu destino aparecesse em minha frente. Mas quando Jonathan abre a porta o meu medo se esvazia, dois garotos de aparentemente 20 à 23 anos (Que se não me engano se chamam Natan e Mario) estavam na sala, e quando me viram escondida atrás do "altão" me puxaram para dentro e me deram boas vindas. Uma cena mega vergonhosa de inicio, mas que me me fez me sentir enturmada logo. 

— Eu e o Mario até pensamos em fazer um bolo — Disse ele se dirigindo para a cozinha — Mas como  nós não queremos te matar de intoxicação alimentar na sua primeira semana aqui, decidimos comprar um mesmo. Mas finge que fomos nós que fizemos. —Diz Natan, seus cabelos loiros e quase na altura dos ombros o fazia ter um ar engraçado. 

—Ainda bem, eu estou morrendo de fome, carregar malas não é fácil sabe. — Diz Jonathan mandando uma indireta acompanhada de uma careta de dor para que o ajudassem com a mala.

— É mesmo! Mil perdoes como eu não vi isso? — Responde Mario com um sorriso malicioso no rosto e se dirige até mim e pega as minhas malas. — Pronto Ema, agora você esta com as mãos livres para ir comer.

E rindo ele sobe as escadas correndo e Jonathan corre atras dele, me deixando sozinha com Nathan, que abre um sorriso gentil, e com as mãos, indica para que eu me sente na mesa.

— Então, como foi a viagem? — Pergunta ele tentando quebrar o gelo, e ao mesmo tempo servindo a mesa, com o comentado bolo, sucos, refrigerantes e lanches naturais. Então meu minha barriga me avisa um um aperto e um som de suplica que eu não comi nada nas ultimas 8 horas.

— Bem, não tive de passar por nenhuma turbulência. mas não consegui comer nada nas ultimas 8 horas de voo... Fico muito nervosa as vezes... — Digo em quanto mastigo e aprecio tudo naquela mesa. Eu estava faminta!

— Se você não tivesse me dado essa informação eu iria me perguntar como você consegue ser tão magra!

— Ser magra é fácil, difícil mesmo é ser saudável! — Digo atacando mais um pedaço daquele bolo divino.

—Hahaha, fato! — Diz ele se sentando a minha frente na mesa começando a se servir.

E a partir daí começamos a conversar de tudo e mais um pouco, como se nos conhecêssemos há séculos. Jonathan e Mario se unem na mesa, Jonathan se senta ao meu lado e Mario se senta a esquerda de  Natan. 

— Ema abre a boca! — Diz Jonathan com uma cara suspeita. Se tem uma coisa que eu aprendi com a vida é a nunca confiar em seus amigos.

— Eu não, vai que você colocou drogas sei lá no que e quer colocar na minha boca para abusar do meu corpinho? — Digo segurando o riso.

— Abre a boca logo, eu juro que é uma coisa boa, se não você pode me bater! De chicote! 

— Senhor, eu sei que eu vou me arrepender disso, mas vamos lá. 

 Eu respiro fundo e abro a minha boca, todos da mesa ficam olhando rindo, aposto que todos sabiam o que Jonathan estava querendo. E eu não preciso esperar muito para saber. Logo o jato cremoso e branco invade a minha boca e, não tendo mais espaço, começa a se espalhar pelo meu rosto me fazendo engasgar, por instinto viro para trás e começo a tossir derrubando tudo no chão. Mas o problema não era esse, o problema é que tinha dois pés ali, dois pés masculino, e subindo o olhar, e no final, desejo morrer.

— Que merda é essa? — Diz aquela voz que, apesar de mais rouca, eu já reconhecia. Arthur.

~×~  

 Após aquele momento totalmente vergonhoso em que eu cuspi Chantili no pé do meu ex-melhor amigo. Que é claro, deixou uma impressão maravilhosa de como eu amadureci, eu virei motivo de chacota na casa. Mas eu tenho de admitir, a cena fora muito engraçada, então até eu comecei a zoar, mas Arthur não saiu mais do quarto — O que me alegrou muito. 

 Agora eu já conhecia toda a casa, Natan, Mario, Matheus, Arthur (Infelizmente) e é claro, Jonathan. Só estavam os titulares de férias aqui, os reservas estavam recebendo treinamento especial em uma escola no Canada. Todos eram muito animados, me enxiam de perguntas, e muitos ficavam muito surpresos quando souberam que eu terminei a escola mais cedo (Não os culpo, afinal, quem diria que eu com a minha cara de retardada sou uma mente avançada?), e quando o assunto acabou, Jonathan me levou até o meu quarto (Que é o quarto do time reserva, mas já que eles não vão vir para cá ele é todo meu) e depois de deixar claro que eu não queria incomodar e assim que achasse um lugar fixo para morar eu os deixaria livre novamente. Então começo a arrumar o meu quarto. Monto a minha mala que vira penteadeira, coloco as minhas roupas no espaçoso guarda roupa, arrumo meus perfumes e minhas maquiagens em cima da mala-penteadeira com algumas coisas nas pequenas gavetas. E assim, estava pronta. Agora eu só queria tomar um banho e me jogar na cama.

 Pego as minhas peças intimas e o meu pijama (Uma calça de moletom preta e uma blusa de pijama velho, minha favorita para dormir, mas que já estava ficando pequena para mim, deixado minha barriguinha nada sexy a mostra). A ducha é junto com a banheira, coisa estranha para mim, mas deve ser normal aqui.

 A água quente sobre o meu corpo me relaxa, mas não dura muito, não quero dar gastos demais para eles, a toalha que eu havia trazido não me era útil, já que alguém já havia deixado uma toalha, então uso a minha para enrolar em meu cabelo e a outra pare me secar, visto as minhas roupas antes de sair e vou secando o meu cabelo. Coloco uma pantufa que Jonathan me deu ano passado, e saio procurando as coisas que eu trouxe para limpara energia do lugar e fazer um altar (Apesar de não parecer acredito muito nessas coisas Espiritas e energéticas), todas as coisas estavam ali, menos um planta. omo consegui esquecer de algo tão importante? Neste momento, até temperos servem... Mas sera que eles tem isso para me oferecer? 

Desço as escadas até a cozinha, procuro os meninos, mas nesse horário eles devem estar treinando, não vejo nenhuma fruteira, nenhuma coisinha sequer, então, com muita timidez abro a geladeira, o que mais tinha lá era comida industrializada ou resto de pizza, lanches e comida Japonesa. Mas lá, bem lá em baixo, eu acho uma maça, então não tendo outra opção pego a mesma. 

— Posso saber o que esta fazendo? — Nesse momento minha alma sai do corpo e volta. Era uma voz grossa que eu não reconheci.

 Me viro lentamente, o coração batendo a mil, até ver que era Jonathan, solto o ar pela boca e coloco a mão no peito. Jonathan sabe que eu sempre me assusto, e ele ainda faz aquela voz de estuprador do parquinho.

— Jonathan, seu filho de uma boa mãe, não faz isso seu imprestável! — Solto esses xingamentos e logo começo a rir, esse filho da puta me paga. 

— Já ta com fome de novo princesa? — Diz ele passando a mão na minha cintura, curvando a sua cintura para frente e tombando as suas costas para trás e mordendo totalmente o lábio inferior mostrando os dentes de cima. Ele estava parecendo um Chupa-Cabra.

— Só se for de você gato. — Digo com voz de atendedora telefônica da Vivo entrelaçando os meus braços em volta de seu pescoço. 

 Jonathan me encara e então começa a rir, eu também rio e o abraço para depois encara-lo. 

— Mas agora é sério. Você vai aquilo para eles quando? — Digo o encarando séria.

— Você não acha que é muito cedo? 

— Cedo é o meu... Pé direito! Já passou da hora! Só assim a gente vai poder ser feliz. Eu não aguento mais ter que fingir isso! — Digo com uma cara de cachorrinho sem dono. 

—É... Atrapalho? — Diz uma voz que faz o meu coração parar. Não pode ser... 

— Arthur! — Dizemos em uníssono, um se desgrudando do outro.

— Se atrapalho eu posso sair. Mas façam isso em outro lugar por favor! 

— Mas a gente não estava fazendo nada demais, por que todo esse drama? — Digo encarando-o, ele estava bravo? É isso mesmo? 

— Eu não estou fazendo drama, se querem fazer isso que estavam fazendo façam em outro lugar! — Diz ele alterando o tom de voz. 

 A veia da raiva começa a saltar na minha cabeça. O que se passa na cabeça desse virjão? Isso é inapropriado para ele? Falta tão pouco para eu bater naquele rostinho bonitinho... 

— Hey, cara se acalma. Eu e ela não temos nada, a gente só estava conversando! Vai se acalmar, isso nem é da sua conta... — Diz Jonathan tentando me impedir de utilizar as doze formas que eu encontrei de matar o Virjão aqui mesmo.

Ele olha para Jonathan por um breve comento com os braços cruzados e então, ele sai, não antes de me encarar, mas ele não parecia bravo, ele parecia... Triste? 

— Ema, isso foi por pouco, imagina se ele ouvisse mais! Você viu como ele saiu enciumado daqui? — Diz ele após Arthur sumir na escadaria.

— Eu sei me perdoa! — Falo isso me sentindo péssima. 

— Podia ser qualquer um, menos ele!  

— Por que não ele? — Pergunto já achando que ele é homofóbico. Meu deus, meu punho ta coçando...

Jonathan se aproxima e se abaixando para falar em meu ouvido ele solta: 

— Porque eu o amo! — E apesar de tudo, eu não sei, aquilo me doeu. Eu fiquei feliz por ele. Mas me doeu...


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Notas finais do capítulo

HELLO!! Bom, espero que vocês gostem dos personagens e de tudo! Eu voltei a escrever faz pouco tempo. minha escrita não é da melhores, mas eu espero evoluir no desenvolver disso tudo.

Bom, LEIA ESTA PARTE!!!! Ela é muito importante. De verdade. Vou da umas explicações fundamentais para o entendimento da história. Vocês percebem que no começo tem um trecho de música não é? Bom, esta no modo masculino, mas no ponto de vista da Ema. Então, quando tiver no modo Masculino>POV Ema, e Feminino>POV Arthur (Para quem não sabe POV é ponto de vista, ou seja, personagem do qual vocês vão ter a visão da história). Okay? Só vai passar de POV entre esses dois personagens. Eu sei que ficar trocando de POV é chato, mas eu achei que para essa história era mais do que fundamental.

Obrigada por ler até aqui, a cada comentário é um incentivo, preciso saber se vocês leem até o final, espero te ver no próximo capitulo ♥



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