As Vantagens de Ser Um Garoto escrita por Gynger


Capítulo 9
Quarto Novo


Notas iniciais do capítulo

Booa leitura!



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— Larry? — chamou Brayan novamente.

Pela frestinha da porta do armário eu podia ver os tênis surrados de Brayan sujar de lama o chão que mamãe limpara momentos antes.

Prendi a respiração e cobri a boca, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Eu não devia me revelar para Brayan. Ela disse que ele me machucaria.

— Porra, Larry, eu não estou de brincadeira! Temos que ir droga!

Mesmo seus pés tendo sumido do meu campo de visão, eu ainda podia ouvir seus passos.

De repente a porta abriu e eu gritei. Me debati, assustada, enquanto ele me puxava pelo braço.

— Qual é o seu problema, hein?! — gritou ele furioso.

— Mamãe disse para não confiar em você! — gritei de volta, chorosa.

Brayan colocou a mochila nas minhas costas e se agachou, para ficar do meu tamanho. A raiva parecia ter esvanecido de seus olhos verdes e ali, restava apenas uma profunda tristeza.

— A mamãe está doente. — disse após um suspiro. — Você não pode ouvir o que ela fala. — explicou ele, partindo meu cabelo para frente e fazendo as tranças que ele sempre fazia em mim antes de ir para a escola.

— Mas eu já ouvi. — retruquei. — Não dá para desouvir. Ou dá?

Brayan comprimiu os lábios e me lançou um olhar de derrota. Aquele olhar que eu nunca conseguiria esquecer.

— Não, não dá. — murmurou ao comparar as minhas trancinhas e soltá-las, levantando-se. — Mas mesmo assim, tente não levar mais para o coração. Anda, vem, você não pode se atrasar de novo.”


— Larry? — chamou Brayan novamente.

As lembranças do meu irmão me atingiam impiedosamente. Respirei fundo e apoiei a cabeça na janela do carro. A manhã estava calma e o céu tão limpo que parecia prometer um belo dia.

— Seu cabelo está um pouco grande. — disse meu tio tentando quebrar o gelo e disfarçar a ansiedade. 

 Pela frestinha da porta do armário eu podia ver os tênis surrados de Brayan sujar de lama o chão que mamãe limpara momentos antes.

— Vou ter que continuar cortando ele? — retruquei, mal humorada. 

 Prendi a respiração e cobri a boca, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Eu não devia me revelar para Brayan. Ela disse que ele me machucaria.

— Não! Claro que não... — ele virou-se para a janela oposta.

 — Porra, Larry, eu não estou de brincadeira! Temos que ir droga!

Eu não ia mesmo. Eu nunca mais iria cortar meu cabelo. 

 Mesmo seus pés tendo sumido do meu campo de visão, eu ainda podia ouvir seus passos.

Minha vontade era de chorar. De raiva, desgosto e humilhação. Falando em humilhação, ao menos eu não veria mais Rowley. 

 De repente a porta abriu e eu gritei. Me debati, assustada, enquanto ele me puxava pelo braço.

As casas abandonadas que surgiam ao nos aproximarmos da escola me dava a sensação de vazio, solidão e ansiedade. Talvez o meu irmão estivesse em uma casa como essa. Dormindo no chão e comendo biscoito de água e sal como a gente fazia quando se escondia dos ataques da mamãe. 

 — Qual é o seu problema, hein?! — gritou ele furioso.

Levantei a cabeça, olhando melhor as casas, subitamente preocupada com o rumo que o meus pensamentos haviam tomado. Talvez meu irmão estivesse em alguma daquelas casas, esperando o momento certo para me pegar.

 — Mamãe disse para não confiar em você! — gritei de volta, chorosa.

Só quando o carro parou que eu pude ver bem os estragos do incêndio de cinco dias atrás. 

O prédio do meu dormitório continha a lateral oposta ao colégio completamente enegrecida. Quando me aproximei mais, eu tive a sensação de que se eu encostasse na parede ela se esfarelaria em cima de mim. 

— Eu... — meu tio pestanejou. — Bem, vou deixá-la pegar suas coisas. As roupas... bem, pode deixar que o zelador joga fora. Vamos comprar novas, roupas um pouco mais... femininas. 

Assenti, sem tirar os olhos do prédio. 

Por dentro o cheiro era praticamente insuportável. Caminhei cautelosamente pelos corredores. As paredes variavam entre as cores cinza, preto e verde- que era sua cor original. 

Uma lâmpada pendeu do teto fazendo-me dar um pulo e soltar um gritinho fino.

Olhei em volta, mais assustada com a possibilidade de alguém ter me escutado do que com o fato de uma lâmpada gigante quase partir o meu crânio. Afinal, não tem como uma menina não dar um grito de menina.

Ainda apreensiva, continuei pelo corredor.

Todos os quartos estavam abertos, alguns expondo destruição e outros intactos.

Meu quarto era um dos que estavam intactos. Exceto pela porta que estava no chão e rangeu quando lhe pisei a superfície. Exatamente como eu dissera antes, meu quarto estava intacto. As camas desarrumadas, meus livros perfeitamente alinhados na escrivaninha, a mochila de Rowley jogada ao lado da cama dele.

Senti meu rosto queimar ao lembrar-me de Rowley.

Humilhação.

Como se aquele quarto voltasse a me sufocar, peguei rapidamente a mochila, dentro da minha parte do armário, e fui enfiando meus livros junto com algumas roupas.

O lado de Rowley do armário continuava entreaberto. Isso quer dizer que ele não havia pagado uma visitinha antes de partir para sua nova vida sem se preocupar com a cadeia. Pensei calmamente, o mais calmo considerando a pressa de sair daquele lugar. Se eu espiasse aquele armário, Rowley jamais saberia.  

Puxei a porta, revelando o lado de dentro.

Apavorada, cobri a boca com o torso da mão. Aquilo simplesmente não era humano! A pior bagunça que eu já havia visto a minha vida inteira. Pior até do que o quarto inteiro de Kyle. Mas ganhava em alguma coisa, não havia nenhum cadáver ali.

Em um impulso, catei uma de suas gravatas. Uma das listras douradas estava prata como se tivesse se desgastado, o que significava que jamais a confundiria com uma das minhas.  

Eu gostaria de justificar aquele ato como um símbolo de resistência. Aquela gravata seria o símbolo do que eu passei e não passaria novamente. Entretanto, a quem eu queria enganar, não é mesmo?

Apressada, deixei o dormitório.

Com a destruição do meu, sobrara apenas três. Meu novo quarto era exatamente igual ao antigo.  

Coloquei as minhas roupas no meu novo guarda-roupa e guardei a gravata de Rowley entre as minhas. Depois de ajeitar tudo exatamente como o outro, subi para a parte de cima da beliche onde eu, surpreendentemente, adormeci.

— Larry. Larry. — meu tio me sacudia.  

— Que é? — aconcheguei-me mais no meu travesseiro e o encarei. Não havia a menor chance de eu sair dali.

— Eu trouxe... isso. — ele tirou de uma sacola de presentes um vestido cinza com um cinto e babados vermelho bem forte. — O que acha de fazermos compras?

Tive que me levantar para ter certeza de que eu estava enxergando direito.

 — Tio, o que você está fumando pra viajar desse jeito? Essa coisa é horrível! Você não só quer que os meninos me matem como quer que eu morra de humilhação também?

 — Que isso, Larry, olha o exagero. Eu achei o toque vermelho como a cor da esperança em um mundo cinzento e triste.

— A cor da esperança é verde. — rebati mal humorada. Ele estava de brincadeira comigo, só podia ser.

 — Não estraga. — meu tio revirou os olhos. — Dramática... tanto faz. Vamos comprar suas roupas antes que fique tarde.

 De cima da beliche, lhe lancei um olhar sério.

 — Estive pensando. — falei em tom baixo, quase ronronando. — Não quero voltar a ser uma menina.

 Enquanto meu tio franzia o cenho, eu me lembrei de que Matt me ensinara algumas técnicas de defesa pessoal. E eu não me saía tão mal quando eu enfrentava os caras que não faziam da luta um estilo de vida. E, a melhor parte, se eu era um menino eu não podia ser estruprada e morta! No máximo arrebentada e morta, mas aí já era outro caso. As desvantagens de ser um garoto eram as vantagens de não ser uma garota. E eu já estava me acostumando com aquilo. Era melhor do que ser estuprada.

 — Não entendi.  — Não quero roupas novas. — suspirei deitando-me novamente. — Eu to bem assim, e queria que você me deixasse continuar.

— Larry... acho que você não está entendendo a situação, minha querida. Por mim você poderia virar um papagaio. Até um ornitorrinco se quisesse. O problema é que você ainda é uma garota e é só por isso que esse colégio para meninos se tornou um colégio unissex, ta me seguindo, Larry? Então, você vai vestir uma sainha rodadinha vermelhinha e dourada bem bonitinha igual a garotinha que você é, capiche?

Revirei os olhos e cobri o rosto com o travesseiro, abafando um grito.

 — Você quer é que esses meninos se livrem de mim para que você mesmo não tenha que fazer isso! — cuspi, enfurecida.

Meu tio suspirou e, antes de sair do quarto, me deu uma olhada indecifrável. — Não se atrase para o almoço.

 Engoli em seco e olhei através da janela ao meu lado. Essa era a parte legal do quarto, havia uma janela bem de frente para onde eu deitava a cabeça. E eu podia avistar um campo onde terminava nos limites da escola, onde havia uma cerca que dava pra floresta.

De frente para o meu novo espelho, medi o comprimento do meu cabelo. Estava enorme, quase tocando meus ombros como se fosse um channel. Peguei a tesoura no meu kit de primeiros-socorros e comecei a cortar, começando pelos cachos castanho-claro que se formavam na ponta do meu "topete". Depois joguei todos os fios para o lado e fui repicando toda a parte clara. Eu não sabia cortar cabelo mas não ficou tão ruim. Pelo menos para mim, agora eu já não sabia como os meninos iam lidar com aquilo. E, assim, passei de "viadinho" para tomboy.

Rapidamente vesti roupas largas, como skatistas usam mesmo, e meu tênis. E pronto, eu era um garoto skatista com complicações de gênero. Ou uma garota com complicações, o que não fazia a menor diferença. Ninguém ligava.

Desci as escadas do dormitório e antes de passar pelo corredor principal, dei uma olhada para trás. Eu ia ficar o verão inteiro sozinha naquele lugar, e assim continuaria até as meninas começarem a chegar.  Lentamente abri a porta e saí.

 — Crayon! — alguém gritou ao quase trombar comigo. Recuei dois passos, um tanto assustada.

 — Wells, Twist. — comprimi os lábios em sinal de alerta.

 — Welcome Party! — disse Twist erguendo uma sacola em cada mão. — Hey, — ele levantou uma sobrancelha e apontou para mim como se de repente eu tivesse virado um abacate. — Você está parecendo uma menina!

Fiz cara de nojo e rosnei para Wells.

— Eu não disse nada! — defendeu-se e então sorriu, sarcástico, enquanto esfregava seu peitoral. — É que você tem um jeito muito original e interessante de se revelar.

Enfurecida, dei um soco no ombro dele. Quando percebi o que havia feito me preparei para tomar uma série de socos de volta, como de costume. Porém, para a minha surpresa, os dois explodiram em gargalhadas, me deixando com mais raiva ainda.

Imóvel, encarei eles até pararem de rir e Wells suspirar.  

— Qual foi, não vai deixar a gente entrar? — Pra vocês me estuprarem? — sibilei.

— Oh, que agressividade é essa? — Twist usou sua voz de garoto responsável e Wells me empurrou para dentro. Logo os dois estavam me puxando pelos corredores.

— Segundo meus cálculos quarto dela é o último no segundo andar à direita. — continuou Twist e, ao ver minha expressão de horror, se explicou. — A gente te viu pela janela antes de descer.

Revirei os olhos fazendo ainda mais cara de nojo.

Sentada no meio do quarto, em posição de lótus, assisti Twist e Wells tirarem da sacola um pacote de cheetos e uma garrafa de vinho barato, o que me deixou levemente curiosa já que eles eram bem ricos.

— Querem me embebedar pra quê? Pra me estuprar?

— Essa garota só pensa em estupro, meu Deus... — resmungou Wells, assistindo Twist travar uma batalha contra a rola do vinho.

— Se quiséssemos tinhamos feito isso naquele quarto, Crayon. — Twist também resmungou, concentrado na garrafa.

Wells me estendeu um pacote de cheetos e sorriu encorajadoramente para mim, mas recusei firmemente.

— O que queremos... — suspirou Twist, entregando o vinho para Wells. — é só bater um papo... — Wells abriu rapidamente e o devolveu, dando de ombros. Olhando feio para o amigo, Twist me passou a garrafa.

— Estão loucos se acham que vou beber isso. — rosnei.

— É impressão minha ou ela ficou valente depois que virou menina? — reclamou Twist.

— Não ligo de bater em garotas. Afinal, tenho feito isso o ano inteiro. — Wells deu de ombros novamente.

— Estão me ameaçando?

— Entenda como quiser. — respondeu Twist.

Sem tirar os olhos deles tomei um gole da garrafa de vinho. Eu já estava em pedaços, e tinha a sensação de que se eu tomasse mais um tapinha iria desmoronar.  

— Bem, — Twist sorriu satisfeito. — Vou explicar a finalidade da nossa visita. Você não achou que Steph ia deixar pra lá, ou achou? — com uma risadinha que fez meu coração gelar, ele tomou um gole da garrafa. — Eu estou aqui somente para conversar e Brody para, caso necessário, usar a força. Mas eu sei que você é uma boa garota e ele não vai precisar fazer isso... a questão é, Steph ainda não sabe que você... — ele pigarreou e Wells tomou a deixa para continuar.

— Tem peitos.

— Brody! — exclamou o loiro levemente rosa enquanto Wells gargalhava. — O que eu quero dizer é que ele nos deu duas opções: te recrutar, já que você manteve a boquinha fechada e deu um banho em Brody na corrida, ou acabar com você.

— E? — ergui uma sobrancelha.

— E que você é uma garota. — riu Wells como se aquilo fosse a coisa mais óbvia do universo. — A gente não pode ter uma garota no bando.

No bando... o que era aquilo, uma irmandade? Uma gangue?

— Tosco... — deixei escapar e ambos olharam para mim. — Então por que a dor de cabeça? Por que não contam logo pra esse tal de Steph?

Twist olhou surpreso para Wells.

 — Ah, ta de brincadeira que vocês não pensaram nisso? — disparei irritada. Eles olharam para mim confusos, não como se eles realmente não tivessem pensado nisso, mas como se eu fosse burra o suficiente para acreditar que eles não pensaram.

O barulho de passos vindo do corredor fez os dois pularem em pé. Wells jogou o pacote de cheetos para mim e correu para a janela.

— Depois a gente continua. — Twist passou a mão no alto da minha cabeça e seguiu Wells, carregando a garrafa de vinho. — Até mais, gatinha.

 — Larry? — meu tio entrou assim que Twist desapareceu pela janela. — O que eu falei sobre se atrasar? O que é isso? Está comendo biscoitos?

Dei de ombros, o coração um tanto acelerado.

— Resolvi que não queria ver ninguém hoje. — respondi, olhando para as minhas pernas ainda em posição de lótus.

Eu estava surpresa por conseguir reagir já que a minha mente estava em branco.

Meu tio suspirou.

— Ok, querida. Vou te deixar sozinha, então. E saiu. Simples assim.

Fui até a janela, a tempo de ver Wells virando a garrafa de vinho no gargalho, trespassar a cerca e adentrar a floresta com Twist.

Fiquei imaginando o que eles queriam dizer com aquilo. Por que não contavam a Steph? Acabariam com aquilo de uma vez. Será que eles planejavam me fazer de brinquedinho? Eu preferiria morrer a isso.

 As férias pareciam se arrastar como um caramujo gosmento. Havia alguns poucos alunos que haviam permanecido na escola, e esses não eram os mais simpáticos.

 Eu raramente saía do quarto, mas tinha que cumprir as "atividades de verão". Que incluía pintura, jardinagem, gastronomia e futebol. E, irritantemente, no final das ferias o que mais colocavam a gente para fazer era praticar esse esporte. Isso porque os meninos gastavam toda sua energia e raiva em campo, o que diminuía consideravelmente a quantidade de brigas.

— Troy, passa a bola pro Crayon! — gritou Schwaitz com seu sotaque alemão.

Troy olhou para mim e fez um embaixadinha com a bola antes de chutá-la em minha direção. Mas, claro, não consegui pegar a bola. Eu definitivamente odiava futebol.

— Porra, Crayon! — gritou Troy enquanto Millard pegava a bola e ia em direção ao gol. — Vê se pega essa porra, Phoenix!

E então, furioso, ele me deu uma ombrada que me fez gemer. Ele acertara onde já estava machucado.

— Presta atenção, Crayon! — gritou Schwaitz claramente irritado comigo.

O resto do jogo só me passaram a bola uma vez, e graças a Deus tudo o que precisei fazer era repassá-la.

— Você é um merda. — resmungou Troy ao passar por mim. — Boiola.

Arfando, observei todos os garotos irem em direção aos dormitórios. Pssando o cabelo para trás, peguei a minha mochila e comecei a ir em direção ao meu. Tudo em que eu pensava era tirar aquele suor do corpo e trocar meus curativos.

 — Ei, Crayon! — alguém gritou.

E por uma fração de segundos consegui desviar de um soco. Davison riu enquanto Dexter me olhava furioso. Tentei correr, entretanto Dexter estava perto demais e me jogou na grama, caindo ao meu lado. Antes que ele conseguisse subir em cima de mim, lhe dei uma cotovelada na boca do estômago.

Dexter rolou para o lado gemendo e eu fui rapida o suficiente para levantar antes de Davison chegar até mim. — Você pode correr, Crayon.

— Davison sorriu. Sua fisionomia mexicana o fazia parecer maior e mais alto que Wells e Rowley. — Mas nem Nate nem Brody estão aqui para te proteger. Você é nosso para fazermos o que quisermos.

Assustada, ouvi Dexter se levantar da grama atrás de mim. Havia alguns meninos espalhados pelo campo, assistindo a tudo. Alguns pareciam se divertir outros curiosos e, talvez uns três, estavam apenas seguindo o bonde.

Dexter me segurou por trás e Davison veio com o soco pronto.

Uma buzina forte ecoou pelo campo e Dexter me soltou imediatamente.

Dois homens de terno desceram de um carro preto, acompanhados de uma garota. Seu cabelo loiro era bem longo e ela tinha que ajeitar o vestido rosa colado para que ele não mostrasse sua bunda, e isso tudo equilibrando-se em um enorme salto alto.

Os meninos babavam enquanto ela caminhava em direção ao prédio principal com os cabelos ao vento.

Contornando Davison, parei ela no meio do caminho. Franzindo as sobrancelhas, a loira tirou os óculos de sol. Ficamos nos encarando por um tempo até seus olhos verdes brilharem e sua boca formar um O perfeito.

— Larry? — e então ela sorriu, me abraçando. — Ai, meu Deus! É você!

— Que merda você está fazendo aqui, Kelly?!

— Ah, — Kelly me deu um sorriso animado. — Foi ideia do seu irmão!


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?
Que surpresas será que dona Kelly vai trazer pra Larry?
Comentem, comentem !
Beijos até a próxima ♥



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