Trinity escrita por Ignácio


Capítulo 7
Se você aceita a derrota é só isso que vai conseguir - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

OPA
Esse capítulo eu escrevi muito, mas muito mesmo.
Ficou tão grande que eu vou ter que dividir em duas partes, pq tipo, ainda tenho que introduzir o Nelsão nele e explicar muita coisa.

Esse cap inclusive dá meio que um norte pra história de Dante e explica os buffs, espero que gostem.



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Kim Yang-Mi não sabia lutar, e realmente estava ponderando deixar o careca que a ajudou para morrer nas mãos daquela criatura. Mesmo que estivesse em uma situação que precisasse correr para salvar sua vida, a coreana conseguia pensar no que deveria ser feito; na verdade os sentimentos ali não atrapalhavam sua capacidade de raciocínio.

A ideia da morte também não a assustava muito.

Havia um lago à direita, mas parecia muito frio para que ela ou Dante pudessem entrar. Mesmo considerando a possibilidade de que nadar poderia ajudar a escapar do gigante, ela não arriscaria ter seu corpo congelado pela água. Além disso, a próxima frase do homem apenas confirmou que o lago não era uma boa ideia.

— Não me manda pra direita! EU NÃO SEI NADAR! — ele disse apavorado, ainda correndo sem um rumo definido – Já pensou o que a gente vai fazer? A mochila pode ajudar!

— Para de falar! – Yang-Mi respondeu irritada, o monstro podia até não atrapalhar seu pensamento, mas um careca estranho, que corria de uma forma desengonçada e um tanto quanto engraçada, e ainda por cima gritava com um desespero visível nos olhos, isso sim tirava sua concentração.

Mas é claro que ele estava desesperado. Qualquer pessoa comum ficaria com o mesmo nível de desespero caso um humanoide de dez metros a perseguisse.

Humanoide esse que já estava muito, mas muito perto. Perto o suficiente para que a adolescente conseguisse ouvir o som que ele emitia.

 Não o estrondo que ele causava com cada passo, ou o barulho de destruição que vinha atrás de si, considerando que nada ficava intacto por onde ele passava. Mas um som mais característico, que contrastava com o esforço físico da criatura.

“Biuur”

Pensar em derrota-lo não era a prioridade de Yang-Mi no momento, a prioridade era pensar em como sobreviver. Falou para Dante com o mínimo de palavras possíveis para que pudesse ganhar tempo, qualquer décimo de segundo contava naquele momento.

— Vai para o bosque, fica longe, me ajude a confundir ele.

Dante era quem parecia estar confuso com a ordem, mas ele a acatou sem pensar duas vezes.

x-x-x-x

Vex viu toda a movimentação a partir do momento em que o monstro avançou em direção à dupla, vendo toda a correria pela planície tomada pela neblina, até a hora em que o homem (algo tão desengonçado só poderia ser um homem) pegou algo como um pequeno bastão em sua mochila. Tal objeto até parecia inútil inicialmente, mas o homem fez alguma coisa e o bastão se transformou em uma lança negra afiada, com cerca de dois metros e meio.

“Uma lança retrátil” - pensou Vex, ela percebeu logo que ele a desdobrou. Todo o resto de seu pensamento e deduções veio ao analisar os movimentos do careca, que graciosamente colocou a afiada ponta da arma na batata da perna do gigante de quatro braços. - “É uma arma de uso exclusivo da força militar de Columbia. Meu pai que inventou isso”

— A força militar não deveria por algum acaso estar em uma missão longe da cidade? – O pensamento da jovem extrapolou o plano psicológico e ela começou a falar. Sozinha – Pra mim que nenhum soldado havia ficado para a patrulha, ao menos foi isso que os outros que saíram da cidade falaram... Pensa Vex! Por que um soldado do mal estaria sozinho aqui?

Não havia sentido em um soldado estar ali, realmente não havia.

A não ser que...

Ele não fosse um!

“É óbvio” - Vex voltou a pensar consigo mesma - “Ele não tem modos de um soldado, é desengonçado. Além disso, essa garota é claramente uma continental, e ele está sacrificando sua vida para protegê-la, um oficial de Columbia apenas a capturaria, ou a deixaria para morrer, ele não”.

“Então eu preciso dele vivo pra descobrir como ele conseguiu essa lança”.

Vex engatou a sua Aero-X, que pairava no ar, e começou a bolar um plano para tentar ajudar o homem. Enquanto descia para a planície ponderou nas suas possibilidades naquele momento.

Os dois estavam seguindo para o bosque. A princípio poderia parecer uma escolha esperta, já que as árvores poderiam servir para que ambos saíssem do campo de visão do gigante, que parecia um tanto quanto limitado. Confundir ele ali parecia ser a decisão que tomaram.

Mas era uma faca de dois gumes.

Vex sabia como funcionava aquele local. Visto de baixo, de onde os dois corriam por suas vidas, o bosque parecia enorme e um tanto quanto aberto, que permitia a movimentação. De cima da moto ela podia ver o outro lado. O bosque só se estendia por cerca de duzentos metros, até que as árvores se encontravam com um rio com cerca de vinte metros de largura.

Se ela demorasse muito para agir eles ficariam encurralados.

x-x-x-x-x-x

Dante finalmente entendeu o que a coreana quis dizer com “Confunde ele”.

Na medida em que os dois iam correndo por entre as árvores ambos saíam do campo de visão do Monstro atrás dele. O movimento alternado de ziguezague, que ele e Kim faziam para confundir a criatura, lembrava uma música da infância do careca. Algo sobre alguns escravos que jogavam caxangá.

Por algum motivo a música não saía de sua cabeça.

Toda vez que eles se escondiam ou entravam em uma parte mais fechada da mata o gigante parava para procura-los. Algumas vezes esse processo demorava o suficiente para que Kim e Dante conseguissem recuperar seu fôlego, pois sabiam que iam correr novamente. Quando a criatura perdia a paciência para encontra-los ela voltava ao que estava fazendo anteriormente: e com todos os seus quatro braço espancava e derrubava todas as árvores que conseguia, tentando limpar. No medo de serem atingidos pela fúria “daquilo” eles se colocavam a correr para frente, reiniciando o ciclo.

Dante já estava cansado desde o início da perseguição, agora ele estava exausto. Ele podia sentir sua velocidade diminuindo e seu próprio corpo limitando seus movimentos pelo cansaço. A respiração se tornava mais pesada para tentar fazer uma melhor oxigenação, mas isso não recuperava a fadiga muscular que estava sentindo tanto nas pernas quanto no resto do corpo. Correr gera impacto, e o impacto não se mantém somente nas pernas.

Ele olhou de relance para a garotinha que acabara de conhecer. Ele pensava nela como uma garotinha, mas sabia que mesmo que sua aparência fosse de doze anos mais velho que ela, a personalidade da mesma provavelmente seria mais madura que a de Dante. Não era algo difícil ser mais maduro que o careca, mas ela realmente parecia muito fria para sua idade.

Ela se escorava em uma das árvores do bosque, com o corpo inclinado para baixo e as mãos no joelho. Estava ofegante, mas um pouco menos que Dante. Ela estava caminhando logo antes de começar a correr, ele não, ficou pelo menos vinte minutos parado naquela árvore na espera de que a criatura fosse embora. Sem sucesso. De toda forma, seu corpo já estava preparado para algo do tipo.

O dele não.

 “Se ao menos eu tivesse minha mochila aqui eu poderia ser mais útil” – pensou olhando para cima, talvez a procura de algum auxílio divino.

Mas quem chamou sua atenção foi a nave que voava em direção à planície que acabavam de sair. Ele ainda queria saber o que era caxangá, que os escravos tanto jogavam.

x-x-x-x-x-x

Não havia muitas possibilidades naquele momento. Vex precisava chamar a atenção de algum dos dois humanos para si, para comunicar de alguma forma que não deveriam seguir em frente.

Ela observou novamente todo o ambiente. Ela não podia chegar a eles desde que estivessem no bosque. As árvores, mesmo que fossem um pouco espaçadas entre si, não permitiam que um veículo do tamanho da Aero-X fizesse algum rasante.

Mas não havia árvores no lugar onde estavam anteriormente.

Se o homem em questão tinha uma lança retrátil em sua mochila, não seria difícil acreditar que ele tivesse outro tipo de arma também. Talvez isso ajudasse.

A mecânica dirigiu sua moto de forma rápida e graciosa até chegar às mochilas, que estavam na mesma moita em que eles se esconderam. Sem parar o veículo ela estendeu seu braço, e voando rente ao chão pegou as duas bagagens.

O espanto veio com a diferença de peso entre as duas. Enquanto uma não pesava mais do que dois quilos, a outra extrapolava uma quinzena facilmente. Ela segurou as duas com dificuldade, até o ponto em que colocou ambas sobre a garupa e voltou a planar acima do bosque, tentando chamar a atenção das pessoas que estavam abaixo de si, ao mesmo tempo em que procurava algo interessante nos pertences.

Na mochila mais leve Vex só encontrou roupas e uma espécie de canivete. A caminhante provavelmente carregava um cantil, mas deve ter o deixado cair enquanto corria.

Mas o que viu na mochila maior realmente a surpreendeu.

Dentro da mochila se encontravam dois frascos cilíndricos com líquidos brilhantes, a mecânica os desconhecia, provavelmente eram algum tipo de bebida alcoolica. Ela não ia tomar aquilo.

O que tornava aquilo tão pesado era uma espécie de luva, feita com um metal azul que Vex não conhecia. Ela ficou frustrada, pois aquele equipamento parecia um dispositivo Mecânico, mas nada em sua estrutura denunciava o seu funcionamento.

Nada, até que viu um botão. Sem pensar duas vezes ela o apertou. As “costas da mão” da luva de metal se abriram com um estrondo e Vex pode por fim ver o interior do equipamento, ao menos a parte que ficava entre o revestimento de metal e a parte em que provavelmente servia para colocar a mão. Dentro dela se encontrava um compartimento minúsculo, exatamente do tamanho dos frascos que ela viu anteriormente.

Ela encaixou um dos frascos no local, e todos os espaços vagos entre o metal azul, que antes eram pretos, se tornaram de um vermelho brilhante. Vex apertou o botão novamente e aquela coisa se fechou. Provavelmente estava pronta para o uso.

x-x-x-x-x-x-x-x

A coreana observou o sinal silencioso que Dante fez.

Eles já estavam a cerca de trinta metros de distância um do outro, e a um pouco menos que isso do gigante atrás deles. A corrida estava desgastando Yang-Mi também, ela já estava fadigada, mas o sangue estava quente em suas veias.

O careca  já estava olhando para o alto por cerca de um minuto, como se algo ali o interessasse muito. Felizmente, o monstro estava demorando para se irritar dessa vez, o que ampliou o período de descanso e permitiu que os dois se comunicassem, mesmo que por gestos.

O primeiro saiu dele: apontando para cima ele mostrou para a jovem o que o observava. Então ela viu.

Logo acima das árvores que rodeavam Yang-Mi uma moto voadora pairava silenciosamente.

Uma moto voadora.

Caralho, era uma moto voadora.

O espanto a paralisou por alguns segundos, mas logo que retomou a consciência ela teve noção do que estava acontecendo. O piloto da moto vestia um capacete e uma roupa que tapava todo seu corpo, mas parecia pequeno demais para um homem. Ele chamou sua atenção e fez gestos com as mãos como se falasse “vou jogar alguma coisa, segura”.

“Ótimo” – Pensou – “Novamente sendo salva por estranhos. Eu não pedi por isso”.

Yang-Mi reparou que o piloto carregava duas mochilas na garupa, a sua e provavelmente a de Dante. Era melhor que ele não tivesse mexido em suas coisas.

Mexeu.

Ela percebeu isso logo que viu uma espécie de corda, que segurava a mochila do careca. Suas roupas foram cortadas, provavelmente com seu próprio canivete, e suas extremidades foram amarradas. O resultado foi um tecido comprido que tinha uma força de tração suficiente para que ela conseguisse descer a mochila de Dante, que aparentemente era um tanto quanto pesada.

Kim segurou a mochila e olhou diretamente para o piloto. Por mais que o capacete tivesse a viseira escura era conseguiu enxergar a feição do rosto de quem a ajudara.

Não era o piloto

Era “a” piloto.

x-x-x-x-x-x-x-x-x-x

Dante viu tudo acontecer.

De alguma forma, e por algum motivo, aquele ser divino estava ajudando ele e Kim a se safar daquela situação. Ele nem a conhecia e já gostava dela.

Ela entregou sua mochila para Kim de uma forma genial, de alguma maneira ela havia conseguido amarrar alguns tecidos entre si e fazer uma corda. Isso nem chamou a atenção do gigante.

O que chamou a atenção dele foi quando ela foi embora com sua moto.

“Foi tão espertinha pra uma coisa, mas tão boba pra outra”.

O barulho da arrancada da moto voadora fez com que o monstro finalmente achasse uma Kim que se escondia entre as Árvores. E agora ela estava com a mochila de Dante.

A criatura já se prontificou em ir retirando todas as árvores que estavam em seu caminho e ir em direção à Kim, que por sua vez voltou a correr. Dante fez uma careta, ele não queria se movimentar de novo, mas correu atrás dela.

KIM, JOGA AQUI! — Ele gritou o mais alto que conseguiu, com dois propósitos: ser escutado pela jovem e ser escutado pelo monstro. Ele queria chamar a atenção dele.

Ela ouviu, e muito mais rápido que ele pensava, jogou a mochila e continuou a correr. Kim era esperta, não queria perder tempo.

Ela não queria morrer.

A velocidade com que arremessou assustou um pouco Dante, que não conseguiu sincronizar o pensamento de pegar a mochila com a ação. A bagagem atingiu as pontas dos seus dedos e caiu no chão a sua frente.

Ele era bem atrapalhado.

Mesmo assim, sem perder tempo o careca se agachou e logo abriu a mochila para verificar o que estava ali.

Para sua surpresa a manopla já estava ativada.

Pela segunda vez na sua vida ele seria obrigado a utilizar o Buff.

—Então, meus caros alunos – O homem tinha uma aparência jovial para sua idade. Encontrava-se em uma pequena sala de aula, com 15 ou menos alunos, Dante, ainda tinha por volta de 18 anos e cabelos longos. Um professor estava a frente de um quadro branco; Na parede lateral esquerda era possível de se ver um tridente desenhado: O símbolo oficial da universidade de Columbia – O que os militares passaram a chamar erroneamente de “buff’s” é o maior triunfo de nossa universidade até hoje. Mesmo que essa seja sua primeira aula, espero que saibam que é justamente o seu curso o responsável pela fabricação do mesmo.

Dante ouvia desatento todo o discurso do homem, o jovem só queria aprender sobre como aquilo funcionava, e como ele produziria o seu próprio. Toda aquela conversa de que seria decisivo caso houvesse um novo confronto na terra ou de que os buffs são perigosos quando mal utilizados não passava de papo furado.

— Senhor professor – disse ele com um sorriso malandro – acredito que seja sim, extremamente interessante descobrir como vocês descobriram isso fundindo a célula de uma estrela-do-mar a de um cavalo, mas você poderia, por favor, me explicar o funcionamento de um buff no corpo humano?

— Agradeço pelo interesse na aula senhor.... Dante! – ele respondeu animado, mesmo que tivesse esquecido o nome do aluno por um momento. Dante percebeu que ele não havia entendido a ironia em sua fala – Sua pergunta provavelmente vai ser respondida ao longo de outras aulas, mas eu vou te dar uma explicação básica de como funciona. O seu corpo tem limitações, certo? E você não é capaz de extrapolar seus limites. Por exemplo, se você quisesse carregar um caminhão com as próprias mãos o seu corpo não permitiria. A função do buff é forçar o seu corpo a permitir isso. É uma mistura: um suplemento alimentar altamente concentrado aliado a um estimulante de desenvolvimento celular. Ao injetar o buff “Rofça”, por exemplo, suas células musculares começam a se desenvolver muito mais rapidamente do que você possa imaginar, o suplemento serve justamente para repor as energias e os nutrientes gastos nesse processo. Com isso, por algum tempo você consegue ter uma... super-força, vamos colocar assim. Mas logo que o efeito passa suas células atrofiam, os nutrientes usados retornam ao seu corpo, que não tem capacidade de digerir eles novamente. Então, os resíduos ficam na sua corrente sanguínea, e são radioativos, podem trazer algum tipo de mutação. Podem ser retirados por diálise de sangue, mas não saem naturalmente.

—Por isso algumas pessoas morrem, não é?

—Por isso e por outros vários fatores também, mas isso fica pra outra aula... – ele respondeu sério, e novamente abriu um sorriso para a turma de alunos – Alguém além do Wesley Safadão aqui tem alguma dúvida?  -os outros alunos riram, mas ninguém disse nada – Então vamos dar prosseguimento a aula.

 

Ele colocou a manopla na mão direita e apertou o botão camuflado no pulso. Sentiu a picada da agulha nas costas da mão e por fim veio a dor. O líquido brilhante que entrava no seu corpo era extremamente dolorido, ele podia senti-lo se difundindo por toda a corrente sanguínea. Logo faria efeito.

Existiam três tipos diferentes de buffs em sua mochila. Regeneração, força e velocidade. Eram os mais básicos, e os três primeiros que Dante aprendera a produzir.

Cada um tinha um efeito diferente no corpo, mas a manopla foi uma invenção do irmão mais velho de Dante. Feita de um metal extraído pelos outros eleitos no fundo do mar, chamado de Mithril, ela tinha a característica básica de poder extrair os resíduos energéticos do corpo do indivíduo e transformar os mesmo em energia.

Energia pura.

Plasma.

Ou seja, cada vez que o efeito de algum buff se dissipava, o portador da manopla tinha a possibilidade de liberar a radioatividade de seu corpo na forma de um feixe de energia. Dante só não conhecia o poder do feixe ainda.

Ia conhecer naquele dia.


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Notas finais do capítulo

É, eu sei que não tem nenhuma decisão. Mas na verdade eu já vou adiantar as questões das habilidades.
Por favor donos dos personagens que apareceram hoje, me mandem MP e eu vou explicar o que cada um tem que decidir.

Enfim, espero que gostem, me apontem os erros e tudo mais.
Beijos no coração de cada um.


(Eu vou passar a dar a estrelinha lá pra quem pegar mais as referências a partir de agora, acho que tem umas três nesse capítulo, mas se você for criativo o suficiente pra achar uma que eu não coloquei, fique a vontade)