Her Slave escrita por nymphL


Capítulo 2
II - As desculpas esfarrapadas


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoas xD

Eu sei que deveria ter postado semana passada. Sim, sim, sim! Shame on me! Mas eu esqueci de postar sábado passado? hehehe

Serião. Desculpa gente! Prometo que atualizarei certinho de agora em diante.

Agradecimentos aos favoritos e acompanhamentos, vocês são uns lindos. E agradecimentos mais do que e especiais aos leitores Tsukki e Mtroleiz pelos lindos reviews deixados. Vocês são ♥ Obrigada por me acompanharem nessa jornada com Kenshiro ♥

Brigadinha pra MicheleBran, minha beta maravilhosa também!

Espero que gostem do capítulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/698697/chapter/2

“MASHIRO!”

O grito do capitão enfurecido ecoou por toda a extensão dos dormitórios da Nona Divisão.

Estava tão puto da vida ao escancarar a porta do quarto de sua co-tenente que, no fim, ficou aliviado ao encontrá-lo vazio. Com a raiva que sentia, dessa vez não haveria ninguém que a poupasse. Que pudesse ousar poupá-la.

Em passos rápidos, alcançou o escritório que Hisagi dividia, na teoria, com Mashiro. Desde sempre, desde quando ainda eram apenas shinigamis, a marmota mais ficava enfurnada na sala de Kensei do que na dela própria.

Encontrou-o sozinho.

Ela não estava lá.

“Onde ela está?” perguntou, fumaça quase saindo de suas orelhas.

Hisagi o encarou, impassível. Seus olhos acinzentados demonstravam espanto, mas sua face continuou igual enquanto seu Capitão escaneava o cômodo.

A mesa de Mashiro estava arrumada, impecável. As canetas verdes e laranjas arranjadas sobre os papéis que ela insistia em separar com post-it.

Havia descoberto os marcadores no Mundo Real e, desde então, nunca deixava de usá-los. Mesmo que fosse para deixar um recado idiota como fui à padaria buscar pão e volto logo.

Shinji achava fofo da parte dela, Hiyori os tolerava — até achava útil dependendo da ocasião —, Lisa se aproveitava para deixar palavras de duplo sentido que Mashiro simplesmente não conseguia entender, Love era pragmático, quando muito, escrevia um rap aqui ou acolá e Rose, sempre atento, os lia e de forma pragmática os respondia — embora sempre fosse possível vê-lo se utilizar da invenção humana para rascunhar poesias ou letras das músicas que compunha.

Hachi era o único que os lia efetivamente e respondia com um sempre doce e atencioso Volte logo. Esperamos você.

Se havia alguém que de fato se preocupava e cuidava de Mashiro, esse alguém certamente era Hachi. Uma verdadeira figura paterna para a papagaia louca.

Já Kensei... Kensei os odiava profundamente. Nunca os lia. Jogava fora antes que pudesse lê-los.

Surpreendentemente, nessa manhã não havia nenhum recado em seu quarto ou em seu escritório. Ao contrário, o que havia mesmo era uma câmera ligada que o flagrara num momento nada oportuno... ou respeitoso.

“Não a vejo desde ontem, Taichou.”

Rangeu os dentes. Estava com tanta raiva que sua face começava a ficar vermelha.

Aproximou-se da mesa da co-tenente e então o encontrou. Um post-it grande, com linhas, numa berrante cor laranja. A caneta que escolhera era verde escura, uma stabilo 88 que também trouxera do Mundo Real.

Dessa vez, pela primeira vez, se deu ao trabalho de ler o que a papagaia louca escrevera.

Keeeen-sei!

Como eu já sabia que você apenas jogaria meu post-it fora caso eu o colocasse no seu quarto, eu resolvi deixá-lo aqui. Kensei malvado!

Estou fora numa missão ultrassecreta. Não pergunte a ninguém do que se trata. Eles nem saberiam, rs. Volto três dias antes do seu aniversário!

Com amor,

K.M ♥

PS: Já reparou que as iniciais dos nossos nomes são invertidas? Tipo Kuna Mashiro e Muguruma Kensei?

Por um breve momento, o Capitão se sentiu aliviado ao ler o recado. Mas o sentimento não durou muito.

Esmagou o papel colorido entre os dedos com força. Que cretina! Como se atrevia a sumir, sumir, depois de armar tamanha arapuca para ele?

Ainda se lembrava com certo embaraço daquela manhã quando saíra do banheiro completamente nu e se olhara no espelho, penteando os cabelos com os dedos.

Gostava do novo corte e, muito embora Mashiro reclamasse dele a princípio, descobriu que, na verdade, ela apreciava ter mais fios para puxar quando se beijavam de forma apaixonada.

Foi só quando sorriu de maneira convencida e arrogante que viu o flash disparar.

Olhos arregalados, notou o flash disparar mais uma vez e incontáveis vezes.

Andou até o gaveteiro e encontrou uma máquina encostada atrás de um retrato.

Nele estavam todos os Vizards. Mashiro fizera questão de tirar tal foto antes de lutarem na cidade falsa de Karakura. Havia aprendido a fotografar com aquelas máquinas modernas com Orihime e, sempre que podia, tirava foto de todos em todas as ocasiões possíveis e imagináveis. Naquela foto, especificamente, Kensei estava terrivelmente irritado com ela. Mashiro se escorara nele e, com suas mãos enluvadas, tratava de forçar um sorriso em seu rosto. Love e Shinji seguravam seus braços enquanto a marmota fazia sinal de paz e amor com os dedos da mão direita. Todos os demais integrantes do bando pareciam tensos, mas ainda assim sorriram pra foto.

Kensei era o único que queria matá-la.

Quando Hachi questionara quem bateria a foto, lembrava-se de tê-la ouvido responder algo como modo smile. Só sorrir e a máquina dispara!

Pegou o objeto entre os dedos e tentou vasculhar para apagar as fotos, mas era todo em inglês. Não havia nenhuma orientação em japonês.

Irado, quebrou a máquina com as mãos nuas e jurou que faria a papagaia brega pagar por tal situação.

Iria matá-la!

###

Mashiro suspirou cansada quando saiu do shopping acompanhada por uma indiferente Lisa e uma irritada Hiyori.

Além da missão, que já resolvera — não era nada mais do que dar uns recados ao shinigami substituto, função de Kuchiki Rukia que ela roubara, alegando precisar comprar o presente de Kensei — e estava agora na missão que era de fato ultrassecreta.

Perguntava-se se Kensei havia lido seu post-it. Duvidava. Ele era tão desatencioso e malvado!

“Oe, Mashiro!” Hiyori gritou, extremamente irritada. “Dá pra se decidir logo? Por que você não compra a droga do par de luvas de sempre?”

Estavam sentadas na frente da sorveteria que Rose os levara uma vez. Hiyori tinha parte da cara lambuzada do sorvete, mas não hesitou diante da face indecisa da amiga. Lisa continuava impassível, analisando a situação em silêncio.

“Tem que ser algo especial!” comentou, mordendo o dedo indicador melecado com cobertura de menta.

“Tem que ser útil! Ele usa as luvas. Isso que importa!”

“Tem que ser algo que ele goste!” Mashiro rebateu. “Diferente!”

“Que seja!” A loira apontou um dedo na cara da outra. “Só escolha logo! Não aguento mais ficar aqui. Meus pés doem de tanto rodar essa droga de shopping!”

Mashiro estava prestes a responder quando Lisa, ainda num tom inabalável, comentou.

“Ofereça você mesma numa lingerie para ele. Ou nua, tanto faz. O Kensei é tão desligado que nem sabe a diferença de verde-petróleo e verde limão.”

O comentário lhe rendeu duas faces completamente assustadas. Ambas coraram com vigor. Hiyori deixou a colher do sorvete cair e Mashiro cutucou seus cabelos esverdeados.

“Lisa!” Hiyori falou após recuperar a fala. “Deixa de ser pervertida! O K-Kensei... E a Mashiro...”

“Como alguém pode não saber a diferença entre verde-petróleo e verde-limão? Kensei tapado!

Hiyori suspirou. Ainda bem que sua amiga marmota não percebera as intenções menos-do-que-boas de Lisa.

Assustou-se quando viu Mashiro se levantar da mesa de supetão, uma expressão resoluta em sua face.

“Limão... Hmmm... Já sei!”

E antes que qualquer uma pudesse se pronunciar, ela já havia desaparecido.

Sozinhas na praça de alimentação, Hiyori encarou Lisa com certa reprovação. A morena riu, sacudindo a cabeça diante da inocência que Hiyori tanto acreditava ver em Mashiro.

“Ela não é tão tapada quanto vocês pensam...”

“Você é a pervertida aqui, Lisa! Mashiro...”

“Mashiro e Kensei...” cortou-a sem se importar com o olhar feio que recebia. “Tem algo entre esses dois...”

“Você acha...?” Pela segunda vez deixara a colher do sorvete cair. Já começava a se irritar com sua falta de cuidado. “Mas que droga de colher!”

“Tenho certeza!”

###

“O que diabos você fez?”

Perguntou tão logo a viu entrar em seu quarto no meio da noite de forma sorrateira.

Estava sentado na poltrona do quarto dela por mais de uma hora esperando que voltasse. No escuro, e tendo dormido porcamente nos últimos dias, acabara por adormecer mais de uma vez, mas não se movera dali nem por um segundo.

Tinha que tirar aquela história a limpo e quanto antes o fizesse, melhor.

Havia se passado uma semana desde que encontrara a máquina fotográfica em seu quarto e ela partira para o Mundo Real. No post-it deixado, ela havia mencionado que voltaria três dias antes de seu aniversário, mas já era 30 de julho. Exatamente o dia de seu aniversário. Se ainda conseguia reconhecer as horas só de olhar para o céu, diria que passava das duas da manhã.

Odiava admitir, mas a demora o deixara preocupado. O atraso de três dias, quase quatro, fizera-o se perguntar se algo havia dado errado na missão. Algo perigoso, talvez? Ao passo em que Mashiro era uma oponente capaz, era também descuidada. Se não fosse mais descuidada do que capaz. Perdera as contas de quantas vezes tivera que ajudá-la porque ela insistira em subestimar o oponente. Depois de passar décadas na companhia da marmota e de ser exilado na terra por mais de cem anos com ninguém mais próximo que ela — a verdade é que por mais que conhecesse todos os outros, não eram tão amigos assim, mais para conhecidos. Mashiro era a única que nunca deixara de ser uma constante em sua vida.

Tal e incomum inquietação diante do que deveria lhe trazer felicidade, fez com que Kensei se questionasse sobre o quanto a marmota significava para ele. Pergunta essa que se fizera pela primeira vez pouco tempo depois de deixarem a Soul Society, enquanto ainda não havia aprendido a lidar com seu hollow interior. E que frequentemente não o deixava dormir nos últimos dias após descobrir-se viciado em seus beijos inocentes.

A preocupação durara pouco, no entanto. Isso é... Ao invadir o escritório do Comandante Geral naquela manhã demandando explicações sobre o paradeiro e a real missão ultrassecreta de sua co-tenente marmota, descobrira que de ultrassecreta não tinha nada e que, na verdade, a tarefa consistia apenas em prestar suporte ao Shinigami substituto na cidade de Karakura. Parte da tarefa de Kuchiki Rukia, mas que Mashiro solicitara pessoalmente — mais para choramingara — que fosse transferida para si.

O sentimento de preocupação cedera lugar à raiva.  Raiva dele e raiva dela. Motivos óbvios atestar que Kensei sentia raiva diante das ações de Mashiro. Só de respirar e existir a papagaia o deixava enfurecido. E raiva dele... Bem... Ele não tinha muito tempo para pensar nisso.

“K-Kensei-sama!” O sufixo saíra de forma baixa, como se estivesse arrependida. O capitão semicerrou os olhos.

“Mashiro!” Seu tom saiu um pouco mais alto do que deveria. Na calada da noite, qualquer barulho era mais do que suficiente para acordar o quartel da Nona Divisão inteiro.  

“Kensei é tããããão pervertido!” Um suspiro escapou seus lábios. “E tãããão estúpido! Você não pode simplesmente invadir um quarto de uma garota assim de noite!”

O comentário fez com que o capitão cerrasse os punhos. Kensei era menos estúpido do que Mashiro e ele próprio acreditavam. Sabia que ela estava se esquivando do assunto, de sua punição.

“Cala a boca, Mashiro!”

Levantou-se e caminhou em direção a ela que, no mesmo lugar, sacudia os braços escondidos nas mangas longuíssimas de seu shihakushou.

“Por que você deixou a câmera no meu quarto?”

Sua pergunta fez com que ela parasse de se mover de súbito e o encarasse com os olhos castanhos muito arregalados. Ali, parado de frente à sua co-tenente, esperava que ela se desculpasse e implorasse por seu perdão e explicasse o porquê de tal atitude tão impensada. Mas se havia algo que aprendera com Mashiro ao longo dos anos é que ela sempre se superava.

“Tô com fome! Quero bolinhos de arroz!” exclamou, jogando-se no sofá, mãos sobre o estômago.

“MASHIRO!” Avançou sobre ela no sofá, pronto para puxá-la pelas vestes e fazê-la se explicar quando a porta foi aberta de supetão e três de seus subordinados, incluindo Hisagi, entraram.

“Muguruma Taichou! Kuna Fukutaichou!”

Com um aceno de cabeça de Hisagi, os dois shinigamis se aproximaram de seu Capitão e o puxaram para longe de Mashiro. Alheia ao que acontecia, a marmota continuava a bater as pernas no sofá e a apertar o estômago, reclamando do quão faminta se sentia e do quanto queria bolinhos de arroz.

Ah, os malditos bolinhos de arroz!

Depois que se livrasse de seus subordinados arrumaria o máximo que pudesse de bolinhos de arroz e faria Mashiro engoli-los até que os caroços de arroz lhe saíssem pelas narinas!

“Explique-se, Mashiro!”

“Eu disse que estou faminta, se estou faminta é porque não comi nada. Você é tão bobo assim?”

“Taichou!” Ambos os shinigamis gritaram e redobraram seu aperto sobre ele.

“Deixa pra lá!” Kensei murmurou, livrando-se de uma vez das mãos que lhe impediam de estrangular Mashiro. De qualquer forma, não é como se pudesse realmente machucá-la. Se tivesse mesmo que matá-la, já o teria feito muitos, muitos anos antes.

Não negaria que sentia vontade, no entanto.

“Ken-sei! Vai me ignorar de novo?”

Com um meneio de cabeça, saiu do quarto e lançou um último olhar para a papagaia louca. Um pequeno sorriso se delineava em lábios, provando, mais uma vez, que ele estava certo em assumir que ela era culpada desde o princípio.

“Ignorem-na!”

###

30 de julho chegara mais rápido do que todos esperavam.

A Nona Divisão estava agitada. A Associação Feminina de Shinigamis e a área de Comunicação da Seireitei estavam ensandecidas. Nenhuma foto do Capitão Muguruma Kensei chegara às suas mãos. A co-tenente Kuna Mashiro estava desaparecida há dias. Nada. Nem sinal de fumaça.

Diziam por aí que ela estava de volta à Soul Society e que não saía de perto do Capitão, aporrinhando-o como sempre. Mas os rumores também indicavam que a câmera que a Associação lhe entregara fora destruída por Kensei no dia seguinte.

Se fosse o caso, indagavam-se as meninas, por que Mashiro não se reportara imediatamente? O que estava escondendo? Podia Kensei ser tão assustador assim? Ou apenas não desejava ser indagada sobre o relacionamento dúbio que os dois pareciam manter?

Matsumoto caminhava em direção à Nona Divisão com uma papelada enorme que precisava ser assinada pelo próprio Capitão. Quando Hitsugaya pedira que alguém entregasse os relatórios, sua tenente se prontificara para o trabalho, mesmo sabendo que qualquer oficial poderia fazer isso.

Esperava encontrar Mashiro e colocá-la conta a parede. Teria conseguido isso no encontro anterior se não fosse pela tamanha algazarra que dominara a reunião. Quem sabe agora, a sós...

“Olá, Hisagi-kun!” cumprimentou ao entrar na sala destinada aos tenentes. Para seu profundo desapontamento, ele se encontrava sozinho.

“Matsumoto-san!” A resposta veio debaixo da mesa e só então ela reparou que ele havia caído e tentava se levantar, sua face muito vermelha. “Sempre um prazer te ver por aqui...”

“Hm...” Ela fez uma careta diante da habilidade estupenda de Hisagi de elogiar uma mulher. Não era de se surpreender que mesmo bonito continuasse solteiro. “Onde está Kuna Fukutaichou?”

“Hm... É... Kuna Fukutaichou... Eu não sei. Talvez com o Taichou?” arriscou, muito afetado pela presença da bela shinigami para raciocinar com clareza.

“Ótimo! Obrigada!”

Estava prestes a deixar o cômodo quando percebeu que ainda segurava os relatórios entre as mãos. Com um suspiro, deixou-os sobre a mesa de Hisagi e caminhou de volta até a porta.

“Matsumoto-san!” Hisagi chamou antes que ela pudesse sair. “Você vem... Hm... Essa noite?” Sua face estava tão vermelha que a qualquer momento o sangue escorreria pelo seu nariz ou sua cara explodiria. “Hm... Digo... Para a festa do Taichou.”

“Ah... Venho sim,” Matsumoto sorriu diante da pergunta tosca. “Claro! Te vejo essa noite, ok? Bye, bye Hisagi-kun...”

Matsumoto não esperou para ver o que aconteceria, mas, de longe, ouviu o barulho de algo alcançando o chão. Se o tenente não desmaiara, ao menos caíra, surpreso, com seu tom de voz sedutor.

Uma gargalhada escapou de sua garganta ao caminhar pelo grande corredor da divisão. Antes que percebesse, passava pela sala do Capitão. Uma placa pendendo sobre a porta dupla tinha seu nome escrito num verde tão berrante quanto os cabelos de Mashiro.

Lembrando-se do que o tenente dissera, aproximou-se da porta e bateu de leve nela. Nada. Nenhuma resposta. Curiosa, encostou a orelha na madeira, mas, novamente, nada. Nenhum som.

Determinada, colocou a mão na maçaneta e abriu a porta de súbito apenas para encontrar o cômodo vazio. O Capitão Muguruma não estava em nenhum lugar. Nenhum sinal de Mashiro.

Estava prestes a dar meia volta quando ouviu uma voz manhosa. Não mais que um sussurro.

Kensei malvado... deixou os lábios de Mashiro seguidos por um suspiro.

Rá! Agora eu te pego, seus pervertidos! Pé ante pé, caminhou até o sofá que estava de costas para si e espiou por sobre o encosto. Para seu profundo desgosto, encontrou apenas Mashiro dormindo no estofado, parte de cima do shihakushou aberta e uma mão sobre o seio esquerdo.

Kensei muito, muito malvado! Murmurou em seu sono novamente, o que fez Matsumoto sorrir maliciosamente, puxando uma máquina fotográfica do bolso de seu uniforme.

“E a pervertida ainda sou eu... Ai ai, viu!”

###

A primeira coisa que Mashiro percebeu tão logo abriu os olhos foi o flash a cegar suas íris. Assustada, a tenente se sentou no sofá e passou uma mão sobre o rosto, limpando a baba que caía pelo canto de seus lábios.

“Ora, mas se a bela ado... bela sei lá o quê, não acordou!”

Ouvira uma vez Orihime comentar sobre a famosa princesa que dormira por anos a fio, mas não conseguia se lembrar do nome certo agora.

“Bela adormecida,” Mashiro corrigiu, seus olhos se arregalando ao perceber que Matsumoto tirava mais uma foto dela. “Matsumoto-san?!”

“Isso, isso!”

“Matsumoto-san... O que é isso?”

“Isso? Uma câmera, bobinha!” Matsumoto a copiou, fazendo com que a outra franzisse o cenho levemente.

“E por que você estava tirando fotos de mim?”

“Pra mostrar para as meninas que ao invés de dar conta do seu trabalho, você fica aí, dormindo!”

A resposta de Matsumoto a encheu de alívio. Com um suspiro, sentou-se de volta no sofá e ajeitou as vestes. Seus seios praticamente saltavam para fora do uniforme.

“Você achou mesmo que eu ia dar as fotos pra alguém? Menos, né Kuna Fukutaichou! Eu não faria isso com ninguém!”

Se fosse responder com sinceridade, diria que acreditara nisso sim. Se estavam dispostas a tudo para conseguir uma mísera foto de Kensei, o que não fariam para forçá-la a obter essas fotos?

“E eu prometo não contar a ninguém que você estava tendo sonhos eróticos com o Muguruma Taichou se você me contar antes o que está havendo entre vocês dois...”

“Hein?”

“E não vem com hein pra cima de mim, Kuna Fukutaichou! Dessa vez você vai me contar tim tim por tim tim!”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Well, well... Acho que alguém está lascada! hehe

Matsumoto sempre enfiando os outros numa enrascada, ou seria a Mashiro que se lascou sozinha?

Eu estou adorando escrever essa fic. Kensei x Mashiro e Vizards no geral são MUITO engraçados. A Matsumoto então... Uma comédia.

Só por curiosidade: como sabemos bem pouco dos Vizards em geral, essas coisinhas da Mashiro gostar de post-it coloridos e etc eu tirei da minha pessoa mesmo. AMO itens de papelaria e se me sobrasse alguma grana (pagar conta NÃO é fácil, gnt) eu gastaria tudo em papelaria, ctz! hahahaha

Ah, agradeço à Flávia e à Roberta por me ajudarem com esse cap e darem suas opiniões ♥

Beijos e até semana que vem. Espero que eu lembre de postar, caso eu não lembre, vejo vocês em 15 dias!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Her Slave" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.