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— como assim eu reprovei por Merlin isso é impossível – Hermione murmurou em lágrimas enquanto olhava sua prova ser completamente rasgada na frente daqueles que obtiveram notas suficientes, desde que Ronald Weasley e sua esposa Lilá Brown assumiram a subsecretaria do Ministério varias coisas mudaram e estava cada vez mais difícil entrar naquele departamento, para se tornar Auror não era só preciso ter notas máximas nos N.O.M’S e N.I.E.M’s, além disso era necessário fazer provas praticas e teóricas, Hermione estava em sua segunda tentativa e algo já não estava bem para Harry.

—Ron – o auror adentrou na sala do amigo sem ser anunciado conforme ordenava o subsecretario.

— posso ser seu melhor amigo, mas aqui sou seu chefe – Ron vociferou sem se quer olhar para o chefe dos aurores.

— é impossível que a Hermione tenha reprovado novamente, peço que investigue, está ocorrendo algum problema e ele é serio – Harry bradou sentando na cadeira a sua frente.

— ela não está apta ao cargo, simples assim – o ruivo bufou fazendo gestos com as mãos como que dizia para Harry sair.

— Hermione sempre foi a melhor entre nós três, tem dois motivos para tudo isso que está ocorrendo, ou o cérebro dela virou lama ou alguém tem medo que ela entre no Ministério e tome seu lugar – aquela frase fez o rosto do subsecretario ficar vermelho da cor de seus cabelos.

— o que quer dizer com isso Potter? – Ron socou a mesa em fúria.

— nada senhor subsecretário, apenas pensei alto – o auror sorriu sarcástico antes de sair da sala.

—conseguiu falar com ele? – Hermione perguntou em lágrimas assim que Harry saiu.

— ele está impossível – Harry negou balançando a cabeça - aonde você vai? – ele perguntou ao ver Hermione caminhar até os elevadores.

— vou tentar não enlouquecer – a castanha respondeu fechando a porta do elevador em seguida, enquanto era direcionada para a saída do prédio a jovem chorava sentada ao chão.

“Cheia, tão consumida por toda essa dor
Se você me perguntar o porquê, não saberei por onde começar...”

Uma pequena garoa caia sobre a cidade, Hermione seguiu sozinha pelas ruas quase desertas, por uma chave de portal dentro de uma cabine telefônica foi transportada até o beco diagonal, caminhou lentamente pelas vielas escuras do beco até se deparar com um pequeno bar de portas e janelas pintadas de vermelho, entrou no estabelecimento e se viu rodeada de pessoas estranhas, mulheres de cabelos mal cortados, magras com tatuagens pelo corpo, homens fortes, cabelos raspados e também possuíam tatuagens e várias outras pessoas.

— o que a belezinha deseja? – uma mulher gorda com bigodes perguntou assim que Hermione sentou perto do balcão.

— um litro de whisky, por favor – a castanha pediu e prontamente a mulher trouxe uma garrafa com o liquido bastante amarelado.

— maldito seja – Hermione profanou já na oitava dose.

— gosta de beber não é mesmo – uma mulher de longos cabelos vermelhos sorriu sentando ao lado da morena.

— cansei – Hermione respondeu enchendo novamente seu copo.

— esse whisky é fraco, não quer algo mais forte? – a pergunta fez um frio subir pela espinha da jovem, porém sua consciência estava abalada então a razão não obteve voz.

— pode trazer – a castanha sorriu entre soluços.

— aqui não tem, vamos até a esquina que lá eu consigo um para você – agora já eram três mulheres que sentaram junto da Granger.

— acho melhor não, já estou um pouco alterada – Hermione sorria sem se sentir de tão bêbada.

— que isso moça de cabelos volumosos, vamos lá, é rápido – uma das mulheres que já estavam na mesa diz pegando a garrafa já vazia, Hermione tentava fortemente abrir os olhos, alguém a dopou. A dor misturada a vergonha e ao álcool a deixaram vulnerável, não mais pensava, se deixou cair na boa noite cinderela.

— eu..eu – Hermione tentou dizer porém suas forças se consumiram e ela apagou.

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“Raiva, amor, confusão
Não me levaram a nada
Eu sei que existe um lugar melhor
Por que você sempre me leva lá...”

01 semana se passou...

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— papai, papai – uma garotinha de cabelos loiros e que aparentava ter seus 04 anos corria pelos corredores da Mansão Malfoy.

— o que houve filha? – Draco Malfoy perguntou assustado ao sair de seu quarto apenas com as calças do pijama.

— a menina da foto sumiu – a pequena diz ofegante enquanto Draco piscava os olhos tentando processar a informação, eis que se lembrou das fotos que ficavam em cima da lareira.

— qual delas querida? – o loiro perguntou sentando a filha em seu colo.

— a de vestido engraçado – Draco se recordou da festa em Hogwarts que o professor Slughorn ofereceu para os melhores alunos de poções, Hermione Granger também estava lá, pega de ultima hora acabou tendo que usar um vestido azul cintilante com um laço gigantesco que pertencia a Luna Lovegood e isso foi motivo para sorrirem dela por longos dias.

— como você sabe? – Draco perguntou tocando com o dedo na ponta do nariz fino e empinado da filha.

— tem uma foto grandona no Profeta Diário – a loirinha falou antes de pular do colo do pai.

— Frika – Draco chamou por uma de suas elfas.

— sim mestre – a pequena elfa diz fazendo referencia.

— já disse que não precisa fazer referencia – Draco arfou e a elfa sorriu envergonhada.

— por favor, me traga o exemplar de hoje do Profeta – o loiro pediu e prontamente em segundos a elfa aparatou e desaparatou em seguida trazendo o jornal e o entregou a Draco.

— “Hermione Jean Granger, conhecida por fazer parte do trio de ouro que acabou com Voldemort anos atrás está a cerca de uma semana desaparecida, fontes informam que a ultima vez que foi vista a mesma estava nas dependências do Ministério após ter sido eliminada da prova da Ordem de Merlin, Harry Potter chefe dos Aurores e melhor amigo de Hermione já ordenou ação máxima para que a jovem seja encontrada.” – Draco olhava espantado para noticia e no fim da matéria um foto de Hermione estampada com o aviso de 500 galeões por informações que levassem a Granger.

— espero que te encontrem – Draco sussurrou sozinho antes de voltar para o quarto, fez suas higienes, trocou de roupa e saiu pelas escadas.

— papai já vai – ele gritou e da cozinha a pequena Harmony correu se jogando nas pernas do pai.

— tchau meu amor – Draco deu um beijo estralado na bochecha da garota o que a fez sorrir faceira.

— bom trabalho papai – ela desejou beijando a testa do loiro, Draco saiu em seguida e aparatou até o St.Mungus.

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— saiu dos sonhos beleza – uma voz gasguita ecoava pela mente bagunçada da Granger.

— eu quero mais – Hermione fungou e virou para se olhar no espelho, estava suja, os cabelos soltos pareciam palhas de tão secos, as unhas grandes e sujas, a boca machucada, roupas rasgadas e sujas de sangue.

— já é seu terceiro hoje – o homem sorriu puxando um saquinho que continha um pó verde brilhante.

— me dá logo – Hermione rugiu tentando pegar o saco da mão do homem.

— não, primeiro tem que pagar – o homem gargalhava enquanto Hermione tentava pegar o saco a todo custo.

— coloca na ficha – a morena resmungou após finalmente pegar o saco.

— sua ficha está enorme, daqui a pouco o Litais vai querer o pagamento e se você não der o dinheiro ele vai querer outra coisa – o homem sorriu de canto enquanto deslizava a mão grosseira e imunda pela perna da morena, que mal sentiu, pois estava tremendo ao tentar colocar o pó verde em um pedaço de espelho e o juntou em formato de linha.

— quem te viu quem te ver – uma mulher sorriu de um jeito estranho ao ver Hermione cheirar de uma única vez todo o pó.

— eu não existo mais – Hermione soltou um muxoxo antes de cair desmaiada em um velho colchonete.

— essa vai dar trabalho – o homem que se chamava Hudy arfou de braços cruzados.

— não ouse Hudy, o Litais a quer, você sabe bem – a mulher murmurou.

— pode deixar Maneva, não vou tocar no premio do Litais. – o homem soltou um muxoxo antes de sair do quarto junto com a mulher enquanto Hermione se contorcia em devaneios.

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— Bom dia Doutor Malfoy – uma das curandeiras cumprimentou o loiro que sorriu satisfeito, Draco em poucos anos havia se tornado um dos medi-bruxos mais respeitados.

— bom dia Juliana – ele respondeu e foi logo para a enfermaria.

— o que temos para hoje? – Draco perguntou pegando uma prancheta que estava em cima de um dos balcões.

— chegou mais dois – um dos curandeiros que lá estavam diz se aproximando.

— o que está acontecendo com esses jovens de hoje – Draco respirou fundo antes de seguir até as ultimas macas do salão.

— precisamos achar um meio de conscientizar esses jovens, cada vez mais estão chegando, e as overdoses estão cada vez piores – o curandeiro diz pegando um frasco com um liquido roxo e gotejou lentamente na boca de um garoto que não teria mais que 17 anos.

Depois que a corte máxima dos bruxos proibiram todos os tipos de entorpecentes, as coisas pioraram, agora os jovens bebiam e se drogavam as escondidas, e para acabar com tudo uma nova droga estava assustando a todos, um pó verde brilhante conhecido como “Morsmordre” era feito de asas de Diabretes da Cornoalia, cogumelos alucinógenos e folhas secas de Losna e Mandrágora tudo macerado em pó, depois de usar por 03 vezes o pó consome a mente do usuário e o torno totalmente refém da droga.

— não sei mais o que fazer – Draco resmungou enquanto limpava o vomito de outro paciente.

— use sua influencia doutor – uma curandeira diz enquanto ajudava o loiro.

— não gosto de politica, se os membros da corte por se só não enxergam essa desgraça sem precedentes que está assolando o mundo bruxo não será minha influencia que ira mudar isso – Draco grunhiu arrepiado após ver uma menina se contorcer completamente na maca e vomitar tudo.

— chamem mais curandeiros, hoje o dia vai ser longo – Draco soltou um muxoxo e ao se virar percebeu a chegada de mais dois, um homem adulto e uma menina ambos desacordados.

— que Merlin tenha piedade desses jovens – a curandeira diz quase em lágrimas.

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Hermione havia saído do transe que a Morsmordre causava e tentava inutilmente se erguer de onde estava sabe Merlin quanto tempo.

— pagamento – um rugido veio de fora do quarto, varias pessoas que lá estavam começaram a puxar galeões de seus bolsos, porém a morena se viu sem nenhum.

— vamos lá – um homem alto de longos cabelos negros e que possuía uma enorme cicatriz no rosto diz passando por todos, cada pessoa colocava o que tinha em uma pequena bolsa.

— cadê o seu bonita – o homem diz ao se aproximar de Hermione.

— não tenho hoje – Hermione proferiu tentando esconder o tremor em suas mãos.

— mais uma para o Litais – o homem berrou e outros dois entraram no quarto.

— levem – o cicatriz ordenou e os homens agarraram Hermione pelos braços, a morena estava tão fraca que não tinha forças se quer para lutar, os homens a levaram para fora do quarto e entraram em uma lugar que se assemelhava a um escritório.

— essa entrou na divida senhor – um dos homens diz se curvando e saindo em seguida.

— odeio devedores – uma voz surgiu do escuro. – Hermione Jean Granger, quem não era você em Hogwarts, lembra-se de mim? – um homem gigantesco saiu de trás de uma escada, os braços eram quase da largura da cintura da Granger.

— sou eu, Litais VanRugher, da Sonserina – o gigante sorriu desdenhoso antes de segurar forte no queixo da morena e a beijar na boca de uma forma nojenta e doentia.

— não saia daqui, volto já – Litais a beijou novamente e se retirou do quarto, lágrimas já corriam por seu rosto, poderia está drogada mas o pouco de consciência que restava a alertou sobre o que iria acontecer, Hermione tirou forças de onde não sabia e conseguiu sair do quarto, ao fundo enxergou uma janela, olhou para os lados e apenas deixou seu corpo cair.

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“Cheguei á você sem esperança
Você me deu mais que um aperto de mão
Me segurou antes que eu caísse
Me diga que eu estou segura, você me tem agora...”

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— o que está acontecendo aqui? – Draco rugiu ao ver uma colossal movimentação no salão do hospital.

— Hermione Granger foi encontrada – uma curandeira diz para Draco que arqueou a sobrancelha e correu na direção da bagunça.

— saiam da frente – o loiro ordenava empurrando a todos que lá estavam.

— por Merlin – Draco colocou a mão na boca, se não tivesse estudado tanto tempo com Hermione nunca saberia que ali seria ela.

— todos fora do Hospital – ele berrou apontando para fora da sala.

— vamos ouviram o médico – vários curandeiros empurravam os fotógrafos, repórteres e curiosos.

— avisem a segurança, usem o feitiço confundus, destruam as fotos, façam todos esquecerem que Hermione está aqui – Draco ordenou se voltando para a morena.

— mas senhor – um curandeiro se manifestou.

— agora – Draco levantou o tom de voz e o homem calou-se correndo em direção à saída.

— Morsmordre? – a pergunta foi respondida apenas com um aceno de cabeça.

— o que você fez Granger? – Draco sussurrou para se próprio.

— administrem os soros e as poções – Draco pediu levando as mãos cabeça saiu cabisbaixo e entrou no escritório, sentado na cadeira chorou chegando a soluçar, nunca nenhum paciente havia mexido tanto com ele, apenas Astoria em seu leito de morte o fez chorar.

— “eu sei que vai amar nossa filha, ela tem os cabelos iguais aos seus..” – o loiro se lembrava das ultimas palavras de Astoria, Draco e ela casaram aos 20 anos após saberem da gravidez, ele acabaria de ter ingressado na Universidade de Londres, por uma fatalidade do destino Astoria teve complicações na gravidez e após dar a luz seus minutos de vida se tornaram contados.

— “quero que me prometa duas coisas...” – a loira respirou fundo enquanto Draco segurava sua mão fria.

— “pode dizer” –

— “a primeira é pare de ser assim” – Astoria sorriu timidamente, após esse pedido Draco se tornou outra pessoa, mudou seu jeito de pensar e agir.

— “e o outro pedido?” –

—“o outro é que você vá atrás da mulher que você sempre amou” – aquelas palavras fizeram Draco sufocar, nunca escondeu da esposa quem amava, porém se continha pois as noticias que recebeu não eram boas.

— Se eu soubesse que te encontraria nesse estado, a tempos já teria ido atrás de você – Draco vociferou enquanto socava a mesa.

— senhor Malfoy, senhor Malfoy – as batidas na porta tiraram o loiro de seus pensamentos.

— o que aconteceu? – Draco perguntou aflito.

— é a Granger – bastou isso para Draco sair correndo em direção ao salão.

— fiquem longe – Hermione gritava segurando uma varinha.

— ela fingiu que estava dormindo e em um descuido do curandeiro ela pegou a varinha –

— vou acabar com todos dementadores, me deixem sair – a castanha grunhia sacudindo a varinha para os lados.

— ela está alucinando – uma curandeira balbucia puxando sua varinha. – estuporem ela –

— não – Draco berrou. –a deixem ir – aquilo fez os curandeiros olharem para o medibruxo.

— senhor – a curandeira piscou confusa.

— deixem – o loiro repetiu e todos saíram da frente, Hermione correu, se quer olhou para alguém.

— por quê? – um curandeiro perguntou assim que ela saiu batendo a porta.

— não sei – Draco respondeu baixando sua cabeça.

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01 mês se passou...

“Você tomaria a direção, se eu perdesse o controle?
Se eu me deitasse aqui. Você me levaria para casa?”

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Uma tempestade caia sobre Wiltshire, na Mansão Malfoy a pequena Harmony brincava com suas bonecas enquanto Draco olhava perdido para o fogo na lareira, pouco tempo após Hermione fugir Harry e sua equipe encontraram um velho casarão abandonado no Beco Diagonal e lá encontraram varias pessoas viciadas na Morsmordre, cerca de 20 quilos da droga, sete homens foram presos e entre eles Litais VanRugher, amigo de Draco na época de escola, no entanto Hermione não estava em meio aos resgatados.

— pai – Harmony gritou após um forte trovão romper o silencio da mansão.

— calma meu amor, foi só um trovão – Draco abraçou a pequena que estava chorando.

— mestre – um dos elfos apareceu na sala.

— pode dizer Gus – Draco respondeu se virando para o elfo.

—tem uma pessoa lá fora, Gus perguntou quem era mas não responderam Gus – o elfo diz mexendo seus dedos.

— pode ir Gus, eu vejo isso – o loiro diz pegando sua varinha na mesa ao lado, colocou a filha no chão e foi até a porta.

— quem está ai? – Draco perguntou ao ver uma silhueta em meio ao breu.

— responda quem está ai, só vou perguntar essa vez, na próxima eu ataco – o medibruxo berrou.

— foi avisado – Draco ergueu a varinha, no entanto um raio o fez parar.

— Hermione – ele gaguejou após a luz dos raios iluminarem tudo mostrando a morena ali parada a sua frente.

“Você cuidaria de uma alma quebrada?
Você me abraçaria agora?
Oh, você vai me levar para casa?
Oh, você vai me levar para casa?”

— me, me a-ajuda – um choramingo fino saiu da boca da Granger, alguns passos e ela estava a centímetros do loiro.

— por favor Malfoy – a castanha pediu antes de cair desfalecida nos braços do loiro.

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