14 de Fevereiro escrita por Miris


Capítulo 1
Capítulo Único – 14 de Fevereiro


Notas iniciais do capítulo

YanSim agora tem uma fic feita e refeita por mim ♥
Aproveitem!



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— M-mas... S-senpai... – Eu soluçava por culpa das lágrimas grossas que deslizavam por meu rosto.

— Eu... Realmente sinto muito. Eu pensei que era outra pessoa, por isso vim até aqui. – Taro Yamada. Meu Senpai. Sua voz mostrava seu desconforto com a situação, mas eu estava ocupada demais para perceber. – É que eu não a vejo há dias. Desculpe. – Ele se desculpava novamente enquanto tinha uma das mãos na nuca, com um sorriso desconfortável.

— V-você sabe quant-to tempo eu e-esperei por esse d-dia? – Eu mal podia falar por conta da dor de ter meu coração partido por ele, meu querido Senpai. Eu cerrei meus pulsos reunindo mais forças, ele só podia ter entendido errado. – Eu gosto de você, Senpai... Eu te amo... Preciso de você pra viver! – Eu pude dizer tudo de uma vez sem soluçar ou gaguejar, mas as lágrimas logo voltaram. – P-por favor...

— Eu... Sinto muito. – Foi tudo o que ele disse antes de sair andando. Meu querido Senpai estava indo embora.

            Eu pude assisti-lo se distanciar de mim, sem olhar para trás. Uma forte dor invadiu o meu peito, forte o bastante para me jogar ao chão e me fazer chorar com mais força ainda.

— Qual o problema? – Era uma voz feminina que eu conhecia muito bem. Info-chan. Ela estava agachada do meu lado, com um capuz a cobrindo.

— Eu perdi o meu Senpai... – Disse com grossas lágrimas. Ela suspirou e parecia pensar.

— Como é o seu Senpai?

— Ele tem cabelos pretos como uma noite escura sem estrelas, olhos sonhadores e-... – Info-chan havia me interrompido.

— E alguém está o roubando de você Yan-chan. – Ela me ajudou a apoiar em meus próprios braços e me entregou o seu celular vermelho de uma empresa rival a da Saikou Corp. O celular estava aberto em uma conversa hackeada pela ruiva. – Escute o áudio.

“Taro-kun, será que você poderia me encontrar no terraço às cinco e meia?” Essa voz me era um tanto familiar.

            Meu peito se encheu de ódio e eu procurei o meu Senpai com o olhar quando o localizei parado na frente da entrada da escola, parado com o celular em mãos. Logo vejo uma mensagem surgir na tela.

“Claro Osana-chan!”

            Meu sangue ferveu como nunca antes, eu sentia amargura e traição. Eu iria acabar com a intrometida da Osana Najimi, nem que meu Senpai precise saber de minha verdadeira personalidade. Nem que eu precise matá-lo.

— Toma. – Info-chan me entregou uma faca e pegou seu celular, logo se levantando. – Vingue-se Yan-chan, eu farei o possível para ajudar. E outra pessoa também... – Pude sentir seu sorriso na última frase dita.

— Obrigada. – Eu me levantei e escondi a faca no elástico da saia em minhas costas. Info-chan me deu as costas e seguiu para trás da escola, ela daria a volta para entrar no Info Clube.

            Com bastante relutância segui lentamente em direção à escola. Ainda era horário de almoço, então eu poderia perambular por aí mais um pouco. Entrei pela lateral da escola, não seria vista arrasada pela Osana ou pelo Taro. Fui em direção ao banheiro do segundo andar onde pude lavar meu rosto para poder pensar melhor, mas fiquei encarando meu reflexo, aflita. Estava completamente dividida.

            Uma parte de mim queria vingança, queria acabar com a vida de Osana Najimi, fazê-la sofrer obrigando Taro a assistir tudo, logo o fazendo beber seu sangue nojento e gorduroso. Outra parte, só queria descansar em paz.

            Olhei para meu lado direito e vi o interruptor descoberto. Eu poderia fazer comigo o que fiz com Kokona, poderia morrer eletrocutada. Aqui e agora. Minha mão seguiu em direção aos fios, enquanto eu mantinha um sorriso sádico no rosto, mas algo me parou o meio do caminho. Suspirei decepcionada com minha fraqueza e segui para a sala de aula, antes de o perverso sinal tocar.

            Durante toda a aula eu fiquei totalmente dispersa pensando e, às vezes, observando Osana. Eu imaginava mil maneiras de me vingar de Osana e de meu Senpai. Eu não deixaria outra pessoa levá-lo tão facilmente, seria um afronto.

            Apesar do meu esforço para pensar em algo perfeito para Osana, eu não conseguia me decidir, além de sua voz irritante estar me dando nos nervos.

— Sensei, não me sinto muito bem. – Levantei a mão e a mulher sorriu.

— Vá até a enfermaria Aishi-san. – Assenti e fui à direção à porta, com poucos olhares me acompanhando, sendo a maioria de meninos.

            Quando cheguei, a enfermeira, Nasu Kankoshi havia voltado e parecia mais ocupada do que nunca. Ela me disse para me deitar um pouco, pois iria demorar. Eu me deitei e fiquei pensativa, até me lembrar de que ela só estava “lotada” de serviço porque eu havia matado Muja Kina.

            Eu puxei meu celular do bolso e comecei a ler as conversas com Budo e com Info-chan, que acredite ou não, acabou se tornando minha amiga. Nós acabamos nos aproximando depois que salvei sua vida quando Megami mandou Nêmesis para matá-la, isso foi na época de Oka Ruto, minha quinta rival. Tomei uma decisão e decidi segui-la.

— Info-chan, quero que nosso contrato seja quebrado. – Li e reli, logo enviando. Depois de longos dois minutos fui respondida.

“Por quê?”

Ela estava surpresa, a conhecia.

— Decidi não matar mais por Taro. Então não precisarei de mais informações ou fotos de calcinhas. – Enviei.

 “Foi bom enquanto durou... Você foi minha melhor fotógrafa de calcinhas.”

Revirei meus olhos e dei um pequeno sorriso.

 “Mas já que é o que quer...”

Como ela era dramática. Suspirei e coloquei o celular no colo, mas logo vibrou.

“Não poderá pedir nada mais a mim. Nem sequer uma informaçãozinha tosca.”

— Isso me satisfaz um tanto... – Envio em resposta, logo lançando um sorriso irônico para o canto invisível da enfermaria. Naquele canto havia uma câmera invisível para todos.

“Que pena... Pensei que teria uma amiga...”

— Como você é dramática...

“Quer mesmo discutir sobre qual é mais dramática, Yan-chan?”

Eu ri de seu comentário bobo.

— Vou me vingar hoje, no terraço... – Enviei a mensagem.

“Vou manter tudo limpo para você.”

Sorri e bloqueei o celular.

            Infelizmente fui fraca, me virei na maca e desabei em choros. Meu coração estava despedaçado e isso doía muito, me dava vontade de morrer. Taro Yamada não passada de um idiota e mereceu perder todas as garotas, inclusive a irmãzinha. Ele iria pagar. Osana iria pagar. Todos iriam.

            Logo eu me toquei que precisava de bastante ajuda, então pensei em enviar uma mensagem para Budo. Eu precisava de carinho. Eu precisava de palavras reconfortantes sem sentindo que traziam uma paz em meu coração. Eu queria beijos e coisas impuras com Budo, naquele instante.

            Budo Masuta. Líder do Clube de Artes Marciais. Um garoto normal, justo e com personalidade de herói que havia sido corrompido por mim, Ayano, se transformando em meu escravo pessoal e ajudante. Ele havia me ajudado na maioria de meus assassinatos.

— Onde você está? Preciso de você... – Digitei e pensei em enviar. “Por acidente”, enviei a mensagem para ele, logo me virando na maca para descansar.

“Aula... Precisa de algo?”

Ele me respondeu e eu sorri. Sempre tão idiota se preocupando comigo.

— Não no momento. – Enviei e fiquei ali, enrolando na maca.

            Depois de um tempo atoa, eu decidi voltar para a sala. Disse a Sensei que já estava melhor e assisti o final da aula com uma ideia em mente, simples, porém minha. Eu tinha uma forma de me livrar de Osana, e Taro iria pagar caro pela humilhação.

            Como eu já estava acostumada à rotina de todas as pessoas consideradas “importantes”, eu saberia dizer onde cada uma estaria no momento. Osana Najimi, como já sabemos, está na sala de aula junto a mim se preparando para mais tarde. Taro Yamada está na aula de química, no laboratório do segundo andar junto à Budo. A conselheira Geika Kunahito estaria no Clube de Culinária fugindo de sua rigorosa dieta com doces feitos na hora do almoço. Já a professora de Educação Física, Kyoshi Taiso, estaria se movendo por todo terreno da escola a procura de alunos safados matando aula ou transando – o que seria a cara das bullies.

            Pude assistir à aula com calma, afinal já sabia o que iria fazer. Quando o sinal bateu, eu saio com todos seguindo Osana de longe. A garota de maria chiquinhas usou a escadaria oeste para descer, enquanto eu aproveitei para correr e descer pela escadaria leste.

Ela se encontrou com Taro na entrada e ficaram conversando, enquanto eu estava escondida na pilastra em frente à sala 1-2. Não demorou muito para meu querido ajudante aparecer.

“Yan-chan?”— Ele surge por trás de mim, sussurrando meu apelido me fazendo arrepiar.

— Como me achou? – Olhei o moreno pelo canto do olho, que me mostrou o celular. Info-chan havia revelado minha localização para ele.

— Como foi? – Ele me questionou friamente, se encostando do meu lado. Encostei-me, cruzando os braços e fechando meus olhos, logo suspirando.

— Não foi Budo, não foi. – O senti soltar uma pequena risada.

— Não me diga que perdeu para a cadela da Osana. – Abri meus olhos e o olhei. – Sua amiguinha é tão vadia que nem se preocupou em seguir o acordo.

            Era verdade. Eu havia salvado Osana e livrado aquele lindo rostinho de problemas com um stalker nojento qualquer, em troca, ela só precisaria me dar espaço para conquistar o Senpai. Mas a cadela me traiu, como pude ser burra a ponto de não notar suas verdadeiras intenções com o meu Senpai?

“O que minha Yandere favorita vai fazer?”— Ele disse sensualmente em meu ouvindo, surtindo vários efeitos por meu corpo. Sorri de lado por sua ousadia, iria fazê-lo pagar por isso mais tarde.

— Vou me vingar. – Olhei para seus lindos olhos prateados. Ele me deu um sorriso irônico e ameaçou me roubar um beijo, ri de sua ameaça idiota. – Vai ver.

— Acredito em você. – Olhei para Osana e a vi se despedindo de Senpai e seguindo para a escadaria oeste novamente.

— Você sabe as horas? – Questionei Budo, que pegou o celular.

— São quatro e vinte e sete. Seja lá o que for fazer, faça logo. – Sorri.

— Estou indo, qualquer coisa estarei no terraço. – Voltei a seguir Osana de longe, mas Budo segurou meu ombro e subiu o elástico da minha saia e puxou a blusa para baixo.

— A faca estava aparecendo. – O moreno desviou o olhar e passou direto por mim. Ignorei isso e segui Osana, mantendo meus olhos em Budo, até ele virar a direita para um corredor praticamente vazio e eu subir as escadas.

            Osana não foi muito longe, ela havia ido em direção à nossa sala e parecia de arrumar. A vaca soltou os cabelos e os penteou, logo prendendo novamente, passou maquiagem e comeu algumas pastilhas de hortelã com menta.

            Ela estava idealizando demais esse encontro, ficou quase o tempo todo treinando o que diria, até que foi em direção à janela aberta e ficou ali. Era a minha chance. Mas não era isso que eu queria para seu fim, queria que sentisse dor até os últimos segundos.

            Faltando vinte minutos para cinco horas, Osana saiu saltitante para o terraço. Ela realmente ficaria lá durante quase uma hora? Ela só facilita meu trabalho. Sorri e fui atrás dela. Enquanto ela ia para seu canto, eu usei a Chave Mestre que havia ganhado de presente de aniversário e usado uma vez para entrar na Sala do Conselho – quando fui matar Megami –, e tranquei todas as portas dali, deixando apenas uma, que seria a que Osana tinha usado e, consequentemente, meu Senpai usaria.

            Ela ficou ao lado do grande ventilador, fácil demais. Cheguei por trás e chutei a dobra de seu joelho, fazendo a cair. Ela me olhou e lhe esbofeteei com as costas de minha mão, lançando-a no chão. Osana colocou as duas mãos no local atingido e me olhou com lágrimas nos olhos, chutei sua cabeça, fazendo bater na parede.

A nojenta estava mole, então só precisei colar um pedaço de Super Fita prateada em sua boca. Retirei a faca presa no elástico de minha saia e perfurei a barriga de Osana vagarosamente, enquanto ela revirava seus olhos e se contorcia de dor. Seu desespero ela tanto que nem forças ela tinha para me pensar e nem para me empurrar.

— Você deveria ter honrado o nosso acordo, sua vaca! – Retirei aos poucos a faca de sua barriga, mas logo a afundei novamente no local.

— Querida, você precisa parar com isso. – Me assusto com a voz masculina que é direcionada a mim. Olho para trás e me deparo com Budo Masuta com uma bolsa em mãos. – Vamos nos livrar logo dela.

            Budo puxou uma chave de fenda e começou a desparafusar a proteção do ventilador e a tirou de perto, sempre olhando Ayano ficar admirada com o sangue de Osana, que já respirava com um pouco de dificuldade.

— E agora? – Ayano olhava o ventilador desprotegido.

— Surpresa. – Budo lhe deu um sorriso irônico e puxou o corpo de Osana, prendendo seus cabelos no ventilador, que sentiu necessidade de acelerar, mas precisava de um empurrãozinho. Budo desparafusou o outro lado. As proteções serviam também como “freios”, para que os ventiladores não rodassem com muita força. Logo escutaram Osana gemer desesperada e sua cabeça ser despedaçada. – Ainda não acabamos.

            Dentro da bolsa havia uma machadinha que Budo usou para separar o corpo do ventilador. Ele pegou luvas e entregou outro par para Ayano, que o ajudou a pregar o que sobrou o corpo sem cabeça de Osana na parede, estava tudo repleto de sangue e isso fascinava a morena.

— Por que...? – Comecei, mas ele me interrompeu.

— Agora precisamos fazer Taro descobrir o corpo. – O celular de Ayano logo tocou. Era uma mensagem de Info-chan.

“Taro a caminho de seu fim...”

— Ele está vindo. – A garota disse guardando seu celular.

            O acesso ao terraço tinha três portas, uma dianteira e uma em cada lado, esquerda e direita. Além das outras terem sido trancadas, apenas a dianteira próxima ao ventilador estava aberta.

— Já decidiu como será? – Budo questionou. A yandere deu de ombros.

— Vou brincar com ele. – Um sorriso psicopata surgiu em seus lábios.

            Budo preparou uma faca e a colocou na barra da calça preta, retirando o grande casaco preto com o emblema de Líder de Clube. Ayano pode notar que sua camisa branca tinha respingos de sangue, e ela imediatamente soube que não eram os de Osana.

            A morena procurou algo de interessante na bolsa e encontrou um pano e álcool. Perfeito. A morena pegou ambos e explicou seu plano para Budo, logo ligou para Info-chan que lhe disse que pediu que Taro chegasse mais cedo, se passando por Osana. Ayano sorriu e agradeceu à amiga. Budo retirou as barras da blusa branca de dentro da calça e tampou a faca, pronto para seu teatro, enquanto Ayano se escondia, esperando sua última vítima.

— Shh! – Budo brincou com Ayano, que sorriu travessa.

— Osana?! – Escuto uma voz familiar. Taro Yamada. Ele abriu a porta sorrindo e encontrou Budo ajoelhado no chão, chorando. – Budo? O que está fazendo aqui? – Budo olhou o amigo e seus olhos estavam cheios. – E-eu cheguei t-tarde. – Taro se aproximou e a porta atrás de si foi trancada. Assim que olhou para trás, Ayano já estava bem próxima e colocou o pano regado em álcool em seu nariz e boca.

            O garoto se sentiu tontear e perdeu a consciência por algum tempo. Budo começou a sussurrar coisas odiosas sobre o moreno, dizendo o quanto o odiava e o achava burro para deixar uma mulher maravilhosa como Ayano escapar, para ficar como uma vagabunda que nem Osana Najimi.

— Vamos nos divertir, Senpai. – Ayano tampou a boca de Taro com a mesma Super Fita prateada usada em Najimi.

            Budo arrastou o ex-amigo para ver Osana completamente morta e pregada á parede. Ele logo começou a gritar, mas o som era abafado pela fita. Taro chorava e tentava se soltar então Budo lançou o moreno de cara no corpo morto da garota, fazendo que seu rosto fosse pintado de vermelho.

— Eu te amava tanto Senpai. – Taro olhava a garota, horrorizado. Lágrimas desceram pelo seu delicado rosto. – Mas terei que me vingar dessa humilhação. Era para que fossemos um só, mas ela estragou tudo. – Ayano olhou Najimi morta. – Ela te corrompeu. – Ela voltou seu olhar para Taro. – Agora tenho que matá-lo.

            Budo ria, Ayano puxava uma seringa e um frasco de veneno da bolsa marrom trazida pelo amante, enquanto Taro negava com a cabeça. Tinha medo de tirar a fita e gritar por ajuda, mas também não tinha forças. Todo seu corpo tremia e não tinha forças para nada.

— Não se preocupe Senpai, não vai doer... – Ela sorria insana.

— Não muito, pelo menos. – Taro olhava o amigo, ele estava louco. Iria matar sem remorso algum?

            A garota se aproximou e injetou o veneno no pescoço do garoto, que aos poucos foi perdendo a consciência. Tudo começou a escurecer, seus batimentos ficaram acelerados demais, ele se sentia sufocado e sem a possibilidade de respirar. Não demorou muito para que Taro morresse. Ayano, com as luvas, colocou a seringa nas mãos do moreno, enquanto Budo se divertia fazendo cortes profundos no rosto do garoto.

            Budo juntou a chave de fenda, a machadinha, as luvas, a faca e a Super Fita guardando tudo dentro da bolsa. Info-chan mandou uma mensagem para seu celular dizendo para que esperassem logo a escola fecharia e ela os ajudaria a sair dali e se trocarem.

            O horário passou e como as portas estavam trancadas, ninguém foi revistar o terraço, deixando Ayano e Budo a sós para que fizessem o que bem entendiam. A escola que fechava as seis parecia bem mais sombria às oito da noite. Na porta pode se ouvir três toques baixos, que seriam de Info-chan.

            Quando ambos saíram do terraço e trancaram a porta com a chave mestre, Info-chan sorriu de forma pervertida e aproveitou para implicar com o casal. Ayano tinha seu uniforme totalmente amassado e o cabelo desgrenhado, Budo estava no mesmo estado e com um chupão no pescoço bem a mostra.

— Safados. – Ela disse e os levou até o vestiário que estava os esperando para um bom banho.

            Ambos tomaram banho juntos enquanto Info-chan mexia no celular checando as câmeras pelo mesmo. Ainda estava tudo limpo e precisava permanecer assim, não queria ver sua amiga e seu “genro” presos por uma bobeira.

            Já prontos, colocaram as roupas sujas de sangue dentro da bolsa marrom e os três foram em direção ao incinerador. Estava feito. Todas as provas haviam sido destruídas e ninguém nunca os pegaria. Info-chan retirou do bolso seu HD com todas as provas contra a yandere e Budo e jogou junto às coisas da bolsa.

— Será o nosso eterno segredo. – Os três sorriram e a ruiva os ajudou a escapar da escola.

            Durante o trajeto, Budo insistiu para que Ayano fosse para sua casa. Como seus pais ainda não haviam chegado decidiu ceder ao mais velho. Com todo o tempo que havia passado com o “Senhor Bruce Lee”, sabia que não demoraria em ficar totalmente apaixonada por ele. Ayano já podia sentir coisas em relação à Budo Masuta, seu mestre.

***

— O que era aquele sangue em sua roupa? – Se passava de meia noite, e Ayano e Budo estavam no quarto escuro, onde apenas a luz da lua entrava pela janela. Ambos usavam apenas o cobertor para cobrirem seus corpos nus.

— A líder do Clube de Jardinagem entrou na minha frente. – O garoto de olhos prateados revirou os olhos e se alinhou ao pescoço de Ayano. – Fico feliz que tudo tenha acabado.

— Não se preocupe, a partir de hoje sou apenas sua. – Ela beijou o topo da cabeça de Budo e ambos adormeceram com a promessa que pertenceriam ao outro eternamente...

FIM!


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Notas finais do capítulo

Essa fanfic foi reescrita, já que sua versão anterior estava beeem fraquinha, né povo?!
Espero que tenham gostado ♥