Wrong escrita por Mary Jane


Capítulo 1
Tão errado.




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E ELE A BEIJOU, num encontro de lábios possessivos e desesperados.

Num beijo longo e erótico, onde ela não conseguia respirar, não conseguia pensar. E era exatamente isso o que ele queria dela. Entrega total.

David queria que ela se esquecesse de tudo.

E só lembrar-se do quão bom era ter Mary Margaret em seus braços e a ouvir suspirar.

Mas ela precisava se lembrar... Do que mesmo? Já não conseguia discernir o que era certo e errado. Não quando David tinha as mãos possessivas vagando por todo o seu corpo. Não quando o beijo dele era fogoso e erótico. E pedia cada vez mais dela.

As palavras giravam na cabeça dela como um imã “Eu sempre vou te encontrar”. Ele havia dito aquelas palavras a Mary Margaret, depois daquele primeiro beijo. E dizia agora com os olhos, com a boca, com as mãos e seus braços fortes.

Eles não podiam negar. Havia fogo entre eles. Era desesperador. Devastador. Era pólvora.

— Não podemos fazer isso – Foi a primeira coisa que ela disse quando os lábios cheios dele abandonaram os dela e voaram para seu pescoço longo.

— Sua pele é tão macia. É tão certo.

E então estavam deitados e David já estava sem camisa e a pálida luz da lua guardava o segredo deles. Não era a primeira vez. E não seria a última. Eles só precisavam estar juntos. Um breve roçar de dedos, um toque suave. E então as coisas aconteciam.

Os dedos de David tremiam de antecipação e desejo. O fato de Mary Margaret estar abrindo os botões da calça dele o excitava tanto que ele temia chegar ao ápice como um adolescente imaturo.

Peça por peça as roupas dela foram sumindo do seu corpo magro.

E por onde as mãos de David passavam, a pele de Mary Margaret parecia em brasas.

As mãos grandes e ásperas dele não se aquietavam, e passeavam pelas curvas do corpo pálido dela. E Mary Margaret o puxava mais para si, sempre mais para si.

— Você é perfeita.

E quando a última barreira foi despida, David desceu sua mão até encontrar o ponto de prazer pulsante de Mary Margaret, ela arquejou num gesto desesperado. Nunca se sentiu assim, nunca foi tão bom, tão certo.

David mordeu o pescoço dela, forte e depois deposita beijos estalados, ela gemeu com a cabeça pendida e os olhos cerrados e David soube que aquela era a imagem mais erótica que ele já havia visto na vida. E Mary Margaret era linda e David só conseguia pensar nela, o tempo todo. Em todos os lugares.

Um pouco mais de pressão e Mary desfaleceu em seus braços ele ri do jeito dela. Ela parecia suspirar e ela nunca se sentiu daquela forma, tão leve. E tão certo.

Nem David, quando ela está nos seus braços tudo parece tão certo. Mas não é.

Mas ali, já não existe mais certo e errado. Só existe eles, e o amor que ambos sentem um pelo outro e desejo e sexo. Ardente e desesperado.

Mas é tão errado.

Sempre é tão errado e tão sujo e tão maravilhoso.

Então Mary Margaret geme quando encontro o pênis e David e começa a tocá-lo, tão quente.

E ele geme exasperado contra o pescoço dela. E é tão erótico. E o pênis dele é tão grande. E Mary Margaret começa a fazer movimentos de vai e vem e David geme contra o pescoço dela.

E é tão certo.

E os seios dela estão na boca dele, e aquela carícia continua cada vez mais forte, até que David belisque os seios pequenos dela e Mary Margaret aperte ainda mais o pênis rijo com a mão. E ele é tão quente.

E ela sente essa necessidade absurda que prová-lo. Inteiro. Para ela. Dentro da boca dela.

E é o que ela faz.

Desvencilha-se dele e senta-se em seu colo. Suas peles suadas estão em contato e suas anatomias estão tão próximas. Ambos só precisam satisfazer o desejo desesperador que esmagam seus corações. Mas Mary Margaret quer prova-lo.

Então o suga com a sua língua aveludada e David puxa os cabelos curtos dela. E é tão erótico o modo como David a segura, o jeito que a cabeça dele pende e as bochechas se coram. E Mary Margaret se sente bem, porque ela é capaz de dar prazer ao homem que ela ama.

E isso é tão errado.

Mas aquele não é momento para pensar no que é certo ou errado, pois David já está puxando-a para si novamente. E seus braços se apertam sobre o corpo magro dela e ele a beija.

Forte e desesperado.

E é libertador saber que ele se sente do mesmo modo que ela.

Perdido e desesperado.

Por ela.

Só por ela.

E ele a penetra forte e fundo e Mary Margaret geme e é tão bom. Tão gostoso. E David a deixa louca e ela demonstra estar enlouquecendo quando puxa os cabelos claros e sedosos dele para si e finca suas unhas nas costar cheia de sardas dele.

E o cheiro de cobre preenche o ar. Mas eles não sentem. David não sente a dor em suas costas. Por que ele já está sentindo muito. Ele está no céu. Mary Margaret é o seu céu.

Todo o corpo de Mary Margaret parecia pegar fogo e ambos se perderam naquela junção carnal. David se moveu rápido, cadenciando os movimentos ora lento ou ora rápido. E Mary Margaret se controlava para não gritar, porque era tão bom e David a enlouquecia.

E ele aumenta as estocadas.

E é errado.

O modo como Mary Margaret se sente a atordoa.

Porque ela nunca se sentiu assim com mais ninguém.

E há apenas os dois, no meio da mata, as roupas jogadas no chão, o rio correndo ao longe, a lua e os lençóis e dois corpos que se amam desesperadamente.

E o sexo... Não! O amor. O amor que eles fazem é tão intenso, tão profundo que Mary Margaret sabe que nunca vai encontrar outro igual.

A conexão.

David também sente. Sentiu quando a tocou pela primeira vez, sentiu quando ela leu a história da Branca de Neve e do Príncipe Encantado. Sentiu quando a beijou. Sente quando a vê.

Mary Margaret sentiu as mãos dele sobre seus seios, num aperto forte e o puxou ainda mais para si.

— Eu te amo. Te amo David – As palavras saíram rápidas demais, mas Mary Margaret não podia mais esconder seu amor. E não se arrependia de tê-lo feito. Não quando o que sentia por David era maior que tudo. Não quando ele fazia amor com ela de um jeito tão gostoso. Não quando ele lhe beijava as pálpebras secando as lágrimas teimosas que insistiam em cair durante aquele ato primitivo e delicioso que ambos compartilhavam.

— Shih, shih... Não chora meu amor. Eu também te amo. Te amo! – E num instinto, ela o abraçou, escondendo o rosto entre a curva do pescoço dele.

Ambos estavam tão colados que podiam sentir o coração do outro bater acelerado dentro do peito.

E Mary Margaret o beijou novamente. E pediu que ele fosse mais forte.

Era tão errado.

Mas ao mesmo tempo, tão certo.

E então, Mary Margaret entendeu o motivo do amor de ambos serem tão perfeitos. Sempre era um amor de despedida.

E Mary Margaret não tinha mais o direito de atrapalhar o casamento de David. Mesmo que ela o amasse.

Porque era errado.

Errado aquele sentimento.

O amor machucava muito.

A falta e o excesso.

E então Mary Margaret explodiu num prazer sem fim. David a apertou ainda mais contra si e despejou dentro dela a sua semente, num gemido alucinado.

David beijou a testa suada de Mary Margaret e se deitou ao seu lado. Ambos nus, cansados e saciados, tendo a lua como testemunha do amor deles.

Era tão errado.

A mão dele procurou a dela e seus dedos se entrelaçaram diante daquele silêncio reconfortante.

Mas não era certo.

O telefone começou a tocar. Era o dele. Sempre era o telefone dele que cortava o clima. Era sempre ela. Kathryn. A esposa.

— Você precisa atender. – As lágrimas queriam aparecer novamente, mas Mary Margaret precisava ser forte. Era a despedida.

Novamente.

— Não quero.

Mas já era tarde demais. O contato, o afeto e a tranquilidade já havia se quebrado. Mary Margaret já se levantava e vestia suas roupas.

David só conseguia olhar para ela e suspirar.

Tão linda. Mas ela não era sua.

Ele era o culpado por arrastá-la para aquela situação ridícula. Ele era o errado. Mas parecia tão certo.

— Preciso ir embora.

— Fica um pouco mais.

— Não, David. Eu preciso ir. Eu realmente preciso ir.

— Nos vemos logo?

— Você não entende, David? Estou cansada. Eu não quero mais ser a errada.

— O que você está dizendo?

Agora ele havia se levantando também e num misto entre o desespero e o ódio vestia a sua roupa de forma desajeitada. Não queria a perder de vista.

— Estou dizendo que acabou.

E antes que ele pudesse fazer qualquer coisa. Ela correu floresta adentro.

E o sentimento que se apossou do corpo de David era tão forte que ele era capaz de matar alguém com bordoadas.

Mas no fim ela estava certa.

Não poderiam levar aquela situação adiante.

Não era certo com Kathryn.

Era tão errado.

Tão errado.

 


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Notas finais do capítulo

Estou, pela primeira vez me atrevendo no Universo de OUAT, espero não decepcionar ninguém rs.
Comentários, favoritos e acompanhamentos são muito bem-vindos.
Obrigada ♥



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