Motivos para mudar escrita por Sofia Kiryuu


Capítulo 3
Capítulo 3 - Informações Úteis


Notas iniciais do capítulo

Aqui está mais um capítulo! o/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/698395/chapter/3

Chegado o fim de mais uma conferência nada produtiva, Luísa resolveu esperar por Toris, que estava a terminar uma conversa com Eduard e Raivis, os outros dois bálticos, junto à porta da sala, do lado de fora. Quando a conversa acabou, o lituano despediu-se dos amigos, após um telefonema do chefe de estado do seu país, e foi em direção à saída da sala um pouco apressado.

— Então? Já podemos continuar a conversa de há pouco? – Luísa surgiu ao seu lado mal este passou pela porta. Por não estar à espera que a rapariga aparecesse assim de repente, o moreno tropeçou quando deu um passo para trás. A lusa ainda o conseguiu agarrar pelo braço, para que ele mantivesse o equilíbrio, mas o peso de Toris levou a melhor e acabaram os dois no chão, com ela em cima dele. Uma veia da testa de um certo alguém que observava aquela cena começou a ficar mais saída, claro sinal de irritação.

— Ai, desculpa, Toris… Não devia ter aparecido assim! Assustei-te, não foi? – disse, preocupada, já a levantar-se e a estender a mão para ajudar o outro a fazer o mesmo.

— Não tem mal, foi só um acidente! – disse, sorrindo e aceitando a ajuda.

— De certeza? Não te magoaste? – disse, analisando o moreno de cima a baixo.

— Sim, não te preocupes! – deu um sorriso para a tentar convencer de que estava bem – Ah! Respondendo à tua pergunta, sinceramente, agora não me dava muito jeito falar… Estou com um pouco de pressa. O meu chefe ligou-me por causa de assuntos urgentes que ficaram pendentes para eu vir à conferência. – disse, esfregando a nuca com a mão e com um sorriso de canto.

— Ah, então, liga-me quando não estiveres ocupado. Assim, combinamos o que iremos fazer e colocaremos o plano em ação! – disse ela com um grande sorriso encorajador.

— Sim, claro! O-obrigado pela ajuda, Luísa, a sério! Nem sei como te agradecer… – disse Toris com um sorriso e o rosto um pouco vermelho. A veia do observador sobressaiu um pouco mais.

— Não tens nada que agradecer. Eu gosto de ajudar sempre que posso! – disse e piscou-lhe o olho, novamente, ainda a sorrir. A pessoa que estava a presenciar toda aquela conversa estava a perder a paciência rapidamente e, para bem do lituano, era melhor que aquilo acabasse em breve.

— Oh, eu agradeço na mesma! – disse com um sorriso e olhou para o relógio que trazia no pulso – Ah, já é tão tarde! Bem, tenho mesmo de ir agora. Até mais logo, Luísa! Obrigado por tudo! – Toris acenou-lhe enquanto tentava chegar a tempo de apanhar o elevador, onde tinham acabado de entrar Vash, da Suíça, e Lilly, do Liechtenstein, para ir para a saída do prédio, no andar debaixo.

— De nada. Até logo! – disse, retribuindo o gesto.

Quem os observava achou que aquela era a oportunidade para se aproximar da portuguesa. Deu um primeiro passo em direção a ela, mas foi interrompido.

— Irmão? O que estás a fazer? – questionou Emma, a belga, que apareceu atrás de si com ar de curiosa.

— Ah, E-Emma?! E-eu não estava a fazer nada! – gaguejou Abel, surpreendido por ver a irmã logo atrás de si.

— Não? – Emma levantou uma sobrancelha, confusa – Então, para onde é que olhavas com tanta atenção? – a belga pôs-se na ponta dos pés, para tentar ver por cima do ombro do irmão.

— P-para nada de importante! – tentou não parecer muito nervoso e ia balançando o troco para os lados para impedir que a irmã visse para onde estava a olhar.

— Hum… A sério? – ainda tentava ver o que estava atrás do holandês, não muito convencida com o que ele lhe dissera.

— Sim, mesmo a sério! – tentou fazer uma expressão séria, mas acabou por transparecer a frustração que sentia naquele momento – Vamos embora. O Louis já deve estar farto de esperar por nós. – virou Emma de costas para si e começou a empurrá-la, suavemente, pelos ombros, levando-a para longe dali. A loira ainda olhou para trás, para tentar ver qualquer coisa, mas o corpo largo de Abel não permitiu que isso acontecesse.

Alheia àquela situação, Luísa estava com intenções de se ir embora dali também e quebrar a “promessa” que fizera ao seu querido irmão António de esperar por ele, enquanto este andava atrás de Lovino, como sempre fazia. No entanto, abandonou essa ideia ao ver Natália de braço dado com um Ivan aterrorizado, como de costume, e a sua irmã mais velha Katyusha, representante da Ucrânia, ao lado deles. Achou que aquele era o momento ideal para se aproximar e falar um pouco com a amada de Toris, já que nunca fora muito íntima com ela e entender como ela realmente pensava poderia ser útil para ajudar o amigo a ganhar-lhe o coração.

— Ei, Natália! Tens um minuto? Eu gostava de conversar um pouco contigo. – a portuguesa pôs-se entre os três eslavos e o elevador para o qual estes seguiam, com os braços cruzados atrás das costas e um sorriso amigável no rosto.

— Desculpa, mas agora não posso. Eu e os meus irmãos temos de ir embora. – disse a bielorrussa, agarrada ao irmão.

— Na verdade, acho que temos tempo para teres uma conversa rápida, irmã. – a ucraniana deu um sorriso inocente à irmã, que logo deu lugar a uma expressão de quem estava prestes a chorar, quando a mais nova lhe lançou um olhar assassino.

— A nossa irmã tem razão, Natália! Fica aqui a conversar com a Luísa que nós vamos estar à tua espera no carro, está bem? – sugeriu o russo, ansioso por se afastar por algum tempo da irmã mais nova – Até já! Demorem o tempo que for preciso! – Ivan nem lhe deu tempo para responder. Com um sorriso satisfeito na cara, agarrou num dos braços de Katyusha e começou a puxá-la na direção do elevador, com alguma urgência.

— M-mas-- Irmão! – Natália ainda deu um passo em frente para tentar alcançar o russo, mas ele e a irmã já tinham chegado ao elevador antes que ela os pudesse deter. Suspirou de frustração. – O que é que tens para falar comigo afinal? – questionou ao virar-se para a lusa, cruzando os braços e com cara de quem não queria mesmo estar ali a falar com ela. Luísa começou a perguntar-se se devia mesmo ter ido conversar com a bielorrussa. Mas ela já estava aborrecida, por isso mais valia acabar o que já tinha começado.

— Ah, bem, é que eu vi a forma como tu trataste o Toris no intervalo da conferência e gostava de saber porque é que foste tão rude com ele. Eu sei que esta também não é a primeira vez que acontece e queria saber porque ages assim. – a expressão da portuguesa era de uma sincera preocupação com aquela situação – Sei que não me devia estar a meter num assunto que não me diz respeito, mas não consigo ver alguém como ele, que parece ter sentimentos tão sinceros por ti, a ser magoado assim. – Natália deu um longo suspiro.

— Ele é um tolo… Eu já lhe disse vezes sem conta que só tenho olhos para o Ivan, mas ele insiste em andar atrás de mim... É um chato! – disse com uma expressão de aborrecimento e ainda com os braços cruzados.

— Bom, ele não é o único a andar atrás de alguém que não lhe dá a atenção que merece… Ou estou errada? – sabia que estava a tocar num ponto sensível da outra, mas tinha que averiguar o que esta realmente sentia.

— Se te estás a referir a mim e ao meu irmão, fica a saber que não tem nada a ver! O Ivan só está um pouco confuso em relação ao que sente por mim. – contrariou a eslava e descruzou os braços – Assim que ele se aperceber que me ama, sei que seremos felizes os dois juntos! – juntou as suas mãos em frente ao peito, com um olhar sonhador.

— Oh, então, e porque é que, enquanto isso não acontece, não dás uma hipótese ao Toris, para ele te poder mostrar o que vale? – sugeriu Luísa – Vá lá, Natália! Tu sabes o que custa estar na situação dele!

A loira platinada expirou com um pouco mais de força do que o normal.

— Sabes, eu até podia ponderar isso, se ele não fosse tão fraco e inútil como ele é. – disse, deixando transparecer um certo desprezo na voz.

— Então… Se ele fosse mais forte e viril, alguém como o Ivan, por exemplo, tu davas-lhe uma oportunidade? – perguntou-lhe a portuguesa com a mão sob o queixo, com um ar pensativo.

— Sim, acho que iria pensar no assunto, se assim fosse! – afirmou Natália, voltando a cruzar os braços – Mas isso seria impossível. Afinal, é daquele fracote que estamos a falar. Nunca chegará a ser nem metade do ser maravilhoso que é o meu irmão! – era uma expressão de sonhadora a que estava no seu rosto.

— Hum… Veremos! – exclamou com um grande sorriso na face.

— O quê? O que queres dizer com isso? – questionou a bielorrussa, ao deixar os seus pensamentos sobre o irmão de lado.

— Ah, nada, nada! – abanou as mãos em sinal de negação – Bem, agora tenho que ir! Desculpa ter-te incomodado. Até depois! – a portuguesa acenou à eslava enquanto seguia para o elevador, sempre com um sorriso muito satisfeito.

— Ah, adeus… – Natália ficou um pouco confusa com tudo aquilo. Não entendeu qual era o objetivo da lusa. «Que mulher mais estranha.», pensou ela, enquanto lhe acenava de volta. De repente, lembrou-se de algo e arregalou os olhos.

— Ei! Luísa! Também tenho que me ir embora, então, não deixes isso descer sem mim! – gritou, enquanto corria para tentar alcançar o elevador, antes que as portas deste se fechassem.

Assim que o elevador partiu, com a eslava tendo conseguido chegar a tempo de o apanhar, um certo espanhol agarrado a um certo italiano saiu da sala de reuniões e começou a olhar em volta.

— Oh… Para onde será que foi a minha hermanita*? – questionou António, enquanto procurava Luísa com o olhar.

— Para onde é que achas?! Para casa! Devia estar farta de esperar por ti, seu idiota! – afirmou Lovino, enquanto se tentava libertar do abraço do maior.

— O quê?! Achas mesmo? – perguntou, preocupado.

— Claro! Aturar-te, só mesmo obrigado, maldito! – o italiano ainda se debatia.

— Mas… Mas ela prometeu que esperava… – choramingou o espanhol – Luísa! És a pior irmã do mundo! – começou a berrar.

«Maldição! Será que podia ser mais estúpido?!», pensou o menor, enquanto suspirava, frustrado. Definitivamente, António era um caso perdido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Traduções: hermanita* ----» "irmãzinha", em Espanhol.
Não se esqueçam de comentar! ;)