Forever? escrita por Valkyrie Castiel


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas pela demora, está um pouco cheio na escola e eu só consegui postar o capitulo agora. Espero que gostem!



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Do fundo do meu coração eu sabia que alguma coisa estava errada, aquele grito não parava de ecoar na minha cabeça, eu gelei, por um momento pensava em um milhão de coisas e ao mesmo tempo não pensava em nada, não sei se foi por instinto ou foi à curiosidade enriquecida por medo que afanava minha alma que falou mais alto, eu corri, corri o mais rápido possível, mas quando cheguei ao local de onde vinha o barulho encontrei um monte de pessoas ao redor de... Não tive coragem de olhar... Olhei... Será que fiz certo?... Será que estava tentando esconder os meus medos de criança e depois correr para abraçar meus pais?.. Não acreditei no que vi, não... Isso não esta acontecendo comigo, não pode. Devo estar sonhando, esfreguei os olhos, mas nada. Aquilo era real, é real a concepção de tudo que eu acreditava que me ajudou a crescer estava lá diante dos meus olhos caída no chão, minha mãe levou um tiro e eu não pude fazer nada! Não Conti as lágrimas, queria ser forte, mas não consegui parece que tudo que eu tentei reter nos últimos dias descarregou. Por que eu tinha que viajar? Por que eu iria deixar meus amigos? Por que isso esta acontecendo? Por quê? Por quê?..

Aquele lugar não me era estranho, abri os olhos lentamente e olhei ao redor, estava no meu quarto e minha tia estava lá me olhando com aqueles olhos que lançavam uma sensação de calma eu te protejo, suspirei aliviada, achei que aquilo tudo foi apenas um sonho, ate que minha tia recebeu uma ligação e pela sua agitação e por mais que ela tentasse demostrar que estava bem eu via que não estava.

— E a minha mãe? Onde ela está?  (Perguntei com os olhos cheios de lágrimas). Ela sentou-se do meu lado e me abraçou como se fosse consolar uma criança que acaba de se acordar de um pesadelo, falou:

—Vilu... Olha para mim, não precisa chorar. Você sempre foi uma menina forte e agora mais que tudo você terá que mostrar isso. Eu sei que não é fácil passar por tudo o que você está passando agora, mas temos que ter fé. (E antes que eu pudesse falar qualquer coisa ela continuou)

—Sua mãe vai precisar fazer uma cirurgia para retirar a bala que perfurou o pulmão, ela perdeu muito sangue, mas ainda sim está fora de perigo, seu pai está o tempo todo com ela e me prometeu que a qualquer novidade vai me ligar. (Eu travei, tentava processar as informações, minha cabeça estava uma confusão, até que consegui falar).

—Quero falar com minha mãe, posso?(Falei enxugando as lágrimas)

— Meu bem com sua mãe, eu não posso garantir nada.

—E com meu pai?

—Acho que não tem problema até porque ele mandou o motorista vim te buscar quer falar com você.  (Uma chama de esperança crescia dentro de mim, mas não queria criar muita expectativa). –Quer ajuda para se trocar?

— Não precisa tia Cristine, você já fez muito por mim.

Acho que às vezes minha tia esquece que eu já tenho quinze anos...  Ela saiu do quarto, deve ter ido esperar o motorista e foi assim que finalmente tive privacidade para poder me trocar, mas não teria muito tempo o motorista poderia chegar a qualquer momento, entrei no banheiro e tomei banho o mais rápido possível. Mal entro no closet escuto minha tia falando que o motorista havia chegado, peguei a primeira roupa que vi e me vesti as pressas nem de dei conta que estava calçando saltos.  Desci as escadas tão rápido que se pisasse em falso ou tropeçasse eu iria fazer companhia a minha mãe. Minha tia me acompanhou até a porta e me deu um abraço bem forte, eu já não escutava nem uma palavra mais do que ela dizia só pensava na minha mãezinha. Quando já estávamos a caminho da clinica foi que fui me dar conta que estava usando um vestido curto azul rodado, com um sobretudo preto e para completar ainda calcei aqueles saltos, olhando bem não estava tão ruim assim só não era apropriado para o momento mas depois eu poderia me preocupar com isso.  Me deixei levar pela música que começou a tocar See you again.

[...] How could we not talk about Family (Como não podíamos falar sobre família).

 When family's all that we got?(Quando a família é tudo o que nós temos?).

Everything I went through you were standing by my side (Tudo o que eu passei por você estava de pé ao meu lado). 

And now you gon' be with me for the last ride (E agora você vai ser comigo para o último passeio). [...]

Nem percebi que havia chegado. Uma enfermeira me esperava do lado de fora da clínica. Ela me levou ate uma sala branca, com umas rosas vermelhas, que por sinal são as minhas preferidas, onde meu pai me esperava. Pela sua cara vi que não estava nada bem, afinal por que estaria? O observei cautelosamente: ele estava com o seu terno preto (como todos os dias, deveria estar vindo do trabalho), seus olhos azuis estavam cansados e meio vermelhos devia estar chorando, não... Ele era forte. Notei que tinha em mãos uma pasta... Mas que pasta era aquela? Meu pai nunca trazia nada do trabalho. Tive a impressão de que iria logo descobrir. Mas por que meu consciente já a rejeitava?

—Posso saber de qual boate a senhorita esta vindo?

— Pai! (Falei naquele tom de voz que ele conhecia bem) Levantou as mãos para cima como que se rendesse e riu. Só pude rir também, meu pai era umas das poucas pessoas que sabia me fazer sorrir mesmo com o mundo desabando a minha volta.

— E a mamãe?

Percebi que tocar neste assunto o deixou um pouco abatido e o sorriso no seu rosto foi se desmanchando, eu sabia que estava sendo difícil para todo mundo afinal minha mãe, Katherine Wells, é a pessoa mais dócil e graciosa que eu já conheci, com seus cabelos loiros platinados e seus olhos azul-violeta que davam-lhe um aspecto angelical...

— Está bem na medida do possível os médicos já começaram o processo cirúrgico... Mas não foi por isso que eu mandei o motorista ir te buscar.

— Não estou entendendo mais nada, se o senhor não me chamou até aqui para falar o que está acontecendo. Então foi para que!?

— Calma estressadinha! Vou te explicar, mas antes se sente. – Eu realmente não queria chegar a esse ponto.

Minha curiosidade estava chegando ao extremo e cá entre nós, nunca queiram me ver assim. Meu pai finalmente falou, mas eu não estava entendendo nada que droga:

— Você chegou muito rápido a idade. Eu e sua mãe queríamos ficar mais um tempinho com você e agora isso aconteceu.

— Pai. Se acalma, respira, o senhor não esta mais falando coisa com coisa. Começa de novo do inicio. - Ele olhou para mim como se tivesse toda a paciência do mundo e começou a falar:

— Há algum tempo, uns três à quatro anos. Eu e sua mãe recebemos uma carta dizendo que o tempo estava acabando. Nós não demos muita importância já estávamos muito apegados a você mesmo sabendo desde o inicio que não seria para sempre e que teríamos muitos riscos. Eu gostaria poder te contar a historia toda mas você vai descobrir sozinha. Quem você realmente é.

Se eu já não estava entendendo nada, imagina agora. Meu pai entregou-me aquela pasta e continuou:

—As uns meses atrás entramos em contato com suas tias que moram em Londr...

— Espera, quer dizer que tudo que esta acontecendo é por culpa minha? E que pasta é essa? Me explica, que historia é essa que eu não posso saber!

— Agora a única coisa que você precisa saber é que existem pessoas querendo te machucar, nessa pasta tem seu passaporte você vai para Londres morar com suas tias. Eu e sua mãe não podemos ir, pelo menos não agora.

Continua...


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