Confidente escrita por Di Júpiter
Notas iniciais do capítulo
Primeira postagem em homenagem ao garotinho que amo desde o início e à garotinha que o ama desde o início.
PS: em homenagem ao novo trio de ouro (Boruto, Sarada e Mitsuki, que, convenhamos, é uma gracinha!)
Boa leitura, guys.
— Se sente melhor, querido? – pergunta Sakura, doce.
— Sim. Nem mesmo se compara...
Ela solta uma risadinha, caminha por atrás do marido e lhe segura pelos ombros. Aperta-os lentamente e sente os nós musculares se desatarem sob seus dedos de médica.
— Eh...? – solta, num sarcasmo contido.
O sorriso quem dá é ele, agora, parando de andar para fitar o céu ensolarado acima de suas cabeças. As nuvens brancas estavam separadas perfeitamente, como num desenho animado.
— A Sarada está aonde? – ele pergunta, puxando a mão direita da esposa e trazendo-a para seu lado. Ela vai, pisando nas pedrinhas e se põe a caminhar ao lado direito dele.
— Com o Boruto-kun e o Mitsuki, provavelmente. Aliás, querido – ela puxa o assunto, sorrindo com os olhos brilhantes. Ele detesta quando aquilo acontece pois é sinal de que ela o fará falar mais do que tem vontade – Sobre dois dias atrás... Ah, Sasuke-kun, não seja bobo!
— Bobo – ele zomba, dando um salto para cima de uma loja, na opinião nobre dele, ridícula. Ela o segue, claro, e senta numa coluna arredondada da loja, acenando para que ele fizesse o mesmo – Pergunte logo, não se prive.
— Tão tagarela! – ela cantarola, gargalhando diante da careta dele – É o orgulho, querido?
Ele ergue uma sobrancelha, indagador. Sobre que orgulho, afinal?
— Boruto espalhou aos quatro ventos, numa daquelas entrevistas, que o próprio “tio Sasuke” o havia chamado de “discípulo número um” – ela explica. Ele murmura algo como “Ah, isso”, e vira de costas na intenção de que ela não o veja sorrindo largamente.
— Ele é um idiota – resmunga, se recuperando, e vira para a esposa. Um erro; ela está se sacudindo com a força que prende a risada – E você é irritante...
— Não! – ela gargalha alto, segurando-o pela capa, afetada pelo movimento brusco que ele fez – Estou brincando, querido, brincando! Mas me diga, vamos, vamos!
Ele para ao lado dela, apoiando a mão na coluna que sustenta a esposa.
— Ele... Ele me lembrou a mim mesmo, no início, dizendo quase as mesmas palavras que eu disse tão imaturamente. Queria derrotar alguém e, bem, isso... – um suspiro, uma olhadela para a expressão da esposa. É uma expressão segura, de apoio e compreensão – Temi, por um segundo eu temi, Sakura, que aquela criança tomasse um rumo errado. E então ele me pediu algo desconcertante. – outro suspiro – Nunca ensinei ninguém. Já fui chamado de mestre, mas não ensinei nada. E ele com essa coisa de “tio”... Tch.
— Você não está longe de um tio, para ele, querido, sabe disso.
Ele assente.
— No segundo dia de nosso treino, após ele ter aprendido o Rasengan, ele estava usando uma daquelas coisas modernas no pulso. Aquela coisa que a Sarada mencionou outro dia... Mas parecia estar usando só como... Acessório, pois seu chakra estava em uso, então eu imaginei além...
— Entendi – ela diz, tocando-o no rosto para tirar um fio de cabelo de seu lábio – Sabia que o Boruto iria acabar usando aquilo em algum momento e que quando o Naruto notasse, ambos iriam perceber aonde estavam errando. Certo?
Ele não a responde de imediato, apenas olha para a esposa um tanto quanto exasperado.
— Sim, certo. – pigarreia, olhando para o telhado dos outros prédios – O que aconteceu não foi muito diferente... O Boruto é um idiota porque, igual ao Naruto, ele odeia perder... Principalmente para aquele que escolheu ser seu rival.
Sakura força uma risada, tentando espantar os fantasmas que começaram a cercar a mente de seu marido.
— Só poderia ser filho do Naruto.
— Aa.
Sakura o olha, pegando-o no flagra com um sorriso no rosto. Aquele sorriso a mataria pelo resto de sua vida, enquanto estivessem juntos, enquanto ele confiasse apenas nela para seus sorrisos furtivos.
— Você é lindo.
— ...Merda, Sakura. – vira, olhando-a nos olhos com seriedade. Na verdade, não quer ser repreensor, nem chato, mas sua esposa sempre escolhia os momentos errados - certos - para lhe elogiar. É constrangedor.
Ela ri.
— Ta bom, seu feio!
Ele revira os olhos, sorrindo, depois. De novo. Droga, ele pensa.
— Você parece feliz, foi o que quis dizer.
— Eu entendi. – ele setencia, as sobrancelhas franzidas – Acho que estou orgulhoso, mesmo... E um pouco feliz.
— ... Que bom. Agora... Preciso que me olhe.
— Por quê? – ele pergunta, já virado para ela. E ela sorri e lhe avança nos lábios. Oh, um beijo. Ela se afasta, os olhos dele ainda estão fechados, e ela beija novamente, apenas um selinho – Estive muito cansado, me desculpe. – diz, esperando que ela entenda a razão de não terem passado muito tempo juntos enquanto ele estava se recuperando, mesmo que ela o estivesse ajudando.
— Está tudo bem, querido – conforta-o, boa entendedora dele, se ajeitando na coluna – Ainda temos... Quantos dias?
— Três.
— Oh, sim. Isso. Três. – prende a tristeza dentro do coração e força um sorriso. Apenas para deixá-lo pior. Ele fecha os olhos fortemente para depois abrí-los logo em seguida e fitar a vila a frente.
— Eu vou voltar mais cedo, também. Aprendi algo com o Boruto, afinal.
— ...Mm! – concorda, subitamente animada.
Dali, Sakura encontra a cabeleira loura de Boruto, juntamente com Mitsuki e Sarada, e aponta para que Sasuke veja.
— Achei que ele estivesse numa entrevista – comenta ela, com um biquinho nos lábios – Vai ver era um kage bushin, ne?
— Hm. Filho do Naruto.
— Heh... Sarada está vermelha! Olhe, Sasuke-kun, olhe! – diz, sacudindo-o pela capa, discretamente, com um sorriso sereno nos lábios.
— Aa, estou vendo, Sakura – murmura, os olhos queimando em Boruto – Que coisa familiar. Exceto por Boruto ser o idiota. Não irritante.
— Não seja malvado! – choraminga, dando uma risada depois – Ah! Sarada e Boruto...
— Não tente prever o futuro, Sakura.
— Mas...!
— Olhe-os.
E ela olha. Boruto falando alto, sua filha com os olhos brilhantes e bochechas coradas e Mitsuki, o estranho Mitsuki, olhando para os amigos como se soubesse de toda a sua história. O que, evidentemente, Sakura não duvidava.
Mas isso era algo sem importância. Sabia que aquele garotinho era um bom garotinho. Um membro do time de sua filha e seu afilhado. Amigo deles e filho – ou criação – do homem que treinou seu esposo. Deu-o força e oportunidades para que obtivesse forças exteriores.
E que, mesmo que da forma mais dura, contribuiu para que eles estivessm ali, lado a lado, como marido e mulher. Cheios de sentimentos mútuo, de olhares entendedores, conversas íntimas e autoexplicatórias. Perdão. Amor. Sakura gosta que as coisas tenham acontecido da maneira como aconteceram, ainda mais porque teve a oportunidade de ensinar à Sasuke o que é amar e ser amado loucamente.
Ela o ama loucamente. E ele a corresponde. Inibido, sim. Mas ela gostava, não, amava que Sasuke quisesse deixar as coisas somente entre eles. Eles e Sarada.
Porque ela é sua confidente e eles são uma família.
The end.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Que doce é você!
Tenha uma boa vida.
Até a.próxima vez.