T9 escrita por Gabriela


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Parte desse começo fiz em uma prova de redação e minhas amigas adoram e me fizeram continuar essa historia. Espero que gostem dela.Me perdoem por qualquer erro de português, as vezes sou desatenta e não vejo.



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—Afasta. – piiiiiii – Afasta. –piiiii. O médico parou olhou para o monitor cardíaco e confirmou que sua audição ainda estava boa. Seu olhar ficou triste enquanto observava o homem a sua frente. Provavelmente ele tinha 23 anos. Um garoto. Morto. Mais um óbito.

A enfermeira ao seu lado chamou as auxiliares para começar a fazer o processo de tamponamento no corpo. Vendo-os levarem o corpo se sentiu o pior médico do mundo. Uma assistente entrou no quarto, essa tinha lindos pares de olhos verdes e disse:

— Doutor Nell, está ocorrendo um problema na enfermaria. Estão precisando de você urgentemente. – Nell balançou a cabeça em sinal de concordância. Saiu do quarto e segui o corredor até chagar na enfermaria.

Ele pode ver o motivo da urgência. Um garoto descontrolado. Esse gritava, batia nos seguranças e nos enfermeiros. Um viciado ninguém merece. Tirou do seu jaleco uma seringa e um sedativo, preparou a injeção com uma habilidade sobre humana. Aproveitou o segundo de controle dos enfermeiros sobre o individuo e injetou o medicamento, para acalmar a fúria do homem.

Todos respiraram aliviados. Nell olhou para o enfermeiro, esse respirava com dificuldade, provavelmente estava começando a ficar doente.

—Achei que ele fosse um dependente químico, mas pelos sintomas apresentados, ele está com a doença, doutor.

—Quais?

—irritação e febre intermitente. Devo leva-lo para o isolamento?

—Por favor.

Os enfermeiros e seguranças levaram o homem com um pouco de dificuldade já que esse encontrava sedado. Entre resmungos, eles saíram do campo de visão de Nell. Este parado no lugar começou a pensar em todos os acontecimentos. Cinquenta e uma pessoas haviam morrido em menos de uma semana por causa de uma doença. Cinquenta e um. Não dois ou três. E nenhuma palavra foi proferida ou emitida do governo. Nenhum órgão governista, nem a mídia se manifestou sobre essa possível pandemia. Ninguém deu sinal de vida.

Os médicos estavam chamando isso de T9. Primeiro: irritação e violência. Segundo: febre e vômito Terceiro: falência dos órgãos. Quarta: ataque do miocárdio. Quatro etapas, em menos de um dia depois da infecção.  Todos estavam correndo perigo. Nell pensou em sua família, em sua linda garotinha, e ele aqui, na área critica. A tristeza o dominou, ele sabia que já podia estar contaminado. Não poderia voltar para casa, não antes de saber o que era isso. Pegou seu celular, ele tinha que fazer isso.

Discou o numero de sua esposa e ligou. Chamou. Chamou. Mudo.

Um arrepio passou pelo seu corpo. O celular dela descarregou só isso, apenas isso. Pensou Nell, mas no fundo do seu coração sabia, tinha acontecido algo.

As luzes começaram a piscar. Ele olhou para a lâmpada com um olhar questionador. Como? O gerador do hospital está funcionando excelentemente. Olhando em volta notando que não era o único com o questionamento. Um estrondo forte foi ouvido. Escuridão.

Gritos. Choros de criança. Enfermeiras pedindo calma. Uma confusão se instalou na enfermaria. As pessoas com celulares começaram a usar eles como lanternas.

Nell olhou para seu celular. Sete em ponto da noite. Suas mãos começaram a suar, estava nervoso. Uma mulher olhou para ele, percebendo o estado psicológico no doutor.

—Você esta bem?

—Estou.

—Estranho não é! – Nell movimentou a cabeça em forma de positivo. Ela iria pergunta mais alguma coisa para ele, mas foi impedida pelo som de uma explosão.

Todos ficaram quietos. Passos. Muitos passos. Nell estreitou perto da entrada da enfermaria. Ouviu gritos. Não gritos de susto mais sim de dor, medo. Medo palavra certa para descrever o que sentiu. Recuou.

Passos. Tiros. Tiros. Gritos.

Luzes começaram a surgir pelo corredor e em poucos segundos banharam a enfermaria. A luz vinha de lanternas, nas armas. Homens de roupas pretas entraram na sala, esses usavam máscara evitando o contato deles com aquele ar. Um símbolo de uma cobra decepada estava um pouco a direita do coração em suas roupas. Nell recuperou sua coragem e proferiu:

—Quem são você? – um homem caminhou na direção do medico, pegou a arma e posicionou a cinco centímetros da sua cabeça.

—Somos anjos.

Tiros. Tiros. Silêncio.

Um homem vestido em um lindo traje Arrigo entrou na sala, olhou para o mar de sangue a sua volta.

—Levem os cadáveres. Etapa dois será iniciada. –Olhou mais uma vez para sala, sem nenhuma emoção. Frio. Saiu dela da mesma forma que entrou, em uma postura ereta como um lorde.

Isso era apenas o começou. O pior estava para começar.   

Duas Semanas depois

—Meu pai e seus melhores amigos tinham um sonho de levar o melhor serviço médico para todo mundo e evoluir a medicina em quarenta anos. Não foi fácil, mas hoje o fruto desse trabalho veio e somos a melhor empresa de medicamento e de pesquisa do mundo. – Aplausos tomaram a sala e logo cessaram. – Algo que meu pai sempre me ensinou que nada é incurável e só vamos parar quanto descobrir a curara todos os males. Obrigado e tenham uma noite agradável. – Aplausos soaram, mas dessa vez permaneceram por dois minutos.

A moça caminhou até a multidão e recebeu parabéns pelo seu discurso. Sempre com um sorriso elegante em seu rosto. Pegou um drink oferecido por um lindo rapaz, tomou um gole e piscou para ele antes de sair. Andou pela multidão até chegar ao centro da sala. Olhou para o enorme holograma de um DNA perfeito. O trabalho de seu pai foi muito além. Sorriu com o pensamento.

—Dizem ter um belo sorriso e devo dizer, os boatos são verdadeiros. – Ela virou para encontrar um homem de aproximadamente trinta anos, moreno de olhos castanhos mel, óculos e com um cavanhaque. – Sou Dr. Bayke e ficaria fascinado em ouvir sobre seus novos experimentos.

—O senhor é muito galante principalmente com esse smoking, mas nada terá de mim. Algo que preso em meus funcionários é o sigilo. – Sorriu. Um sorriso que no fundo era sínico.

—Que pena gostaria de saber sobre os novos testes. Ouvir dizer sobre regeneração do cérebro e de outros órgãos, mas há sempre o sigilo. Cuidado para não morrer sufocado com ele. – seu sorriso sumiu do seu rosto enquanto o homem sorria um sorriso fraco.

—Cuidado. O feitiço sempre se virá contra o feiticeiro. – Dessa vez não houve sorriso apenas um olhar arrogante dela. Antes de poder continuar sua troca de palavras com ele, um homem parou ao seu lado e ela sabia quem era. – Com licença, o dever me chama.

Saiu sem esperar uma resposta ou um adeus do tal doutor. Caminhou para o extremo da sala desviando das pessoas com agilidade. Parou ao chegar ao elevador, colocou sua mão em cima do botão ao lado da porta e logo ouviu um plim e a porta se abriu. Ela entrou e foi seguida pelo homem muito bem conhecido. A porta se fechou e não demorou muito para ela abrir novamente. Ela foi agraciada com a visão de sua maravilhosa sala. As paredes pareciam de vidro comum possibilitando uma visão linda da cidade, mas eram como grande tela touch screen de um computador e como plano de fundo da sua área de trabalho definiu essa bela visão. Algumas vezes ela deixava na função vidro, mas a realidade não era tão bela. Caminhou para sua grande mesa no meio da sala, mas não sentou em sua cadeira.  Virou-se e olhou para o homem na sua frente.

—De seu relatório.

— O teste ocorreu perfeitamente só houve alguns excessos perante nossa equipe.

—Fui informada, mas eu cuido dele mais tarde. Quantos corpos bons para o segundo teste?

—Exatamente dez. Estamos mantendo sigilo sobre a origem deles, mas temos um grupo muito questionador no centro 3 principalmente a doutora. –Ela virou para mesa e com um movimento da mão um holograma com o nome InterDam apareceu.

—Equipe 2367. –Em milésimos de segundos a equipe apareceu, dois homens e uma mulher. –Fui informado sobre a equipe, mas mantenha a programação. Tom é inteligente e vai mantê-la sobre controle. –Ela olhou para mulher. E sua expressão tornou fria imediatamente quando leu as ultimas informações. –Ela adiou as pesquisas por dois dias, posso saber o motivo?

—Pergunte a ele. Tudo o que fui informado foi repassado para a senhorita. –Ela respirou fundo e se apoiou na linda cadeira de couro.

—Fique de olho nele. Qualquer movimento suspeito quero ser informada.E não se esqueça de mandar um belo presente para o Dr. Bayker. –Seu olhar era frio e suas palavras eram venenosas. -Quando descobrir quem está vazando as informações quero que traga a mim. –Ele assentiu. Ela olhou para a foto da moça no holograma. – Se ela estiver dando problemas quero ser avisada e se ela sair do limite está autorizado a fazer o necessário. – Olhou para o homem novamente. Keven era o nome dele, com seus cabelos curtos quase loiros e com seus olhos verdes. Pena que não era bonito de rosto, mas tinha um porte físico de atleta e era alto. – Não cheguei aqui para cair. Está dispensado. – Não houve nenhum sorriso apenas um olhar sério com um pouco de ganância.

Ele caminhou para fora da sala, parando em frente ao elevador. As portas se abriram e um homem de pouco mais de 70 anos saiu de dentro dele.  Olhou para Keven com um olhar amistoso.

— Pelo visto, o clima da festa ainda não contagiou esses andares. Beba um drink garoto quando descer.

—Se eu começar não vou parar! –Falou ríspido. –O que faz aqui? Não estou informado de sua presença aqui.

—Sinto muito. Esqueci meus códigos e minha mala, mas logo estou seguindo para o norte. Vou ser o responsável pelo transporte do pacote. Sempre sobra para os mais velhos. –Bebeu o resto do vinho tinto, da melhor safra, presente em sua taça. Ele sorriu saboreando o sabor de bebida. –Adoro vinhos e acho que alguém naquela sala prestou bem atenção nisso.

—Ele entrou com o nome de um doutor, mas duvido que ele tenha sessenta anos. Meus melhores homens estão tentando identificá-lo, mas o provável que seja mais um jornalista disfarçado. Suas palavras a deixaram com um maravilhoso humor. - Sua mão procurou um cigarro em seu bolso, mas ele havia retirado mais cedo.

—Desde que o pai dela morreu, bom humor foi esquecido por ela. –Ele sorriu para o homem mais novo a sua frente. – Respeitei o pai dela e tenho uma divida com ele.  Retirando isso, sou apenas um cara querendo algo e sou muito velho para brincar.

—O que você deseja desse lugar?

—Quando você chega a certa idade você não quer mais dinheiro ou luxo. Você quer vida! –Ele olhou para seus olhos. O homem podia ter um sorriso simpático, mas seu olhar era frio e manipulador. –Sou um homem de 74 anos e passei por duas quimioterapias. Vida é algo que preciso e algo que quero mais do que tudo. Esse é o melhor lugar para conseguir isso. –Vendo a expressão incrédula de Keven, ele respirou e sorriu um sorriso arrogante. – Você não é diferente de mim só é jovem e jovem quer dinheiro. Um erro em minha opinião, mas não posso julgar, fiz o mesmo. – Ele riu. – Se fosse você teria ido embora, mas eu não sou então saiba em quem confiar.  Pessoas costumam sumir por aqui.

O velho bateu de leve sua mão no ombro do mais jovem e continuou seu caminho rumo a sua sala, mas antes parou e deu um envelope a uma mulher passando pelo corredor. Ele ficou observando tudo com curiosidade. A moça disse algo ao velho e continuou o caminho e,quando passou por ele, sorriu. Um sorriso sexy, mas com um pouco de insanidade. Esse era o vírus mais letal que havia naquele lugar.


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Notas finais do capítulo

Minhas amigas estavam loucas de me fazerem continuar essa historia?



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