Sakura & Usagi: Útima Batalha Contra Queen Metalia escrita por Guidoreiki


Capítulo 1
Capturem a Carta Lua!




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Parte I 

— Mamo-chan, Mamo-chan! 

— O que foi, Usako? 

— Ah, não é nada... É só que eu estou feliz por estar em um encontro com o Mamo-chan ♥ 

— Nós ainda teremos muito encontros. Agora que a Terra está em paz, podemos aproveitar cada segundo. 

— Paz... Será que dessa vez nós realmente ficaremos em paz? 

A garota loira, com penteado de bolinhos, Tsukino Usagi, cruzou os braços e inclinou levemente a cabeça.  

— Não se preocupe, Usako. Está tudo bem agora. 

O rapaz alto e cabelos negros, Chiba Mamoru, abraçou carinhosamente a namorada. 

— Mamo-chan... 

Os dois se beijaram apaixonadamente, sem se importar com os olhares das pessoas que passavam ao redor. 

Eles caminhavam pelas ruas centrais de Tóquio, a caminho da famosa Torre de Tóquio. Eles, que haviam lutado tantas vezes para proteger este mundo, agora estavam aproveitando uma tarde como pessoas normais, como um casal normal... Bem, ao menos tão normal quanto possível. 

Afinal, eles eram Tsukino Usagi, também conhecida como Sailor Moon, e Chiba Mamoru, que era o Tuxedo Kamen.  

Após o apaixonado beijo, eles deram as mãos e continuaram caminhando pelas ruas movimentadas do centro. 

Parte II

Ao mesmo tempo, em uma outra rua do centro de Tóquio. 

— Eu posso fazer uma pergunta? 

— Claro, vá em frente. 

— Por que vocês estão aqui? 

— Ora, não é óbvio? Nós não podíamos deixar a Sakura sair por aí sozinha com você, moleque. 

— Mas isso, supostamente, era para ser um encontro... 

— Não se preocupe, Sakura. Eu certamente irei filmar com perfeição a sua estreia no mundo do romance! 

— Acho que a questão não é essa, Tomoyo... 

Começando a lacrimejar, a garota de curtos cabelos castanhos e, que por alguma razão, usava um vestido bastante chamativo, Kinomoto Sakura, queixou-se. 

— Não se preocupe, Sakura. Quando chegarmos na Torre, eu e a Tomoyo vamos ficar em outra mesa, certo? 

— Isso mesmo! 

— Eu já disse, o problema não é esse... 

— Então qual é? 

— Eu estou com vergonha!! 

— Não seja tão tímida! Eu e a Tomoyo vamos apenas ficar assistindo tudo de camarote e filmando vocês. 

A criatura amarela que falara, Kero, estava parcialmente escondido na bolsa da garota que segurava uma filmadora, Daidouji Tomoyo.  

— Vamos, diga a ela, moleque.  

— Dizer o quê? 

— Que você não se importa com nossa presença. 

— Mas eu me importo. 

— O quê? Você quer brigar, é!? Está dizendo que somos um incômodo!? 

— Você certamente é. 

— Não diga essas coisas, Li. Nós todos somos muito bons amigos, certo? 

— ... 

Sem palavras, o garoto que, por alguma razão, vestia um traje típico chinês, Shaoran Li, apenas suspirou. 

— Era para ser nosso primeiro encontro... Por que isso terminou assim? 

— Você disse alguma coisa? 

— Não é da sua conta, boneco de pelúcia. 

— Quem você está chamando de boneco de pelúcia!? 

— E tem algum outro boneco por aqui? 

E assim, em meio a discussões sem sentido, os quatro seguiram caminhando até a Torre de Tóquio. 

Parte III  

Em uma base secreta, sob um certo fliperama, dois gatos, um preto e um branco, olhavam para um grande monitor diante deles. 

— O que é isso?  

— Eu não sei, mas não me parece nada bom. Luna, é melhor avisarmos a Usagi o quanto antes. 

— Mas ela está em um encontro com o Mamo-chan. 

— Eu sei, mas o sinal vem exatamente de onde ela está. E esse sinal... É algo que eu nunca vi antes. 

— É verdade... O que será que pode ser isso?  

— Devemos avisá-la...? 

— Acho que não temos escolha...                                                                                                         

Parte IV

— Entendido, Luna. Vamos verificar agora mesmo! 

— Muito obrigada, Usagi. E desculpe por estragar o seu encontro... 

— Não se preocupe! Eu e o Mamo-chan podemos continuar o encontro depois de resolvermos isso. Afinal, a paz da Terra é mais importante, não é? 

— Usagi... Isso não soa muito confiante se você diz com lágrimas nos olhos... 

— Mas... mas... era o meu precioso encontro... 

Usagi caiu de joelhos. 

— Usako, não chore. Além disso, não sabemos o que está gerando o sinal. Pode ser que não haja nada errado, não é? 

— Sim, exatamente! É apenas uma precaução. 

— Tudo... bem... 

— Vamos indo, então? É melhor não nos transformarmos até que tenhamos certeza. 

— Certo... 

Levantando-se, Usagi secou as lágrimas com as mãos. Ela e Mamoru, em seguida, correram para o local indicado por Luna. 

Parte V 

Sakura parou de repente.  

— O que foi, Sakura? 

— Você também sentiu? 

Perguntou Li, com uma expressão séria. 

— Uma carta Clow? Mas como? Sakura já recuperou todas e as transformou em Cartas Sakura... 

— Eu não sei, mas essa presença... com certeza é a de uma Carta Clow! 

— Você consegue dizer de onde ela está vindo? 

— Mais ou menos. A presença ainda está muito fraca, mas sinto que ela está ficando cada vez mais forte. 

— Isso é estranho? Estamos nos aproximando dela, então? 

— Eu não sei, Kero... Mas... é uma presença diferente. 

— Diferente? 

— Sim. É quase maligna, mas também não tenho dúvidas de que se trata de uma Carta Clow. 

— O que faremos, Li?  

— Não temos escolha, temos? 

— É... eu acho que não... 

Cabisbaixa, Sakura concordou.  

Vendo o estado em que ela estava, Li tentou arrumar as coisas. 

— Sabe... eu... eu também es-estou chateado com isso...  

— Hum? 

Ela levantou um pouco a cabeça. 

— Eu... eu também... estava ansioso por hoje... por esse encontro... 

— Li... 

— E não é que o moleque pode dizer coisas legais de vez em quando? 

— Ahhhh! O rosto da Sakura corando é a coisa mais fofa do mundo! Ainda bem que eu consegui filmar esse momento! 

— Bom... então... vamos? 

Corando, Li estendeu a mão para Sakura. 

— Sim...  

Com o rosto completamente vermelho, Sakura segurou a mão dele e eles seguiram na direção da presença que sentiam. 

Parte VI 

— Mamo-chan, você está vendo algo fora do normal? 

— Na verdade, não. No entanto, posso sentir claramente uma energia maligna vinda deste lugar. 

— Eu também sinto. Tem algo muito errado aqui, mas o que pode ser? 

Parados no alto de um prédio na frente da Torre de Tóquio, Usagi e Mamoru olhavam ao redor, procurando alguma presença suspeita. 

— Não sei, mas fique atenta, Usako. 

— Sim! 

Naquele momento, 

*Bum!* 

Uma explosão chamou a atenção deles. 

— Na Torre? Isso não é nada bom! 

— Mamo-chan, veja! Lá no alto! 

Olhando para cima, Mamoru viu o que Usagi estava apontando. Uma bela mulher, usando um longo vestido prateado, estava parada no topo da Torre. Seu cabelo, também prateado, parecia refletir a luz da lua... Não, era mais como se ele a intensificasse! Seria um lindo espetáculo, se não fossem as explosões que ela estava causando. 

O vestido. Ele parecia se desintegrar devido ao vento, mas cada fragmento que caía causava uma grande explosão. Se continuasse daquele jeito, logo as pessoas ficariam em sério perigo. 

— Mamo-chan, vá evacuar as pessoas! Eu cuido dela! 

— Entendido! Tome cuidado! 

— Você também! Moon Crystal Power, Make up! 

Ao dizer essa frase, Usagi transformou-se. Logo, ela estava vestindo uma roupa de marinheira.  

— Ei, você! É errado causar destruição e dor a um local tão bonito quanto este! Você está fazendo as pessoas sofrerem e isso é imperdoável! Eu não sei quem você é, mas certamente irei impedi-la! 

— Quem é você...? 

Uma voz arrastada, quase fantasmagórica, veio em resposta. 

— Sou uma guerreira com roupa de marinheira. Luto pelo amor e pela justiça. Sou Sailor Moon e punirei você em nome da Lua! 

— Sailor... Moon...? Hahahahahahaha! Vai me punir em nome da Lua? Que patético! Hahahahaha 

— Ei! Não ria dos nomes das pessoas! Que falta de educação!  

— Mas é que isso é hilário... Como poderia uma guerreira da Lua me derrotar?  

— Do que está falando? 

— Ora, você ainda não entendeu, mocinha? Eu sou a própria Lua! 

— O que? Mas a Lua está lá em cima... 

Foi então que Usagi notou. Não havia Lua naquele céu noturno. Embora as estrelas estivessem ali, a lua havia desaparecido completamente. Não, isso não estava certo... A Lua não havia desaparecido. Na verdade, ela estava bem diante de seus olhos. 

— Como... como isso é possível? 

— Eu me tornei uma entidade ainda mais poderosa depois de receber ajuda deles... Agora eu posso andar por aí e destruir tudo o que eu quiser! 

— Mas... isso não faz o menor sentido... Eu sou... a Princesa da Lua, não sou... Então como...? 

— Princesa da Lua? Então você é a reencarnação da filha da Queen Serenity...? Que patético. 

— Patético...? 

— Eu respeitava a Queen Serenity, mas você...? Você não passa de uma terráquea sem graça. Não tenho razões para obedecê-la! 

— Isso não... 

Usagi estava em choque diante das palavras daquela entidade que dizia ser a Lua em pessoa. 

— Já me cansei de falar com você. Morra! 

Parte VII

— Você percebeu? 

Li perguntou, já bastante preocupado. 

— Sim, a Lua desapareceu. Como isso é possível? 

— Eu não sei. Yue não deveria ser o guardião da Lua? 

— Não diga tolices, moleque! Tanto Yue quanto eu mesmo, somos servos cujo dever é proteger a Sakura. Nossos poderes podem ser representados pela Lua e pelo Sol, mas o que nutre nossa magia é o poder das Cartas Sakura. 

— Isso apenas deixa as coisas ainda mais complicadas. Então não temos ideia do que pode ter acontecido... 

— Vejam! Olhem lá em cima! 

Tomoyo apontou, sem parar de filmar, para o topo da Torre de Tóquio. Lá em cima estava uma figura prateada, aparentemente uma mulher. Seu vestido, também prateado, esvoaçava e soltava pequenos pedaços a medida em que o vento batia nele. Um desses pedaços acabou caindo na Torre, causando uma explosão. 

— Isso é ruim! Muito ruim! 

— Temos que tirar as pessoas de lá antes que novas explosões aconteçam! 

— Não vai dar tempo! Sakura, use a carta Escudo para proteger a Torre! 

— Sim! 

Imediatamente atendendo o pedido de Kero, Sakura tirou o pingente em forma de Estrela que estava escondido no interior de sua roupa. 

— Chave que guarda o poder da minha Estrela, mostre seus verdadeiros poderes sobre nós e ofereça à essa valente Sakura, que aceitou esta missão. Liberte-se! 

Após dizer essas palavras, o pingente brilhou e transformou-se em um báculo mágico. 

— Escudo! 

Usando o báculo para libertar o poder da Carta, Sakura conseguiu envolver a Torre em seu escudo, protegendo as pessoas que lá estavam. 

— Sakura! Tem outra pessoa lá em cima! E acho que ela está em perigo! 

Tomoyo, que havia usado o zoom de sua câmera para dar um close no inimigo, avistou, quase sem querer, uma garota no prédio em frente a Torre de Tóquio. Ela estava vestida com roupa de marinheira e estava prestes a ser atacada pela criatura prateada. 

— Alada! 

Usando o poder da Carta para criar asas em seu báculo, Sakura voou o mais depressa possível na direção da garota, que estava prestes a ser atacada. 

Chegando no último instante, Sakura conseguiu puxar a estranha garota para cima de seu báculo, escapando por pouco das garras da mulher prateada. 

— Você está bem? 

— Hum... Sim... Quem é você? 

— Eu sou Kinomoto Sakura, e você? 

— Tsuki... Sailor Moon. 

— Sailor Moon? Isso é um apelido ou algo do tipo? 

— Acho... acho que sim... 

— Então, o que você estava fazendo ali?  

— Eu... Eu estava... ESPERE AÍ! NÓS ESTAMOS VOANDO!? 

— Bom, sim... hehehe. 

— Como isso é possível? Parece mágica! 

— Na verdade, é exatamente o que isso é. Magia.  

— Incrível! 

— Bom, Sailor Moon, agora eu vou te deixar em um lugar seguro. Eu preciso voltar para ajudar meus amigos. 

— Ajudar seus amigos...? Vocês pretendem enfrentar aquela Maligna? 

— Maligna? Do que você está falando? 

— Daquela mulher prateada. Ela é um demônio. 

— Err... Como posso te explicar isso... Ela não é bem um demônio, está mais para um espírito... 

— Espírito? Ela é um fantasma!?  

— Também não é bem isso... 

— Ahhh!! Eu não estou entendendo nada!  

— É melhor assim, acredite. Vou deixar você aqui. 

— Espere!  

— Hum? 

— Você disse que ia me deixar em um lugar seguro, certo? 

— Sim. 

— Você diria que esse lugar é seguro, uma vez que aquela coisa esteve nos seguindo o tempo todo? 

— O que? O QUÊ!? 

Sakura, então, olhou para trás e viu a figura prateada as perseguindo.  

— AAAAAHHHHHHH! Que droga! Por que essa não podia ser uma Carta fácil? 

— Seu nome é Sakura, certo? Vamos pousar, Sakura-chan. 

— Pousar? Eu não posso deixá-la em um lugar perigoso! 

— Não se preocupe. Eu sou forte. 

— Mesmo você dizendo isso... 

— Confie em mim. 

Por alguma razão, Sakura soube que poderia acreditar nas palavras daquela estranha garota com roupa de marinheira e dois bolinhos no cabelo. Sailor Moon. Aquele nome parecia encher seu coração de confiança e de esperança. 

Tomada por este súbito sentimento, Sakura pousou em um prédio nas redondezas. A Torre de Tóquio ainda se fazia visível, mesmo após toda aquela perseguição, mas agora ela se encontrava a uma distância segura. 

— Qual é o plano? 

— E qual mais poderia ser? Temos que atacar— 

— Sailor Moon! Está na escuta? 

— Luna?  

Interrompida no meio de sua frase, Sailor Moon olhou para o relógio comunicador em seu pulso. 

— Que bom! Conseguimos mais informações sobre a leitura de antes! 

— Sailor Moon? Está me ouvindo? 

— Mercury!? 

— Sim. Eu fiz alguns levantamentos estatísticos e algumas análises detalhadas da leitura que a Luna e o Artemis conseguiram. É quase certo que é algum tipo de resíduo colateral do Dark Kingdon, mas o problema é que não é só isso. 

— Como assim? 

— É estranho. É uma energia que nenhum de nós jamais viu. Parece até que é magia... 

— Magia...? 

— Sim. Como se a Magia e os resíduos do Dark Kingdom tivessem se unido em uma coisa só... De todo modo, estamos indo para aí! Até lá, tenha cuidado! 

— Sakura-chan, parece que a coisa está pior do que eu pensava. 

— Como assim? 

— Eu não sou muito esperta, sabe? Mas eu percebi que você também tel algum tipo de poder. Acho que a única forma de derrotar essa coisa é unindo nossos poderes. 

— Unir... nossos poderes...? 

— Sim... Embora eu realmente não tenha ideia do que fazer... 

— Isso não ajuda muito... 

— Você tem ideia melhor...? 

— ... Não... 

As duas trocaram olhares. A princípio sérias, elas logo sorriram uma para a outra. 

— Vamos ter que dar um jeito? 

— Acho que sim. 

— Já terminaram de conversar...? 

Como se tivessem acabado de lembrar a razão pela qual estavam ali, Sakura e Sailor Moon olharam na direção da mulher prateada. Infelizmente, ela não era assim tão paciente e já havia lançado seus fragmentos explosivos na direção das duas. 

Saltando cada uma para um lado, ambas conseguiram escapar das primeiras explosões. Entretanto, separá-las era justamente o plano do inimigo. Dividindo seu vestido em duas pontas, ela atirou novos fragmentos em ambas as direções. 

Sailor Moon conseguiu se esquivar com dificuldades, mas Sakura acabou tropeçando e estava prestes a ser atingida por um dos fragmentos— 

*Voosh!* 

Uma rosa vermelha voou, interceptando o fragmento e afastando-o de Sakura. 

— Quem é você, maldito...? 

— Tuxedo Kamen! 

A resposta veio da boca de Sailor Moon. 

— Uma dama não deveria atacar outras dessa forma. É rude e uma grande deselegância.  

— Calado! Eu não estou aqui para ganhar lição de moral...! Morra! 

Dezenas de fragmentos foram atirados ao mesmo tempo. Mesmo saltando, Tuxedo Kamen não seria capaz de se esquivar. 

— Tuxedo Kamen!! 

O grito desesperado de Sailor Moon acabou sendo sobrepujado pelas palavras de uma outra pessoa. 

— As quatro direções dos poderes sagrados. Deuses dos relâmpagos e tempestades elétricas, vide a mim! 

Um relâmpago voou na direção dos fragmentos prateados, causando uma grande explosão. 

— Li!  

— Tudo bem com você, Sakura? 

— Sim, ele me protegeu. 

Sakura olhava na direção do homem de terno preto e cartola, que usava uma máscara branca para esconder sua identidade. 

Tuxedo Kamen. Foi assim que Sailor Moon o chamara. 

— Aiaiai, Tuxedo... 

— Você disse alguma coisa? 

— Não, nada não... 

— Continuam a aparecer estorvos... Vou matar todos vocês! 

— Como se eu fosse deixar! Tiara Lunar, Ação! 

Atirando sua tiara, Sailor Moon tentou atingir a mulher prateada. No entanto, ela facilmente atirou para longe a tiara. 

— Isso não vai funcionar contra mim! 

— Não é possível! 

— É a minha vez! Vento! 

Uma corrente de vento soprou a mulher para longe e a prendeu em um vórtice. 

— Isso vai segurá-la por algum tempo. 

— Você, que poder é esse? 

Tuxedo Kamen se aproximou de Sakura e perguntou. 

— É o poder das minhas Cartas Sakura. 

— Cartas? 

— Sim. Aqui, veja. 

Sakura tirou do bolso um conjunto de Cartas cor-de-rosa. Eram muito parecidas com cartas de Tarô, porém diferentes. 

— Entendo. Cada carta possui um poder diferente e você é a usuária que pode controlar este poder, certo? 

— Isso mesmo. 

Shaoran respondeu antes mesmo de Sakura abrir a boca. Com uma cara feia, ele colocou-se entre os dois. 

— Esse poder... Seria Magia? 

— Sim...  

— Tuxedo Kamen, agora há pouco a Mercury entrou em contato comigo. Ela disse que o sinal que a Luna viu era algo misto de Magia e um resíduo do poder do Dark Kingdon...  

— Entendo...  

Virando-se novamente para encarar Sakura e Shaoran, Tuxedo continuou, 

— Jovem dama, você por acaso sabe se possui todas as Cartas? 

— Hum...? Sim... Pelo menos até onde eu sei... 

— Existiria a possibilidade de existir mais uma dessas suas Cartas Mágicas? 

— Eu não... 

— Existe. 

Uma voz surgiu ao lado deles. 

— Existe mais uma carta, mas ela deveria ter sido destruída muitos anos atrás. 

— Kero? 

— Um bichinho de pelúcia!? Que fofo!! 

— Ei! Quem é que você está chamando de boneco, sua cabeça de bolinhos! 

— Que rude!  

— Ei, Kero, acalme-se. Continue o que estava dizendo. 

— Muitos anos atrás, após ter criado todas as Cartas Clow, o Mago Clow decidiu usar seu poder para criar apenas mais uma carta. No entanto, ele foi ousado e decidiu criar uma carta cujo poder poderia ser comparado ao dos Deuses. Para isso, ele usou como elemento motriz do poder da Carta a própria Lua. Porém, o poder da Carta mostrou-se instável e incontrolável e, por isso, o Mago Clow decidiu destruí-la.  

— Ela não parece estar destruída para mim... 

— Eu estou vendo, moleque! Mas isso é estranho... 

— O que é estranho. 

— A aparição desses dois.  

Kero apontou para Sailor Moon e Tuxedo Kamen. 

— Vocês nunca foram capazes de sentir o poder das Cartas Clow antes, então por que agora? Além disso, nós também já estivemos aqui várias vezes, mas a Carta Lua nunca se manifestou. 

— É verdade. Foi aqui que Yue nos testou, lembra? 

— Eu me lembro. Isso é mesmo muito estranho. 

— Talvez nem tanto, meu jovem. 

— Tuxedo Kamen? 

— É verdade que até então nós nunca fomos capazes de sentir a energia dessas tais Cartas Clow, mas vocês também nunca sentiram a energia do Dark Kingdon, não é? 

— Dark Kingdon? É verdade, eu nunca ouvi falar disso. 

— Eu também não. 

Shaoran e Sakura responderam com sinceridade. 

— Acredito que a teoria formulada por nossas companheiras está correta. Essa criatura possui ambos os poderes.  

— Mas, como isso é possível? 

— Talvez... 

— Você sabe de alguma coisa, bonequinho-chan? 

— Eu já disse que não sou um boneco!  

Kero gritou com a Sailor Moon. 

— Talvez a energia desse tal de Dark Kingdon tenha se espalhado e reativado a Carta. Você se chama Sailor Moon, não é? Os poderes desse Dark Kingdon tem alguma relação com a Lua? 

Sailor Moon e Tuxedo Kamen trocaram olhares preocupados. 

— Temo dizer que sim. O Dark Kingdon tentou dominar o Reino da Lua. 

— Você também disse que isso não passa de um resíduo do poder desse lugar, certo? 

— Sim... 

— Quem foi que o derrotou? 

— Foi a Sailor Moon. 

— Então é possível que exista uma maneira de vencermos. 

— E qual é, Kero? 

— Vocês duas precisam unir forças.  

— Mas como fazemos isso, Bonequinho-chan? 

— Essa garota me irrita... 

— Eu gostei dela... 

— Calado, moleque! 

Kero e Shaoran se encararam, como se estivessem prestes a partir para a briga. Sakura interveio, tentando acalmá-los. 

— Não briguem, não briguem... 

— Hmpf, só no que consigo pensar é que a Carta foi contaminada pelo poder do Dark Kingdon, então a única forma de derrotá-la é libertá-la do controle deste poder e convertê-la em Carta Sakura. 

— Mas, você mesmo disse que o tal Mago Clow, que criou a Carta, não pode controlá-la... Tem certeza de que é seguro? 

— Sim, tenho certeza. Sakura é muito mais poderosa do que o Mago Clow foi, ela apenas não despertou todo seu poder ainda. Sinto que o mesmo vale para a cabeça de bolinhos aí. 

— Você tem razão. 

Tuxedo Kamen sorriu, o que tirou qualquer dúvida do coração da Sailor Moon. 

— Você consegue, Sakura. 

— Sim. 

Ela e Shaoran trocaram olhares tímidos. 

— Está pronta, Sakura-chan? 

— Sim, e você, Sailor Moon? 

— Sim! 

As duas posicionaram-se para o ataque. Sailor Moon conjurou seu próprio báculo e fez o primeiro ataque. 

— Moon Princess Halation! 

A mulher prateada, ainda presa no vórtice criado pela Carta Vento, foi envolvida por uma luz dourada.  

— Nããããããããão!!!! 

O grito desesperado já não vinha mais da mulher, mas sim da sombra que se erguia sobre ela, a medida em que era expulsa. Por uma breve fração de segundo, um rosto familiar se formou na sombra, causando arrepios em Sailor Moon. 

— Era a Queen Metalia... 

— Sakura! É a sua vez!  

Kero e Shaoran gritaram ao mesmo tempo. 

— Sim! Volte a forma humilde que merece, Carta Clow! 

Após essas palavras, a mulher prateada, agora com um sorriso gentil, foi sugada e presa em uma carta. Porém, ainda não havia acabado. Ainda com a carta no ar, Sakura mais uma vez entrou em ação, 

— Carta criada pelo Mago Clow, abandone sua velha forma e transforme-se para seguir ao seu novo dono, em nome de Sakura! 

A Carta girou no ar e tornou-se cor-de-rosa.  

Exausta, Sakura tropeçou e foi amparada por Shaoran. 

— Você usou muita magia de uma vez só. 

— Ehehe, parece que sim. 

— Idiota, eu fiquei... preocupado. 

Parte VIII 

Alguns minutos depois da batalha, 

— Permita que eu me apresente adequadamente. Eu sou Chiba Mamoru. 

Ele beijou a mão de Sakura. 

— Mamo-chan!  

— O que foi, Usako?  

— Por que você está beijando ela? Por acaso você está apaixonado pela Sakura-chan? 

— O que!? 

Mamoru e Shaoran exclamaram ao mesmo tempo. 

— AAAAAHHHHHH Eu sabia!! O Mamo-chan gosta mais da Sakura-chan do que de mim!!! 

— Ei, Usako... Calma... Oi...? 

— Eu sou Shaoran Li.  

Ele disse com firmeza, encarando Mamoru. 

— Muito prazer, Li-kun. 

— Li... kun...? 

Chocado, Li sentiu-se derrotado. 

— Err... Eu sou Kinomoto Sakura. 

— E eu sou o Kerberus, mas pode me chamar de Kero. 

— É um prazer conhecê-los. Vamos, Usako. Apresente-se a eles. 

Ainda chorando um pouco, Usagi fez o que Mamoru disse. 

— Eu... sou Tsukino Usagi... É um prazer... 

— Ah, mas quem diria que existiam pessoas como vocês aqui nessa cidade! É uma grande surpresa! 

Kero afirmou de braços cruzados. 

— Surpresa é um animalzinho de pelúcia fofinho poder falar e voar! Aposto que a Mako-chan ia adorar isso! 

— Eu já disse que não sou de pelúcia! 

— Ei, Usako... Acho que não podemos falar que isso é surpreendente... Afinal, temos a Luna e o Artemis... 

— Ah, acho que você tem razão... 

— Sabe, eu sou muito bom no kung fu... 

— De onde veio isso, Li? 

— Só queria deixar claro... 

— Ora, ora... parece que o pirralho está com medo de perder para o rapaz ali... 

— Quem é que está com medo? Seu boneco inútil! 

— Você quer brigar, é!? Cai dentro! 

— Li, Kero! Não briguem!! 

Vendo os três, Usagi e Mamoru não puderam deixar de sorrir. Vendo o sorriso no rosto deles, Sakura e os demais acabaram fazendo o mesmo. 

— Bom, acho que é hora de irmos, certo, Usako? 

— Acho que sim. 

— Também temos que ir. 

— É verdade. Eu prometi ao Touya que voltaria para o jantar... mas eu já estou atrasada... E justo hoje que o papai ia fazer pudim... 

— O que!? Seu pai ia fazer pudim!? E você só me diz isso agora?? Temos que ir depressa! 

Puxando Sakura, Kero saiu voando na frente. A garota de cabelos castanhos e vestido espalhafatoso ainda conseguiu dar uma última olhada no casal às suas costas e acenar, despedindo-se. 

Alguns metros depois, 

— Ei, Li... Eu estou com a estranha sensação de que esquecemos de alguma coisa... 

— Eu também estou com essa mesma sensação, mas o que poderia ser? 

— Não se preocupem com coisas bobas! Vamos depressa, antes que o pudim acabe! 

Parte IX

Não muito longe dali, um estranho caminhão se encontrava estacionado. 

Do lado de fora, havia uma grande antena parabólica. 

Dentro dele, uma grande tela de plasma ocupava uma das laterais por completo.  

Diante da tela, uma garota de longos cabelos pretos, assistia ao vídeo da luta de Sakura e Sailor Moon com um sorriso suspeito no rosto. 

Daidouji Tomoyo. 

— Será que a Sailor Moon deixa eu fazer as roupas dela também?


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