"As cores do amor" escrita por Jôjô


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Amores, comentem se gostarem!!! Me ajudem a divulgar!!
Essa fic eh mt importante pra mim..
Vlww!!
Boa leitura!



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Segunda-feira, 27/06/2016

E lá estava eu, em uma plena segunda, morfando no meu quarto assim como ele que não recebia a luz do sol à dias. Ou à semanas. Ou à meses.
Dizem que temos apenas uma vida, então, devemos aproveita- la enquanto à tempo, enquanto estamos vivos. Mas se já estivermos mortos? Isso. Se estivermos mortos no mundo dos vivos? Não sou uma zumbi, claro que não. Mas, é exatamente assim que eu me sinto, uma morta viva, uma zumbi. Alguém que Deus esqueceu de levar, a terra esqueceu de comer. Não que eu seja uma rebelde sem causa que odeia a própria vida porque os seus pais não lhe dão atenção, é que, eu sou simplesmente uma garota sem cor, por que? Porque eu não posso ver o pôr do sol, não posso ver o arco íris depois da chuva e muito menos a chuva. Eu não posso ver nada a minha volta. Sim, eu sou cega, eu não vejo as cores e por isso, não tenho cor, visto preto o tempo todo. Minha mãe ate já tentou me enganar querendo que eu usasse uma roupa colorida, mas eu descobri, não me pergunte "porque ", apenas senti. Fiquei brava, e daí em diante, ela nunca mais ousou tentar me enganar, se eu enxergo apenas uma cor, por que eu usaria cores que eu não consigo ver? Sou sombria? Sim, sem vida? Sim, porém não me julgue, eu não sou perfeita, e também não sou aqueles exemplos de pessoas cegas que passam na tv te motivando e dizendo pra você que é feliz, quando na verdade, muitas vezes nem são.
Eu parei de enxergar aos dez anos, aconteceu como um eclipse sem fim! Foi em um acidente de carro, estava eu e meus pais. Eles se salvaram, mas eu, eu não. Eu voltei viva, ao mesmo tempo que voltei morta! Tudo mudou depois daquele dia, minha infância se foi, minha adolescência também. Ou seja, a cores foram embora , e levaram a minha vida. E hoje, aos 16 anos, a minha vida é considerada por mim mesma: "uma droga!" , me isolei literalmente, vou a escola como uma garota normal, porém, pra "eles"( os retardados do meu colégio) eu não sou normal. E eu também sei que não sou.
A minha vida é resumida em: acordar cedo, ir para o colégio, voltar às três da tarde, passar o resto do dia no meu quarto e pensar em uma maneira de como sair daqui, desse mundo, me matar seria uma boa, quem sabe lá no céu, eu não enxergaria? Ou inferno, vai saber o que me aguarda, sou cega, não santa!

—Mili!!! Não vai querer tomar café antes de ir no médico? A mamãe disse que tu devia comer!- meu irmão Matias gritava do outro lado da porta.

E foi aí que me veio a breve lembrança de que eu não vou para aquele "hospício " hoje. Tudo bem, terei que ir no médico, mas é melhor que ir para a escola.
Minha mãe sismou que eu tô com anemia, coisa dela.

—Sou cega, e não surda, Matias!- disse e ri um pouco, ouvi um leve riso do meu irmão.

— Ok Senhorita, mas eu ainda tenho que ir pro colégio, então, levanta logo ai que cê só tem cinco minutos...

—Mas...- ele me interrompeu.

—Contagem regressiva...- disse e ouvi seus passos se afastando, um sorriso bobo brotou nos meus lábios. Matias é meu irmão mais velho, ele tem dezessete anos, um ano mais velho que eu. Ele é o motivo para que eu queira sair, (ele insisti pra caramba), o motivo para eu sorrir. E quem sabe até, o motivo por qual eu ainda estou viva.
Saí lentamente da minha cama , dei uns passos e fui até meu guarda- roupa, peguei um jeans , uma regata, meias, sapatos... Tudo preto.
Deixei em cima da cama, enquanto fui tomar um banho rápido, assim que acabei, me troquei e penteei um pouco o cabelo. "Passei tanto tempo sem ver, que eu já nem precisava mais, eu já via, sem enxergar, eu sabia onde ficava cada canto daquela casa."
Terminei no total de 15 minutos, peguei minha bengala e abria a porta do meu quarto, saí pela mesma. Eu já descia as escadas , quando ouvi uma voz diferente.

"-Tu é muito louco!"-

—Matias? Quem tá aí?- questionei espantada.

Ouvi passos se aproximando quando eu já estava no último degrau, era Matias, e outra pesssoa.

—Ah, Mili, esse é meu amigo Felipe. Ele tá de mudança, acabou de se mudar pra casa ao lado. - dizia meu irmão.- Felipe essa é minha irmã Mili, Linda ne? Mas não começa com intimidade que ela é só minha, sacou?

—Matias!- repreendi. Rimos em seguida.

—Prazer, Mili!- ele disse , sua voz soava simpática, ele devia ser lindo, pena que não podia vê- lo.

—Prazer...- sorri boba.

"O que você tá fazendo? Você é cega! Não ache que ele vai se interessar por você!"- meu subconsciente dizia.

A essa altura, ele já devia ter realmente percebido que eu era cega,com certeza ia ter pena de mim. Coisa que eu sempre odiei!

—Você é muito linda...- senti suas mãos tocarem as minhas.

—Obrigada...- agradeci, não precisava ver meu rosto para saber que estava corada.

—Não começa Felipe..- meu irmão falava de uma forma engraçada.

—Cara, acho que tem alguma coisa queimando...- disse Felipe, querendo fugir do assunto, mas realmente, algo estava queimando.

—Droga! É o bolo da Dona Gabi, ela vai me matar!- Matias disse, e em seguida saío em passos apressados. Eu ri .

Senti Felipe me olhar, aquilo me deixava um pouco encomodada, quando você não vê , é bem mais fácil, mas não deixa de ser tenso...

— Dá pra parar de me olhar?- disse de uma forma calma, não fui grossa, até porque, eu estava de bom humor, talvez pelo fato de não ir hoje pra aquela droga que chamam escola.

—É... Ãh...- ele ficou sem fala por uns segundos.- Como você sabe?

—Eu sinto...- sorri de lado.


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Notas finais do capítulo

Volto assim q puder!kkkk
Beijinhos de brigadeiro!!:-* :-*



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