A Última Lua escrita por Gustavo


Capítulo 14
Angels Not Very Happy


Notas iniciais do capítulo

"Quanta injustiça e quanta maldade não fazemos por hábito?"



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APARTAMENTO DE RONALDO/ RIO DE JANEIRO

— Cate, calma... (Ronaldo)

— Calma? – ela se aproxima dos dois – eu não consigo ter calma! Como você não denunciou para a polícia ainda que foi a Stephanie que matou o próprio pai? (Cate)

Tina se levanta do sofá; parecia preocupada. Tinha se esquecido de que Ronaldo tinha uma filha, e no final das contas, mesmo se lembrasse da garota, pensaria que ela não estivesse em casa. Ela cautelosamente se aproxima da menina, que a fitava com olhos em chamas.

— Calma... – ela coloca a mão na cabeça, num gesto preocupado – eu não posso fazer isso, por que eu prometi para o Gael que eu cuidaria e não deixaria nada de ruim acontecer com a filha dele... (Tina)

— Isso antes dele saber que a filha era uma assassina, não é? – elas ficam cara a cara – isso é terrível; é o pior dos pecados. O que me assusta é o fato de você querer deixar essa assassina a solta! (Cate)

— Exatamente isso – ela a interrompe – uma assassina! A Stephanie é perigosa e possui muito dinheiro. Se ela descobrir que a polícia está atrás dela, vai querer se vingar! Ela pode tudo. Ela é capaz de tudo. (Tina)

— Mas ela não me conhece, eu poderia muito bem ir a entregar e... (Cate)

— Só eu sei que foi ela que o assassinou – ela é direta – se ela descobrir que não fui eu quem a denunciou, ela vai descobrir um jeito de saber quem foi! Ela sabe da minha conexão com seu pai – ela suspira – pode achar que eu contei para ele e pode querer vir se vingar! (Tina)

— Filha, por favor... – ele se aproxima das duas – entenda os motivos da Tina! Além de querer se proteger, ela está pensando em nós também. (Ronaldo)

— Eu estou implorando... – sua voz sai desesperada – que você guarde um pouco este segredo terrível consigo! Pelo menos, por enquanto. Eu prometo em breve fazer algo em relação a isto! (Tina)

Cate se mantinha firme e com o peito inflado de frente para Tina. Nunca pensou que ela realmente fosse mais bonita pessoalmente. Claro que já tinha a visto em fotos, junto ao seu marido, que eram um tipo de subcelebridade, mas pessoalmente ela era muito mais encorpada e seus cabelos tinham um brilho único.

— Acho que eu posso fazer isso – ela respira fundo – mas por enquanto! Se dentro de um ou dois meses você não resolver esta questão – ela se afasta de Tina indo para a porta de saída – eu juro que conto para a polícia e mando-os investigarem vocês duas! (Cate)

Sem mais nenhuma palavra, Cate sai do apartamento batendo as portas. Ronaldo se senta no sofá, e expira aliviado. Tina se vira para ele e se aproxima, pondo-se ao seu lado no estofado.

— Eu sinto muito por ela... (Ronaldo)

— Não precisa sentir – ela põe a mão em suas pernas – eu pensei exatamente igual quando descobri este segredo! (Tina)

Tina sobe sua mão pela perna dele, chegando ao quadril, onde em um movimento obsceno, começa a alisar seu membro por fora da calça! Ronaldo, que de começo parece espantado, se excita e num puxo, beija a mulher ao seu lado. Tina arfa, puxa o colarinho da camisa do homem, e se levanta do sofá.

Ele pega as mãos dela, e rapidamente eles entram no quarto dele, onde ele fecha a porta para que ninguém os atrapalhasse.

— Eu quis isso desde que nos encontramos – ela suspira de olhos fechados enquanto ele passava os lábios pelo pescoço dela – eu te quis desde que pus meus olhos em você no aplicativo de relacionamentos! (Tina)

— Por quê? – ele a joga na cama – eu não sou rico, e nem tenho nenhuma herança... (Ronaldo)

Tina se espanta, mas logo depois relaxa. Sempre pensou que ele fosse um rico; parece que tinha engolido os próprios desejos, mas isso não importava mais. Ela estava o desejando muito, todos os dias e todas as noites desde que o conhecera.

— Só me beija... – ela o puxa novamente e os dois caem na cama, se entrelaçando entre os lençóis – (Tina)

“Vou me arrepender depois, mas eu não resisto a nós dois”.

*

MANSÃO FAMÍLIA COSTA/ RIO DE JANEIRO

Joanna fuxicava seu notebook; o search de pesquisa tinha apenas um nome do qual ela esperava encontrar respostas: Gael Costa.

Ela passa os olhos pelas caixas de links que se dispunham a ela, mas nada encontra. Tudo que achara era coisas relacionadas e empresa, que Tina havia dado para o melhor amigo dele comandar; e sobre sua morte, que havia sido um ataque de pneumonia no meio da rua. Joanna não achava nada daquela morte real; como uma pessoa teria um ataque de pneumonia da hora pro dia e ainda por cima, morria? Como nenhum médico havia contestado aquela morte? Era uma pergunta que ela iria descobrir, assim que ficasse frente a frente para o assassino.

Ela apaga o nome do pai e digita “SANGUE E SERINGA” e no campo de pesquisa, encontra uns sites de lendas urbanas que contava história de uma mulher, que na excitação, acabou transando com um homem desconhecido no cinema, sem ao menos o conhecer. O cara pediu para penetra-la sem camisinha, e ela autorizou. Quando passou algumas semanas, começou a sentir o efeito da doença em si; em um teste, descobriu que tinha se infectado com  HIV. Em um ódio mortal, a mulher enfurecida com a injustiça de Deus, acabou fazendo o pior: com uma seringa, ela tirava o próprio sangue e injetava nas pessoas, pois para ela “se eu posso ter essa doença, todos podem ter também”!

Joanna termina de ler chocada com o que havia acabado de por os olhos. Tina havia lhe dito que o segredo de Stephanie era relacionado a algo de sangue e seringas; seria possível a Stephanie estar usando essa lenda como base de algo que ela tinha?

Ela pesquisa o nome da irmã no Google, e em um site de fofocas não muito conhecido e pouco acessado, vê fotos da mesma entrando em uma clínica para jovens com AIDS/DST. Aquilo era tudo que ela precisava; seria muita coincidência todos aqueles fatos. Ela salva as fotos e as imprime na impressora na estante ao lado de sua cama, e no seu celular, disca o número que sabia que poderia a ajudar e adoraria saber daquela noticia. Edgard.

*

MANSÃO FAMÍLIA COSTA/ RIO DE JANEIRO

Leon havia cozinhado o prato favorito de Stephanie: Caviar Beluga. Os dois fizeram isto juntos, sujando um ao outro como duas crianças em contato imediato. Eles comeram e enquanto fitavam os olhos um do outro, sorriam em uma profunda sincronia. Após deixar os pratos em cima da mesa, para depois a faxineira limpar, eles sobem para o quarto aos beijos. E assim se fica por alguns segundos; beijos intensos e melados, que faziam Stephanie arfar de um jeito único.

Leon desliza sua mão até a nuca de Stephanie, apoiando sua cabeça enquanto a deitava na cama. Ela perde o fôlego quando vê os intensos olhos azuis dele. O mundo parecia diferente daquele ângulo. Mais sombrio, mais perigoso. E mais emocionante com Leon acima dela, preenchendo seu campo de visão.

E, naquele instante, com Leon se aproximando cada vez mais dela, ele se tornou o seu mundo inteiro. Dessa vez o beijo não foi suave. Ele não fez cócegas, e sim, a devorou. Não a provocou, e sim a possuiu.

Leon estava com as mãos embaixo do corpo dela, acariciando suas nádegas, aproximando-a de sua excitação.

Stephanie o olha com seus olhos verdes e põe uma das mãos no seu braço, quase o impedindo.

— Eu não posso... (Stephanie)

— Por quê? – sussurra ele, com a voz rouca e calorosa – eu quero que você seja minha... (Leon)

— Eu não sou completamente normal – ela suspira fundo – eu tenho AIDS – ela fecha os olhos – sei que é terrível, então entendo se você quiser sair fora! (Stephanie)

— Eu tenho proteção – ele a fita com um olhar veraz – não corro risco! (Leon)

— É isso mesmo que você quer? (Stephanie)

— É – ele sorri – eu juro que isso é o que eu mais quero no momento! (Leon)

— É que eu fico com um pouco de medo de que... – ela suspira – aconteça algo e por minha causa você seja infectado... Isso muda tudo, entende? Muda de uma forma que eu nem consigo imaginar! (Stephanie)

— Se VOCÊ não quiser, eu não quero forçar nenhuma barra... (Leon)

— Não, Leon – ela se aproxima dele – você não está forçando nenhuma barra! Nós só chegamos aqui por que eu quis. Por que eu tenho certeza do que eu estou fazendo. Só quero que você tenha também! (Stephanie)

— Para de ser boazinha assim... – ele debocha – senão eu vou me apaixonar ainda mais por você... (Leon)

Stephanie arfava cada vez mais alto. Leon estava muito perto dela, cada centímetro de seu corpo cobrindo-a completamente. Ela havia imaginado essa cena mil vezes desde o instante em que se conheceram na Praça Edmundo Rego, em que disse que só tocaria nela caso a mesma quisesse, mas nunca lhe havia ocorrido que o simples peso dele sobre ela seria tão excitante. Ele era grande, firme e musculoso. Não havia como fugir de seu ataque sedutor, mesmo que ela quisesse.

Era muito estranho se sentir feliz com a própria impotência. Ele poderia fazer o que desejasse com ela – e Stephanie queria que ele fizesse. Mas quando o corpo dele estremeceu e seus lábios tentaram dizer o nome dela sem ir além de “S... S... Steph...”, ela percebeu que possuía um tipo próprio de controle. Ele a queria tanto que não conseguia respirar, precisava tanto dela que não era capaz de falar.

E, de alguma forma, enquanto comemorava o poder recém-descoberto, Stephanie se deu conta de que seu corpo parecia saber o que fazer. Seus quadris se arquearam para ir ao encontro dele, e quando as mãos de Leon levantaram seu vestido até a cintura, as pernas dela se enroscaram na dele, trazendo-o ainda mais perto do berço da sua feminilidade.

Ela agarrou as costas de Leon, tentando coloca-lo na mesma posição de antes. O ar parecia frio no espaço em que o corpo dele estivera ocupando e que agora estava vazio.

— Não consigo ir devagar... (Leon)

— Eu não me importo – ela sorri – já disse que não sou uma gatinha indefesa! (Stephanie)

Stephanie apenas o encarou, tentando recuperar o fôlego. Ele havia se sentado e seus olhos corriam pelo corpo dela enquanto as mãos deslizavam da perna ate o joelho.

— S-Stephanie, eu... (Leon)

— Shhh – atalhou ela, pondo um dedo nos lábios dele – Não diga nada. Espere até parecer certo. Só me beije – sussurrou Stephanie apressadamente, ansiosa por deixar para trás o que temia que tivesse sido um momento constrangedor – Por favor, me beije. (Stephanie)

E ele a obedeceu. Beijou-a com ferocidade, ardendo com toda paixão e o desejo que fluíam entre eles. Os lábios e as mãos de Leon não deixaram nada por tocar, beijar, apertar e acariciar até que o vestido dela e suas peças íntimas estivessem no chão e os lençóis e cobertores, retorcidos ao pé da cama. Ele também se despe, e tirando um papel laminado do bolso, se protege.

Quando os olhos dele – tão azuis que cintilavam até mesmo a luz das lâmpadas – cruzaram com os dela, Stephanie se perguntou se toda aquela intensidade fora causada pelas emoções que Leon não conseguia expressar em palavras. Ele se afunda dentro dela, com a cabeça atirada tão para trás que era possível ver as veias do seu corpo latejando, mexendo o quadril ritmadamente.

Leon começa a se mexer mais rápido, trincando os dentes e tentando manter o controle enquanto ela seguia rumo ao orgasmo.

Stephanie chamou o nome de Leon com sofreguidão, soltou um grito e então todo o seu corpo ficou rígido embaixo do dele. Ela agarrou os seus ombros, erguendo o quadril com uma força que ele mal podia acreditar. Finalmente, com um ultimo e intenso tremor, ela desabou sob Leon, alheia a tudo a não ser ao poder de seu próprio alívio.

Tomado pelo prazer, Leon se permitiu um ultimo impulso, indo o mais fundo que pôde, saboreando o doce calor do corpo de Stephanie.

Então, dando-lhe um beijo ardente de paixão, saiu de dentro dela e se liberou nos lençóis ao lado.

*

 APARTAMENTO DE GIOVANNA/ RIO DE JANEIRO

Leslye arruma os últimos detalhes da sua saia e sai de seu quarto; Giovanna, sua prima, esquentava algo no micro-ondas para ela tomar.

— Aonde você vai – ela fita a prima – Lelsye? (Giovanna)

— Vou ao shopping – ela se aproxima da porta – (Leslye)

Romeu a havia mandando uma mensagem, dizendo para ela ir até o shopping da Barra o encontrar. E era isso que ela pretendia fazer.

— Por acaso, não vai encontrar o Romeu lá, não é? – ela se aproxima da garota – (Giovanna)

— Vou – ela fita a prima – por quê? Algum problema? (Leslye)

— Vários problemas – sua voz aumenta – todos os seus encontros e comunicações com o Romeu devem ser monitorados por mim! (Giovanna)

— De jeito nenhum que você vai se meter na minha intimidade – ela se afasta indo para o sofá – (Leslye)

— A PALAVRA INTIMIDADE NÃO EXISTE NA RELAÇÃO ENTRE VOCÊS... (Giovanna)

— VOCÊ QUE PENSA, GIOVANNA – ela se vira agressiva para a prima – existe sim! Desde o nosso encontro no bar! (Leslye)

Giovanna a fita com os olhos esbugalhados e com uma surpresa tamanha.

— Tá certo que tudo começou como uma farsa – ela tira os cabelos dos olhos – mas eu e o Romeu estamos nos gostando de verdade! (Leslye)

Giovanna começa a balançar a cabeça lentamente em um sinal negativo; já esperava isso. Qualquer pessoa poderia se encantar pela beleza de Romeu; pelos seus olhos azuis que pareciam um pedaço do céu.

— Você não pode se apegar pelo Romeu – ela fala cautelosamente – ele é apenas o alvo da minha vingança! (Giovanna)

— Ele é um cara legal – ela se afasta da prima – e eu e ele temos um monte de coisa em comum! A começar por essa vontade de querer recomeçar – ela se joga no sofá – de querer mudar quem a gente era. (Leslye)

Giovanna se apoia nos ombros do sofá; seu rosto estava encharcado de lágrimas, e os cabelos negros se misturavam, grudando em sua bochecha.

— Você não mudou Leslye – seus olhos miravam a loura como se estivessem soltando balas de canhão por sua cabeça – eu mudei você! – ela se aproxima do ouvido da garota – fizemos um trato e chegou a hora da troca. Você vai dispensar o Romeu imediatamente, entendeu? (Giovanna)

Leslye se vira para a garota com veracidade. As palavras saem de sua boca como plumas de uma ave caindo do céu.

— E se eu não dispensar? (Leslye)

Giovanna cai para trás com a força da virada e das palavras da garota e ela só a fita, com seus olhos verdes em fúria planejando uma nova vingança.

*

APARTAMENTO DE LILO/ RIO DE JANEIRO

Karol coloca bolacha no último pote de vidro que restava da cozinha e fecha a tampa de metal a enroscando. Lilo pedira para ela guardar as compras que Victor e Nathalia, sua filha, haviam feito.

Lilo aparece na cozinha com uma roupa casual e fita Karol, que havia se trocado e colocado uma roupa menos obscena; uma legging e um top, que mostrava a barriga. Poderia ser uma roupa indecente para uma mulher da idade dela, que deveria estar chegando ao ápice dos 43 anos, mas para Karol, não era. As curvas da mulher eram finas e seus quadris eram largos, aumentando suas nádegas e o bumbum. Seus enormes peitos faziam um belo contraste com a barriga lisa, a fazendo ficar parecida com uma modelo.

— Você conseguiu guardar tudo em tempo recorde – ele dá uma risadinha – espero que tenha dado tudo certo! (Lilo)

— Consegui – ela sobe o pote nas mãos – só acho que preciso de uma ajuda para guardar isso aqui em cima – ela aponta para o armário no alto, perto do teto – (Karol)

Ela pega o banquinho no meio da mesa e coloca em uma direção que possa subir e colocar o pote lá dentro.

— Pode subir que se você cair, eu te pego – ele dá outra risadinha – (Lilo)

Karol sobe no pequeno banquinho de cor branca e abre a porta do armário com dificuldade. Ela coloca o pote lá. Aproveitando-se do momento, Karol fecha a porta do armário e num momento de loucura, se joga do alto banquinho. E grita. Lilo é rápido e a faz cair em seus braços. Os corpos estavam colados, e Karol podia sentir a sua respiração lenta e ofegante tamanho susto. 
Victor aparece na cozinha neste mesmo momento, procurando Lilo. Se assusta com a cena; seus olhos percorrem seu amante segurando Karol, sua inimiga, nos braços. 

—  Lilo, será que... – ele fita os dois –  o que está acontecendo aqui? (Victor)

Lilo quase joga Karol no chão por tamanho espanto; ela desce de seus braços e fita Victor com um sorriso malicioso no rosto. 

—  A Karol estava colocando os potes no armário, quando caiu e eu a segurei... (Lilo)

—  Pois vocês me pareciam muito à vontade –  ele se aproxima –  você não pode dar mole para essa maluca... (Victor)

—  Essa maluca? – ele fica confuso – (Lilo)

—  Mas Victor, nós dois somos amigos e eu realmente cai... - ela dá um sorriso irônico – (Karol)

 – Você não é minha amiga, você é minha inimiga - ele respira fundo - eu preciso sair, respirar um pouco de ar... (Victor)

Em disparada, ele sai do apartamento, deixando Lilo confuso, olhando para Karol. Ela dá de ombros e volta para o quarto; seu plano estava dando mais do que certo. 

*

MANSÃO FAMÍLIA COSTA/ RIO DE JANEIRO

Joanna ouve quando a campainha da mansão toca; ela já esperava ele. Corre rapidamente em direção a porte e a abre, revelando Edgard do outro lado, com um sorriso no rosto. Eles haviam acordado juntos, e agora, no fim da tarde, chamara-o para conversarem. Ela queria mostrar as fotos que tinha conseguido de Stephanie na clínica de AIDS para ver se ele conseguia ligar alguns fatos.

Ele entra na mansão e dá um selinho longo na garota, acompanhado de um abraço caloroso. Ela fecha a porta atrás de si e o acompanha até o seu quarto. Ouvira Stephanie levar um garoto louro até o seu quarto, e desde então a porta de seu quarto estava trancada. Não haviam se comunicado desde que ela se mudara para a mansão; e assim preferia que ficasse! Pelo menos até ela descobrir o segredo da garota.

Ela entra em seu quarto acompanhada de Edgard e tranca as portas; o homem senta-se na cama. Vestia uma camiseta azul marinho e um short branco, contrastando com a sua pele morena.

— O que foi? – ele boceja – disse que tinha conseguido descobrir algo... É de seu pai? (Edgard)

— Não, o que eu descobri foi sobre a Stephanie – ela pega as fotos impressas de cima do balcão – eu li uma lenda urbana de uma garota que contamina pessoas com sua doença por meio de uma seringa. Essa garota tinha AIDS e tirava o seu próprio sangue para injetar nas pessoas. Segundo o que a Tina me disse, o segredo da Stephanie tem a ver com sangue e seringas! E eu achei essas fotos de um blog não muito acessado – ela joga as folhas em cima de seu colo – da Stephanie entrando em uma clínica para pessoas com AIDS e DST!

Edgard pega as fotos e engole em seco. É claro que ele sabia todo o segredo de Stephanie; antes de terem relações sexuais, a mesma contou para ele preocupada dizendo que tinha medo dele se infectar. Desde então, era meio que um cúmplice da garota neste rolo envolvendo a sua doença!

— O que você está querendo dizer? – ele engole seco – (Edgard)

— Eu estou insinuando que a Stephanie tem AIDS – ela o fita – e ela injeta esse sangue contaminado nas pessoas. Ela é uma assassina.

 


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Notas finais do capítulo

Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, factos ou situações da vida real terá sido mera coincidência



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