Julie Ridley - A Herdeira escrita por chiroptera


Capítulo 5
Dia Das Bruxas


Notas iniciais do capítulo

Algumas informações sobre as poções foram extraídas do site: wiki.potterish.com. Incluir também, neste capítulo, pequenas frases do livro HP e a Pedra Filosofal.

Durante a comemoração do Dia das Bruxas, um acontecimento deixará todos do castelo em alvoroço. Houve culpado ou foi apenas um acaso? Não importa! Desconfianças, suspeitas e medos surgiram.

Obrigada a todos que estão lendo e, principalmente, aos acompanhantes desta fic! Só faltam os comentários de vocês.

Sintam - se, todos, abraçados!

Boa leitura!



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Julie guardou segredo sobre os treinos de Harry; algumas vezes, sob a capa da invisibilidade, ela ia até o campo para vê-lo treinar e se surpreendia, pois com facilidade e rapidez, ele absorvia o que era dito e mostrando um grande talento para ser um apanhador.
Talvez por esta atenta a Harry, Julie não percebeu que o tempo havia passado. Já fazia dois meses que ela estava em Hogwarts. Na manhã do Dia das Bruxas, Julie desperta com o cheiro de abóboras assadas.
– Bom dia! – cumprimenta Delphi – Pensei que ias passar o dia dormindo!
– Bom dia, - responde ainda sonolenta – que horas são?
– Faltam quarenta minutos para o início das aulas.
– O QUÊ? – Por que você não me acordou antes? – Fala, levantando-se com um salto.
– Mas eu lhe chamei! – defende-se Delphi – mas você parecia uma pedra...
– Tudo bem! Deixa eu me arrumar...
– Ok! Olha eu trouxe algo para você comer... Afinal acho que não dará tempo de você tomar o café... – Diz Delphi lhe entregando um sanduiche com uma caneca de café com leite.
– Obrigada Delphi. – Retruca Julie com um sorriso.
Rápido toma um banho e se veste, após comer volta ao banheiro para escovar os dentes. Sente uma estranha sensação, um frio percorre sua espinha, um medo repentino a assalta. A lembrança do último sonho com Você Sabe Quem, lhe vem à memória. Ela abre a torneira da pia, molha o rosto, respira fundo e sai.
Por mais que tenha se esforçado acaba chegando atrasada à aula de Poções. Pede licença ao professor Snape entra. Senta-se ao fundo da sala.
– O que houve? – Indaga Delphi num sussurro, vendo a preocupação de Julie.
– Nada! Só me enrolei um pouco. – diz mentindo.
– Por que demorou tanto? – Insiste
– Delphi depois conversaremos, Snape esta nos olhando. – Fala encerrando o diálogo. Realmente, da frente da sala o professor Snape olhava desconfiado para as duas garotas.
– Senhorita Lestrange e Senhorita Ridley algum problema? – Indaga ele
– Não professor! – responde Julie – Me desculpe.
Ele olha para ela, mas não responde. – Senhores, algum, de vocês, sabem me informar para que serve a Poção Polissuco? – Snape faz a pergunta andando entre os alunos.
– Senhorita Bulstrode? – Pergunta a uma das alunas.
– Eu ... eu não sei professor, me desculpe! – Diz corando
– Será que ninguém sabe?
Delphi levanta a mão. – Diga senhorita Lestrange!
– Se eu não estiver enganada, a Poção Polissuco serve para transformar uma pessoa em outra.
– Muito bem senhorita, é isso mesmo. – Diz, com um de seus raros sorrisos – Esta poção é muito complexa e não é permitida para os alunos produzirem-na. Seu efeito é temporário, durando apenas uma hora.
Senhorita Lestrange, a senhorita saberia me dizer se há alguma restrição para o uso desta poção?
– Sim, não deve ser usada por semi - humanos, como os gigantes e centauros; nem deve ser usada para se adquirir a forma animal, pois neste caso se faz necessário a assistência médica para que a pessoa volte ao normal.
– Muito bem senhorita! – Delphi fica ruborizada.
– Por ser uma poção muito “perigosa” ela só é ensinada no ensino avançado de Poções mas, eu acho importante vocês saberem da existência dela e conhecê-la; até mesmo porque é uma das exigências para o N.I.E.M.s.
– Mas professor, iremos aprender a fazê-la? – Pergunta Anturo Bathsheba. Anturo era filho de um casal trouxa. Era um rapaz alto, magro, com olhos verdes e cabelos pretos encaracolados. Era um talentoso bruxo, que adorava se exibir. Não escondia a paixão que sentia por Julie, embora esta sempre o evitasse.
– Senhor Bathsheban- responde Snape – infelizmente vocês não terão a oportunidade de executá-la, mas saberão prepará-la,... caso precisem.
– É uma pena não prepararmos! – sussurra Delphi para Handara.
– Vocês sabem quais são os ingredientes da poção? – Indaga Snape aos alunos
– Hemeróbios, sanguessuga, descurainia,sanguinária, pó de chifre de bicornio, pele de ararambóia picada e algo da pessoa que se deseja transformar, como um fio de cabelo por exemplo. – Fala Allaynna. – Certo.
– Com licença professor – pede Julie – vale ressaltar que, para que a descurainia seja eficiente na poção, é preciso que seja colhida durante a lua cheia.
– Muito bem observado senhorita Ridley! E a senhorita sabe o porquê?
– Pois é uma planta de pequeno porte, que se mantém retraída até o primeiro dia de lua cheia. Só nas fases de lua cheia é que suas folhas estão com o princípio ativo pronto; e a cada fase de lua cheia, suas folhas apresentam uma cor diferente, razão pela qual está associada a mudanças.
– Excelente senhorita Ridley! – elogia Snape, com um sorriso – Você deixaria sua mãe bastante orgulhosa. – Diz num sussurro. Julie lhe lança um sorriso meio tímido.
No fim das aulas, daquele dia, Julie, Allaynna, Delphi e Handara descem o salão principal para a festa do Dia das Bruxas. A decoração estava bela! Mil morcegos vivos esvoaçavam nas paredes e teto, enquanto outros davam voos rasantes sobre as mesas fazendo tremeluzir as velas dentro das abóboras. A comida como sempre estava deliciosa. Os fantasmas flutuavam entre os alunos contribuindo para o cenário da festa.
Inesperadamente o professor Quirrell entra correndo no salão, esbaforido com o turbante torto na cabeça, se aproxima da cadeira de Dumbledore e avisa:
– Trasgo... nas masmorras... achei que devia lhe dizer. – Em seguida cai no chão desmaiado. Os alunos entram em pavorosa. Foi preciso que o professor Dumbledore explodisse milhares de bombinhas da ponta de sua varinha para que todos se aquietassem.
– Monitores – disse ele – conduzam os alunos de suas casas de volta ao dormitório, agora!
Julie levanta-se para voltar à Sonserina. Mas estava intrigada! – Como pôde um trasgo entrar nas masmorras? Pensava ela.
– Julie é melhor você ficar ao meu lado. – Diz Anturo, assustando-a.
– Me desculpe- Anturo, mas agora eu não poderei lhe proteger. – retruca retornando para o salão principal, deixando-o atônito.
Julie mistura-se aos alunos da Lufa-Lufa e atravessa para um lado deserto do corredor. Aguarda um instante, escondida atrás de uma estátua. Quando todos tinham se afastado e ela acredita ser segura sair escuta passos vindo em sua direção. Para sua surpresa eram Rony e Harry!
– Ei...! O quê vocês fazem aqui? - Pergunta com desconfiança. – Assim como ela, os meninos foram pegos de surpresa e não responderam logo.
– Estamos indo procurar Hermione. – Responde Rony
– Hermione? Onde ela esta e porque ela não seguiu com vocês para o dormitório?
– Ela foi ao banheiro e não sabe que há um trasgo a solta no castelo – Retruca Harry
– Ok! Então eu vou com vocês. – diz Julie séria – deixando claro que não aceitava contestação. Os três dirigem-se para os banheiros das meninas, já estavam quase chegando quando escutam passos atrás deles, correndo se escondem atrás de um grifo de pedra.
– Acho que é Percy. – sussurra Rony
Mas não era Percy, mas sim Snape, que atravessando o corredor se dirigia ao terceiro andar. – Ele esta indo para o terceiro andar? – pergunta Harry.
– Acho que não. – retruca Rony
– É estranho Snape esta aqui. – murmura Julie mais para si mesma.
– Vamos atas dele! – retruca Harry
– Não! – responde Julie – Vocês vão atrás de Hermione e eu seguirei Snape. – Tenham cuidado!
Sem esperar resposta ela segue atrás de Snape. – O que Snape estava fazendo no terceiro andar, ao invés de estar juto aos outros professores ajudando a capturar o trasgo?
Entretanto ela mal teve tempo de pensar numa resposta para tal indagação quando ouve um grito terrível. O som viera do banheiro das meninas, local onde Harry, Rony e possivelmente Hermione estavam. Com a adrenalina a nas veias Julie volta correndo a tempo de ver Harry e Rony lutando com o trasgo, para salvar Hermione, que se encontrava encurralada debaixo de uma das pias, parecendo que ia desmaiar.
O trasgo tinha quase quatro metros de altura, pele cinzenta e crespa, o corpo era coberto de calombos e totalmente desproporcional em relação à cabeça, que parecia um coco pequeno. As pernas eram grossas e curtas com pés calosos e chatos e os braços grossos e compridos, as mãos eram enormes com unhas parecendo garras. Carregava um bastão que arrastava pelo chão.
No momento que Julie chega à porta do banheiro Harry, que estava em pé sobre uma das pias, salta para o corpo do trasgo e começa a escalar, chegando ao pescoço da criatura. Lá ele tira a varinha do bolso e a enfia na narina do trasgo que urra de dor, ao mesmo tempo em que tenta arrancar Harry do seu pescoço.
Sem pensar Julie lança o feitiço das pernas bambas no trasgo no mesmo instante em que Rony lança o Vingardium leviosa. Tudo aconteceu em fração de segundos: o trasgo começa a tremer parado no mesmo lugar; o bastão some de sua mão, deixando-o atordoado, sobe bem alto no ar e cai atingindo-o na cabeça fazendo-o desabar no chão inconsciente. O chão do banheiro tremeu quando o trasgo caiu ao chão.
– Ele está morto? – pergunta Rony aturdido
– Não! – Retruca Julie ainda nervosa – Vocês estão bem?
– Eu acho que sim... – responde Rony. Harry retirava a varinha da narina do trasgo. Hermione ainda tremia encolhida num canto.
De repente a professora Minerva acompanhada por Filch e o professor Quirrell, adentram o banheiro. Com espanto observam o trasgo no chão. A professora Minerva não escondia a contrariedade que sentia olhando feio para Rony, Harry e Julie.
– Senhor Potter, senhor Wesley e senhorita Ridley posso saber o que vocês fazem aqui? Vocês poderiam ter morrido! – Olhando feio para Julie diz: - Senhorita Ridley, você pelo menos poderia ter um pouco mais de juízo já que é a mais velha...!
– Mas professora, ela veio nos ajudar! – Fala Harry interrompendo-a.
A professora olha para ele com espanto. – Mas o que o senhor veio fazer aqui? Por acaso não pensou nas consequências?
– Por favor, professora Minerva, o Harry não teve culpa... – Diz Hermione, ainda assustada, surpreendendo a professora que ainda não a tinha visto - Eles vieram me procurar!
– Senhorita Granger! – Diz estupefata
– Sei que foi tolice minha, mas eu achei que poderia deter o trasgo sozinha; – diz corando – como já li muito sobre estas criaturas, pensei que poderia ajudar.
– A senhorita achou que, sozinha, poderia enfrentar um trasgo adulto?
– Sim achei! – responde olhando para baixo – Mas eu estava errada. Se Harry, Rony e... Julie, não tivessem vindo, eu estaria morta.
– Senhorita Granger, que tolice! Nunca pensei que a senhorita fosse capaz de uma loucura como essa! – diz a professora Minerva – Eu pensei que a senhorita fosse mais sensata. Nunca me decepcionei tanto como um aluno... Por isto Grifinória perderá cinco pontos.
Hermione olha com tristeza para a professora. – Me desculpe! – diz olhando os garotos e Julie. Neste momento Julie sentiu uma vontade de abraça-la, mas como sabia da intransigência da professora Minerva, achou melhor ficar quieta.
– Se a senhorita não estiver machucada é melhor ir para a torre da Grifinória. – Diz Minerva a Hermione - Os alunos estão festando o Dia das Bruxas nas suas casas.
Hermione se retira de cabeça baixa. Julie pensou vê-la chorando.
– E você, senhorita Julie, confirma o que foi dito aqui? – pergunta Minerva
– Sim, professora, confirmo! Encontrei Harry e Rony que tinham vindo atrás de Hermione. Não havia tempo para chamar nenhum professor. Na verdade, ainda vi o professor Snape, - fala refletindo um pouco - que parecia se dirigir para o terceiro andar; chamei por ele só que ele não me ouviu, então fui atrás dele, até ouvir o grito vindo daqui do banheiro, então voltei... – responde, encarando a professora.
– Muito bem! – retruca Minerva a contra gosto – Se é assim devo acrescentar cinco pontos a Sonserina. A senhorita mostrou muita coragem, mesmo sabendo que as consequências poderiam ter sido trágicas. Pode voltar para seu dormitório senhorita Ridley!
– Obrigada professora! Com licença. Até mais garotos! – diz com um sorriso deixando o banheiro.
Chegando á sala comunal Delphi e Anturo a abordam de imediato: - Aonde você foi Julie?
– Eu fui tentar deter o trasgo! – diz com um meio sorriso
– O QUÊ? – grita Delphi – Você ficou louca?
– Psiu! – faz Julie percebendo que vários alunos olhavam para eles – Fique calma! Vamos conversar lá no dormitório. – Diz puxando Delphi
– Esperem... e eu? – questiona Anturo que não podia acompanhá-las ao dormitório feminino.
– Depois falarei contigo! – responde Julie sem olhá-lo
Já no quarto, Julie fala para Delphi sobre o que havia ocorrido. Delphi parecia assustada. – Eu não sei se você foi corajosa ou tola! – Diz por fim
– Eu sei. – retruca Julie – Mas como eu poderia deixar meu irmão sozinho, enfrentar um trasgo adulto?
– É mesmo, às vezes me esqueço de que ele é seu irmão. – fala Delphi pensativa.
– Ei! O que foi? – indaga Julie sorrindo.
– Nada não..., eu estava aqui pensando, como foi que o trasgo chegou às masmorras? – diz séria. – Será que alguém aqui dentro ajudou?
– Delphi eu não sei; mas tenho quase certeza que sim, que o culpado foi alguém que está aqui no castelo.
– Um aluno? – sugere Delphi
– Pode ser, mas eu acho mais provável ter sido um adulto! – pondera Julie – Você desconfia de alguém?
– Não,... quero dizer, eu não posso dizer com certeza que foi ela, mas isto não poderia ter sido uma brincadeira dessa tal Granger?
Julie pensa um pouco. – Eu acho que não! Pelo que pude observar ela estava muito assustada com o trasgo; além disso, ela parece ser uma destas alunas modelo. – reflete Julie – A professora Minerva parecia realmente decepcionada quando a admoestou.
As duas ficam em silêncio absortas em seus pensamentos e reflexões. Julie gostaria de saber por qual motivo Snape, numa hora de sufoco, se dirigia para o andar “proibido”.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Até o próximo capítulo.

Beijos a todos!



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