Julie Ridley - A Herdeira escrita por chiroptera


Capítulo 3
Por um Triz


Notas iniciais do capítulo

No capítulo anterior citei o surgimento da Marca Negra no braço de Julie, mas esqueci de explicar o que é a Marca Negra. Um pouco mais a frente voltarei a falar um pouco sobre ela, mas, por enquanto, posso informar que é uma marca (tipo tatuagem) comum a todos àqueles (Comensais da Morte) que juraram lealdade a Voldemort. Bastava ele tocar na marca de qualquer um dos seus comensais, para os outros sentirem a sua queimar e saber que foram convocados a presença dele.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/698046/chapter/3

Após algumas semanas, Julie encontra o motivo que precisava para se aproximar de Harry. Ela esta, em um canto, na Sala Comunal, quando escuta, sem intenção, uma conversa entre Draco Malfoy, Vicent Crabbe e Gregory Goyle.
Draco dizia: - Eu só quero ver a cara do Potter e do palerma do Wesley, quando Filch os encontrar. Na certa serão expulsos!
Os três caem no riso. – Mas, Draco, você acredita mesmo que eles irão? – Indaga Crabbe.
– Claro que vão! – responde Draco, com arrogância – Aqueles idiotas vão querer provar que são valentes.
– E como você vai fazer esta informação chegar até Filch? – Pergunta Goyle
Argus Filch era o zelador de Hogwarts, ele vivia em constante guerra com os alunos da instituição reclamando deles e tentando pegá-los infringindo alguma regra, para assim castigá-los. Apesar de ser filho de bruxos, ele não possuía o dom. era um aborto!
– Vou pedir a Delphi – dizia Draco - para escrever um bilhete, informando a Filch sobre o duelo. Depois é só enviar uma coruja para entregar o bilhete àquele idiota.
Draco Malfoy é um garoto alto, magro, de rosto pálido e pontudo, seus cabelos lisos de tão loiros pareciam brancos. Era o único filho de Lúcio e Narcisa Malfoy. O casal Malfoy pertencia a uma daquelas famílias, tradicionais, que além de todos serem bruxos tinham também o privilégio de usufruir de uma boa condição social e financeira. Ele é primo de Delphi.
Lúcio havia sido um dos Comensais da Morte, mas que depois do desaparecimento de Você Sabe Quem, alegou ter sido enfeitiçado para seguir suas ordens. Chegou a ser julgado, mas como não havia provas que o incriminassem, acabou sendo absorvido.
Assim como Draco, Crabbe e Goyle também são de famílias ricas. Os dois eram vizinhos e desde pequenos eram amigos. A amizade de Draco com eles, não era aprovada pelos Malfoy, que os consideravam estúpidos. Os pais de ambos, assim como Lúcio, foram Comensais da Morte e também, por falta de provas, foram absorvidos.
Os Comensais da Morte era um grupo de bruxos, que jurando lealdade à Lord Voldemort, na sua tentativa de tomar o Ministério da Magia seguiam todas as suas ordens, caso contrário eram condenados à morte.
– Será que eles serão expulsos? – Questiona Crabbe
– Claro que serão! – Retruca Draco confiante – O regulamento é para ser obedecido por todos.
– Eu sei, mas estamos falando de Harry Potter! – Insiste Crabbe
– E daí? - Diz Draco com desdém – Por ele ser famoso não significa que ele seja melhor que eu ou qualquer outro aluno da Sonserina.
– Ele é um tonto mesmo! - Fala Goyle
– Mas pior que ele é o retardado do Wesley. – continua Draco – Mas segundo meu pai todos naquela família são burros, a começar pelos pais que sem nenhum recurso financeiro, inventam de ter mais filhos, assim como os ratos.
– Dizem que o pai, o tal do Arthur Wesley, admira os trouxas. – Fala Crabbe
– É verdade! – concorda Draco – Eles todos são traidores do sangue! Mas um motivo para eu me alegrar quando meu plano tiver surtado efeito. Rony Wesley será expulso junto com um mestiço que eles tanto admiram.
Neste momento a porta da Sonserina se abre e Delphi entra. Draco logo a chama:
– Delphi, preciso que você me faça um favor!
– O que é? – Retruca ela, de mal humor.
– Preciso que você escreva um bilhete para o zelador Filch.
– Por que?
– Por que eu ouvi alguns alunos falarem sobre um duelo, que haverá hoje à meia noite, na Sala dos Troféus. – Responde Draco fingindo inocência.
– E por que você mesmo não escreve?
– Ah! Porque eu ao gosto muito de escrever. Você já deveria saber! – Responde Draco dando de ombros – Mas tudo bem, se você não pode escrever eu irei procurar aquele tonto do Filch e avisá-lo...
– Tudo bem Draco, eu escrevo! – Diz Delphi por fim – E o que você quer que eu escreva?
– Valeu! O que eu já te disse, sobre um duelo que haverá hoje à meia noite, na Sala dos Troféus.
Delphin pega um pedaço de papel e escreve a informação que Draco lhe passa. Draco não esconde a alegria que sente! Depois entrega o bilhete a ele, que sai correndo da sala, acompanhado de Crabbe e Goyle, sem nem ao menos agradecer.
Sem perceber que Julie encontrava-se no recinto, Delphi segue para o dormitório a procura de Allaynna. Observando a hora, Julie começa a pensar em algo para impedir Harry de ser pego.
Na hora do jantar, Julie discretamente observa a mesa da Grifinória. Harry e o garoto ruivo, que ela agora sabia ser da família Wesley, conversavam animadamente. Ela opta por ingerir apenas, um copo de achocolatado e algumas torradas com ovos e presunto.
Sendo uma das primeiras a sair do refeitório, volta à Sonserina. No dormitório pega a Capa da Invisibilidade, escondendo-a sob as vestes para que ninguém a veja, retorna à Sala Comunal. A Capa da Invisibilidade, era uma capa confeccionada em tecido de seda prateada e de uma grande leveza; ela tinha a propriedade de tornar a pessoa que a usava invisível. Retirando o livro que deixara, com a leitura inacabada, senta-se na poltrona e finge ler.
Passada meia hora, outros alunos, da casa, começam a voltar do refeitório; entre eles Delphi e Pansy Parkinson. Vendo Julie, Delphi faz um sinal para que Pansy siga, enquanto ela vai falar com Julie:
– Oi Julie! Tudo bem?
– Oi Delphi, tudo ótimo! – Responde Julie, deixando o livro de lado.
– Você jantou bem?
– Sim, jantei. É que por não esta com fome, deixei rápido a mesa. Preferi vim pra aqui. – diz mentindo.
– Olha, sei que não somos muito próximas, apesar de sermos irmãs; - diz Delphi – mas se precisar conversar estou aqui. Ok?
Por um momento Julie pensa em se abrir com ela; desabafar sobre seus medos e dúvidas, porém tal ideia só dura milésimos de segundos. – Obrigada Delphi! – Diz por fim.
Delphi não parece satisfeita com a resposta, mas não insiste. Com um suspiro dá um beijo na cabeça de Julie e volta-se para um grupo de garotos que, um pouco mais afastados, assistiam uma partida de xadrez bruxo entre Theodore Nott e Montague.
Exatamente às 23:50 horas, Julie deixa a Sala Comunal, sem que ninguém veja, cobre-se com a Capa da Invisibilidade e sorrateiramente segue para a sala dos troféus. Porém, faltando poucos metros para lá chegar, escuta de repente: - ALUNOS FORA DA CAMA! – era Pirraça, o poltergeist de Hogwarts, que gritava.
Pirraça vivia aprontando com todos do Castelo. – ALUNOS FORA DA CAMA NO CORREDOR DO FEITIÇO!- Continuava ele. Julie, com o coração aos saltos, corre para o local de onde vinham os gritos. Do jeito que Pirraça berrava, não havia dúvidas de que todos acordariam.
Porém ao chegar ao fim do corredor, ela vê Harry e Rony acompanhados por um outro casal de alunos, entrarem correndo em uma sala segundos antes que Filch, que vinha acompanhado de Madame Norra, sua gata, os visse.
Parece que Julie está vivendo um pesadelo. Naquela sala, onde os garotos entraram, estava Fofo, um grande cachorro de três cabeças, que fora ali colocado para proteger algo, que até o momento ela não sabia o que era, a pedido de Dumbledore. Ela não podia fazer nada, no momento, para ajudar os garotos, pois Filch estava parado próximo à porta, tentando ouvir algum som.
Só depois de longos trinta segundos, acreditando que não havia nada ali, afastasse com a gata nos seus calcanhares. Julie rapidamente tira a capa e corre para abrir a porta.
Por fração de segundos os meninos não são atacados por Fofo. Eles surgiram na Sala de modo tão repentino, que ele foi pego de surpresa, mas já estava se recuperando da surpresa quando Julie abre a porta, mais uma vez surpreendo-o, permitindo a fuga de suas presas.
– Rápido saíam! – Diz ela, assim que abre a porta, assustando os garotos. – Vocês estão bem?
– Sim, estamos! – Responde a garota. Ela tinha um jeito autoritário, cabelos castanhos bastante volumosos e olhos castanhos bastante vivos, que não escondiam a contrariedade que sentia.
O outro garoto era gordo, com cabelos lisos pretos e parecia que ia desmaiar a qualquer momento. Rony, era um pouco mais alto do que Harry, tinha cabelos lisos e sardas no rosto assim como os outros irmãos mais velhos.
– Você é Ronald Wesley? – Indaga com um sorriso.
– Sim, sou. – responde o garoto, meio assustado. - Sou eu mesmo, mas me chamam de Rony. – Diz com um sorriso tímido.
– E vocês quem são? – Pergunta olhando o casal
– Eu me chamo Hermione Granger, - diz a garota - este é Neville Longbotton, diz indicando o garoto gordo e este outro é ...
– Harry Potter! – Fala Julie interrompendo-a. – Posso saber o que vocês vieram fazer aqui? Vocês não ouviram Dumbledore, dizer que o corredor do terceiro andar é proibido aos alunos?
– Nós não...não havíamos percebido que estávamos no terceiro andar. – Responde Rony, abaixando o olhar.
– Estávamos fugindo do Filch. – completa Neville, só depois percebendo que falará demais.
– E por que vocês estavam fugindo do Filch?
Os garotos se olham em silêncio. – Nós...nós estávamos indo a cozinha! – Diz Rony corando.
– A cozinha não fica no terceiro andar!
– Como Neville já falou, estávamos fugindo do Filch. – Fala Harry. – Não sabemos se podemos ir à cozinha...
– Por isso quando percebemos que Filch, estava vindo em nossa direção, saímos correndo. – completa Rony.
– Hermione e Neville isto é verdade?
Os dois garotos afirmam com um balançar de cabeça.
– Julie fica em silêncio olhando os garotos. Por fim fala: - Tudo bem, então! Farei de conta que acredito nesta desculpa. Mas, por favor, não se metam em encrencas, principalmente o senhor, Potter! – Fala dirigindo-se a Harry. – Nem sempre poderei encobertá-los. – diz com seriedade - Se possível mantenha-se afastado do senhor Malfoy! – aconselha.
Harry olha para ela, mas não diz nada. – Agora é melhor vocês voltarem para a Grifinória. – aconselha.
– Obrigada! – Diz Hermione - Isto não vai mais acontecer. Não é, garotos!
– Claro! – respondem os três em uníssono.
– Muito bem, podem ir, tenham cuidado.
Os garotos logo se afastam dali. Com um feitiço ela volta a trancar a porta, cobre-se com a capa e volta para a Sonserina.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Comentem se possível!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Julie Ridley - A Herdeira" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.