Audaciosa - Divergente escrita por Natyfa


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de agradecer a todos que estão dando uma chance a minha Fanfic, é a primeira então estou tentando melhorar a cada dia, estou aberta a todos comentários e criticas. Sem mais delongas ÓTIMA LEITURA !!!

Capítulo anterior: "Ele havia me devolvido a pulseira dela sem ninguém pedir, ele fez isso por vontade própria e mesmo bravo comigo e com toda a situação ele me entregou, isso era realmente estranho para alguém como ele, uma pulseira feminina pequena e insignificante que fez caminhar em direção aos dormitórios e me entregar em segredo, ao que parece a noite seria longa e as duvidas da minha cabeça ficariam ali me atormentando por um longo tempo, a única coisa que eu imaginava era por quê?"



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Hoje pela manha no refeitório Christina me agradeceu imensamente por ter achado sua pulseira, não tive coragem de dizer que foi o Eric que me entregou então apenas falei que não tinha sido incomodo nenhum, Will e Al continuavam amigos e até faziam brincadeirinhas sobre a luta, era bom ver que nada mudou.

Caminhamos em silencio até a sala de treinamento, hoje seria o segundo dia de lutas e eu sabia que não tinha por onde fugir eu estava nervosa com meu possível oponente, a única coisa reconfortante era que os treinamentos iam até a hora do almoço depois estaríamos dispensados devido a uma tarefa noturna.

—Ash eu sinto muito- Chris me lança um olhar de pena, imediatamente viro para o quadro com as chaves das lutas do dia- Isso é injusto!

Sabia que enfrentar Eric não era uma boa idéia e agora eu iria sofrer as conseqüências do jeito dele, covarde era a única palavra que vinha a minha mente. Quatro subitamente me puxa de lado seu comportamento me mostra certa urgência.

—Não tinha nada que eu pudesse fazer- Ele explica-se- Não tenho como mudar a chave nem tira-la novamente.

Eu confirmei com a cabeça, sabia que esse dia chegaria só não esperava que fosse com o Peter, Eric ao que me parece ainda não havia chegado, estava atrasado algo bem inusitado para um Líder estúpido.

—Qual é careta?-Peter grita já dentro do ringue- Já arrumou suas coisas? Fiquei sabendo que sua nova família está lá fora revirando o lixo em quanto te esperam.

Olho para meus colegas, Christina, Al e Will vejo que eles estão de mãos atadas tanto quanto eu sigo em direção a arena e me coloco na posição inicial, eu deveria estar ridícula já que não sei como brigar nem como me defender, mas eu não poderia ceder.

Tento me lembrar dos conselhos de Quatro nas demonstrações e do que o babaca do Eric me falou, quando nosso instrutor acena com a cabeça eu vou pra cima de Peter e dou um soco em sua garganta.

Ele cambaleia para traz e se engasga, parece surpreso com minha atitude então dou uma joelhada em sua costela, o ouço urrar de dor e eu me sinto bem, me sinto feliz por estar machucando este babaca, vê-lo no chão me da mais animo talvez eu não seja tão fraca quanto pensam.

Ao longe vejo alguém entrar de súbito pela porta, caminha a passos largos seus olhos faiscando de raiva e suas mãos fechadas em punhos eram visíveis a tensão que preencheu o ambiente e antes que eu pudesse focar a visão em Eric sinto meu corpo vacilar e eu ir de encontro ao tatame.

Peter vem por cima me prendendo com seu peso e soca minha cabeça com força, fui estúpida de desviar minha atenção da luta, Eric avia planejado sua vingança contra minha falta de disciplina e havia conseguido colocou a pior pessoa para lutar comigo, todos sabiam que eu não tinha chance alguma alem de deixar clara a insignificância disso para ele ao chegar atrasado para os treinamentos e tirar minha concentração.

Eu sinto algo úmido em meu rosto, provavelmente sangue que escorria de algum corte, meus ouvidos começam a zumbir, vejo tudo em câmera lenta Will segurando Christina que chorava, Al com uma expressão de pânico, Quatro que permanecia parado me encarando e a escuridão me toma.

Não posso ser fraca, não posso sair da audácia esse era meu lar esse era meu único pensamento, sinto alguém me carregar e claridades de luzes passando alternadamente pela minha visão embaçada, percebo vozes bem longe e com ecos ao fundo, um perfume amadeirado preenche o ambiente, sinto-me confortável, sem forças me entrego ao cansaço e a dor.

Sinto mãos geladas me apertando e uma dor aguda, tudo em meu corpo dói até respirar se torna algo extremamente difícil, Algo gelado pica minha pele me causando um pequeno incomodo, forço meus olhos a claridade do ambiente não ajudava muito, o que eu vejo é uma mulher de branco e com aparelhos em sua mão falando com alguém, ao outro lado da cama vejo um homem com roupas pretas, era grande de mais para ser Will e Al, seu tom de voz era preocupado e percebi que me olhava se não fosse pela visão ruim talvez eu descobriria quem me ajudou. O sono volta e eu tenho dificuldade em ficar acordada, a ultima coisa que eu ouço é alguém me falando “vai ficar tudo bem” seguido de um beijo na testa e aquele perfume amadeirado que me acalmava.

Tenho pesadelos com meus tios, me vejo de volta a abnegação e eles me encurralavam na parede meu tio Thomas tinha um cinto em sua mão e minha tia Molly me segurava ambos riam e falavam que eu não deveria ter ido embora, sabia que não era real, não poderia ser real, hoje de manha eu tinha levado uma surra, não tem como eu ter voltado.

—Ela vai pirar quando ver o corte na testa- ouço uma voz baixa e feminina- Ei, olhem! Ela esta se mexendo.

—Falei que não deveríamos ter vindo Chris- reconheço a voz de Will- ela precisa descansar.

—Acho que já descansei de mais quando tinha uma vida sem graça na abnegação- As palavras saem da minha boca com certa dificuldade e minha visão que estava embaçada se torna mais clara, vejo meus três amigos me sorrindo.

—Ash você acabou de fazer uma piada?- A voz de AL é divertida- Peter realmente bateu forte na sua cabeça.

Era inevitável não rir ao lado deles, mesmo que isso me causasse dor era algo inevitável, eles eram a família que eu nunca tive. Olhando melhor a todos vejo que estão agasalhados e com lanternas, havia me esquecido da atividade noturna.

—A luta foi de manha- Falo alto para chamar a atenção deles- Por quanto tempo estou aqui?

—Amiga você passou o dia na infermaria- Chris senta na ponta da cama- Estava tomando remédio na veia e soro, é normal apagar por um tempo.

Tento me sentar na cama, mas sinto uma dor forte em minhas costas, meus amigos correm um para cada lado e me apóiam.

—Precisamos ir- digo com todas as forças que me restam- A atividade noturna, eu nem me troquei.

—Ash, eu sinto muito- me viro para Al que tem um semblante triste- Você não pode participar, foram ordens da enfermeira.

—Vai ter mais atividades para você marcar pontuação- Ouço Will falar- Não se preocupe a culpa n foi sua, mas nós devemos ir antes que o trem passe.

Christina se levante e me da um abraço meio sem jeito, eu aceno e digo que eles podem ir acompanho com os olhos até restar apenas eu na sala, mas não tem como esconder estava chateada comigo, eu era fraca, ficaria de fora de uma das atividades e provavelmente isso me colocaria em ultimo na colocação.

Quando involuntariamente escolhi a audácia senti receio no inicio, mas percebi que era uma forma de me libertar da vida difícil que tinha aqui, poderia ser livre, aprender a me defender e ser forte eu me encontrava nessa facção e eu a amava.

Se não foram meus tios que tiraram a minha chance de ser alguém não seria hoje que Peter ou Eric faria isso, sou uma audaciosa sou forte e os testes são para provar nosso limite e para progredirmos, para sermos iguais a eles, então era isso que eu iria mostrar, ninguém vai me tirar daqui.

Forço meu corpo ao extremo, me coloco sentada na cama, olho ao redor e vejo tudo muito ilumina e branco, algo que na audácia não vemos com freqüência a sala tinha vários aparelhos e era estranhamente gelada, provavelmente uma enfermaria, fiz uma nota mental para me lembrar de perguntar a Christina quem me trouxe ate aqui.

Peguei minha jaqueta q se encontrava na cadeira ao lado, calcei minhas botas com certa dificuldade para abaixar, não me olhei no espelho apenas corri, não tinha tempo para outras preocupações o trem estava para passar e eu não podia perdê-lo.

Passei pelos corredores da audácia gritando para saírem da minha frente e algumas vezes perguntando onde ficava a saída, meu corpo implorava para que eu parasse e meus pulmões estavam latejando, mas eu era forte e teria muito tempo para descansar após entrar na facção.

Chego finalmente ao lado de fora e corro pela linha do trem, vejo que ele esta começando se movimentar força ainda mais meu corpo que se contorce de todas as formas, só eu sabia a dor que estava me causando, mas precisava provar que não sou uma careta. Percebo que estou chegando cada vez mais perto do trem e avisto alguém na porta, Quatro que me lançava um pequeno sorriso e estendeu sua mão para que eu pudesse me apoiar, sem pensar a agarro e lanço para dentro do vagão.

—Vai com calma Ash- Ele diz quando me ajudava- Você estava desacordada há poucos minutos atrás.

 Vejo meus amigos me lançarem olhares preocupados que logo se tornaram um semblante feliz, sabia que estavam contentes por estar lá, rapidamente vejo pânico e olhos arregalados algo estava errado.

—Quem te liberou inicianda?- Céus como Eric me dava nos nervos.

—Eu me liberei- Proferi cada palavra fazendo questão de encará-lo, iria provar que estava errado ao meu respeito.

—Você?- Ele levanta uma sobrancelha e vejo um pequeno sorriso no seu lábio- Está certo, bem vinda ao grupo novamente.

Ele se afasta e caminha em direção oposta do vagão levando Quatro consigo.

—Amiga você é maluca- Chris ri ao meu lado- Se você não entrar na audácia, ninguém aqui mais entra.

Era reconfortante permanecer com meus amigos, todos me ajudaram a sentar e as dores estavam diminuindo, possivelmente por toda adrenalina que percorria meu corpo. Eric mesmo atarefado e em uma discussão com o instrutor não deixava de me olhar e analisar às vezes, se não o conhecesse diria até que estaria preocupado e feliz por eu ter me mostrado forte e persistente, mas era o Eric e esses tipos de emoções não eram de seu feitio.


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