Audaciosa - Divergente escrita por Natyfa


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

VOLTEI MEUS LEITORES QUERIDOS!!!! Mil desculpas mas eu estava dando atenção ao meu namorado estes dias e resolvendo assuntos particulares mas EU VOLTEI!!!
Nossa estou mega feliz com todas que estão lendo e acompanhando a historia, curtindo, comentando, estou feliz só por vocês abrirem para dar uma lida na sinopse.
*-* Fiquei muito feliz !!!!

Capítulo anterior: "-É um bom lugar para relaxar- Digo em voz alta- Socar alguma coisa realmente seria bom."



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No almoço me juntei a meus amigos que não paravam de tagarelar um minuto não que eu estivesse prestando atenção, mas as vozes na mesa me incomodavam eu precisava pensar, precisava de silencio de paz.

— Vai fazer o que agora Ash?- Christina chama minha atenção- Ei, amiga, vou caminhar com os meninos você esta a fim de ir junto?

 -não obrigada- Constato que eu obteria mais respostas ficando na audácia do que saindo do complexo sem falar que eu estava esperando Quatro voltar de onde quer que ele tenha ido- Mas agradeço o convite, vou descansar um pouco.

Percebo Al olhar para Will com uma cara preocupada, mas em seguida eles dão de ombros e se despedem levando consigo suas bandejas, Quatro não havia voltado o que me daria mais um tempo para averiguar os fatos.

            Remexo a comida em meu prato não tinha um pingo de fome todo esse assunto e a historia da minha iniciação estava realmente me mudando e deixando eu um tanto quanto aflita.

            Ao olhar ao redor distraída percebo um vulto se movimentando em meu campo de visão, Éric estava levantando da mesa dos Lideres e seguia por um corredor a minha esquerda, minha mesa estava afastada e ele não havia notado que eu acompanhava seu trajeto.

            Eu posso ser uma pessoa muito louca, constato, mas talvez eu devesse falar diretamente com o envolvido no problema ou jogar umas pistas no ar para ver se ele pega, não Ash você não vai! Talvez essa voz interna estava com a razão era perigoso e nós não éramos íntimos, MAS querida razão ele queria me proteger então nada mais justo de eu saber do que exatamente.

            Quando termino minha batalha interna do que devo ou não fazer eis que me vejo saindo do refeitório e seguindo seus passos de longe, nem ao menos sei quando foi que tive a iniciativa de levantar, mas agora não voltaria atrás, estava decidida a buscar respostas.

            Ele sobe três lances de escada com uma agilidade e rapidez que me deixou com inveja, elas subiam em expirais o que já estava me deixando tonta alem do cansaço, vejo que ele segue mais um pouco pelo corredor novo no qual nunca havia andado, abre uma porta com chave e entra.

            Beleza Ash você já chegou até aqui não pode desistir, sentia minha coragem escorrendo do meu corpo eu sentia medo e preocupação e meu estomago não se aquietava, me vejo parada em frente a sua porta com as mãos em punho erguidas, não sabia nem ao menos o que tinha dentro desta sala, ele poderia estar em reunião, mas a porta estava trancada e só ele tinha entrado reunião não era, ele podia não querer me receber e me enxotar daqui depois da forma como agi com ele, mas idai? Eu nem deveria me importar com isso e se...

(toc toc toc)

Maldito impulso, é agora ou nunca, estou ouvindo passos e um barulho da maçaneta virando.

—Max, estou na minha folga, mas que saco!- Ao olhar melhor Éric constata que não sou quem esperava, vejo seus olhos arregalarem e uma confusão brotar em seu rosto, ele definitivamente não esperava me ver ali o que me deixou desapontada de certa forma.

—Eu não sou o Max – Digo rindo de sua expressão- Desculpa, precisava falar com você.

—Acho que o Max seria um pouco mais alto e masculino- Ele ri da situação inesperada, se ele soubesse como fica lindo sorrindo, um sorriso que chega até seus olhos certamente faria isso mais vezes, afasto meu pensamento bobo e volto a prestar atenção nele – O que te trás aqui inicianda? Essa ala é restrita ao apartamento dos Líderes.

Droga, droga, droga eu estava no apartamento dele e eu nem deveria estar nesse corredor, seja corajosa Ash você precisa manter o foco.

—Me desculpa, eu realmente não deveria ter vindo- Droga Ash cala a boca, você deveria ter vindo sim maldita confusão interna- Quer dizer, eu achei que pudesse conversar com você mas não quis atrapalhar, acho melhor ir.

Viro-me e caminho na direção em que estava vindo, odiava essa briga interna quando se tratava dele, quer dizer era só o ogro do Éric eu detestava suas atitudes e seu jeito, sinto uma mão grande com um aperto firme segurar meu braço o que me faz  olhar sobre o ombro.

—Já veio até aqui- ele diz com um sorriso de lado- não vou deixar que vá embora, tenho uma reputação de anfitrião a zelar.

—A claro- Digo voltando ao apartamento dele com um tom brincalhão- É só pela reputação vulgo curiosidade.

Éric ri novamente, era diferente ter essa imagem tranqüila e descontraída dele, sua pose sempre foi séria e seus olhos frios e penetrantes o único sorriso que esboçava era de puro sarcasmo, e agora ele abre passagem como um perfeito cavalheiro e os olhos brilhando como os de uma criança feliz.

Paro a poucos centímetros da porta após entrar e ouço-o fechando, não sabia como descrever o ambiente algo inesperado e realmente organizado, era tão claro e arejado, simples e elegante.

Na parede oposta tinha uma ampla porta de vidro com uma pequena sacada, em sua sala o móvel que mais se destacava era o enorme sofá preto de couro, um tapete em forma de algum animal que não sabia qual e uma TV realmente grande presa a um painel de madeira, nas costas do sofá era possível ver um pequeno escritório com um leve degrau para deixar o cômodo mais alto, era tudo muito elegante.

—Pela sua cara- Diz ele perto do meu ouvido atraindo minha atenção- Você imaginava uma caverna com morcegos e instrumentos de torturas.

O som da sua risada era baixo e melódica o que me fazia rir dessa piada ainda mais ele realmente estava se mostrando uma pessoa diferente.

—Para ser sincera- Digo entre risos olhando ele nos olhos- Morcegos não, talvez aranhas e restos mortais pelo chão, mas morcegos não.

Sua risada se torna mais intensa e ecoa por todo o ambiente ele caminha em direção ao sofá senta em uma das extremidades e me puxa pela mão fazendo com que eu caia sentada ao seu lado, o cheiro de couro se misturava com seu perfume amadeirado o que tirava minha concentração de tudo ao redor e fazia minha visão focar nele. 

—Qual o problema Ash?- ele para de rir e me olha com um ar de interessado- Não que eu me incomode de ter você em meu apartamento, mas se te pegarem nessa ala seus pontos de classificação vão se reduzirem a pó.

Sabia que tinha arriscado muito seguindo Éric até aqui porem precisava de respostas e não sabia ao certo como perguntar sem que ele gritasse comigo.

—É complicado Éric- Falei olhando para meus dedos entrelaçados não queria admitir, mas tinha medo de sua reação e muito mais do que eu poderia ouvir.

—Apenas diga- olho diretamente em seus olhos e vejo sinceridade- Não vai sair daqui o que quer que seja o assunto, pode confiar se não como Éric pessoa, confie como Éric Líder.

—Sabe, você me alertou tanto sobre Quatro me falando para tomar cuidado, falando que não era quem eu esperava, a tensão entre os dois é sempre tão visível, perguntei a ele o motivo disso tudo- Vejo sua expressão ficar um pouco séria mas ele da sinal para que eu prossiga- ele apenas desviou do assunto e deixou de lado, busquei informações pela manha, isso realmente esta me tirando o sono, quero ouvir de você a verdade Éric.

Ele me analisava por um momento, sua expressão era indecifrável sabia que não deveria ter falado, ele não me olhava mais nos olhos olhava além como se estivesse revivendo algo ou vendo uma cena em sua cabeça não sei dizer ao certo quanto tempo ficamos nesse silencio, senti ele se remexer no sofá e levantar estava me preparando para sua reação explosiva.

—Aceita um suco, uma água ou algo para comer?- Sua voz era calma o que me fazia arrepiar, balanço a cabeça de forma negativa, vejo ele caminhando até sua geladeira e procurando algo, suas roupas eram sempre negras como a noite e impecáveis, usava uma calça jeans preta com um coturno desamarrado e largo, sua camisa era um pouco justa preta de gola V o que ressaltava todo seu físico, ele era impecável assim como o lugar em que morava.

—Sabe Ash, às vezes a vida te faz ter escolhas difíceis- Dou um pequeno pulo ao ouvir sua voz em um tom mais alto e devido aos meus pensamentos- No meu caso eu não tive escolha.

Ele dizia em devaneios, e eu ate podia sentir no ambiente seu conflito interno, ele voltou com uma garrafa de água nas mãos sentou ao meu lado cós os cotovelos apoiados no joelho, olhava água como quem poderia ver alem da sua transparência, como quem enxergava algo a mais.

— Tive que matar duas pessoas para protegê-las- Arregalo os olhos ao ouvir suas palavras, Éric falava com certa amargura na voz, mas ele parece me ignorar e continua a observar a água. - Os Divergentes são procurados há muito tempo à surdina, Jeanini matava-os, e eu sem saber a ajudava, eu era o querido dela o mais esperto da facção e montava armadilhas pela cidade e armas que eram utilizadas para matá-los- Éric volta seu olhar ao meu e eu vejo dor em seu rosto, amargura na sua voz e ouso dizer que seus olhos estavam maus úmidos q o normal- Quando soube seu propósito eu quis sair de lá, não queria participar disso, não queria ser responsável por tantas mortes.

Cada músculo do corpo de Éric estava tenso, ele estava se abrindo comigo, tendo realmente uma conversa civilizada e mostrando seus sentimentos, ele estava mostrando sua parte mais vulnerável e confiando que eu guardaria esse segredo.

—No dia do meu teste- ele volta a falar- Não esperava pelo resultado, não queria voltar para casa e fiquei vagando pela cidade, me vi na ala da abnegação, estava tudo realmente silencioso era noite e não via uma única pessoa na rua- Éric encosta no sofá pende a cabeça para trás e fecha os olhos como quem quer se lembrar exatamente do ocorrido- Ouvi gritos, gritos de mulher e estrondos, ouvi até um choro de bebe, eu olhava ao redor, mas ninguém na abnegação se importou com o que poderia estar acontecendo, não foi acesa uma única luz dos vizinhos.

—É tínhamos o costume de não nos metermos na vida alheia- Digo de maneira baixa acrescentando seu raciocínio.

—Eu não consegui ficar parado, corri o mais rápido que pude e invadi a casa, estava tudo escuro, um bebe e uma mulher chorava, um homem tentava conversar e outro gritava, eu não pensei apenas corri para o andar de cima, havia um homem de preto com uma das armas da audácia, ele apontava para a mãe que chorava e estava desesperada e a criança em seu colo tão pequena e vulnerável, jamais vou esquecer a cena- Ele passa a mão pelo rosto era visível que se sentia muito desconfortável com a lembrança- Não pensei apenas pulei para cima do cara e rolamos pelo chão, eu gritava para ela fugir com a criança, o pai veio me ajudar mas levou uma coronhada na cabeça, estava atordoado e sangrando e nessa pequena distração levei alguns murros, chutes, socos, a mãe da criança estava em choque com medo, do nada ela correu em direção a nossa luta e partiu para cima do homem de preto, gritava para que eu levasse a criança embora , eu não queria ir, não queria deixar o casal para trás, mas era a única opção para salvar a menina- ele abre os olhos e me fita por um instante- Precisava salvar a menina, corri com ela e ao sair da casa ouvi tiros, não sabia quem tinha vencido mas não podia voltar precisava salvar o bebe, então deixei na porta de uma casa da abnegação com um bilhete, não me lembro ao certo o que tinha colocado no pedaço de papel, bati na porta e quando ouvi passos eu corri, eu fugi como um covarde não esperei para ver se pegaram a criança, se estava tudo bem.

—Não se culpe- Digo colocando minha mão sobre a sua, meus olhos a essa altura estavam marejados, ele era uma boa pessoa, eu sabia que era- Você salvou o bebe, teve coragem quando ninguém mais ali se importou.

—Talvez Ash- Diz ele me puxando para apoiar em seu peito, como quem precisava me ter por perto- Eu voltei a casa a tempo de ver quem corria de lá de dentro, eu vi de relance o homem de preto Ash, e sabia nesse instante que os pais haviam morrido para salvar sua filha.

—Éric se você viu- digo apoiada em seu peito- Deveria contar para alguém, para irem atrás o fazer pagar.

—É complicado- Ele diz de uma maneira calma se recompondo das lembranças difíceis- Eu não deveria estar ali, quebrei regras, algo me dizia que não deveria procurar ajuda, pois não poderia informar o paradeiro da criança, achei mais seguro guardar este acontecimento, e de qualquer forma era tarde estava abalado não tenho certeza do que vi.

Poderia dizer o que quer que fosse sobre o Éric, mandão, duro, calculista, frio, mas jamais permitiria que o chamassem de sem coração, ele tinha seus momentos que detestava, mas ver este lado verdadeiro, vulnerável e saber que ele confiou em mim era mais do que suficiente para saber que não devia temê-lo

—Ash aproveitando a sinceridade- Diz atraindo minha atenção, seu peito subia e descia de uma maneira lenta e ritmada conforme sua respiração era estranhamente confortável- Não gostei de ver você beijar o Quatro.

Separo-me dele e arrumo minha posição fico de frente a Éric e analiso sua feição, ele estava mais calmo e me olhava nos olhos com intensidade, o silencio entre nos era agradável, e seu perfume já estava impregnado em minhas roupas.

— O que quer dizer com isso?- Digo confusa com sua observação

Sinto suas mãos se soltarem das minhas e percorrerem meu braço, passou pelo meu pescoço e se enroscou de maneira firme em meus cabelos, seu aperto era firme e agradável, seus olhos não desviavam do meu nem por um segundo, ele tinha um ar de determinação e um sorriso extremamente sexy de lado, ele estava satisfeito em me ver ludibriada pelo seu toque podia ler em seus lábios, foi quando perdi totalmente os sentidos e me agarrei a ele, segurei sua camiseta puxando-o mais para perto e colei nossos lábios, seu beijo era quente e tinha um gosto refrescante algo parecido com menta, sua língua pedia passagem e eu concedi, ele apertava a mão enroscada em meus cabelos e me puxava mais perto em quanto sua outra mão me apertava na coxa, seu perfume invadiu meu ser um cheiro amadeirado delicioso que me trazia segurança e uma lembrança

—PARA!- desvencilho-me de seus braços e dos beijos e pulo para fora do sofá, seu rosto assustado e confuso- Foi você não foi? No dia da luta, foi você quem me levou para a enfermaria!

Aquele cheiro aquela sensação sabia que reconhecia de algum lugar, não foi Quatro quem me salvou das lutas foi o Éric.

—Levei sim- Ele diz se recompondo e arrumando suas roupas- Você estava desacordada e eu carreguei para a enfermaria e cuidei para que tivesse atenção total da enfermeira.

—Não faz sentido!- Digo alarmada andando de um lado ao outro na sua frente, passa a mão pelos cabelos tentando reorganizar as idéias.

—Você chegou atrasado, no meio da luta- A essa altura estava nervosa e gritava com Éric- Você planejou a luta para me punir por te confrontar aquele dia com a Christina!

—Ta maluca?- Ele se coloca de pé e caminha em minha direção pelo visto já não era mais a única nervosa- Eu jamais quis punir você Ash! Não sou eu quem fez a chave da luta!

—Tire as mãos de mim!- Estava confusa e nervosa, queria ir embora o quanto antes como eu pude ser tão burra ele que me machucou, ele que combinou a luta- Qual o motivo de ter chegado atrasado então Éric? Você nunca perdeu uma luta! Eu era sem graça de mais para você?

—Não Ash, claro que não- ele me segura mais uma vez pelos braços prendendo minha atenção- Cheguei atrasado, pois estava tentando achar uma forma de quebrar a chave, não queria que você lutasse com o idiota do Peter!

Não fazia sentido, eu havia conhecido seu lado bom, seu lado sensível, mas não podia negar que ele sabia ser frio e calculista, ele dava medo às vezes, não tinha mais ninguém com quem eu discuti a ponto de querer fazer isso, tinha que ser ele!

—Presta atenção- ele me segura pelo queixo e vira meu rosto me fazendo olhar em seus olhos- Eu sou um Líder apenas supervisiono os treinos, não faço as chaves das lutas Ash, não fui eu, pensa só um pouco quem desenvolve seus treinos e monta as lutas? Quem é o instrutor Ash?

            -Quatro jamais faria isso!- Digo me soltando dele e me afastando caminho em direção a porta, ele não poderia ter feito isso, ele me amava eu sabia disso no dia da atividade noturna, uma onda de arrependimento bate em meu peito eu estava com Quatro mesmo que não sabia ao certo o que tínhamos eu estava com ele e tinha beijado o Éric, estava a um bom tempo em seu apartamento e não sabia se Quatro já tinha retornado.

            -Preciso ir Éric- Digo abrindo sua porta, olho de relance para traz e vejo-o parado no mesmo lugar com um semblante triste- Foi um erro isso que aconteceu, eu amo o Quatro.

            Fecho a porta e deixo-o para trás, eu amava Quatro não deveria ter feito isso com ele me sentia horrível, tinha sido fraca acreditado em sua bondade e me deixei levar pelo momento de fraqueza, eu era estúpida, limpo as lagrimas e me viro para o caminho que me trouxe até aqui.

            -Ash? O que faz aqui?- Quatro me viu saindo desconcertada do apartamento de Éric seu olhar era furioso e seu braço estava cruzado na frente do peito com certo aperto desnecessário dado os músculos rígidos- Você estava no apartamento do ÉRIC?


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Notas finais do capítulo

Desculpas por eventuais error ortográficos .-.



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