The Cog Workers escrita por AllBlueSeeker
Notas iniciais do capítulo
Olá pessoas! Como estão as férias? :)
[Thomas]-Você me ouviu. Ela é nossa mãe!
[Sarah]-T-Thomas, do que está falando? A mamãe está...
De repente, os dois foram surpreendidos por luvas de couro tapando suas bocas e foram arrastados para um beco vazio:
[Thomas]-Mas o qu...
Olaf, mais branco que a própria Sarah, tinha uma expressão de medo clara em seus olhos:
[Olaf]-O que pensa que ia fazer, se declarando filho da Imperatriz?
[Thomas]-Mas ela me é familiar! E ela olhou pra mim.
[Olaf]-Você não pode falar tudo o que pensa na rua, filho. Por favor entenda. -o homem tentava sorrir
[Sarah]-Papai, o que o senhor quer esconder?
[Olaf]-Seja como for, não digam isso em público. A mãe de vocês é a jovem que eu já mostrei naquela foto comigo, e ela infelizmente morreu. Entendam isso, de uma vez por todas.
Mesmo com o tom sereno na voz, Olaf não conseguia ser convincente. Sarah era a mais desconfiada:
[Sarah]-Papai... Então quem é ela?
[Olaf]-Alguém que quer vocês.
[Thomas]-Nós?
[Olaf]-Sim, e isso é tudo o que vocês precisam saber. Por favor, não sejam vistos por ela!
Os dois acataram, apesar do estranhamento. Voltaram para o meio da multidão a tempo de ver a Imperatriz sair do vagão toda pomposa e escoltada por Greed e uma figura esguia e de trajes negros:
[Greed]-Queridos cidadãos, com a palavra agora, vossa amada Imperatriz! -com gestos, o militar incentivou um coro de palmas e foi atendido pelo público
A mulher parou em frente ao microfone e fechou seu leque, exibindo traços joviais, uma pinta na bochecha direita e lábios carnudos e vermelhos. Com um pequeno pigarro e um sorriso:
[Marian]-Povo de minha amada Silverblock, eu sou a monarca regente e me chamo Marian. Sou da linhagem real dos Stroheim, terceira filha dos 5 da dinastia. Fui escolhida por meu pai, o antigo Imperador Stroheim. É uma honra aparecer publicamente a primeira vez, e gostaria de agradecer ao Jonathan pela educação com vocês.
O povo aplaudia a bela voz e a feminilidade da jovem, em um coro fantástico de "Marian":
[Marian]-Por uma decisão fundamentada em uma reunião com os ministros e a minha presença, Fragatto ficará na capital. Minha decisão não precisa ser divulgada com detalhes, é apenas isso. Eu espero que possamos ser bons amigos e, por favor, me visitem!
Ao descer do palco, a mulher virou-se para a pessoa de preto e disse algumas palavras. Logo depois, ela sumiu. De repente, do meio da multidão:
[Thomas]-EI! IMPERATRIZ!
Ela pendeu-se pelo palco e sorriu para o garoto, que apontava o dedo e tinha uma expressão séria:
[Thomas]-O seu nome é Ashley Rayzen, e você é minha mãe. Não minta que você é nobre, porque seu filho consegue ver a verdade.
A multidão se calou. O Major desceu do palco e calçou o garoto pelo braço esquerdo, que num rápido movimento se soltou e catou a chave de seu cinto:
[Greed]-A minha é de fogo e...
[Thomas]-A minha também. -Thomas apontou a pistola do Major para sua testa - Quer desafiar, cabelo azul?
[Greed]-Você cometeu um erro ao acusar Vossa Majestade falsamente em público.
[Thomas]-Você conhece sua mãe, não conhece?
[Greed]-É claro que sim.
[Thomas]-Então cale essa maldita boca, ou eu vou ver se essa maldita arma funciona.
Num movimento rápido o militar avançou e, com suas mãos nuas, arrancou a chave e a pistola das mãos do moleque, apontando-a para sua testa:
[Greed]-Repito: A minha é de fogo.
Um clique foi ouvido. Thomas esperava um estampido, como toda arma faria. Na verdade, ele abriu os olhos e viu uma garota com uma katana, a pistola partida em duas e a chave barrando a espada de cortar Greed:
[Haruka]-Corre.
[Thomas]-Mas...
[Haruka]-Anda logo!
Acatando a ordem da asiática, Thomas pôs-se a correr entre a multidão. Metros a frente, ele viu a garotinha de cabelos castanhos segurando uma escopeta:
[Thomas]-Merda!
[Lauren]-Ei, você está na minha mira. Sai.
No impulso, Thomas escorregou e passou por debaixo das pernas da garota que atirara na direção da monarca. Freando metros a frente, ele tomou a arma da jovenzinha:
[Thomas]-Que diabos você tá tentando fazer, seu animal?
[Lauren]-Eeeeeeeeei, devolve o Aaron! E por que o seu nariz está sangrando?
O garoto raciocinou um pouco, limpou na manga da camisa e fingiu sentir dor no nariz:
[Thomas]-Eu bati a cara no chão. Ai.
Um pouco depois, encontrou sua irmã sentada num banco comendo pipoca:
[Thomas]-SARAH!!!!!
[Sarah]-Ai menino, o que foi?
[Thomas]-Eu preciso fugir.
Sem fazer quaisquer perguntas, ela acertou o leque na cabeça do irmão:
[Sarah]-Você é um insolente, sabia? Corre, o papai deve ter deixado a porta aberta. Eu vou cobrir sua fuga.
O garoto saiu em disparada para a oficina do pai. A garota voltou para a posição em que estava. De repente a garota da katana, Lauren e o homem do braço mecânico passaram correndo. Momento depois, o Major Greed apareceu, esbaforido:
[Greed]-Minha jovem, boa tarde. Você viu um garoto de cabelo castanho escuro passar por aqui?
[Sarah]-São tantas pessoas de cabelo castanho nessa cidade... Acho ridículo você me perguntar isso quando a cidade toda está presente pra ver a Imperatriz.
[Greed]-Olha jovem, é um caso de vida ou morte. Vossa Alteza foi ofendida em público, preciso puni-lo por isso.
[Sarah]-Perde seu tempo pensando que vai conseguir alguma coisa.
[Greed]-Jovem, não é um pedido. É algo pela integridade do governo.
[Sarah]-Então você vai mandar em mim, senhor?
[Greed]-Como militar e como figura mais velha.
[Sarah]-Hmm rmm... Já acabou?
[Greed]-Eu não gostaria de arrancar de você essa informação, mas terei de fazê-lo se você resistir.
[Sarah]-Tenta.
O homem hesitou por alguns instantes, e bateu as mãos na jaqueta dourada:
[Greed]-Não vale o esforço. Desculpe incomodá-la.
O homem continuou seu caminho. Sarah levantou-se e disfarçou-se como uma das damas da cidade pondo o leque no rosto e se aproximou do palco. Ela fitou a Imperatriz por um bom tempo:
[Sarah]-Com licença, Vossa Alteza.
[Marian]-Hmm, pois não?
[Sarah]-Eu posso falar com você?
[Marian]-Claro, querida. Em particular?
[Sarah]-Seria bom.
As três entraram no vagão, que foi fechado pela figura de preto:
[Marian]-Shauna, descanse. Ela não é nenhuma ameaça.
Uma besta foi posta no chão e a figura puxou seu capuz, revelando um rosto de mesma idade de Lady Marian, olhos escuros e cabelo preto em rabo de cavalo:
[Shauna]-Espero que saiba do que está falando, milady.
[Sarah]-Seja honesta comigo, Majestade. Sua resposta não sairá daqui de dentro: Você é Ashley Rayzen, minha mãe e daquele imbecil indiscreto, ou não?
A jovem se calou:
[Marian]-Ashley... Ashley... Ah sim, essa é uma resposta que eu posso te dar. Mas para isso, você precisa ir para o Fragatto comigo.
[Sarah]-Não brinque comigo, Alteza.
[Marian]-Estou sendo sincera, assim como requisitou. -ela sorriu
[Shauna]-Milady...
[Marian]-Se acalme, querida.
[Sarah]-E então?
[Marian]-Já dei o preço pela resposta, ruivinha. Não posso conceder algo assim abertamente.
[Sarah]-Desculpe, mas preciso ficar em Silverblock. Alguém precisa cuidar do meu pai e do idiota do Thomas.
De repente, uma explosão foi ouvida. Shauna pescou a besta e abriu a porta com ela em posição de ataque:
[Shauna]-Fiquem.
Sarah correu para fora e caiu de joelhos: Era a própria Olaf's Machinery House, ardendo em chamas. A oficina do pai fora pelos ares e ela temia o pior: que o pai e o irmão tivessem morrido na explosão. Seu choro era mudo, apenas a boca aberta e os olhos derramando litros e litros de lágrimas. Lady Marian a ergueu e a abraçou:
[Marian]-Venha querida, vou levar você para o Palácio para se acalmar.
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Pouco antes da explosão, dentro da oficina:
[Euf]-Eu avisei, bigodudo de merda, íamos cobrar a conta.
[Olaf]-Mas são vocês que devem dinheiro a mim. -o homem já estava ensanguentado e cansado de uma luta corporal com os homens do governo
[Euf]-Eu nunca disse que ia te pagar nada.
[Thomas]-Seu viado de merda. Vou quebrar essas suas pernas de palito com um peteleco. -o garoto estava deitado com o rosto coberto por sangue e as roupas rasgadas
[Euf]-Mais respeito com um oficial do governo! -ele deu chilique
[Olaf]-Thomas... Eu disse pra ficar fora disso.
[Thomas]-Não vou deixar eles baterem no meu pai!
De repente, a porta foi chutada:
[Greed]-Te achei!
[Thomas]-Ah, merda!
[Euf]-Major, saia daqui. Os assuntos não competem a vocês.
[Greed]-Desculpe-me, mas a sua autoridade sobre mim é...?
[Euf]-Sou um Oficial Sênior!
A pistola de Jonathan foi sacada com velocidade, e uma bala alojada na testa do Oficial:
[Greed]-Um o quê? Eu não pude ouvir direito. -disse, enfiando e tirando um dedo do ouvido esquerdo
Os agentes do governo viraram suas armas contra o exército da Imperatriz. Olaf catou Thomas pela perna e devagarinho foi se afastando para a parte de trás da oficina:
[Greed]-Hmm... Vocês querem mesmo fazer isso?
[Oficial]-Vocês mataram o Comandante Euf! Como puderam fazer isso?
Jonathan riu, sádico, e bateu palmas lentamente:
[Greed]-Como? Fácil... -bateu uma palma e o exército abriu fogo - Desse jeito. Agora...
Um estrondo pesado chamou a atenção dos militares, que se depararam com uma pesada porta de metal fechando a metade da oficina:
[Olaf]-Olá meninas, está frio não acham? Vou ligar o aquecedor pra vocês!
Um canhão surgiu do teto da oficina e posicionou-se sobre os homens, liberando um pilar de fogo sobre eles. O Major ficou parado, vendo sua pele queimar com uma expressão indiferente, enquanto seus soldados se debatiam em dor:
[Thomas]-Pai, parece que o douradinho não está sentindo nada.
[Olaf]-Deixe ele, uma hora vai sentir. Quanto a você, Thomas, quero que fuja daqui.
[Thomas]-E largar você aí em cima? Nem pensar!
Sem ser perguntado, o garoto foi chutado pelo pai para um alçapão:
[Olaf]-Amo você, moleque. A gente se vê.
Thomas caiu no vazio escuro. Pelo único buraco ele virou a luz amarela do fogo ficar mais forte. Lá em cima, com um botão sobre a mesa, o bigodudo limpava o suor:
[Olaf]-Desculpe Ashley... Mas estarei esperando onde combinamos de nos encontrar. Sarah, Thomas, cuidem-se. Vou sentir saudade, e sempre amarei vocês. Ei, major, o que acha de um pouco de fogos de artifício?
Uma explosão. Thomas entendeu após sentir o impacto empurrá-lo mais ainda para baixo:
[Thomas]-PAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAI!!!!!!
E caiu no vazio, batendo em sabe-se lá o que, fazendo-o desmaiar.
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E aí?