Volte para nós, irmão. escrita por Ana Carol Machado


Capítulo 1
Irmãos


Notas iniciais do capítulo

Oiii, espero que gostem dessa minha nova fanfic. Ela será capítulo único, mas pretendo fazer uma fanfic continuação para ela assim que tiver tempo. Quando tiver tempo também irei continuar minhas outras fanfics que estão paradas por enquanto. Quem está lendo essa minha fanfic e acompanha as outras saiba que irei terminar todas as que comecei. Ando meio sem tempo por causa da faculdade. Espero que gostem e comentem. Comentários são muito importantes para mim.Quanto mais comentários mais rápido escrevo a continuação. Boa leitura.



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Jon não conseguia aceitar que havia perdido seu irmãozinho Rickon. Ele acreditava que a dor nunca passaria. Dor esta que era pior por ele ter chegado tão perto de salvar o irmão e ter falhado. As imagens do menino morrendo na sua frente não saiam de sua mente.

Ele sabia que Sansa também estava sofrendo muito. A menina não demonstrava a dor que sentia, mas Jon sabia que a sua irmã estava sofrendo. Sansa depois de tanto sofrer havia aprendido a guardar a sua dor somente para si. A chorar por dentro e manter o rosto sem qualquer expressão.

Jon sentia falta de sua Sansa de antes. De seu sorriso e de como ela era uma doce garota. Faria o que fosse possível e impossível para ver sua irmã voltar a sorrir. E para ouvir novamente a voz e o riso de Rickon e dos outros irmãos.

Jon em um primeiro momento havia mandado enterrar o irmão nas criptas. Ao lado do pai. Mas quando os que levaram o corpo estavam se retirando Jon mudou de idéia. Pediu que levassem o corpo do menino para um dos quartos. Ele tinha que tentar algo. Ele não queria aceitar que havia perdido seu irmão e iria falar com Melisandre para ver se ela poderia trazer o menino de volta.

Se Rickon voltasse seria mais fácil para Sansa e até ele mesmo se recuperarem. Seria um vazio a menos, pois eles já sofriam com o vazio dos outros irmãos e do pai. Sem falar das pessoas que fizeram parte da infância deles e que agora estavam mortas. Winterfell parecia tremendamente vazia e mais fria que o inverno. Rickon tinha que voltar. Com esse pensamento em mente ele se dirigiu aos aposentos de Melisandre.

*

Melisandre olhava para as chamas com a expressão congelada. Não procurava e nem tentava decifrar o futuro ou tentava entender alguma mensagem de seu deus. Estava perto do fogo apenas para se aquecer enquanto esperava o inevitável.

Desde que havia visto nas chamas que Davos descobriria o que houve com a princesa Shireen ela ficava assim. Ela havia visto a visão nas chamas quando ainda estava no acampamento. Desde desse dia ela tentava ficar o mais longe possível de Davos. Nem havia ido ao conselho para evitar uma aproximação e nem ficava muito tempo longe de seu quarto. Mas ela sabia que não poderia fugir para sempre.

Davos era muito apegado a princesa. Ele iria querer justiça pelo que ocorreu com ela. Pelo que sabia ele podia está naquele momento pensando em uma forma de a matar.

“De qualquer forma já vivi tempo demais”-pensou ela tristemente enquanto olhava para as chamas, conformada com a possível morte. Ela pensava que pelo menos ela havia vivido tempo suficiente para ver a vitória da casa Stark sob os Bolton, que havia sido a grande vitória que ela tinha visto nas chamas. Para ver a bandeira do homem esfolado  dos Bolton ser jogada ao chão.

Uma batida na porta a tirou de seus pensamentos. Um arrepio percorreu seu corpo. O fato de está conformada com uma possível morte não significava que ela não sentia medo. Tinha medo de como seria, ela através de suas magias havia vivido tempo demais e quanto mais se vivi mais assustadora é a morte. Mas seu maior medo era o que viria depois. Será que o Senhor da Luz a aceitaria no seu salão apesar de seus erros? Apesar dele ter entendido os sinais errado? Será que havia realmente um Senhor da Luz ou será que do outro lado havia nada?

Uma nova batida na porta que veio acompanhada de uma voz. Não era a voz de Davos por isso ela abriu a porta.

*

Logo que a mulher abriu a porta Jon notou que ela parecia meio estranha e até assustada, mas ele estava tão focado em ter o irmão de volta que nem ligou para esse detalhes. Depois das saudações iniciais ele foi logo ao ponto e pediu para ela trazer o irmão de volta:

—Se trouxesse meu irmão de volta a vida, da mesma forma que me trouxe, teria minha gratidão eterna. Eu e Sansa precisamos dele mais do que possa imaginar.

Melisandre o olhava de uma forma triste e ao mesmo tempo surpresa. Como se o pedido a tivesse pego muito de surpresa.

—Foi o Senhor da Luz que lhe trouxe de volta e não eu. –disse ela

—Ele pode trazer meu irmão de volta também. Traga o Rickon de volta para mim.

Ela suspirou e ficou um longo tempo em silencio. Como se pensasse em algo. No fim desse momento de silencio ela concordou, mas disse que precisaria de alguns materiais e que fosse levada imediatamente ao corpo do menino.

Quando Jon entrou no quarto em que o corpo do irmão estava reparou na presença de Sansa. Sua irmã acariciava o rosto de Rickon que já estava ficando meio azulado. Alguns guardas estavam no quarto também assim como algumas servas. Quando ele entrou no quarto com Melisandre ordenou que todos saíssem e que ficassem somente ele, Sansa e Melisandre.

Durante todo o processo de preparação do ritual Jon ficou do lado de Sansa. Em um dado momento sua irmã segurou na sua mão. As mãos de Sansa eram macias e geladas. A menina estava tão nervosa quanto ele.

Zyhys oñoso jehikagon Aeksiot epi, se gis hen syndrorro jemagon.-começou Melisandre. Recitando uma oração em outra língua. Enquanto continuava limpando os ferimentos de Rickon- Zyhys perzys stepagon Aeksio Oño jorepi, se morghultas lys qelitsos sikagon. Hen syndrorro, oños. Hen ñuqir, perzys. Hen morghot, glaeson.

Por um momento nada aconteceu. Sansa apertou mais ainda a sua mão de forma nervosa. Como se perguntasse o porque do irmão deles ainda não ter acordado.

Jon começou a se arrepender de ter tido essa idéia. Se Rickon não voltasse para eles isso causaria ainda mais dor para Sansa e para ele próprio. A esperança que eles tiveram se converteria em decepção e dor.

Melisandre repetiu a oração mais duas vezes, mas da última vez sussurrou algo que ninguém além dela entendeu. Apesar de não entender as palavras Jon sentiu que elas foram ditas de forma suplicante.

Jon não sabe o que foi, mas de alguma forma aquelas palavras surtiram efeito. Seu irmão abriu os olhos e puxou o ar com força.

*

Rickon sentiu os pulmões arderem quando puxou o ar pela primeira vez. Tinha a sensação de que estava se afogando. Tudo era muito confuso para ele. A última lembrança que tinha era a dele correndo e vendo seu irmão Jon vindo na direção dele. Depois dessa lembrança ele lembra que sentiu uma forte dor e depois apenas escuridão. Escuridão esta que foi substituída por uma espécie de bosque sagrado onde viu algumas coisas que não fizeram muito sentido. Ele ficou nesse lugar até que se sentiu puxado.

Um medo tomou conta dele. Uma agonia. Seus olhos apreensivos varreram o quarto e pararam nos seus irmãos. Seria aquilo real? De alguma forma o medo passou ao ver seus irmãos vindo em sua direção. Os dois o abraçaram forte.

—O que houve com Ramsay?- perguntou ele com medo de Ramsay ainda poder o machucar. Sentiu a garganta arder ao falar.

—Está morto. Estamos seguros agora.- disse Sansa. O menino reparou um sorriso no rosto da irmã.

Apesar da confusão e do medo Rickon sorriu também. Ramsay estava morto. Seus irmãos estavam com ele. Depois de muitos anos Rickon se sentia em casa.

*

Jon e Sansa ficaram tão felizes com a volta do irmão que nem reparam no momento em que Melisandre saiu do quarto. A mulher sabia que o que trouxe Rickon de volta foi a fé dos irmãos dele e não o poder dela, que estava fraco. O Senhor da Luz devia ter se compadecido deles e atendeu o pedido devolvendo a sua chama ao menino. Mas mesmo não tendo sido o seu poder, o ritual exigiu muito dela. Se sentia fraca. Iria precisar dormir. Mas uma parte dela se sentia realizada, pois havia conseguido atender o pedido de Jon.

Melisandre pensava nisso enquanto voltava para o seu quarto. Ao chegar no local notou que a porta estava aberta. Entrou a passos lentos e paralisou no lugar ao ver que em cima de mesa estava o veado de brinquedo que a princesa Shireen carregava no dia em que foi sacrificada. O brinquedo estava meio queimado, mas ela o reconheceu. Ela recuou alguns passos, como se de alguma forma isso pudesse a afastar do que ocorreu e do que viria a seguir.

—Milady, creio que saiba porque estou aqui.- a voz de Davos a chamou vindo de um outro ponto do quarto. Havia raiva na voz dele.

Ela sabia...

*

Melisandre havia saído tão rápido que nem teve tempo de a agradecer. Jon estava tão distraído com seus irmãos que nem notou quando ela saiu. No dia seguinte logo que o sol nascesse iria a agradecer e a recompensar por ter lhe devolvido o irmão. No momento iria aproveitar melhor o tempo ao lado dos irmãos.

—Bran e Arya estão aqui também? – perguntou Rickon depois de um tempo em silencio

—Não...- falou Jon com dor na voz. Sentia falta dos outros irmãos.

—Mas eles vão vir para cá. Antes de vocês me chamarem de volta estava em um bosque sagrado. O papai estava lá e disse isso. Que eles voltariam para casa também.

Jon abraçou seu irmão de forma carinhosa e ficou imaginando o seu reencontro com os outros irmãos. Seria tão bom quando todos estiverem juntos...


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Gostaram? Acham que o Bran e a Arya vão voltar para Winterfell? O que mais será que o Rickon viu durante o tempo em que ficou morto? Quem mais estava no bosque sagrado? O Davos terá conseguido fazer justiça pela princesa Shireen? E que cenário o Jon encontrará ao ir ao quarto da Melisandre no dia seguinte? Todas essas perguntas e outras serão respondidas na próxima fanfic que farei. A continuação desta. Abraços e vejo vcs nos comentários.



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