Katherine conheceu Klaus em 1489, ele se apaixonou a primeira vista. Como ela poderia ser tão parecida com Tatia? Claro que Klaus não iria ficar em duvida por muito tempo, sua curiosidade fez com que ele fizesse uma pequena pesquisa. Katerina, por assim dizer, era uma duplicata.

Em um belo de sol ela olhava as flores no jardim proximo ao lago, sua beleza era invejada por todos, os homens e jovens a queriam esposar. Klaus sabia que não podia se apaixonar, ele estava fugindo de Mikael há muito tempo, não poderia criar laços. O amor era um privilegio, mas isso não o impedia de a observar a distancia. O sol, que batia seus raios entre as folhas das arvores, iluminavam os cabelos castanhos de Katerina. Seus toques nas flores ao chão eram delicados, Niklaus a olhava sem piscar os olhos até que de trás das arvores saiu um homem alto, de cabelo e olhos escuros. Klaus percebeu a maldade em seu olhar negro, mas esperou que ele fizesse algo antes de ataca-lo, e assim foi feito. O homem ao botar as mãos em Katerina é arremessado ao rio com violencia. Foi o primeiro contato dos dois, Katerina o olhou nos olhos com pureza no olhar.

— o-obrigado - sua voz fez o coração dele disparar. Falar com ela seria um erro.

— olá, Katerina. - erros são cometidos sempre...

—você sabe meu nome... - ela sorri timidamente.

—é, eu... Queria conhecê-la.

Os dois trocaram palavras por um bom tempo na floresta, na época não era bem vista uma moça solteira falando a sós com um rapaz, mas Katerina não se importava com o que diziam a seu respeito, estar com Klaus a fazia sorrir de suas historias e outras vezes sentir medo de perdê-lo, perder o que lhe fazia feliz. Ele nunca a machucaria, foi uma promessa que fez em uma noite estrelada. Os dois se tornavam mais proximos a cada dia. O pai de Katerina ouvia com ódio o que falavam de sua filha, taxada de meretriz estava envergonhando o nome da familia. Foi então que ele a proibiu de vê-lo novamente, nem todo o choro dela o fez mudar de ideia, afinal ele sempre foi um homem dificil de ser convencido. Alguns dias se passaram sem Niklaus a ver, ele estava abatido e ate então Elijah não sabia sobre o romance de seu irmão, os sumiços de Klaus eram comuns desde sempre, mas o que o fez desconfiar que algo estava acontecendo era a tristeza repentina.

—irmão, o que está lhe incomodando? - ele questiona.

Klaus hesita em sua resposta, no fundo ele não havia contado sobre Katerina porque tinha medo, primeiramente medo da desaprovação de Elijah, e segundo por medo de perdê-la para seu irmão.

—conheci uma garota. - Klaus responde ainda com receio.

—sabe que não podemos nos apaixonar, lembra o que houve da ultima vez.

A anos atrás Klaus teve que abandonar uma linda garota chamada Aurora. Lhe partiu o coração e desde então eles procuram ser cautelosos. Klaus abaixa o olhar antes de continuar contando sobre tal garota.

— eu sei, não pude me manter longe. Se você a conhecesse saberia.

Elijah percebe a sinceridade nas palavras de seu irmão.

— qual é o nome de tal garota? - ele estava curioso quanto a isso.

—Katerina Petrova. Sua beleza é estonteante, já conhecemos muitas garotas com o passar do tempo, mas irmão, eu nunca conheci alguem que me fizesse feliz como ela.

—entendo. Então qual é o problema? Se ela lhe faz feliz, por que está abatido?

Klaus volta a olha-lo nos olhos.

— o pai de Katerina é um homem sádico, me lembra muito nosso pai. Ele a proibiu de me ver.

— não compreendo, por que esta deixando por isso mesmo? - Elijah tentava cada vez mais compreender.

—eu a fiz uma promessa, não achei justo usar hipnose. - diz.

Elijah pensa um pouco a respeito e chega a uma conclusão. Ele se oferece para tentar convencer o pai de Katerina a deixar seu irmão continuar a vê-la e corteja-la, como sempre foi bom com palavras poderia facilmente induzir o senhor a aceitar. Klaus concorda com a ideia, ainda tinha esperança de poder viver com seu amor sem perturbações de nenhum tipo.

No dia seguinte a conversa, Elijah se preparava para ir na casa da garota, Klaus ainda sustentava sua preocupação, sua paranoia sempre fez parte de sua essencia.

—antes que vá, quero que saiba uma coisa. - Klaus o chama.

— sim? - Elijah vira-se para Klaus o dando total ateção.

—essa garota, ela é parecida com Tatia, fisicamente falando. - completa.

—está explicado o interesse repentino. - ele sorri.

Klaus retribui o sorriso então responde.

— eu não vou mentir que isso foi a primeira coisa que reparei, mas elas tem sua diferença, acredite.

— irei avaliar agora mesmo. - depois de se despedir de seu irmão, Elijah segue ate a casa de Katerina. Com alguns segundos ele chega e bate a sua porta. Quem atende é a mãe da garota ate então misteriosa para Elijah. Ela o convida para entrar e se sentar. Disse que seu marido não demoraria chegar.

Enquanto esperava ele olhava em volta, em um dos quartos da casa, pela fresta de uma porta uma garota o observava. Katerina sempre foi muito curiosa, ela estava disposta a conhecer o cavalheiro que esperava por seu pai.

—Olá?! - Elijah notando sua presença diz.

—quem é voce? - de tras da porta ela fala.

— sou Elijah. - ele responde.

Depois de dito, ela sai timidamente de trás da porta de madeira maciça. Elijah se assustou de inicio com a semelhança com Tatia, Klaus não estava brincando quando disse que eram parecidas.

Os olhos dos dois se encontraram, mas Elijah fazia questão de observar cada detalhe do rosto de Katerina, ao ver dele estava frente a frente com Tatia. Com o rosto timido e olhos investigativos, Katerina deduziu que seu pai havia escolhido um pretendente para casar-se com ela e ela esquecer de uma vez o Klaus.

— o que quer com meu pai? até onde eu sei, ele não tem muitos amigos por aqui. - disse ela quebrando o silencio, tirando a atençao de Elijah que parecia estar perdido em seus devaneios.

Ele a encarou.

— Vim para convencer seu pai de que Niklaus é um bom partido para voce. - Elijah deu um passo á frente.

— O meu pai não é muito de conversa... - Neste momento Katerina avistara entre os ombros de Elijah, seu pai entrando em casa com passos pesados. - especialmente quando está decidido a algo.

Elijah olhou para trás movendo a cabeça, olhando na direçao em que Katerina olhava. Um homem de cabelo grisalho, pele bronzeada e uma cara nada agradavel se aproximava.

— o que esse rapaz está fazendo aqui? - perguntou o homem.

Elijah sempre educado e diplomata, se apresentou.

— sou Elijah Mikaelson, eu e meus irmãos estamos na cidade a pouco tempo, mas tempo suficiente para ter conhecido alguem e criar laços com essa pessoa.

—eu sei muito bem quem são os Mikaelson. Não passam de um bando de sanguessugas. - berrou o homem.

—está enganado, senhor. São apenas boatos ditos por pessoas desocupadas. - Elijah suspirou, o homem ainda continuou o encarando. Katerina estava surpresa com tanta coragem, decidiu não opinar.

— Katerina, vá para seu quarto! - ordenou seu pai.

Depois que Katerina saiu em direção ao quarto, o homem falou:

— O que voce quer?

— eu quero que voce dê a mão de Katerina ao meu irmão, Niklaus. Acredite, eles se amam e estão dispostos a ficar juntos, longe de comentarios maldosos. - Elijah insiste.

O pai de Katerina deu uma risada. Elijah ficou desconfortavel.

— Não entendi o motivo de tanta graça.

O homem ficou serio de repente, e encarou Elijah com seu olhar de furia.

— Escute rapaz, se voce e seu irmão não ficarem longe da minha Katerina, eu mesmo irei pôr um fim em vocês dois. - ele diz com seriedade, convicto de suas palavras.

Elijah silenciou diante de tal ameaça abaixando a cabeça, enquanto pensava. "Se ele não vai liberar por bem, então será do meu jeito". Ele ergueu a cabeça e olhou para o pai de Katerina tocando em seus ombros.

—vou odiar ter que fazer isso, mas se vai fazer Niklaus feliz, eu vou apostar minhas fichas.

O homem encarou sem entender nada. Logo Elijah lançou um olhar penetrante nos olhos dele iniciando uma hipnose.

—voce vai conceder a mão de Katerina ao jovem lorde Niklaus Mikaelson, tambem vai desmentir qualquer boato sobre sua filha e vai dizer que ela irá se casar com o Niklaus.

Assim feito, o homem confirmou tudo balançando a cabeça positivamente. Elijah sorriu para ele e se despediu saindo da cabana.