Sempre Estarei ao Seu Lado escrita por mimimi


Capítulo 1
Para sempre


Notas iniciais do capítulo

Um oneshot meio cafona "/ Saiu um pouco corrido admito.
Quanto aos erros, ignorem, nao revisei...
Boa leitura 8)~



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O vento soprava sem vida no cemitério. Meu cabelo, ruivo, balançava, e eu socava o tumulo com minhas forças, gritando sem importar-me com as pessoas que olhavam assustados comigo, enquanto as lagrimas brotavam sem fim de meus olhos castanhos.

-Seu idiota! Por que você tinha que ter feito aquilo?! Eu... Eu... Eu não consigo ficar sem você...

Parei um pouco. Minhas mãos sangravam de tanto socar a cama do morto. Suspirei. Não agüentava mais chorar. Levantei-me e arrumei novamente a rosa ao lado do tumulo. Limpei minhas mãos, sujando meu casaco novo, mas não me importei. Com o rosto e os olhos vermelhos, sai do lugar sem vida, pondo-me a caminhar de volta a casa.

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Eu gritava perguntando o porquê de não me ouvir, ela me ignorava. Eu estava na entrada do cemitério, e por quem ela chora? Uma ponta de ciúme surgiu. Andei até ela segurando as lagrimas. Passei minha mão em seu rosto, limpando as lagrimas salgada como as águas do oceano. Mas... Minha mão atravessara seu rosto. Pálido, fui até a lápide do tumulo branco feito de mármore puro, lendo a inscrição gravada na pedra e fazendo-me entrar em estado de choque.

“Aqui jaz Ethan R. O.”

“Ótimo filho e namorado”

Eu simplesmente fiquei ali parado, de pé, sem ao menos sentir o vento acolhedor que cantava para as copas das arvores, fazendo-as dançarem. Ela levantou-se limpando as mãos sujas no casaco, e atravessando-me sem ao menos notar minha presença. Literalmente. E uma pergunta ainda pairava no ar: “Por que eu continuava a negar?”

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             “Por que aquele idiota fez isso?” pensava com o rosto avermelhado de tristeza. Coloquei as mãos nos bolsos do casaco por causa da mudança do tempo. Era incrível como a tristeza faz o tempo parecer mais frio. Uma leve chuva começou a cair, molhando meus cabelos. Cheguei em casa e tirei o casaco e as botas superficialmente molhados. Deixei-os perto da porta de entrada e atirei-me ao sofá. Sentada, não conseguia mover-me. Simplesmente estava abalada. Fechei meus olhos. Ainda podia sentir os fios de cabelo molhados sobre o rosto, até minha mente começar a vagar livremente pelos sonhos ao adormecer.

             Lembrei daquele dia. Daquele maldito dia. Estávamos acampando. Eu finalmente teria coragem de falar o que eu sentia. Mas escorregamos por um barranco e só não caímos pelo penhasco por causa da corda que sustentara nos dois. Mas ela estava por arrebentar. Ambos sabíamos que a mesma só agüentaria um de nós. Então, você soltou-se. Levaram você ao hospital, estava sangrando muito. Os enfermeiros e médicos diziam que seria um milagre se sobrevivesse. E disseram bem... Um milagre. Eu chorava, mas você sorriu a mim, com seu sorriso perfeito e acolhedor, e aquela fora a ultima vez que olhei em seus olhos verdes esmeraldas.

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             Eu estou morto... Não suportava aquilo, e por que eu continuava a negar? Sabia que estava morto, eu fui um suicida para que ela sobrevivesse, e mesmo assim eu negava tudo aquilo. Corri até sua casa e levei minha mão a porta, até começar a bater e ela atravessar a porta. Passei sem dificuldade e olhei-a dormindo. Era perfeita com o ar sereno, com seus cabelos ruivos encaracolados naturalmente.

             Lembro-me perfeitamente daquele dia. Eu pulei da corda por você. Sorri. Sabia que estava fazendo a coisa certa. O corpo de bombeiros havia me achado ainda vivo. Fui levado ao hospital de helicóptero, só que não sobrevivi. Só quero que não sofra com isso. Olhei seu rosto novamente, parando de vagar em minhas memórias restantes. Estava chorando enquanto dormia. Não agüentava ver você sofrendo, e levei minha mão ao seu rosto novamente, cometendo o mesmo erro. Sentei ao seu lado, mas não afundei no sofá, por estranho que pareça. Levei meus lábios mortos aos seus. Senti um leve toque no mesmo. Sussurrei ao seu ouvido, mas não me escutara. Gritei descontroladamente, sem sucesso. Assim, chorando mas sem sentir o leve roçar das lagrimas pelo meu rosto, levantei e puis-me a caminhar até o rochedo no qual perdi minha vida.

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             A última coisa em que sonhei antes de me levantar por impulso foi sentir meus olhos mareados novamente, chorando sobre você no hospital. Chorando por meu amado. Chorando por um cadáver. Levou sua mão ao lábio. Jurei que sentira um beijo. Um beijo dele. Algo me dizia para voltar aquele lugar. E acabei seguindo meu instinto. Vesti apenas minhas botas. Esqueci totalmente o casaco, e pegando as chaves do carro, entrei no mesmo e acelerei até perto do penhasco. Desci um pouco longe já que não podia seguir a carro. Corri até ele. Ainda longe da beirada, parei. Lá estava Ethan, parado, ali de pé.

             -Mas como? Eu o vi morrer - pensei enquanto lagrimas molhavam as maçãs de meu rosto.

             -Ethan? – perguntei simplesmente por impulso, eu não sabia se queria uma resposta ou não.

             -Meggy? – respondeu virando-se a mim- O que faz aqui?

             Não respondi. Simplesmente corri em sua direção. Abri meus braços e tentei abraçá-lo, contudo, mais uma vez aquela memória veio a tona. Ele estava morto. Chorei. Chorei muito, até não conseguir mais. Então, avistei o penhasco em que ele morrera.

             -Ethan... Eu preciso ficar com você, preciso estar ao seu lado... – sussurrei a ele enquanto levantava e ia em direção a beirada, então, eu hesitei antes de continuar. Avancei com meu pé direito e pulei. Senti uma pancada. O contato com as rochas úmidas me fazia tremer. Péssimo dia para esquecer o casaco. Ethan estava do meu lado perguntando o porquê de eu fazer isso. Não respondi, mas a dor sumiu e senti-me leve. Finalmente eu estava ao seu lado.

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             Lá estava ela. Chorando sentada no chão. Agachei ao seu lado, mas na podia fazer. Eu era apenas uma alma perdida por amor... Olhei para ela. Não parava de chorar, e isso me agoniava. Então, prescindindo minhas palavras, pulou. Desci desesperadamente. Ela sangrava muito. Vi suas pálpebras fechadas e logo sua alma. Saiu de seu corpo. Ela tinha asas. Como um anjo e sorriu a mim. Sua aureola brilhava uma luz delicada, difícil de descrever. Finalmente eu estava ao seu lado, desta vez, para sempre...

 


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Notas finais do capítulo

Espero muito reviews
Senão eu pego uma faca de manteiga(?) descubro onde voces leitores moram e ameaço voces XDXD
Okay, eh mentira, nao posso fazer isso i^i ----------- Luuh, uma fic so pra voceee como prometidoo Mary_Alice, essa nao foi pra voce, mas calma que to escrevendo otro one-shot D