Dad Arrow. escrita por Natty Lightwood


Capítulo 1
Capítulo único.


Notas iniciais do capítulo

Bom essa ONE era para ter sido postado no dia dos pais referente aos EUA, mas como eu passei por momentos difíceis com minha família, não pude postar, fiquei com pena de exclui-la então resolvi postar, espero que gostem, feito de coração! Boa leitura.



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Sinto falta do sabor de uma vida doce.
Sinto falta das conversas.
Estou procurando uma canção esta noite.
Estou mudando todas as estações.

Maroon 5 – Maps

 

Dad CEO.

Estaciono o carro soltando o ar contido que pesa em meio peito devido ao frio extremo de Star, tiro o sinto de segurança e pego minha maleta de documentos para então sair do meu carro, colocando-a na lateral do meu corpo já estando fora, abro a porta do passageiro, abrindo o maior sorriso para minha linda garotinha de cinco meses.

— Lindy – chamo enquanto ela se concentra em arranca os cabelos da pobre Barbie. – Vamos meu amor, seu papai está muito atrasado hoje. – acrescento tirando-a da sua cadeirinha. Lindy sorri para mim com barulhinhos inexpressivo, beijo sua testa com carinho deixando-a bem encaixada em meus braços.

Com cinco meses, ela se parece mais comigo do que com sua mamãe, carequinha como veio ao mundo, de olhos azuis reluzentes, expressão suave e bochechas completamente rosadas. Sigo em direção ao elevador em passos largos fazendo um pequeno malabarismo com duas bolsas e Lindy.

Hoje o dia seria puxado....

[..]

— Mr. Queen – diz senhorita Carmela cuidadora e professora das crianças ainda bebês da maioria dos sócios e funcionários da QC, assim que saio do elevador apressadamente. – Bom dia senhor – sorriu formalmente.

— Bom dia – sorri de volta mudando Lindy de posição que já largou a boneca e se concentra apenas em encarar e brigar com a chupeta enforma de morango. – Felicity precisou resolver algo de extrema importância, desculpe-me pelo o atraso. – acrescento.

— Não tem problemas senhor – deu de ombros despreocupada. – Cadê a bebê mais fofa da tia Carmela? – sorri a professorinha esticando os braços para uma Lindy que não dá importância aos seus chamados brincalhões. Eu juro! Isso ela não puxou a mim.

— Hey. – giro Lindy nos meus braços segurando a mesma no ar. – Papai te ama muito, qualquer coisa é só gritar ou resmungar, e eu venho correndo como tio Barry – pisco para ela que solta uma gargalhada gostosa, encho-a de beijos antes de passa-la para Carmela. – Se precisar estou na presidência. – informo entregando a bolsa de Lindy.

— Não se preocupe senhor, ela está em boas mãos. – afirma se encaminhando para a enorme sala, onde contém outras crianças assim como outros cuidadores. Deixo os ombros caírem e sigo para o elevador novamente com passos largos. Sinto falta da minha bela esposa, Felicity desde que a conheci naquela sala de T.I, tornou-se minha vida, sua gentileza e seus cuidados comigo sempre foi minha fortaleza todos esses anos, principalmente por amar meu lado arqueiro como ninguém.

Somos casados a exatamente dois anos, quando descobrimos a gravidez fiquei muito feliz, Felicity por outro lado surtou, mas no fim das contas tornou-se uma grande mãe para Lindy. Ao chegar na presidência meus olhos perdem o brilho, é só falar naquela mulher que meu mundo dá uma baita sacudida, de maneira boa é claro, mas ver aquela mesa sem ela me traz um vasto vazio no peito. Por problemas com Donna, Felicity precisou sair correndo em meio a madrugada, devido a um acidente na avenida principal, Donna estava vindo de uma festa com capitão lance, que por obra do destino é meu ex-sogro, não que a Laurel fosse ruim para mim, mas nunca vi um futuro com ela. Continuando.... Devido ao acidente trágico, Felicity precisou sair para ver a mãe no hospital central de Star, mesmo não sendo nada grave. Eu quis acompanha-la, porem a mesma recusou com seu argumento de mãe leoa – cuidar da Lindy sobre todas as coisas, eu não quero minha bebê em um hospital no meio da madrugada – assim meu dia começou, cuidar da minha filha sem a presença da mãe, fator novo para mim, meus cuidados são extremos mais não como os de Felicity o que internamente me apavora.

— Mr. Queen – berra Curtis me dando um pequeno susto.

— Curtis – repreendi com a mão no peito. – Quer me matar?

— Impossível, já que o senhor, é o arqueiro verde. – sorri mostrando os dentes. – Quase um imortal.

— Silencio – ordeno irritado olhando para os lados onde não contem ninguém o que me deixa aliviado. – Não pode por hipótese alguma dizer isso aqui Curtis.

— Desculpa senhor, saiu sem querer – acena ainda sorrindo o que me faz revirar os olhos.

— Então o que deseja? – sigo para minha mesa colocando a maleta sobre ela.

— Onde está Felicity? – indaga girando a cabeça como a garota do exorcismo. Por Deus!

— Precisou resolveu algo pessoal – respondi me jogando na cadeira.

— Okay. – assente ficando ao meu lado e jogando uma pasta onde contem no mínimo quinhentas folhas.

— O que é isso? – arregalo os olhos.

— Relatórios de finanças, Felicity revisa todas manhãs – responde com naturalidade ajeitando os óculos.

— E eu com isso?

— Se ela não está, cabe a você revê-los – sorri de canto empurrando os papeis para mim. – Boa sorte!

— Não. Não – recuso sua oferta.

— Mas a empresa é sua – diz empurrando a papelada de volta.

— Onde tenho empregados para fazer isso por mim – devolvo a papelada de volta para o mesmo.

— Não vou fazer isso – diz empurrando de volta em pleno nervosismo.

— Muito menos eu – empurro de volta quase ofendido.

— Eu sou do setor de tecnologia e não financeiro – argumenta empurrando de volta.

— E eu sou seu chefe, ordeno que faça isso por mim – grunhi com uma carranca.

— Não, nunca, jamais. – nega empurrando uma última vez. – Tenho que ir – berra saindo correndo, jogo uma caneta mais não o acerto. Filho da mãe!

— Merda! – praguejo encarando aquela montanha de folhas.

Começo a folhear com uma carranca, passo a mão sobre a mesa em busca do meu café onde não tem nada, bufo sabendo que Felicity me entrega uma xícara todas manhãs.

Eu quero minha esposa— berro irritado me erguendo da cadeira abruptamente.

Acho que não sei viver um segundo da minha vida sem aquela mulher. Seja como minha parceira para salvar a cidade, mãe da nossa filha e vice-presidente no trabalho. Respiro fundo indo para o elevador, aperto o botão onde só fica piscando freneticamente e nada sobe muito menos desce. Disco o número da segurança onde um dos funcionários informa que o elevador está em manutenção. Calculando mentalmente são dez andares até a lanchonete do prédio. Preparo para a descida que se torna até divertido, todas escadas vazias, posso dar uma de arqueiro e sair escorregando pelo o metal do corrimão.

— Mr. Queen – estala o chiclete Margot atendente da lanchonete um pouco confusa com minha presença, quase nunca venho aqui, apenas com Felicity ou só Felicity vem aqui? Franzi o cenho e a mesma franze de volta. – O que deseja?

— Café! Muito café – peço.

— Não temos café – diz. Como assim não tem café? Desci dez andares para não ter café? E para onde vai o dinheiro do café? Aqui não se pode faltar café! É uma empresa com vários funcionários que precisam de cafeína diariamente. Grito mentalmente.

— E o que temos? – indago afrouxando a gravata com uma fina irritação.

— Refrigerantes ou chocolate quente – dá de ombro com mastigar dos infernos de um chiclete velho.

— Não obrigado – dispenso com aceno saindo em direção as escadas novamente. Descer foi fácil, subir é outra coisa.

Depois de séculos consigo chegar ao penúltimo degrau onde meu telefone começa a tocar sem parar, encaro a tela mostrando o ramal da ala onde fica as crianças.

— Sim? – questiono.

— Mr. Queen, é a Carmela. – suspira baixo, posso ouvir um chorinho baixo próximo a mesma, aquele mesmo chorinho me faz despertar todas manhãs, Lindy!

— O que houve com minha filha? – indago seriamente voltando a descer as escadas, pretendo me escrever nas olimpíadas, vai ver ganho uma medalha pelo o maior velocista de escadas que já deve ter existido em qualquer empresa mundial.

— Ela começou a chorar a poucos instantes, não quer comer e se irrita fácil com as pessoas. – responde. – A enfermeira já examinou ela, não identificou nada fora do normal, o que nos leva a crer que seja saudades da mãe, como o senhor é o pai, talvez ela possa se acalmar com sua presença.

— Estou indo – declaro com suspiro descendo as escadas com toda minha rapidez.

Ao chegar no andar onde está Lindy, meu coração parece que vai sair pela a boca devido as idas e vindas, me aproximo a sala com uma fina camada de suor formando-se em minha testa.

— Bebê – chamo minha pequena que se irrita nos braços de sua cuidadora.

Lindy olha para mim com olhinhos marejados e um bico extenso dando os bracinhos. Pego ela para mim deixando um beijo casto em sua face molhada pelas as lágrimas. Inalo seu cheirinho e me afasto para acalenta-la melhor.

— Não chore, seu dada está aqui – conforto um pouco ofegante ainda.

— Então senhor. – começa Carmela. – Precisa leva-la com o senhor para a presidência – diz com sorriso torto me fazendo franzi o cenho.

— Sério?

— Sério. – sorri me entregando a bolsa. – Sem Felicity. Lindy está carente hoje, nada como seu dada para acalma-la – incentiva Carmela quase me expulsando da sala, só acho que esses funcionários não têm respeito com a minha pessoa, primeiro Curtis e agora Carmela, esses CC tem uma conexão maligna! Com ultimo sorriso convincente a mesma se direcionando para outras crianças que pulam, brincam e cantam como no The Voice Kids. Faço uma careta e sigo para o elevador sabendo que o mesmo não está funcionando, fecho a cara e sigo para escadas novamente, vinte andares? Isso mesmo, vinte longos andares.

Desço o olhar para Lindy que me fita com sua chupeta na boca, sorrindo fofo sem descer mais uma lágrima daqueles grandes olhos azuis.

— Me diga que isso é algum tipo de joguinho entre você e sua mãe, ou um complô com seu tio Curtis, ou algo do tipo, porque você nunca chora quando está com a Carmela, e hoje do nada você resolveu sentir saudades – murmuro ofendido subindo degrau pôs degrau. Ofego e escuto sua barriga roncar de fome. – Não tenho leite – solto incrédulo sabendo que ela só mama e as vezes, só as vezes bebe um leito especial. Me sento na escada escutando apenas um silencio desconcertante a nossa volta. – Vamos ver o que temos aqui para você – oro mentalmente para que Carmela tenha deixado a mamadeira pronta, assim como Felicity deixou sua garrafinha térmica de leite materno, pelo menos isso meu pai celestial. – Graças! – solto uma risada ao abrir a bolsa e encontrar sua mamadeira feita e quentinha.

Pego uma fralda fofa para colocar entre mim e Lindy, deito a mesma com todo cuidado, posicionando o bico da mamadeira que tem forma de seio, que coisa mais esquisita, sobre seus pequenos lábios, inicialmente ela se incomoda, cospe a metade, chora, se irrita, mas por fim relaxa e começa a se alimentar.

— Muito bem pequena Queen – sorriu satisfeito. Com olhinhos brilhantes ela me fita fazendo barulhinhos em meio a suas sucções, esticando sua pequena mãozinha para pôr em meus lábios, puxo seu dedinho indicador com os lábios e ela sorri com o gesto. Com alguns minutos depois ela acaba deixando a mamadeira vazia. – Então vamos. – suspiro para subir as malditas escadas novamente.

Depois de anos chego a minha sala, coloco a bolsa de Lindy sobre a poltrona e sento na minha cadeira com a mesma resmungando irritada em pé no meu colo.

— O que houve? Você já comeu – sussurro beijando sua pele rosada próxima ao seu nariz. – Saudades da mamãe, não é? – encaro a mesa de Felicity, como se ela estivesse realmente ali, mordendo sua velha caneta vermelha, com as pernas cruzadas e um decote razoável, me dando a visão privilegiada de uma bela mulher. Saio dos devaneios com Lindy em sua bolha de irritação, chorando e esfregando suas mãos sobre os olhos. Olho para o relógio que marca quase meio dia. – Está na hora do seu sono princesa – suspiro lembrando que Felicity sempre desce para busca-la nesse horário, amamenta-la e pôr para ninar durante o almoço. – Só precisa deitar e fechar os olhinhos. – sorri deitando a mesma que resmunga. – Isso feche os olhinhos agora – dou sua chupeta e a enrolo com uma manta fofa, deixando apenas seu rostinho de fora, com todo meu carinho ela enfim fecha os olhinhos e começa a cantar sua velha canção, apenas com aquele aaaaa incessante o que é lindo de se ouvir. – Aaaaaaaa— acompanho a mesma que começa adormece, quando paro a canção que só contém aaaaa, ela chora, recomeço e ela para.

Quando eu pensava em apenas sair para a farra alguns anos, meu pai dizia que tudo isso acabaria no momento em que estivesse em seu lugar, de certo modo ele tinha razão, eu protejo uma cidade onde mora pessoas de minha extrema importância e que amo sobre tudo. Olho para Lindy um pedacinho de mim que não sabe sobre nada da vida ainda, sua proteção se tornou tudo para mim, no dia em que vi ela nascer.

— Seu dada tem orgulho de tudo que faz, tanto por você, como sua mãe e essa cidade, nosso pequeno lar. – sussurro observando ela em seu sono já profundo. Deixo Lindy dormir tranquilamente em meus braços, suspiro começando a folhear as inúmeras páginas de finanças, afinal de contas de dia sou o CEO magnata de Star, e apenas de noite sou o arqueiro verde ou em momentos importantes.

[.....]

Dad Arrow

Eu estava lá por você
Nas suas horas mais difíceis
Eu estava lá por você
Nas suas noites mais escuras.

 

— Oliver, não deixe a Lindy pegar sereno – ordena uma mamãe preocupada com longo suspiro do outro lado da linha.

— Não se preocupe querida. – sorri com Lindy sentadinha no meu colo brincando com ursinho azul. – Como está minha sogra?

— Ela está bem, prometi ficar com ela até Sara chegar e ficar no meu lugar – responde cansada.

— Tudo bem – assenti empurrando os papéis para frente. – Você realmente ler todos esses papéis? – indago incrédulo.

— Que papeis?

— Os de finanças – respondo aliviado em saber que está tudo revisado.

— Não. – sorri confusa. – Por quê?

— Hein? Como assim não revisa esses papeis? – estou perdido aqui.

— Curtis que faz isso por mim, já que ele cursou administração antes de ciências da tecnologia. – sorri, sei que está dando de ombros nesse exato momento.

— O quê? – berro fazendo Lindy soltar o ursinho. – Mas ele disse que você faz isso todas manhãs.

— Às vezes faço quando não tenho nada para fazer. – reviro olhos querendo a cabeça de Curtis em uma bandeja de prata e seu sangue em uma tigela de porcelana.

— Filho da mãe – solto irritado. – Ele me fez revisar relatórios de duas semanas, com Lindy dormindo em meus braços, porque sente falta da mãe, e não quis ficar com Carmela hoje.

— Meu amor. – gargalha Felicity. – Não se preocupe, eu vejo isso depois com Curtis.

— Não se preocupe, o arqueiro irá fazer uma visita para ele hoje – bufo mudando Lindy de posição.

— Srta. Smoak, preciso que me acompanhe – chama uma mulher com a voz suave do outro lado da linha. — Precisamos de sua doação de sangue.

— Oh! Sim – diz Felicity com chiado devido aos seus movimentos. – Oliver preciso doar sangue, devido os ferimentos minha mãe perdeu muito sangue. Prometo chegar antes da Lindy dormir, cuide da nossa bebê, por favor, não deixe ela levar sereno ou algo tipo. – ordena nervosa.

— Vou cuidar. – faço minha promessa com carinho. – Eu te amo.

— Eu também te amo – sorriu encerrando a ligação.

Escuto o tu tu da ligação encerrada encarando a tela do celular com saudades, desculpa sogrinha sei que é um momento difícil em que está passando no momento, mas Felicity é a única que mantém as coisas na linha. Um dia sem ela parece a ruína do mundo.

— Então garotinha está na hora de ir para casa. – me levanto da cadeira com Lindy em meus braços.

Desligo o notebook, pego nossas coisas e sigo para o bendito elevador, que com a graça do pai, está pronto. Aperto o botão para a garagem, enquanto isso uma Lindy me encara com resmungo baixo puxando minha gravata como se fosse algo do outro mundo, de frente para mim, anoto mentalmente cada traço seu, o contorno dos lábios, as curvas rosadas das bochechas e seus lindos olhos azuis, tanto oceano quanto os meus. Posso ser um pai babão, mas admito tenho uma filha muito linda. Saio do elevador em direção ao meu carro, coloco Lindy em sua cadeirinha com sua boneca descabelada e seu ursinho azul. Me encaminho para o banco do motorista para enfim seguir para casa, porem parece que todas as coisas ruins me rodeiam hoje, onde o carro não liga.

— Por favor hoje não! – exclamo exaltado girando a chave, mas nada acontece, tento uma, duas e três vezes, o carro mais morto que Ra´s, não liga de maneira nenhuma. – Ah inferno! – bato no volante antes de sair do carro novamente. – Eu Oliver Jonas Queen, estou claramente pagando por todos meus crimes, o que não foram poucos. – sorri com sarcasmo saindo do carro abruptamente. Como não entendo de nada em relação a mecânica, resolvo deixar a lata velha aqui mesmo. – Hey, princesa, vamos de táxi hoje – suspiro tirando Lindy do carro assim como todas as bolsas. Ela solta um guguno baixo e deita a cabeça em meu ombro, travo a porcaria do carro e começo a caminhar lentamente pelo o encosto em direção a saída da empresa.

— Diggle que saudades. – murmuro pensando no meu velho amigo que depois da morte do seu irmão resolveu adquirir um tempo para si juntamente com sua família na praia.

Enfim saio do estacionamento, me arrepiando até o ultimo fio de cabelo devido a frieza que toca partes das minhas peles expostas como; mãos e meu rosto. Desço o olhar para Lindy que estremece da mesma maneira. Cuidado com o sereno na Lindy! Berra Felicity em meio a minha consciência. Tiro sua manta fofa e a enrolo com todo cuidado como um embrulho, colocando sua touca e suas meias também fofa. Depois de pronta olho envolta atrás de um bendito táxi! Mas não passa nenhum, muito menos qualquer tipo de carro no local, o que me deixa confuso.

— Senhor – chamo o mesmo que está sentando lendo um jornal com a postura despojada.

— Sim meu jovem. – sorriu largando o jornal para me encarar.

— Faz muito tempo que o senhor espera um taxi ou algum tipo de locomoção? – questiono procurando algum meio de transporte.

— Não. Eu moro logo ali. – aponta para um prédio luxuoso de frente a empresa. – Estou aqui apenas para tomar um ar.

— Certo. – assenti baixo.

— Meu jovem vai ter que andar duas quadras a enfrente, se deseja ir para casa, pois devido uma forte ventania, duas arvores caíram em meio àquela avenida, o pessoal responsável já está no local, porem alguns carros baterem uns nos outros provocando um pequeno acidente, acidente esse que levou algumas mortes, mortes essas que chamaram atenção de reportes. – soltou tudo me fazendo cair sentando no banco vazio ao seu lado. Incrédulo encarei o senhor assim como Lindy. Se Noah não fosse pai de Felicity esse homem seria.

— Duas quadras? – ergui uma sobrancelha abismado.

— Duas quadras – apontou para enorme avenida.

— Então vamos andando – sussurro para Lindy que ainda encara o senhor com a expressão fechada.

— Linda bebê, meu jovem – afirmou com carisma o senhor que acabou de tirar meu chão.

— Obrigado. – sorri de canto começando a andar com Lindy pela enorme avenida.

Depois de meia hora de caminhada não encontro nada, parece que Star foi abandonada. Eu já não tinha mais oxigênio nos pulmões, segurar um bebê, duas bolsas pesadas, descer e subir todos os andares da QC, andar quase uma maratona são silvestres, me fez perceber que ser o arqueiro verde, é fácil.

— Deus seja louvado! – agradeci ao ver um táxi se aproximar porem passar direto com no mínimo umas vinte pessoas dentro. – Isso só pode ser uma piada de Lúcifer, só porque não assisti o Pilot da sua série. Quer saber, estamos com meio caminho andado, eu sou forte e isso é o de menos para mim, vamos andar até chegar na cave. – digo a Lindy que sorri com barulhinhos mordendo sua chupeta, deixo um beijo na ponta do seu nariz e começo a caminhar novamente.

— Senhor, não vá por ali. – gritou um garoto com rosto machucado parando a minha frente. – Tem alguns homens trocando tiros com policias. – ofegante e em pânico ele se foi no sentindo contrário do que vinha. Engoli em seco, ao pensar na minha bebê, nessa linha de fogo.

— Oliver. – chamou Tommy freando o carro quase em cima de mim. – O que está fazendo parado como uma mula no meio da avenida?

— Eu pretendia ir para casa – falei indo em direção ao seu carro.

— Não pode ir por aí, os noticiários só falam desse assalto ao banco central, onde pessoas estão mantidas como reféns no banco, alguns bandidos saíram e trocaram tiros com os policias, por isso o quarteirão inteiro está interditado. – explica abrindo a porta para mim. – E o que está fazendo com minha afilhada no meio dessa batalha naval?

— Felicity precisou resolveu algo pessoal. – reviro os olhos. Porque todo mundo se assusta, por eu estar com minha própria filha, cuidando ou passeando com ela.

— Então vamos para sua casa. – disse decidido. Porem segurei em sua mão sobre o volante para que ele não der partida.

— Sabe que preciso fazer algo por aquelas pessoas. – olhei em seus olhos procurando apoio.

Tommy inicialmente não me aceitou como arqueiro, achou o jogo perigoso demais para todos, até mesmo me via como um assassino, porem depois de me ver salvar nossa cidade com tanta determinação principalmente aqueles que amamos, sua opinião mudou sobre mim, voltando a ser meu velho amigo.

— Não pode, está com Lindy, sem arqueiro hoje. – disse preocupado apertando os dedos sobre o volante.

— Por isso ela tem o padrinho. – sorri de canto.

— Não, não, ela vai amassar meu Armani novo – nega afastando-se até a janela. – Cait vai me matar seu eu faltar esse jantar com seus pais. – acrescenta nervoso.

— Dois minutos, resolvo e volto para o carro. – argumento.

— Você não é o Barry. – franziu o cenho negando minha agilidade.

— Mas sou amigo dele, aprendi alguns truques. – sussurro passando Lindy para o mesmo que solta um gritinho animada começando a morder o queixo sem barba do tio/padrinho deixando-o todo babado com seu ato carinhoso. – Não saia do carro, não abra as janelas por causa do frio, não deixe estranhos entrarem e não conte a Felicity que encontrou Lindy no sereno.

— Por que não?

— Porque tenho mais medo daquela mulher, do que dos meus próprios inimigos. – confesso irônico saindo do carro.

— Vai enfrentar os bandidos de Oliver Queen?

— Não. – balanço a cabeça negativamente olhando para os lados. – Sei o que fazer. – aceno seguindo para o beco em que dá direção ao banco. Um atalho mais próximo, tiro meu paletó no percurso jogando em uma lata de lixo qualquer, dobrando as mangas da minha camisa de botões até os cotovelos. Disco o número de Roy pedindo reforço começando a subir por uma escada de incêndio.

[......]

Termino de por meu traje verde, pegando meu arco e minhas flechas.

— Arsenal. – chamo pelo o comunicador com a voz modificada pelo o modulador. – Entre por aquela janela. – ordeno para o mesmo que está sobre um prédio próximo ao banco sem estar na linha de visão dos assaltantes assim como da polícia.

— Sim. – assente entrando cuidadosamente pela janela superior de um banheiro do banco.

Calculo a distância de onde estou para o banco, subo rapidamente por uma escada de emergência do prédio vizinho com cuidado para não fazer barulho e chamar atenção de ambos. Miro uma flecha até a janela superior do banco, solto a mesma que crava na parede próxima, com meu próprio arco me seguro e sigo em uma descida ágil até a janela parando antes de quebra-la. Com pequeno soco, quebro um pouco do vidro que me dá abertura para destravara a fechadura e enfim entrar no local.

— Arqueiro – chama Roy. – Estou em posição, posso ver os bandidos.

— Quantos são?

— Apenas cinco. – responde.

— Não faça nada, estou indo. – ordeno.

— Certo.

Abro a porta só um pouco, olho para um lado e outro mais não vejo nenhum dos assaltantes fazerem alguma ronda, então sigo pelo o corredor, até me deparar com um dos mesmos. O mesmo ergue a arma para atirar, mas com meu reflexo rápido, soco seu rosto com força seguido por uma joelhada em seu estômago. O mesmo grita e cai de joelhos, encaixo meu braço envolta do seu pescoço com toda força fazendo-o perde todos os sentidos. Volto a caminhar pelo o corredor, até que escuto os gritos das pessoas em meio ao enorme salão, os assaltantes utilizam mascaras de coringas, como se minha cidade fosse a do Batman. Ignoro meu próprio pensamento e fico por trás de uma coluna. Roy disse cinco mais só vejo três entre as pessoas.

— Onde estão os outros dois? – indago pelo o comunicador.

— No cofre. – responde.

— Merda! – exclamo ao puxar uma flecha.

— O que houve?

— Não estou com flechas de tranquilizantes – bufo voltando o olhar para os bandidos.

— Eu tenho uma – disse.

— Dispare contra aquele que está próxima a porta, longe das pessoas – ordeno.

— Okay.

— No meu sinal – peço tempo. O que está parecendo o coringa segue até a porta principal ainda de costas para as pessoas, espero só mais um pouco e ordeno, Roy dispara a flecha antes do mesmo voltar a direção para as pessoas. De frente o mesmo cai, as pessoas começam a se alarmar, pulo do início da escada para o meio do salão interrompendo que o outro bandido atire em alguém, Roy desce ao meu auxilio, sufoca o mesmo com o braço, jogando-o desacordado por cima do outro bandido. Ordenamos que as pessoas saiam em direção aos policias no lado de fora com as mãos na cabeça.

— Os outros dois estão com o gerente e uma garota – informa Roy ao meu lado.

— Fique naquele ponto. – aponto para uma coluna próxima a porta que dá para o cofre.

Sigo para a porta com cuidado, mesmo aberta escuto as vozes ao longe do outro lado do cômodo, com alguns minutos um dos bandidos se aproxima, me escondo atrás da porta antes que o mesmo me veja. Aceno para Roy que estica os braços posicionando sua flecha.

— Mas que diabos.... – antes mesmo que ele falasse mais alguma coisa Roy dispara uma das flechas no ombro do mesmo que cai de joelhos no chão com ruído tosco, me aproximo rapidamente do mesmo dando-lhe um chute bruto em sua face fazendo-o cair desacordado no chão polido do banco.

— Arqueiro verde! – grita abafado o ultimo assaltante atirando contra mim, sinto a bala raspar minha pele exposta do braço. Giro rapidamente disparando duas flechas contra o mesmo, uma na perna e outra no ombro. Antes que ele volte a atirar em mim com sua arma de calibre 44mm, chuto sua mão com força para o lado. Com um último soco meu ele vai ao chão desacordado.

— Bom trabalho – ofego com uma careta de dor devido ao corte em meu braço esquerdo.

— Bom trabalho! – repete Roy com sorriso torto. Escutamos os policias entrarem fazendo-nos sair do lugar rapidamente.

[.....]

Voltando a minha postura Oliver Queen, sigo de volta para o carro, terminando de enfaixar meu braço, por sorte não precisei de pontos, enquanto isso Roy seguiu de volta para a cave com nossas coisas.

— Coisinha mais gostosa do tio – baba Tommy segurando Lindy em seu colo. Solto uma risada sarcástica ao vê-lo sem seu amado paletó caríssimo, com alguns botões da camisa aberta, os cabelos bagunçados e a calça toda amarrotada. – Engraçadinho – rosna para mim.

— Vai por mim, você fica melhor despojado. – solto outra risada.

— Como foi o dia Robin Hood? – debocha me entregando minha bebê fofinha.

— Hey princesa – sorri para ela que balança as perninhas com animação mexendo os lábios se derretendo toda para mim. – Foi gratificante – respondo para Tommy que sorri e volta o olhar para avenida que começa a aparecer todos os carros novamente.

— Eu te deixo em casa. – diz ele dando partida no carro.

[....]

Dad Sexy.

Ouço sua voz enquanto durmo
É difícil resistir à tentação
Pois todos esses estranhos vêm até mim
Agora não consigo te esquecer
Não, simplesmente não consigo te esquecer.

Com risadas gostosas tiro uma Lindy animadinha de dentro da sua banheira, após um banho relaxante, enrolo seu pequeno corpo com sua toalha seguindo até o trocador em seu quarto, coloco ela com cuidado sobre o mesmo para enxugar cada parte do seu pequeno corpo.

— Lindsey Megan Queen – sorri com ela mexendo as perninhas no ar sem parar, me impossibilitando de continuar meu trabalho de vesti-la adequadamente para dormir. – Hey, sabia que seu velho pai é o Arqueiro verde dessa cidade? Capitão Bratva em Moscou e mestre Al Sah Him em Nanda Parbat? – indago irônico sabendo que minha pequena não entendia nada sobre aquilo apenas sorria. Passo o talco sobre suas dobrinhas, colocando sua fralda por fim. – Então, sua mãe odiava o Oliver Queen de alguns anos atrás, mais se apaixonou pelo o Oliver arqueiro logo depois, dormiu com o quase Al Sah Him em meio a uma liga assustadora e nem imagina que sou poderoso chefão da Rússia. – listo todas as coisas mantendo o sorriso debochado para minha bebê agitada, com esforço consigo vesti-la com um pijama fofo do flash na cor rosa que a mesma ganhou do tio Cisco em sua última visita. Terminando de pôr as meias, pego ela para meus braços deixando beijos castos em suas bochechas fofas. – Vamos descansar, seu pai está ficando velho – suspiro seguindo para minha cama, ainda vazia com ausência da minha bela esposa.

Com o mesmo cansaço que eu, Lindy deita sua cabecinha sobre meu peito, ficando esparramada sobre minha barriga, desligo a luz do abajur, volto minhas mãos sobre minha pequena que resmunga e morde sua chupeta, acaricio suas costas com carinho, buscando descanso depois de um dia puxado. Nunca pensei sobre isso, mas consigo ser; Pai, CEO e Arqueiro verde.

 

[......]

Abro os olhos fitando inicialmente o teto, não sinto Lindy sobre mim ou ao meu lado, porem vejo a dona do meu coração, adormecida com todo seu encantamento, próxima o bastante para me fazer sentir o aroma da sua pele exalar deliberadamente até minhas narinas, desço o olhar por seu corpo, observando ela vestir uma camisola de cetim vermelha que marca todas as suas curvas, ao julgar pelo o horário ela chegou, amamentou Lindy, colocou nossa pequena no berço, seguiu para o banho e enfim se jogou ao seu amado lado da cama.

— Não quis acorda-lo – disse me chamando atenção abrindo os olhos sobre as sombras do nosso quarto. – Você dormia tranquilamente com Lindy ao seu lado. – sorriu se espreguiçando para enfim ficar sobre mim engatinhando como uma gatinha. – Saudades amor – confessou beijando meus lábios com suavidade.

— Porque você não imagina a minha – falei quase ofendido fazendo-a sorri abertamente deixando seus cabelos caírem sobre mim ao encostar seus lábios na curvatura do meu pescoço me arrancando um gemido grave. – Como está Donna?

— Bem. – suspira. – Em alguns dias ela está de volta a sua casa, assim como o Capitão Lance, foi um susto entanto. – solta o ar pressionando seus volumosos seios contra meu peitoral. – Como foi seu dia? – questionou deixando seus beijos em toda minha pele até encontrar meus lábios novamente. 

— Cansativo! – exclamei com uma risada baixa mudando de posição deixando-a abaixo de mim, eu nesse momento queria ser apenas o esposo perfeito e prova-la de maneira vigorosa. Amanhã teríamos o dia para debater como foi nosso dia anterior, agora era a ardência do amor que reivindicava por provação entre nós dois. – Permita-me ama-la essa noite? – pedi mordendo seu lábio inferior com todo meu cavalheirismo.

— Como desejar – sussurrou com carinho. Sem me conter por mais nenhum momento, deslizei minha língua entre seus lábios sedosos e rosados, assim como a penetrei urgentemente deixando-a sem ar. Eu amo essa mulher de todas as formas possíveis e com ela aprendo a cada dia superar todos os obstáculos, livrei-me daquela solidão em que eu mantive por muito tempo, hoje eu me permito apenas seguir como se não houvesse nada que pudesse acabar com nossos momentos juntos.

Eu Oliver Queen, tinha encontrado uma forma de ser um bom pai e herói para essa cidade, como também um grande homem para uma doce mulher como Felicity, minha vida.

O mapa que me guia até você
Não há nada que eu possa fazer
O mapa que me guia até você
Seguindo, seguindo, seguindo.

The End!


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Notas finais do capítulo

Então se gostaram! Deixem seus comentários e talvez os favoritos! Beijos e desculpem qualquer errinho.



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