Amaldiçoadas escrita por Anna Potter


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo


Então, estou eu aqui para fazer uma coisa meio louca, uma fic de terror. Espero que gostem!



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                Era um dia como outros na escola, até o recreio. Claire estava feliz jogando xadrez com o melhor amigo, Kile. Uns minutos depois do recreio começar ela começou a enlouquecer. Ela dizia: “Ela está me seguindo agora! Sua culpa Kile!”

            “Não fui eu! Quem está te seguindo? Só temos nós dois aqui.”

            “Ela, ela, ela!” Claire apontava para o nada. “Você não está vendo?”

            “O que era para eu ver?”

            “A menina com um vestido branco, segurando uma boneca.”

            O sinal do recreio tocou e todos voltaram para a sala. Claire se escondeu atrás de um armário, não queria que ninguém a visse. Porém, suas amigas, Meredith e Janie a viram e foram correndo falar com a garota. O olhar de Claire havia mudado, estava diferente do habitual. Não eram aqueles olhos pretos brilhantes, eram algo entre o preto opaco e o chumbo.

            “Você está bem?” Perguntou Meredith.

            “Claire?” Janie olhava-a com um pouco de dúvida.

            “Quem é Claire?” E seu olhar tornou a mudar, seus olhos ficaram púrpura.

            “Para de brincar com isso Claire, você está estranha.” Meredith se afastou um pouco.

            “Então, eu estou indo ali, pegar um brownie com o Kile...” Janie também se afastou.

            “Kile, Kile, Kile. ELE! Ele fez isso comigo.” A garota estava histérica, gritando, quase rasgando seu uniforme.

            Ela saiu correndo até Kile e avançou nele. Porém o pessoal da turma conseguiu impedi-la.

            Enquanto isso Janie e Meredith estavam discutindo sobre o quê havia acontecido com a amiga. Katie e Rose as interromperam.

            “Deixe me adivinhar, Claire.” Rose fixou o olhar nas garotas

            “Não é obvio? A menina está com algo dentro de seu corpo.” Katie falou aquilo como se fosse a coisa mais normal do mundo.

            “Não algo bom, devo lembrar. Algo ruim, pior que todas as doenças do mundo. Ela não é ELA.” Rose complementou a ideia.

            As meninas todas fizeram uma cara de medo, até por que elas deveriam mesmo estar com medo. Para melhorar tudo, todas as pessoas da sala, ou quase, estavam em cima de Claire.

            Na aula seguinte, Claire estava com seus olhos agora púrpuras brilhando de tanto ódio de Kile. Suas amigas estavam pedindo para ele sair de perto dela. Porém, o garoto não se importava, ela era sua melhor amiga, e ainda que estivesse querendo mata-lo, ele ainda estaria ao seu lado.

            Na volta para casa, Meredith também notava algo diferente. Como uma sensação de que havia alguém a seguindo, sempre ao seu lado. Quando ela olhava, não via absolutamente nada.

            No portão de sua casa viu a mesma figura que Claire havia descrito para Kile. Uma menina segurando uma boneca, porém, de vestido vermelho sangue. Meredith correu até a igreja mais próxima, que do lado de sua casa.

            “Não há para aonde fugir. Desista” A menina do vestido vermelho falou para ela

            “Há sim” Meredith correu até a porta da igreja o mais rápido possível e fechou a porta. Era uma igreja normal. Algumas coisas folhadas á ouro, umas estátuas de santos e claro, um grande crucifixo com cristo preso em seu meio.

            Meredith estava com medo de sair, então lá ficou por mais uma hora. Quando finalmente tomou coragem para sair, desistiu de novo e foi encher uma garrafa com água benta. Depois finalmente ela conseguiu sair. Ninguém na porta da igreja, bom sinal. Conseguiu voltar para casa sem nenhum problema, mas se houvesse algum, Meredith estava com água benta na mochila.

            Claire ainda estava mal, se é que podemos chama-la de Claire.  Como Rose e Katie haviam previsto, Claire não era Claire.

            Sempre que a ofereciam algo, ela pegava, fazia cara feia e guardava num baú em seu quarto. Parecia que estava tentando fugir. Além de muito se socar, e não sentir qualquer tipo de dor.

            Katie e Rose eram inseparáveis. E estavam certas do que acontecera com Claire.

            “Há uma lenda, que se parece muito com que estamos vivendo.” Rose disse

            “Que lenda, eu nunca ouvi falar de nenhuma lenda parecida do que aconteceu com Claire.” Katie olhou com dúvida para Rose

            “Calma, calma. Está vendo aquilo?”

            “A menininha de vestido verde? Ela é fofa não é?”

            “Esse é o problema, ela não é fofa, e nem uma menininha. Ela é um espírito, no caso, graças a Deus, é a irmã boa.”

            “Irmã de quem? Não era um espírito?”

            “Olá.” A menininha se aproximou

            “Olha, não queremos problemas. Tenho um terço na minha bolsa.” Katie deu um passo para trás

            “Calma Katie, se ela está falando com a gente, é porque não quer nos machucar.” Rose explicou

            “Você está certa. Eu sou o espírito bom das quatro, a única que não quer matar todo mundo, ou possuir alguém. Me chamem de Greeny. Vou estar sempre ao lado de vocês.”

            “Meninas, estão falando com quem?” A mãe de Rose havia chegado

            “Ah, mãe, com ...” Greeny havia sumido. “Ninguém, falando sozinhas só.”

            Janie era uma boa menina, católica, não acreditava no sobrenatural, até aquele dia. Quando achava ter visto uma menina de vestido preto a seguindo. Ignorou. Pegou os fones de ouvido e colocou Demi Lovato para tocar.

            “Eram quatro irmãs, no dia de eclipse, aconteceu.” Janie tirou os fones.” Três delas foram amaldiçoadas á quando morrerem ficarem presas no mundo mortal, até alguém as libertarem. A irmã que não foi amaldiçoada, ficou pasma com a história, e disse, que conseguiria salvá-las a qualquer custo. No mesmo dia do ano seguinte, aquela irmã foi assassinada pelo mesmo homem que amaldiçoou as irmãs. Ela preferiu ficar na terra pelas irmãs, mesmo que as mesmas não pudessem vê-la. As amaldiçoadas foram se culpando pelo que acontecera com a irmã mais velha, então sua bondade ia acabando. Até que quando elas completaram dez anos de idade, as trigêmeas resolveram se suicidar. Usavam roupas de acordo com a situação: a que estava com raiva usava vermelho, a que estava assustada com tudo usava preto e por fim, a que queria acabar com todos os humanos, os possuindo, usava branco. E elas se suicidaram as 3h00 da manhã de seu 10° aniversário.”

            “Quem está aí? Pare com isso!” Janie gritou no meio da rua

            “Nicolle, mas as pessoas me conhecem como dama de preto”

            Janie não acreditava no que via, sua tatatataravó, sua mãe contava que ela havia morrido da peste negra, mas pelo visto, sua mãe a contava muitas mentiras.

            “E a mãe das meninas teve mais gêmeos, um menino e uma menina, que viveram uma vida normal e muito feliz. Seus antepassados querida Janie, ou devo chama-la de neta?”

            “Não, não é possível. Minha mãe me disse que você morreu da peste negra”

            “VocêS, e você ouviu a história minha linda Janie.”

            “Não, alguém tire-a daqui!”

            “Ninguém pode te ouvir Janie, desista, você é minha agora”

            Por sorte do destino, naquela hora, um padre passou por elas e viu a dama.

            “Menina, você não pode ficar aqui.” O padre puxou Janie pelo braço e a levou até a sua casa.


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Notas finais do capítulo

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