A filha de Esme e Charles - versão 1 escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 48
Capítulo 48


Notas iniciais do capítulo

Happy birthday Carlisle!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! - Februry 01, 1640
God bless you!
Keep being this good doctor 'stregoni benefici' to all humans.



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13 de março de 2005

Edward finalmente voltou para casa ontem. A demora para o retorno dele já estava começando a afligir mamãe. Algo teria acontecido no caminho de volta e o teria impedido de chegar ao destino? Talvez ele foi pego pelos Volturi – até me arrepia quando mamãe teve essa ideia, é claro que ela pensaria no pior, e eu mesmo sem nunca ter visto o clã da Itália os temia com um medo reverente. Eu sabia do que eles eram capazes, ouvi falarem coisas absurdas e respeitáveis sobre eles. São o que há de mais próximo da realeza de nossa espécie. São como monarcas do mundo dos vampiros e ninguém quer provocar a ira de um monarca intencionalmente.

Os vampiros italianos, principalmente um dos três líderes, Aro, sempre quis muito ter meu irmão ao seu serviço, queria ter na sua guarda alguém como Edward. Mas ele não aceitou e nem nunca aceitaria, pois sabe que nos deixar novamente e por esse motivo tão ignóbil iria magoar a mamãe e decepcionar o papai, seria o pior tipo de traição, e ele não podia fazer isso novamente. Mas se meu irmão quisesse... sabemos que não há chance disso ocorrer. Não por vontade própria, mas se ele fosse coagido. Não duvido muito que os Volturi seriam capazes de um subterfúgio como esse.

A não ser que os Volturi tenham capturado meu irmão, pois ele estava sozinho e não poderia resistir a sabe-se lá quantos eles eram. Claro que eu não falei esse meu pensamento para mamãe, para não deixá-la ainda mais nervosa do que já estava e eu sabia que isso a deixaria mais agitada. Mas mesmo que eu não tenha dito ela parece que também chegou a mesma conclusão. Algumas vezes as mães pensam no pior que pode ter acontecido com seus filhos.

Mesmo Alice afirmando que não viu qualquer vestígio da presença dos Volturi pela região, mamãe não sossegou até que Edward chegou.

Os Volturi sempre tiveram interesse em meu irmãos, Alice e Edward, nem tanto em mim – ainda bem!, os dons deles são incríveis. Mas Edward e Alice não são objetos, são pessoas que tem suas próprias vontades. Eles são tratados como pessoas na nossa família, muito além de seus dons, são livres para fazer o quiserem – exceto matar seres humanos, é claro, o que vai contra nosso estilo de vida ‘vegetariano’.

Algumas vezes a insistência de Aro chega a ser impertinente. Ele nunca desiste. Nunca nos deixa em paz. Edward e Alice não querem se unir a ele e ele tem de aceitar isso, se meus irmãos quisessem um dia, eles sabem que  podem ir para a Itália que serão recebidos de braços abertos. Eles sabem muito bem disso, não precisa insistir toda vez que nos encontramos, isso é chato – eu não os conheço pessoalmente, mas ouço as historias de meus irmãos. Mas não vai nos vencer pelo cansaço, se é isso que pensa. Não vamos arredar o pé nem ele vai recuar então é melhor aprender a conviver com isso.

Ainda bem que quanto a mim não tenho ‘utilidade’ para ele, mas sei que sou útil aqui, sou querida na minha família. Bem, é claro que tem algumas rusgas, mas que família não tem? Jamais os abandonaria mesmo se eu tivesse algo que Aro quisesse (ele às vezes parece uma criança mimada que quer porque quer - e ele tem poder para ter o que quiser). Nada que ele pudesse me oferecer me faria desistir de ficar aqui, deixar a minha família para ir morar com ele. Eu tenho tudo que eu sempre quis aqui, porque eu iria embora? Não faz sentido. Eu tenho, irmãos incríveis – com uma notável exceção, um pai maravilhoso e uma mãe espetacular. Não poderia ser feliz longe dela. Eu não ficaria bem longe dela. Eu amo tanto meu pai e minha mãe que doeria muito ficar separada deles. Não foi para isso que me transformaram, se não fosse para viver com eles seria melhor eu ter morrido nas mãos de Charles.

Estávamos todos em casa – exceto Carlisle que estava no hospital trabalhando – quando percebemos a aproximação de Edward. Esme se levantou do sofá tão rápido como se tivesse levado um choque:

— Filho!

— Estou aqui mãe – ele diz aparecendo no meio da sala, na nossa frente, sabe-se lá como havia entrado.

Mamãe se adianta e abre os braços para envolvê-lo. Edward deixa-se ser abraçado, mas a expressão em seu rosto demonstra que ele está meio sem jeito. A contragosto. Ele não quer fazer mais mágoa a Esme e por isso não a repeliu, sei bem que ele poderia ter se esquivado, mas não o fez em consideração à nossa mãe.

— Onde você estava irmão? Nossa mãe estava aflita. Alice viu você decidindo sair do Alasca, mas estava demorando para chegar.

— Eu vaguei alguns dias sem rumo. Sem coragem de vir para casa. Precisava me distanciar mais do problema e refletir.

— Meu irmão... – alguns instantes depois quando nossa mãe por fim o deixa e eu digo abrindo os braços para abraçá-lo.

— Minha irmãzinha querida – ele vem até mim e me aperta contra si.

Confesso que eu estava um pouco zangada com ele. Foi tão imprudente, tão leviano, tão egoísta o que ele fez... Mas não pude ficar mais brava com ele depois do que ele fez, vindo me abraçar tão afetuosamente.

— Eu sei irmã – Ele diz. É claro que ele sabia de tudo que estávamos pensando. – Me desculpem – diz olhando para nossa mãe e depois para mim.

Esme assente com um gesto mínimo da cabeça.

— Edward! – grita Alice no topo da escada descendo rapidamente e um milésimo de segundo depois ela já estava ao nosso lado esperando sua vez de abraçar nosso irmão.

— Posso? – ela me pede.

— Claro! – me afasto de Edward que a envolve com os braços. Ela é tão pequena que até mesmo ele quase a esconde.

— Sabia que você iria voltar – ela diz.

— Você viu – ele afirma categoricamente. Seguro. É claro que ele sabia que ela veria quando ele decidisse o que iria fazer.

— Sim, eu vi. Mas antes de ver eu já sentia que você iria acabar voltando para casa.

— Decidi encarar o problema – diz ele, receoso de deixar escapar alguma informação.

— Ela não é um problema Edward. Você vai conseguir.

— Queria acreditar em mim tanto quanto você, irmã.

— Vamos ajudá-lo no que for preciso, filho – diz Esme mesmo sem saber exatamente qual é o assunto da conversa entre meus irmãos -nem eu sabia na hora- mas ela oferece apoio incondicional mesmo assim.

— Me desculpe mãe, não deveria ter fugido assim – diz, soltando Alice.

— Ah Edward meu menino – Esme se joga nos braços do filho novamente. – Meu garotinho fujão. Você sabe que eu te amo muito e que não posso ficar brava com você, não importa quantas vezes fuja e despedace meu coração. Ele sempre se recompõe quando você volta. Sua mãe ficaria com ciúmes de mim se soubesse...

Jasper e Edward trocam apenas um olhar se cumprimentando de longe enquanto mamãe ainda está abraçando o filho mais novo. Jasper não afastaria mamãe de seu filho querido, além do mais ele está adorando a efusão de emoções e não iria querer acabar com isso interrompendo.

— Onde está Carlisle? Preciso lhe falar... – pergunta Edward em voz alta, mas é claro que ele já sabia a resposta, pois leu em nossas mentes.

— Ele já deve estar chegando, querido - responde Esme.

Assim que ela disse essas palavras pudemos ouvir o carro de papai passando da estrada asfaltada para o caminho de pedra na entrada de nossa casa. Logo o veículo estacionou. Ele deve ter sentido a presença do filho e está ansioso para revê-lo e nem guardou o carro na garagem como de costume.

Imediatamente a porta da sala se abre e Carlisle exclama esfuziante:

— Edward, meu filho!

Meu irmão vai encontrá-lo para abraçá-lo também.

Tudo está desculpado apenas ver a forma calorosa com que o pai recebeu o filho. Nada mais precisa ser dito.

...XXX...


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