Fevereiro de 1919

Dois meses depois, num dia Esme está lavando a louça depois do café-da-manhã quando se sente tonta. Charles que estava sentado a mesa da cozinha lendo o jornal percebendo o que aconteceu segura a esposa pela cintura em seus braços. A leva ate a cadeira em que estava e a coloca sentada:

 - Esme, você está bem? – pergunta lhe dando um copo que encheu com água.

— Sim, eu estou bem. Acho que fiquei em pé muito tempo...

Esme dizia quando se levanta correndo para ir ao banheiro onde se inclina diante do vaso sanitário e expele todo o jantar de ontem e o café da manhã de hoje. Seus olhos lacrimejam por causa do refluxo de comida semi digerida e devido a ardência em sua garganta. Quando ela consegue enxergar percebe o marido na porta olhando para ela:

— Charles eu... – ela dizia, enquanto lava a boca com água na pia do banheiro.

— Querida, você está grávida! – Charles caminha até ela e lhe dá um beijo profundo.

Quando os dois se afastam, Esme retoma o fôlego e consegue dizer:

— Não tenha tanta pressa querido, pode não ser nada. A comida pode estar estragada.

— Eu não sinto nada, então não deve ser a comida – rebate Charles.

— As minhas regras não estão tão atrasadas assim, só um pouco mais de um mês. Semana que vem deve vir. Se não descer, aí sim eu começarei a pensar que estou mesmo esperando um bebê.

— Esme, isso é maravilhoso. Você está esperando um filho meu. Primeiro a tontura depois o enjoo, você precisa de mais provas?

— Não sabemos se eu estou mesmo grávida - diz ela ainda incrédula.

— Eu acho que sim - afirma Charles categoricamente.

No fundo ela também sente que é verdade. Se sente inchada, algo dentro dela está diferente. Sim, ela está grávida. Mas apenas não quer admitir isso em voz alta. Com medo de dizer e  acabar perdendo a criança. Esme pousa as mãos sobre a barriga, bem embaixo onde deve estar seu filho ou filha se formando.

— Você também quer, Esme – Charles vê exatamente na hora em que a esposa faz o gesto mínimo.

— Não podemos afirmar ainda, o bebê precisa se fixar. Precisamos esperar mais um pouco até termos certeza absoluta.

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Duas semanas se passaram, mais do que Esme disse que deveriam esperar, e suas regras não desceram. Charles e Esme ainda estão dormindo no quarto, prestes a acordar. Ele desperta primeiro e saúda a esposa:

— Bom dia, mamãe – Charles beija a esposa.

— Bom dia, papai – Esme admite que realmente engravidou. É um sonho que se torna realidade. Ela tem o marido que sempre quis, bem não exatamente, mas é bom como ela sempre quis - o Dr. Cullen ela nem sabe para onde foi e ele já deve estar casado e nem lembra mais dela. Charles a trata bem. Ela está esperando um filho dele. É bom demais. Ela sorri. E se levanta.

— Não precisa, querida. Eu faço o café e trago pra você meu amor – Charles diz lhe dando um beijo na testa.

— Charles, eu ainda posso andar! – Esme protesta tentando mostrar indignação na voz, mas também feliz pela atitude do marido.

Ela jamais acreditou que ele um dia fosse fazer algo assim. tão romântico! Tem medo que seja u sonho e se belisca levemente para saber que sim, é mesmo verdade. incrível mas é real.

— Eu sei meu amor, mas não custa nada fazer um agrado para a mãe do meu filho.

— Talvez seja uma menina.

Os olhos de Charles ficam vazios e distantes.

— Não importa – no fundo ele espera avidamente que seja um menino. De qualquer forma eles dois só vão saber o sexo da criança apenas quando nascer.

...XXX...