A filha de Esme e Charles - versão 1 escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Caroline Melville:
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Algumas horas depois, quando já é dia claro Caroline chega na casa de Esme para ver como ela está. Como bateu na porta e ela não atendeu resolveu entrar. A casa estava em ordem toda arrumada, ao contrário de como estava o quarto. Isso não a preparou para ver o que ela iria ver.

Caroline quase teve um infarto quando viu o estado em que a amiga estava. Apesar do susto a expressão em seu resto logo ficou parecida com a expressão da própria Esme que tinha um sorriso celestial nos lábios.

De repente a nova mamãe abriu os olhos e ao ver a amiga sussurra:

— Carol, querida!

— Esme! Oh meu Deus! – ela corre até a cama. Para ao ver o pequeno no colo da mãe.- Collin!

— Sim. E você será a madrinha, aceita?

— Mas eu não fiquei aqui para te ajudar. Eu sabia que tinha que ter ficado, eu senti meu coração apertado a noite toda, não parei de pensar em você um só instante.

— Tudo bem, Carol. Você não podia adivinhar o futuro – se a amiga está assim imagine sua mãe, vai escrever pra ela depois.

— Você me perdoa então, Esme?

— Claro que eu perdoo, querida.

— Precisamos te levar para o hospital. Não; é melhor chamar o médico pra vir para cá, você não pode andar nesse estado.

— Nós estamos bem – Esme diz quando o filho faz um lindo bocejo que deixa as duas ainda mais enternecidas.

— Ele é lindo. Parabéns amiga – diz Caroline.

— Obrigada.

— Vou a cozinha preparar uma faca para cortar o cordão. Vocês não devem ficar muito tempo unidos. O bebê tem de respirar com seus pulmões.

— Como você sabe tanto, Caroline?

— Meu marido é médico. Eu sei algumas coisas. Mas eu também admito que não aguento ver sangue, não seria uma boa enfermeira. Só de sentir o cheiro fico enjoada e tonta, a ponto de desmaiar.

Caroline vai até a pequena cozinha da pequena casa de Esme e procura uma faca suficientemente afiada para cortar. Encontra o facão de cortar carne e volta para o quarto. – Aqui está – ela diz brandindo a faca já esterilizada no fogo. Com um movimento preciso ela faz o corte perto do umbigo do menino.

— Cuidado! – Esme diz preocupada. A faca é quase do tamanho da criança.

— Eu sei, Esme. Eu não seria louca a esse ponto. Machucar um bebê é a coisa mais malvada que existe. Eu não faço mal a uma barata. – ela para pra pensar por um instante. –Bem, não deliberadamente. E Collin é quase como meu filho também. Você mesma disse que ele é meu afilhado.

— Sim, Carol. Eu confio em você.

Caroline afasta um pouco mais a faca do peito da criança e corta a corda. Realmente está começando a ficar verde e fedendo um pouco.

— Ainda bem que eu estou aqui. A placenta já foi expelida e o bebê está ficando sem oxigênio.

Como se confirmando as palavras dela, Collin começa a chorar novamente.

— Buáaaaaaaaaaaa ....uáááaá

Esme fica preocupada. Caroline percebe e acalma a amiga:

— Ele está chorando porque é a primeira vez que ele respira com os pulmões.

Esme fica aliviada.

— Quer dizer que meu filho quase morreu?

— Acho que sim. O suprimento de oxigênio iria acabar porque a placenta não é mais irrigada. Vocês dois precisam tomar banho – ela olha para cima. – Vou buscar uma bacia com água morna para darmos banho em Collin. E também para você. Onde posso encontrar uma bacia?

— Lá perto do tanque na lavanderia – responde Esme.

...Minutos depois Caroline volta com muitos panos limpos, a bacia e a água morna. Ela está tão carregada que mal consegue ver para onde vai.

— Cuidado, querida! – diz Esme. Quase no mesmo momento em que Caroline bate na escrivaninha:

— Ai! – ela exclama. Mais por causa da batida inesperada do que pela dor em si.

— Está tudo bem com você, filha?

— Sim – os olhos dela ficam arregalados e amorosos ao encontrar o olhar de Esme preocupada com ela. – Obrigada, por ter me chamado de filha. – ela diz com um nó se formando na garganta.

Ela caminha até a cama e se abaixa do lado preparando a banheira improvisada.

— Como vamos saber se a água não está quente demais e vai queimar Collin?

— Vou testar antes com a ponta do dedo – Carol responde.

— Mas se você se queimar?

— Antes eu queimar um dedo do que arriscar a vida do meu afilhado.

— Você realmente vai fazer isso?

— Claro – Carol olha nos olhos de Esme.

— Obrigada.

— Não há de que.

Caroline despeja o conteúdo da chaleira na bacia e experimenta a água. Não está muito quente, nem muito fria. Está boa para o bebê.

— Esme – ela olha para cima enquanto se abaixa para pegar  a bacia com água. – você consegue se sentar?

Esme prontamente senta enquanto a amiga coloca o recipiente com água ao seu lado. Ela testa a água novamente:

— Pode colocar Collin.

Esme segura seu filho delicadamente pelos braços enquanto Caroline o limpa da camada esbranquiçada que ainda o envolvia.

...XXX...

 

Depois do banho tomado. Esme e Collin vão para a cadeira enquanto Caroline termina de tirar os lençóis da cama. Ela retira o colchão e o leva para pegar sol.

Apesar daquela tempestade de madrugada agora de manhã o sol apareceu. Quando ela volta para dentro encontra Esme ninando Collin em seu colo, murmurando uma canção.

— Já pedi para chamarem o médico, ele logo vem vê-los.

— Obrigada por tudo, Carol.

— De nada, Esme. É o mínimo que eu posso fazer por não ter ficado com você ontem. Deixei meu medo falar mais alto e agora me arrependo amargamente. Se arrependimento matasse...

— Carol, não fique assim. Está tudo bem. Collin é um bebê saudável – diz Esme suavemente.

— Graças a Deus e não a mim. Eu não ajudei. Não fiz nada.

— Carol, não seja tão dura consigo mesma. Você fez tudo que podia hoje.

— Por mais que eu faça não estive junto de você quando mais precisava.

— Tudo bem, Carol. Você disse que viria hoje e veio. Foi algumas horas depois. Você salvou a vida de meu filho, se não fosse você ele estaria... - Esme faz uma pausa para falar o que temia que acontecesse, como se falar pudesse atrair a desgraça. - ...morto agora.

— Sei disso. Mas... não estou satisfeita com o que fiz - Caroline balança a cabeça desgostosa consigo mesmo, com raiva de si mesma.

— Carol, você fez tudo que pôde. Eu sou eternamente grata a você.

— Obrigada por ser assim Esme – Caroline se inclina para abraçar mãe e filho.

...XXX...


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