Uma babá quase perfeita. escrita por Atena


Capítulo 4
Pequena Queen.


Notas iniciais do capítulo

Oiiii xentiiii! Olha eu aqui de novo.
Bom, quero agradecer a recepção que a fanfic está tendo, apesar de eu ter atrasado bastante para postar mais capítulos, teve leitoras que não desistiram e seguem fieis acompanhando a fic, obrigada gente, isso me deixa muito feliz.
Não vou me prolongar muito, e vou deixar vocês lerem. Então aproveitem.



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As portas da mansão Queen foram abertas para a minha passagem, eu subi cada degrau da entrada sentindo palpitações no coração. Esse seria o meu primeiro dia como babá de Jensen e Olívia Queen, os filhos do prefeito de Star City. Seu eu estava nervosa? É claro que sim. Minhas mãos estavam úmidas porque estava suando frio e elas também tremiam. Céus, preciso me acalmar.  Esse emprego é muito importante para mim, não posso vacilar. 

Apesar de ter um cheque gordo guardado no fundo do meu armário que a minha querida madrasta me deu, bom, na verdade foi mais da base de um acordo que fizemos. Enfim, aquele cheque permanecerá guardado lá, agora eu tenho um emprego, só usarei em últimos casos, dessa forma não me sinto tão culpada por ter aceitado a proposta daquela megera. 

Adentro a enorme casa e assim que passo pela porta de entrada, escuto risos de crianças, o interior da casa está totalmente escuro e uma música sinistra toca em algum cômodo do andar de cima. Sinto calafrios por todo o corpo, e um arrepio na nuca, até parece que estou em um filme de terror. 

— Felicity. — escuto o meu nome soando de uma voz infantil, meiga e feminina. — Nós estamos aqui em cima, Felicity. — continuo escutando a voz e ela me guia até a escada. — Vem brincar com a gente. 

Subo calmamente cada degrau. Isso está sinistro, mas não desisto de seguir o som da voz infantil que me chama. 

— Olá. — digo, assim que chego ao topo da escada. 

— Estamos aqui. — escuto. — É só seguir pelo corredor, Jensen e eu estamos ansiosos para te ver.

Uma sensação ruim invade meu corpo e eu tenho vontade de sair correndo escada abaixo. Todo esse cenário está realmente parecendo de um filme de terror e eu estou fazendo o papel da mocinha burra que sobe as escadas achando que vai conseguir fugir do assassino mascarado.

Acalme-se, Felicity. São apenas duas crianças.

— Você está demorando, Felicity. — a essa altura acredito que seja Olívia a dona dessa voz tão delicada, qual mal que duas crianças podem me fazer? — Nós queremos brincar com você.

— Tudo bem. — sussurro e respiro fundo, conto mentalmente até dez e então sigo pelo corredor.

 As gargalhadas de Jensen e Olivia tornam-se ainda mais intensas e me fazem parar na frente de uma das portas dos cômodos de cima. A música também está vindo desse quarto. Só pode ser aqui que eles estão.

— Que bom que está aqui, Felicity. — diz Olívia. — Pode entrar! Vem brincar com a gente.

Eu penso algumas vezes antes de segurar na maçaneta da porta. Isso tudo não está parecendo real. Mas qual o problema de entrar nesse quarto? Jensen gosta de mim e eu ainda nem conheço Olívia, exceto pelo que Dig me falou, não irei mentir, Dig me deixou um pouco assustada. No entanto, sei que Olívia irá gostar de mim.

Empurro a porta e coloco os pés para dentro do cômodo, o que escuto em seguida é apenas um click acima da minha cabeça, o som se mistura com as gargalhadas de Jensen e Olívia. Olho para cima e vejo um balde de tinta vermelha virar e a tinta cair sobre minha cabeça e se espalhar por 60% do meu corpo.

— AH MEU DEUS!

Eu acordo gritando e percebo que não estou na mansão Queen e sim no meu quarto escuro, em cima da minha cama. Tudo não passou de apenas um pesadelo, estava até parecendo um cenário de Nossa querida babá e Carrie a estranha; credo.

 Até entendo, depois do que Diggle me falou sobre Olívia acabei ficando paranoica. A menina travessa que nunca gostou de nenhuma babá e sempre deu um jeito de ser livrar delas, porém, comigo será diferente, eu vou conquistar Olívia, pode demorar um pouco, mas vou conseguir ou não me chamo Felicity Smoak. Só que agora vou voltar dormir, depois de conhecer a pequena Queen, pensarei em um jeito de conquistá-la.

Deito-me novamente e me cubro até as orelhas, não demora muito para eu cair no sono e dormir como um anjinho.

[...]

Acordo ao som do meu despertador dos infernos, cubro minha orelha com o travesseiro e permaneço imóvel sobre a cama. Aqui está tão gostoso que não sinto vontade de sair de debaixo das cobertas. Estava até bom esses dias sem ter que fazer nada, eu praticamente hibernava o dia inteiro, no entanto, a vida não é essa folga toda, e se continuar dormindo desse jeito, em breve não terei um teto sobre minha cabeça.

Dou um soco sobre o botão do despertador e puxo minhas pernas para me sentar sobre meu colchão macio. Permaneço longos segundos olhando fixamente para a parede a minha frente e meditando, na verdade, pensando em como será meu primeiro dia com os filhos de Oliver Queen. Para quem pensou que nunca mais ia ver o Queen depois de sair correndo da casa dele aos 16 anos, cá estou eu, pronta para ser a babá dos filhos dele. Vou começar levar ao pé da letra quando falarem que o mundo gira.

Penso em dezenas de coisas que podem acontecer, desde a tinta na cabeça ou ser afogada na piscina por Olívia. Entretanto, chego à conclusão de que minha imaginação é muito fértil e estou exagerando. Na verdade, acho que Olívia irá gostar de mim e nós vamos nos dar muito bem. Com esse pensamento, levanto-me e vou direto para o banheiro, tenho que me arrumar logo antes que acabe me atrasando.

[...]

Por sorte as moedas que tinha guardada em um cofre escondido debaixo da minha cama, foram o suficiente para encher o tanque do carro e pagar ao menos um copo de café e um donuts. Caramba, eu estou muito ferrada mesmo para assaltar o cofrinho, mas prometo repor esse dinheiro em breve. Termino de comer e tomar meu café e então dirijo até a mansão do prefeito.

Diggle estava me esperando na garagem da mansão, ele me passou algumas instruções e me levou direto para o escritório de Oliver, disse que o prefeito queria ter uma conversa comigo antes de sair para a prefeitura. Parei na frente da porta do seu escritório, estava um pouco ansiosa para saber do que exatamente se tratava essa conversa, será que ele lembrou de mim? Mas isso é impossível, eu era muito diferente, tinha cabelos pretos para começar, Oliver nunca vai lembrar de mim.

Bati na porta, alguns segundos se passaram até sua voz se fazer presente, ele me mandou entrar. Respirei fundo, coloquei uma mecha de cabelo para trás da orelha e empurrei a porta, assim que coloquei meus pés dentro do cômodo, olhei para cima, só para me certificar de que o sonho que tive não era uma meia premonição.

— Algum problema? — indaga Oliver, desvio meu olhar do teto e encaro o homem parado a minha frente.

Vou ser honesta, Oliver é um ENORME pedaço de mal caminho, por sorte tenho a cabeça no lugar e para mim ele só é um homem bonito, muito bonito, um verdadeiro Deus grego desenhado com perfeição.

— Problema? — devolvo, com um risinho involuntário.

— É que você estava olhando para cima como se algum bicho estivesse pronto para te atacar.

É claro que não ia falar para Oliver o verdadeiro motivo que me fez olhar para cima, vai que ele se sente ofendido e me expulsa da sua casa, como já mencionei tantas vezes, esse trabalho é muito importante, não posso vacilar. Encarei Oliver por alguns segundos enquanto pensava em qualquer desculpa.

— É só uma mania que tenho. — digo. — Sempre olhar para cima quando passo por uma porta. — eu acabo dando um riso sem graça. Que maldita desculpa é essa, Felicity? Ele deve estar me achando maluca. — Bom, todos temos manias né? Essa é uma das minhas.

Oliver sorriu e pareceu engolir a minha desculpa fajuta.

— Bom, acredito que sim. — disse, concordando comigo. — Eu também tenho as minhas.

Confesso que fiquei um tanto curiosa com essas manias que Oliver deve ter. No entanto não questionei, claro.

— Sente-se, por favor. — Oliver apontou para a cadeira a frente da sua mesa de trabalho. — Nós precisamos conversar antes de você conhecer meus filhos.

— Claro. — puxei a cadeira e me sentei. — Olha, primeiro quero agradecer por ter me escolhido. Eu estava realmente precisando de um emprego, sabe, contas atrasadas essas coisas burocráticas para resolver. — Olhei para Oliver e ele estava com uma carranca séria. Caramba por que tenho essa mania de falar mais do que o necessário? Com certeza eu o assustei e agora ele está pensando em uma maneira de se livrar de mim. — E claro, eu adoro crianças. Acredito que será uma grande carga de experiência, tanto para mim quanto para eles. É sempre bom mudar um pouco o rumo da nossa vida. E tenho certeza que vou me dar super bem com Jensen e Olivia. — Oliver suspirou. Cacete, mas uma vez estava falando como uma louca sem freios. — Desculpe, eu sempre falo de mais.

— Tudo bem. — ele sorri. — Felicity, por que sempre que a gente se vê eu tenho a impressão de que nos conhecemos.

— Impossível. — soltei, sentindo um arrepio na nuca e meu coração pulando dentro do peito, involuntariamente comecei a balançar a perna, tudo por causa do que Oliver disse. — Ou não. — emendei, suavizando as coisas. — Talvez a gente se viu em algum lugar, se esbarrou né? Ou você viu uma pessoa muito parecida comigo.

— É, talvez seja isso mesmo. — ele concordou, mas eu notei que Oliver ainda estava obstinado a lembrar-se de onde nos conhecíamos.

Querido Deus, se você ainda gosta de mim, por favor, não deixe Oliver lembrar daquele fatídico dia em que estive no seu quarto.

— Bem, estamos aqui pra outra coisa. — disse. — Então, Felicity, na verdade eu tive uma conversa séria com minha mãe e minha irmã e elas me ajudaram a escolher a pessoa certa para esse cargo. Confesso que você não era uma das opções.

Meu queixo foi quase lá no chão com o que tinha acabado de escutar. Poxa, Oliver podia ser uma pouco mais delicado e não ter me tombado desse jeito. Mas se eu não era nem uma das opções, o que estou fazendo aqui?

— A gente escolheu outra pessoa, mas ela pediu demissão no primeiro dia. — ele explicou e eu me perguntei o que teria acontecido para a mulher ter pedido demissão logo no primeiro dia. Será que foi uma das travessuras de Olívia? — Olívia ela é muito travessa e disse que não tinha gostado da babá, até aí tudo bem, aconteceu que Olívia, ela tem uma tarântula de estimação.

ACERTEI! Foi Olívia mesmo que aprontou para a babá.

— Uma tarântula?

Aquela espécie de aranha enorme, peluda e horripilante? Que tem uma bunda enorme cheia de gosma? Aquele bicho horrível que me causa calafrios só de escutar o nome? Eu não tenho lá muitos medos, mas se tem um bicho que me causa arrepios, esse bicho é a aranha, eu não posso ver uma que entro em pânico.

— Na verdade ela tem vários animais de estimação, ela tem um carinho enorme por bichos. — eu assenti. — E como ela não gostou da babá que tínhamos escolhido, ela usou a aranha para assustar a mulher e acabou dando certo, porque no mesmo dia recebi uma ligação desesperada da babá dizendo que nunca mais colocaria os pés aqui.

— Uau. — foi à única coisa que consegui dizer.

— É por isso que eu queria ter essa conversa com você. Entende? — concordei com a cabeça, ainda estava um pouco admirada com a inteligência de Olívia, que ela não use a aranha contra mim. — Olívia é uma menininha doce e muito esperta, ela é travessa também, muito, mas também tem um coração enorme. Por isso queria te pedir para ter calma com ela. Tudo bem para você?

Eu já tive que fazer dezenas de escolhas na minha vida, como para que faculdade eu ia, se eu queria mesmo seguir os passos do meu pai, mesmo ele tendo me decepcionado. Algumas escolhas que mudaram minha vida e que deram um novo sentido a ela. Ontem mesmo eu tive que fazer uma escolha, e agora tenho que fazer outra, e tenho apenas duas opções, desistir desse emprego ou ficar e não desistir de conquistar Olívia. Pela pouca experiência que tenho com crianças, talvez eu falhe miseravelmente, mas eu quero tentar. Além do mais, nunca fui de desistir sem antes tentar.

— Não vou dizer que me sinto confortável com isso. Se ela já fez isso, pode muito bem fazer de novo, dessa vez comigo, e aranhas me deixam um pouco assustada. — Céus, eu estou piorando as coisas. Está na hora de parar de jogar contra mim mesma. — Mas eu não vou ir embora só por causa de uma aranha, por mais que seja uma enorme e assustadora. Pretendo ficar.

Oliver esboçou um sorriso enorme e encantador. Eu até fiquei meio boba encarando seu sorriso. Poderia ficar o dia inteiro o olhando sorrir, é tão sexy e ao mesmo tempo doce.

— Isso é ótimo. — ele diz, Oliver levanta-se e abotoa o terno. Eu sigo esse movimento e céus, jamais vou admitir isso a ninguém, somete para mim, mas Oliver é gostoso demais, puta merda. — Eu vou te levar até eles. O Jensen está animado para te conhecer e Olivia curiosa.

— Espera. — eu levanto-me e fico parada na frente de Oliver, ele encara meus olhos e arqueia uma sobrancelha. — Você disse que eu não era nenhuma das opções, então como estou aqui?

— O Jensen não parava de falar sobre você. — respondeu. — Foi ele que te escolheu.

Abaixei minha cabeça e sorri. Não acredito que meia hora com aquele menininho envergonhado e muito esperto foi suficiente para eu conquistar Jensen. Ele é uma criança linda e doce, também o adorei desde aquele dia quando conversamos sobre filmes e vídeo game. Tenho certeza que seremos ótimos amigos, no entanto, conquistar Olívia ainda é um grande desafio.  

Depois da conversa com Oliver, ele me guiou até o quarto de Jensen. Os olhos do menino brilharam quando ele me viu, e mesmo ainda estando com vergonha ele me deu um abraço carinhoso e disse que estava feliz porque eu seria a babá dele e de Olívia. Jensen me mostrou sua coleção de revistinhas em quadrinho, outra coleção de miniaturas de heróis e seus jogos de vídeo game. O quarto dele era igual o da minha infância, só tinha algumas diferenças. Acabei descobrindo que nós tínhamos muita afinidade. Ponto para mim.

Depois que conversei um tempo com Jensen, Oliver alertou que estava na hora de conhecer a pequena Olívia. Nó início fiquei um pouco com receio de entrar no quarto dela, talvez a garotinha pensasse que estava invadindo sua privacidade. Porém, isso era necessário; estava na hora de encarar o iminente. Oliver bateu na porta e pediu se podia entrar, Olívia deu autorização. Ele empurrou a porta e pediu para eu esperar um pouco. Aguardei enquanto Oliver conversava com a filha, então ele disse que eu podia entrar.

Adentrei o quarto da pequena Queen, Olívia estava parada ao lado da cama bagunçada, seus braços estavam cruzados e sua posição era como a de um adulto que está prestes a interrogar uma pessoa. Os olhos da pequena me sondaram por alguns segundos e eu fiquei imóvel encarando-a. Ela não parecia nenhum pouco como a monstrinha que tinha sonhado na noite anterior, o contrário, tinha traços delicados e não uma verruga na ponta do nariz e na verdade parecia um doce de menina, os olhos eram iguais aos de Oliver e os cabelos loiros e compridos estavam bagunçados, denunciando que ela acabará de acordar.

— Olá. — falei, dando um passo a frente.

Olhei ao redor a procura de uma única coisa que tivéssemos em comum, mas o que sobrava no quarto de Jensen faltava no de Olívia. Ela tinha um aquário e uma gaiola sobre uma mesinha no canto esquerdo, no aquário estava a tarântula e na gaiola estava um hamister. Esses não eram os únicos animais, em cima da cama tinha um gato preto e branco e ao lado da cama, em uma almofada enorme estava um labrador. Caramba, ela ama animais, e eu tive um único animal na minha vida, o cachorro do meu ex namorado.

Quando estou quase constatando que não temos nada em comum, meu olhar se prende em uma estante de livros infantis, no meio de alguns livros encontro o livro favorito da minha infância, a fantástica fabrica de chocolate. Pode não ser o favorito dela, mas talvez seja um dos preferidos.

— Ela vai ser a nova babá? — Olívia questionou, apontando para mim e encarando Oliver.

— Sim, Olívia. — responde Oliver. — E eu espero que você seja boazinha.

— Ela não é velha como as outras. — comenta. O olhar dela dispara na minha direção e ela fica pensativa por alguns segundos. — Qual o seu nome?

— Felicity.

— E você gosta de cachorro, Felicity?

— Sim. — falei, assentindo com a cabeça. Posso nunca ter tido um cachorro, mas eu gosto deles.

— E de gatos?

— Também. — respondo. — Aliás, como você faz para o gato não devorar o hamister?

Ela sorri, anda até a cama e pega o gato no colo.

— O Senhor Tumnus é um bom gato. — diz, acariciando o pelo do bichano. — Ele só come ratos e é amigo do Pedro.

— Pedro?

— É o hamister. – ela aponta para a gaiola.

— Por acaso o nome do cachorro é Edmundo?

Ela solta uma gargalhada e eu fico cada vez mais encantada pela garota, mas também não deixo de ficar alerta, algo me diz que ainda não conquistei sua confiança.

— Não, o nome dele é Chuck. Foi o papai que escolheu o nome. — Olhei para Oliver e ele estava me encarando sorrindo, mas logo desfez o sorriso e ficou sério.

— Filha, se arrume para a escola. — disse. — Felicity, podemos conversar.

— Claro.

Ele saiu do quarto de Olívia e o segui até o corredor. Oliver puxou a porta e parou.

— Eu acho que ela gostou de você.

— Você acha mesmo?

— Nunca a vi tão comunicativa com uma babá igual com você. Então acho que sim.

Oliver deve conhecer a própria filha, então se ele acha que ela gostou de mim, eu também acho, e isso é maravilhoso.

Depois de eu conhecer Olívia, e chegar à conclusão de que não vai ser tão difícil assim conquistar a garotinha, Oliver me apresentou aos empregados e a sua irmã, apenas não me apresentou a Moira e Robert, porque Moira já havia saído e Robert estava descansando. Oliver também me falou sobre a doença do pai e disse que eu tinha que cuidar para as crianças não irem até o quarto de Robert, não explicou o porquê e também não quis ser evasiva. Então ele partiu para a prefeitura de Star.

Enfim, eu estava a par de tudo. Tinha até um quartinho nos fundos da cozinha para deixar minhas coisas e para vestir o meu uniforme. Sim, eu usaria uniforme e ele era todo branco, igual o de uma enfermeira, e até que ficou bonito em mim.

Depois de estar completamente pronta para ser uma perfeita Babá, subi até o quarto de Jensen para checar se ele já estava arrumando para a escola, o ajudei a arrumar a mochila e ele desceu para tomar café. Só faltava Olívia, então fui até o quarto dela e não a encontrei. Com certeza ela já devia ter descido para tomar café, então desci até a cozinha, mas só encontrei Jensen sentado à mesa.

— Você sabe onde está a sua irmã?

— Ela deve estar no jardim, ela sempre brinca um pouco com o Chuck antes da escola.

— Okay. — falei. — Então eu vou lá chamar ela e você fica quietinho ai até eu voltar. Tá bom?

Jensen assentiu e eu sai pela porta dos fundos. Segui até o jardim e escutei risos e a voz de Olívia, segui sua voz e ela estava parada perto da piscina conversando com Chuck.

— Olívia. — ela me encarou.

— Oi. — ela sorriu. — Eu queria brincar com o Chuck um pouquinho, já tomei café. — explicou. — Felicity, você quer brincar com a gente? É só jogar a bolinha para o Chuck, ele adora.

Pensei, ainda tínhamos meia hora antes de eles irem para a escola. Não tinha mal nenhum brincar um pouco com a garotinha e o cachorro.

— Tá bom.

— Ebaa! — ela exclamou. — Você pode ficar ali. — Olívia apontou para perto da piscina. — Caminhei para o lugar que ela indicou e fiquei a alguns passos da beirada da piscina, não queria correr o risco de cair, está frio. — Eu vou jogar a bolinha e você joga pra mim.

— Tá bom.

— Vem Chuck. — ela amostra a bolinha vermelha para o cachorro e ele corre até a garotinha. Depois de chamar bastante à atenção do cachorro, Olívia se ajeita como uma verdadeira arremessadora de beisebol, encara meus olhos e lança a bola para mim. — Vai Chuck!

O cachorro corre, a bolinha voa na minha direção. Chuck está sedento pela bolinha, ele corre tão rápido que não tenho tempo nem para encaixar a maldita bola direito e o cachorro pula com as duas patas dianteiras na minha barriga. Com o impacto me desequilibro e acabo dando alguns passos para trás, até tento manter o equilíbrio, mas é impossível. Olho para a água atrás de mim e percebo que não tem mais nada a ser feito. Em poucos segundos caio dentro da piscina e afundo.

Quando volto para a superfície, praticamente tremendo de frio, a garotinha está dando gargalhadas e pulando.

Parece que Oliver não conhece tão bem a filha e parece que eu fui feita de trouxa.

Conquistar essa menina será um enorme desafio. Mas eu não pretendo desistir, ainda mais depois disso.


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Notas finais do capítulo

E por hoje é isso pessoal? Por favor, não deixem de comentar, preciso muito da opinião de vcs, também favoritem e recomendem caso estejam realmente gostando da fic, não custa nada ahsuauhsauhs estarei esperando ansiosamente seus comentários. Próxima fanfic a ser atualizada é WONDERWALL, que terá muitas surpresinhas. Beijoooos e até breve.



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