Há muito tempo, dois povos reinavam sobre a Terra: Humanos e monstros. Um dia, uma guerra se iniciou entre ambos. Depois de uma longa batalha, os humanos foram vitoriosos. Eles selaram os monstros no subsolo com um feitiço mágico. Muitos anos depois...

Lendas dizem que aqueles que escalam a montanha chamada de Monte ebott jamais retornam. Mei escalou a montanha por um motivo idiota, e ela nunca mais foi vista.

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Caída sobre flores douradas a única coisa que Mei queria era continuar ali. Já estava no fim da adolescência, não era mais criança há muitos anos. Olhando para cima se perguntava como havia sobrevivido a queda.

— Opa! Como vai! Eu sou Flowey. –a jovem senta-se para olhar quem estava falando. — Flowey a flor!

— Tanto faz... me desculpe mas não estou afim agora. Não pense que sou ignorante. “Estou realmente pedindo desculpas pra uma flor falante?”—pensou.

— Ah... adolescentes... Vocês são... tão idiotas!

— Isso pode ser verdade.

— Mas alguém ainda precisa te ensinar como esse mundo funciona.

— Não precisa, aprendo no caminho.

— Espere um instante! –disse Flowey. — Você não entende? Nesse mundo... é matar ou morrer!

— Oi?

Antes que pudesse se levantar para olhar para a flor falante, Mei percebe que várias “balinhas brancas” estão voando em sua direção. Antes que pudesse ser atingida uma bola de fogo – ou pelo menos o que parecia ser para Mei – voou em direção de Flowey fazendo com que a mesma fosse para longe.

— Obrigada por ter me salvado.

— Não se preocupe, minha criança...

— Eu não sou criança, senhora. –interrompeu em um sussurro. — Mas então... Onde exatamente eu estou?

— Nas ruínas, mas não se preocupe. Eu me chamo Toriel e se me permite deixe-me guiá-la pelo caminho.

— Claro, porque não... –coçou a nuca. — Mas se caso tiver um mapa ou coisa do tipo eu serei menos um incomodo para a senhora. –sorriu. — Realmente eu não quero atrapalhar.

— E não irá minha criança. Não recebo muitas visitas, seria bom ter alguém para conversar.

— S-sim, certo... –Mei olhava para Toriel, ela tinha um sorriso tão doce no rosto que a garota não conseguia dizer que precisava sair dali.

Mei tinha uma vida boa no mundo humano, subir ao monte ebott seria considerado um erro. Subiu por curiosidade e então caiu. Agora estava dependendo de Toriel, pelo o que havia ouvido o mundo no subsolo não era um bom lugar para humanos.

— Pensei em fazer algo especial já que tenho uma visita. –olhou para Toriel meio de relance já que observava o caminho. — Que tal uma torta de lesmas?

— Lesmas? –arregalou os olhos. — Não poderia de ser algo mais... gostoso...

— Então o que você prefere?

— Uma torta normal.

— Você gosta de caramelo e canela?

— Sim! Mais de caramelo, canela é melhor como condimento.

 — Interessante saber. –sorriu. — Irei te mostrar como as ruínas funcionam.

— Certo.

— Me dê sua mão. –Toriel esticou a mão para a jovem.

— E-eu posso acompanhá-la normalmente.

— Não seja tímida.

Mei ficou vermelha ao ver como Toriel era paciente. Sorriu e pegou na mão da mulher monstro... Monstro é uma palavra muito rude para alguém como ela, ou não, não estou no meu mundo, pensou. Toriel mostrava o caminho e os “quebra-cabeças” do lugar, Mei não prestava muito atenção, mas percebeu que Toriel parecia cansada, não se atreveu a perguntar o que tinha acontecido. De repente seu celular apitou avisando que a bateria estava ficando fraca.

— Você tem um celular minha jovem?

— Sim... Você sabe o que é isso? –estranhou, já que lá era o subsolo.

— Mas é claro, eu também tenho o meu. –olhou pelos ombros. — Quando chegarmos em casa te darei meu número.

O celular de Toriel era um modelo bem antigo enquanto o de Mei era mais moderno.

Mei suspirou, realmente tinha que voltar logo para casa.