I Need Your Love escrita por Lady C


Capítulo 6
Capítulo 5 - O Primeiro "Encontro"


Notas iniciais do capítulo

Olá! Demorei dessa vez, né? Desculpem-me! Foi culpa da vida.
Nesse capítulo teremos a introdução dos novos personagens.
Espero que gostem!



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Acordei com uma animação fora do comum. Contei a minha mãe a respeito de Jesse, mas não mencionei a ligação de Finn. Era dia 22 de dezembro, estávamos às vésperas do Natal. Recebi uma ligação de uma prima minha, marcando uma pizzaria com todos os primos. Eu disse que iria e perguntei se poderia chamar mais alguém. Ela assentiu e corri para falar com Finn.

Mandei uma mensagem, pois ainda não tinha intimidade para ligar:

Que tal uma pizza mais tarde?

Sua resposta foi quase que imediata.

Seria ótimo. Que horas e onde?

Tratei de enviar outra mensagem com os dados do local e o horário combinado por todos. Logo depois fui para o estágio. O dia passou incrivelmente devagar. Era como se o universo estivesse conspirando para me deixar com os nervos à flor da pele. Pensei  o dia todo sobre o encontro na pizzaria. Estava bastante ansiosa e isso me deixava preocupada.

Enfrentei cinco aulas no colégio e finalmente cheguei em casa. Já razoavelmente atrasada. Corri para me arrumar e ao mesmo tempo que não queria exagerar na produção, queria me sentir bonita o suficiente para mexer com Finn.

Coloquei uma blusa de mangas compridas em um tom creme bem claro, um short preto de cintura alta e um cinto fino rosa-bebê. Meu cabelo estava ondulado e com um pouco de mousse, eu modelei aquelas ondas para que ficassem assim durante todo o tempo.

Fiz uma maquiagem esfumada, destacando os olhos e na boca, apenas um gloss para dar algum brilho. Coloquei algumas pulseiras e minha bolsa de lado. Dentro dela, coloquei meu celular, minha carteira e minhas chaves. Andei até a sala e perguntei:

— Como estou? — Minha mãe sorriu orgulhosa.

— Está linda.

Caminhei até ela e beijei sua testa. Me despedi e disse que pegaria um táxi para voltar. Ela me recomendou que não voltasse tarde e todas as coisas de sempre, como: não beber, não dar ousadia aos homens, não usar drogas, etc...

Me apressei em conseguir um táxi para ir a pizzaria, mas me surpreendi quando um carro preto parou em minha frente, onde eu esperava. Pensei em correr, mas minha plataforma não me permitiria ir tão longe. Tentei manter a calma. Talvez não fosse um ladrão ou coisa parecida. Talvez fosse alguém pedindo informação.

Porém, nenhuma das alternativas estava correta. Quando o vidro do carro baixou lentamente, pude ver de quem se tratava. Finn ostentava um sorriso de lado naqueles lábios perfeitamente desenhados, olhando para mim com um olhar diferente.

— Carona? — Ele perguntou. Eu apenas assenti com a cabeça e entrei no carro.

— Como você sabe onde moro? — Perguntei observando seu rosto.

— Eu tenho minhas fontes.

— Ah. — Eu sorri e abaixei a cabeça. Estava completamente envergonhada.

— Ah, então você passa dez anos sem ver seu primo querido e quando o encontra, ele não tem direito nem a um abraço? — Ele perguntou abrindo os braços e eu o abracei.

Meu nariz ficou na altura de seu pescoço e eu aspirei todo aquele perfume marcante. Meu coração acelerado. As mãos de Finn firmes em minhas costas e cada vez ficava mais difícil de respirar. Não que ele estivesse me apertando demais ou coisa do tipo.

Era que o perfume dele, a proximidade, a emoção do momento, tudo junto, estava me deixando tonta. A sensação inebriante tomando conta de todo o meu corpo, apenas com um abraço. Senti minha respiração ficar descompassada e me livrei, discretamente, de seus braços.

— Você realmente é linda. — Ele disse me olhando da cabeça aos pés.

Demorou-se, particularmente, em minhas coxas à mostra e em minha boca. Eu bufei, tentando disfarçar que não gostei do elogio e coloquei o cinto. Depois o olhei. O sorriso de lado só crescia em sua expressão. Era um sorriso safado e extremamente atraente. Olhei para frente tentando me controlar para não atacá-lo com um beijo.

Ele soltou uma risada baixa e deu partida ao carro. Rachel Berry, você está prestes a entrar numa encrenca daquelas, pensei.

O caminho até a pizzaria foi bastante agradável. Nós conversamos sobre como estavam nossas vidas depois de tanto tempo:

— Eu acabei de concluir o primeiro semestre de Direito. Estou gostando muito do curso. É como se eu tivesse nascido para ser advogado. —  Ele contou entusiasmado.

— Ah. — Eu ri de seu tom convencido.

— E você? Faz o quê da vida?

— Eu estou no último ano do colégio e sou aprendiz num escritório de contabilidade.

— Sei. Deve ser bacana ficar a manhã inteira redigindo relatórios e declarando Imposto de Renda. — Ele disse com um sorriso irônico no rosto.

— Eu creio que defender ladrões e livrá-los da prisão seja muito mais bacana e com toda a certeza do mundo, bem mais rentável. —  Respondi com o dobro da ironia e Finn sorriu de lado. Ele gostava de me provocar, esse garoto.

Quando chegamos, todos já nos esperavam. Minhas primas ficaram surpresas ao avistar Hudson no lugar de Jesse.

— Então, você trouxe o Finn? — Brittany perguntou erguendo uma sobrancelha e olhando para ele de forma inquisidora.  

Brittany era minha prima de primeiro grau. Ela era miss estudantil da nossa cidade, mas em compensação, era uma negação no quesito inteligência. Porém, ela não se importava com isso. Não se importava em não saber a capital do estado em que moravam. Para ela, sua beleza e carisma eram suficientes.

— Você conhece o Finn? — Perguntei surpresa.

— Claro que conheço. Ele...

— Eu estudava no mesmo colégio que ela. — O garoto interrompeu e olhou Brittany com um olhar intimidador. A garota deu de ombros e voltou a conversar com os outros primos, enquanto nós nos sentávamos.

Finn sentou-se ao meu lado, mas parecia extremamente desconfortável. Olhava para o relógio em seu pulso constantemente.

Eu estava percebendo um clima estranho entre Britt e Finn e anotei mentalmente se deveria questioná-lo sobre isso mais tarde. O pessoal estava se divertindo muito. Eles riam e se divertiam com as piadas contadas por Leonard, meu primo mais velho. Quando já estava ficando tarde, nós decidimos ir embora.

— Ei, Rach. Você vai pra casa de quê? — Leonard perguntou ao sairmos à porta da pizzaria.

— Eu vou levá-la em casa. Nós moramos próximos. — Finn disse, olhando para mim. Eu confirmei.

— Ok. — O mais velho caminhou até mim e me abraçou, sussurrando um “juízo” em seu ouvido. Assenti sorrindo e então, ele foi cumprimentar Finn com um aperto de mão e enfim, foi embora.

Nós entramos no carro rindo.

—  O que achou? —  Perguntei colocando o cinto de segurança.

— Ah, muito legal. — Ele tentou ser convincente, mas a tentativa foi falha.

— Certeza? Você parecia está incomodado com algo.

— Impressão sua, Rach.

— Ok, então! — Respondi olhando para frente. Não sabia se queria perguntá-lo sobre Brittany.

— Hey, eu gostei. Relaxa. Sobrevivi a uma noite com seus primos.

— Você é um idiota. — Falei revirando os olhos e ele então levou sua mão direita ao meu queixo, me virando para ele.

— E você é linda!

Nossos lábios se fizeram próximos e a minha respiração estava começando a descompassar, porém nos separamos assustados quando alguém começou a bater rapidamente no vidro.

— Ei, Finnie! — Um menino moreno de traços fortes no rosto falou, sorrindo largamente para Finn.

Os dois cochicharam alguma coisa inteligível e em seguida o garoto entrou no carro. Eu não o conhecia, mas com certeza ele era ou amigo ou parente do grandão. Já que ele me pareceu muito feliz ao vê-lo.

— Rach, esse é o Jake, meu primo. Irmão do Noah.

— Sério? Nossa, você cresceu!

— Já você, né? —  Jake falou rindo e Finn o acompanhou. Fiz cara feia para os dois e cruzei os braços.

— Ele tá zoando. —  Finn falou acariciando meu ombro. Eu então sorri, desmachando o falso bico. —  Jake, eu vou levar a Rachel primeiro e em seguida te levo, beleza?

— Tranquilo.

Nós começamos a conversar sobre futuro. Faculdade, planos, alguns sonhos, e o caminho de volta para casa foi bastante agradável. Rapidamente nós chegamos em minha casa. Finn desceu para me dar um abraço.

— Quando vou te ver novamente?

— Bom, sexta-feira terá uma apresentação cultural na praça. Eu vou apresentar um número musical.

— Legal. Então eu aparecerei por lá.

— Legal.

— Até mais então. — Ele deu um beijo na minha bochecha e entrou no carro. Jake colocou a cabeça para fora do veículo e falou antes de Finn dar a partida:

— Foi um prazer, Rachel Berry!

Eu acenei para ele e procurei suas chaves na bolsa. Nem precisou, pois ouvi minha mãe abrindo o portão, antes que eu achasse o objeto. Sorri meio amarelo e entrei.

— Voltou com quem, filha? —  Ela perguntou desconfiada.

— De táxi.

— Ah, claro, pois você certamente disse seu nome ao taxista e ele achou um prazer trazê-la até sua casa. — Minha mãe disse irônica, cruzando os braços e me encarando.

Maldito Jake!

— Mãe, eu chamei o Finn para ir ao encontro dos primos. Afinal, ele é meu primo, não é? —  Eu expliquei, balançando os braços além do necessário. Isso sempre acontecia quando ficava nervosa.

— Ah claro. Ele é seu primo de não sei qual o grau.

— Mãe, não aconteceu nada. Nem vai acontecer. Ele é bem feio e nenhum pouco atraente. — Menti para ver se ela largava do meu pé.

— Mente pra mim, é o que eu gosto. — Ela cantarolou e pegou o controle da TV, desligando-a. Eu ri da sua atitude.

Ela caminhou até mim e beijou minha testa, desejando boa noite e indo pro quarto. Fiz o mesmo e tentei dormir, mesmo com meu cérebro repassando todos os acontecimentos das últimas horas.


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Notas finais do capítulo

E então? Falem alguma coisa sobre o que acabaram de ler!



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