Sexta Temporada escrita por Zangado13


Capítulo 7
Estaremos Juntos


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem!!



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Eu nao conseguia parar de chorar, meu corpo tremia e minha mente estava bagunçada. Eu estava com medo, apavorada. O mostro dentro de mim estava acordando, primeiro quando mordi o Stefan, e agora matando essa moça. Eu já nao estava sob controle, eu ultrapassei meus limites e quebrei minhas regras. Eu nao queria voltar para casa, eu nao tinha outro lugar para ir. Olhei para meu corpo e estava sujo de lama e sangue, peguei o celular e vi o reflexo do meu rosto, maquiagem derretida e sangue por todo lugar. Pensei na única pessoa que poderia me ajudar naquele momento, Caroline. Guardei o celular e fui em direção a casa alugada em que eles estavam, bati na porta mas ninguém atendeu, achei que nao teria ninguém ali.
— Caroline
Chamei baixinho, e vi uma luz se acender. Ela estava vindo até a porta, ao abrir, o sorriso sumiu e o espanto em sua voz nao foi nada sutil
— O que houve com você?!
As lagrimas pareciam ainda mais teimosas, eu estava desesperada, precisava de ajuda
— Preciso de ajuda...
Minhas palavras saíram tão baixas que duvidei ela ter ouvido, mas ela ouviu. Me abraçou e me levou depressa para dentro. Ouvi a voz de alguma das meninas vindo da cozinha
— Quem é mamãe?
Caroline mais que depressa me colocou no banheiro
— Não é ninguém querida, termine de comer.
Ela se trancou no banheiro comigo, ligou a torneira e molhou um pano, e me entregou. Passei no rosto até tirar qualquer vestígio de sangue.
— Eu vou pegar algumas roupas para você
Ela saiu e voltou alguns minutos depois, ouvi ela explicando ao Alaric o que estava acontecendo. Quando ela entrou, seus olhos eram de preocupação
— Vista isso
Ela me estendeu algumas peças de roupa e eu me troquei, amarrei meus cabelos e verifiquei se nao havia mais sangue em mim. Antes de sair, ouvi a Caroline e o Ric falarem sobre mim do lado de fora
— Estou preocupada, será que ela matou alguém?
— Não tem como saber, pergunte a ela. Não vamos fazer alarme sem antes saber o que houve.
— E o Stefan, sabe onde ela esta?
Eu sai do banheiro
— Eu nao estava com o Stefan, e sim com o Damon.
Ela me levou até a sala e pediu para que eu explicasse, as meninas estavam brincando no quarto, as vezes no susto minha audição ouvia elas.
— Eu estou morrendo, de algo que nao sei o que é e nem como parar. Mas o Damon descobriu como retardar, sangue de vampiro, talvez seja a cura, eu nao sei. Ele estava me alimentando com o sangue dele, mas hoje decidiu me levar para tomar sangue humano, e eu nao posso fazer isso. Eu nao tenho controle, vocês acham que o Stefan foi um estripador, vocês nao tem ideia do que eu fui...
Quando disse isso, o Alaric ficou receoso comigo
— Fica tranquilo Ric, eu nunca machucaria vocês. Enfim, eu perdi o controle, nao consegui parar, eu drenei o corpo de uma mulher em alguns segundos e depois arranquei sua cabeça, simplesmente por ter ficado com raiva do Damon. E eu corri, me escondi. E quando comecei a voltar a razão, pensei em você Caroline, pensei que poderia me ajudar...
Ela levantou de onde eu estava e me abraçou
— É claro que posso, eu sei o que você esta passando. Talvez nao igual, mas quando me transformei eu tambem era assim.
Eu dei uma risadinha abafada
— Irônico, uma vampira de mais de mil anos pedir ajuda para auto controle, para outra vampira de menos de uma década
Ela sorriu e me levou até o quarto de hospedes, me acomodou e disse para eu ficar tranquila. Mas eu nao estava, eu acordei o demônio que controla os meus instintos, ele estava adormecido a tanto tempo, estava aprendendo a viver sem ele, e eu precisei trazer tudo a tona, logo agora que tudo poderia dar certo. Virei de lado e me cobri, ouvi a Caroline conversando com alguém, parecia ser no telefone.
— Ela esta aqui, apareceu suja e assustada... Não, deixe ela aqui... Eu sei que você esta preocupado, mas ela precisa descansar... O que o seu irmão fez, foi um erro... Sim, ela falou... Podemos dar um jeito, mas tirar ela do con...
Eu nao consegui ouvir mais, tentei me concentrar, mas estava tudo em silencio. Será que essa magia estaria afetando até a minha audição? Eu nao correria o risco de tentar hipnotizar alguém, estou tão fraca que apenas tenho magia para ficar viva. Mas estava na hora de eu descansar, dormir, sonhar... E anotar o rosto daquela moça na minha lista de assassinatos. Ao fechar os olhos a imagem daquela moça me veio a tona, ela estava viva e me encarava.
— Porque você fez isso?
Eu tentei me aproximar mas ela ia para atrás
— Me desculpe, eu nao queria...
O pescoço dela começou a sangrar
— Você queria, você gostou. Eu sei o que você realmente sentiu, e nao foi culpa.
— Por favor...
— Você ficou feliz, extasiada. Você é um monstro
— Não, eu nao sou
Eu coloquei as mãos no ouvido para nao ouvi-la, mas sua voz estava na minha cabeça.
— Um monstro, um monstro!
— Não, NÂO.
Eu acordei pulando da cama, estava suando e senti minha mãos rígidas, olhei elas e estavam ressecando, eu precisava de sangue. Mas nao humano. Sonhos como esse eram comuns assim que eu assassinava alguém, eu nunca fiquei em paz, mas demorei muito para me controlar. Afastei o lençol do meu corpo e me levantei, esfreguei os olhos e arrumei a cama. Eu nao tinha ideia que horas eram, então tentei nao fazer barulho. Estava muito claro, mas eu nao tinha certeza se nao era muito cedo para acordar as meninas. A casa estava silenciosa, pelo menos o que eu conseguia ouvir com audição normal. Desci dois degraus e tive a visão da sala, o Alaric e a Caroline estavam sentados no sofá, conversando com alguém que sentou de costas na minha visão. Ela me avistou e sorriu.
— Você acordou
Eu sorri e o Stefan virou o rosto, quando o reconheci desci correndo as escadas e ele correu até mim. Me afundei em seu peito e ele me cobriu com os seus braços
— Me perdoa, por favor. Me perdoa, eu nao queria...
Eu nao parava de pedir desculpas, e ele me aconchegava, afundei meus olhos e nariz na sua roupa, conseguia sentir seu perfume delicado e que me acalmava, ele pedia pra eu ficar em silencio e beijava minha cabeça.
— Você nao teve culpa, nao se preocupe, vamos resolver isso.
A Caroline veio até nós e eu tirei o rosto da camisa do Stefan, e olhei para ela.
— Você é diferente Alice, talvez nao possa mesmo tentar um controle com sangue humano, mas nao importa, nós vamos te ajudar no que precisar.
Meus olhos marejavam
— Porque vocês estão me ajudando? Eu nao sou nada para vocês.
Ela abriu um lindo sorriso e passou a mão por meus cabelos
— Nós somos uma família, você ama os irmãos Salvatore e eles te amam, nós apenas acabamos aprendendo a te amar.
O Alaric veio ao lado dela
— E uma família se ajuda, por exemplo agora, precisamos te alimentar, sua mao esta cinza
O Stefan pegou a minha mão e assustou, logo em seguida puxou a manga da sua blusa e foi morder seu pulso, eu segurei seu braço
— Aqui nao, as meninas podem acordar e ver isso
Ele assentiu e pegou na minha mão, enquanto subíamos a escada vi a Caroline sorrir como se agradecesse pela minha iniciativa. Entramos no quarto e fechamos a porta, sentamos na cama e ele voltou a atenção ao pulso, assim que mordeu me estendeu, eu olhei para seu braço, com a pele rasgada e o sangue escorrendo, lembrei do pescoço da menina, lembrei de como eu quase o matei e me afastei
— Eu nao posso.
Ele me olhou assustado
— Você precisa
— Sim, mas o do Damon.
Antes que ele falasse algo eu continuei
— Eu tenho medo de te machucar, e o seu sangue é estranhamente maravilhoso para mim. Eu nao vou correr o risco de novo
Stefan se aproximou de mim e segurou meu rosto com as duas mãos, encarando meus olhos falou pausadamente
— Eu quero correr esse risco. Porque eu confio em você, e porque nao vale nada eu estar bem e saudável, enquanto você esta morrendo. Eu quero ajudar, estamos juntos nessa, lembra?
Eu assenti, mas nao estava confiante. Ele podia confiar em mim, mas eu nao acreditava no meu auto controle, ele já havia me provado muitas vezes que nao estava aqui. Como seu pulso começou a cicatrizar ele mordeu novamente, e me estendeu o braço. Eu respirei fundo e segurei firme seu pulso. Fechei os olhos e coloquei a boca em suas veias, comecei a puxar o sangue, devagar, me concentrei em cada gota. Comecei a pensar no dia em fugi do Mikaelson e fui na casa dos Salvatore, depois de uma semana morando naquela casa, eu brincava todos os dias com o Stefan. Eu o via correr, pular, quebrar alguns vasos, mas ele sempre estava confiante que tudo daria certo. Abri os olhos e as minhas mãos ainda estavam cinzas, expirei mais um vez e voltei aos pensamentos enquanto tomava o seu sangue. Em um dia chuvoso e com muitos trovoes, eu estava sozinha no meu quarto, escrevendo meu diário, ouvi a porta se mexer, e como eu estava tão arisca naquela época que me armei, mas para minha surpresa era apenas o Stefan. Aqueles olhos esbugalhados brilhando na luz das velas, colocou metade do corpo para dentro e falou baixinho
— Posso entrar?
Eu sorri e estendi os braços, ele correu para mim e eu coloquei sobre a cama
— Medo dos trovões?
Ele negou com a cabeça e pegou uma mecha do meu cabelo
— Medo da chuva
Eu ajoelhei no chão e fiquei na altura do seu rosto
— Desde quando tens medo de agua?
Ele olhou ofendido para mim
— Eu nao tenho medo de agua...
— Me perdoe
Levantei as mãos em rendição e continuei
— O que é então?
— E se a chuva nao passar? Você prometeu que iria levar eu e o Damon para andar á cavalo
Eu sorri e passei a mao em sua cabeça
— Nao precisa se preocupar com isso Stefan, se amanha estiver chovendo, iremos outro dia. Não faltará tardes para cavalgarmos
Mesmo assim ele nao sorriu, eu levantei seu rosto
— Porque ainda esta triste?
— Você disse que um dia iria embora, e se você for antes de cavalgarmos?
Eu acabei rindo, peguei ele no colo e sentei-me na cama
— Stefan, você confia em mim?
Ele assentiu
— Então, eu nao vou embora até que eu cumpra tudo que lhe prometi, esta bem?
Agora sim tinha encontrado o sorriso que tanto amava, ele balançou a cabeça em concordância e ficou de pé na minha frente
— Eu queria que você nao precisasse ir nunca mais
Passei os dedos em suas bochechas rosadas
— Só irei, quando eu tiver certeza que nao vai sentir mais minha falta
— Isso nunca vai acontecer
Ele pulou em meus braços e me abraçou. Aquele dia me cortou o coração quando precisei ir embora na outra semana, sai dos devaneios quando percebi que ainda estava me alimentando do Stefan. Mas porque ele nao me parou ou falou alguma coisa? Será que desmaiou? Ou eu nao ouvi nada? Abri os olhos e minhas mãos estavam vivas novamente, tirei seu pulso dos meus lábios e olhei para ele, que começou a sorrir
— Me desculpa, eu perdi a noção de novo...
Ele me interrompeu
— Alice, você conseguiu
Eu fiquei espantada e ele segurou as minhas mãos
— O que?
— Você me largou no exato momento que suas mãos voltaram a cor normal. Você conseguiu
Eu sorri e ele me puxou, e começou a me beijar. Eu nao sabia que estava com saudade da sua boca até voltar a toca-la. Aqueles lábios macios pressionados aos meus. Eu viajei naquele momento, sensação de felicidade, com paixão. Quando paramos o beijo, ainda permanecemos com as testas coladas.
— Eu sabia que você ia conseguir
— Obrigada por confiar
Ouvimos a porta se abrir e uma voz ecoar dela
— Vocês estão bem? Hã, opa... Estou atrapalhando algo?
Nos afastamos e olhamos para a Caroline parada na porta
— Claro que nao, apenas aproveitando o momento
Depois que contamos o ocorrido do meu controle, Caroline ficou mais feliz do que o esperado. Eu peguei as minhas roupas e me despedi das meninas e dos dois, entrei no carro do Stefan e voltamos para casa, eu sabia que em algum momento eu teria que encarar o Damon, mas nao seria agora, nao seria hoje, eu nao sei quando vai ser, eu preciso pensar em tudo primeiro. Entramos na casa e o Damon logo que ouviu a porta se abrir, se levantou do sofá e ficou nos olhando. Fomos até o final do corredor e eu peguei a sacola da mao do Stefan
— Eu vou tomar um banho
Lhe dei um beijo rápido e virei as costas
— Você esta bem Alice?
Eu ignorei a sua voz e comecei a subir as escadas
— Alice?
Parei, respirei fundo e virei o tronco
— Eu estou muito bem Damon.
Ele fitou os meus olhos e eu lhe dei as costas, subi para o banho e me escondi em baixo do chuveiro. Deixei as gotas quentes derreterem todos os flocos de gelo que se formavam na minha pele, ouvi a porta se abrir. Provavelmente era o Stefan. Quando terminei o banho, me enrolei na toalha e chacoalhei o cabelo para tirar o excesso da agua. Voltei para o quarto e ele estava sentado na cama, pensativo. Fui até a penteadeira e amarrei o cabelo
— No que esta pensando?
Ele me olhou, e antes de responder admirou meu corpo de cima a baixo, o que me fez ter um arrepio na espinha.
— O Damon quer se desculpar...
Eu suspirei e me aproximei dele, coloquei minhas mãos no ombro dele e o beijei.
— Você nao acha que precisam conversar?
Eu comecei a deita-lo e subi em seu colo, continuei o beijando mas ele insistia em falar
— Ele pode estar realmente preocupado
Parei tudo e o olhei, dei um risada e acariciei seu cabelo
— Eu me resolvo com o Damon depois, quero aproveitar você. Agora, da pra você parar de falar do seu irmão e me beijar logo?
Ele riu de mim e me girou na cama, voltando a me beijar. O clima estava esquentando, nossos corpos em sintonia, nossa paixão ardendo. Eu só queria me preocupar com o Stefan, mesmo que eu dissesse que iria conversar com o Damon, acabou sendo algo adiável. Durante duas semanas inteiras, eu o evitei. Se ele estava na cozinha e eu queria comer, ia para o quarto ou saia de casa, se ele estivesse na sala ia para cozinha, se alguma conversa evoluísse entre o Stefan e o Damon e eu estivesse perto, apenas respondia o necessário e ficava em silencio, o Stefan desistiu de pedir para que eu conversasse com ele, o mesmo pareceu acontecer com o Damon, eu sempre dizia que tinha um compromisso ou nao estava com cabeça para discutir. Eu sei que nao é saudável manter uma relação assim, mas eu realmente nao queria discutir, eu estava em uma época tão boa com o Stefan que apenas me preocupava com isso. Aonde íamos noutro dia, se íamos nos ver, o que íamos fazer. E foi exatamente o que eu estava fazendo, escolhendo o vestido para jantar com o Stefan e a Caroline. Nem percebi o Damon entrando no meu quarto, apenas olhei para ele quando a porta bateu com força atrás dele.
— Já chega, nós vamos conversar e ponto final.
— Damon, eu nao estou muito afim e ainda estou ocupada...
Ele me interrompeu
— Nao me importo, estou cansado de você me enrolar apenas para nao conversarmos.
Eu soltei as roupas na cama e cruzei os braços
— Eu nao estou te enrolando
Estou sim
— Você sempre esta ocupada ou nao esta afim
— Nem sempre
É sempre
— Ótimo, então vamos discutir isso agora
Eu aceitei
— Tudo bem, apenas fale baixo, nao quero que o Stefan ouça
— Ele saiu. Agora é o seguinte, você pode me explicar o motivo de ter ficado tão brava comigo?
Eu ri sarcasticamente
— Você só pode estar brincando, você me fez matar Damon! Matar uma menina inocente
— Ela nao era de todo inocente...
Eu bufei e coloquei a mao na testa, ele continuou
— Isso nao importa, mas eu estava tentando te ajudar. O sangue humano vai te ajudar ainda mais...
Eu o interrompei, estava gritando um pouco
— Ajudaria, se eu tivesse controle
Ele aumentou o tom tambem
— Mas é isso que eu estava tentando te ajudar, a conseguir o controle
— Eu nunca vou conseguir ter controle, você melhor do que ninguém deveria saber disso
Sua voz abaixou e seu rosto ficou confuso
— Do que você esta falando?
— 4 de julho de 1852, não te lembra nada?
Nossas mentes viajaram no tempo até esse feriado, Stefan estava de castigo em casa, mais um vaso quebrado que dessa vez eu nao estava em casa para protege-lo. Teve que permanecer atrás da porta o dia inteiro, sem sair e aproveitar o feriado, eu recebi o ordens Giuseppe Salvatore para comprar uma lista de coisas, Damon estava entrando na adolescência, uma fase chata que tive que acompanhar. Ele insistiu tanto que precisei deixa-lo vir junto, compramos tudo o que foi necessário, até que na volta do caminho avistamos um homem caído no chão, ele havia quebrado a perna ao cair do cavalo. Damon entrou em desespero e decidiu chamar ajuda, eu apenas hipnotizei o rapaz, dei do meu sangue sua perna voltou ao normal. Quando o Damon voltou procurou o homem que já nao estava mais ali
— Onde ele foi? A ajuda esta vindo
— Era apenas um arranhão, ele só precisava se levantar, estava assustado.
Voltei a andar
— Não era apenas um arranhão.
— Damon, vamos. E nunca mais saia do meu lado sem pedir minha permissão.
Ele bufou e continuou andando, nós mais discutíamos do que realmente conversávamos. Ele estava em uma fase de nao concordar com ninguém, eu estava ficando com crise de abstinência. O sangue nunca me pareceu tão delicioso como naqueles dias, o esforço que precisava fazer para me controlar ao lado deles era demais. Quando voltamos a casa, fui chamada no escritório do Sr. Salvatore. Mais um vez ele voltou a gritar comigo, eu fiquei tão desnorteada que nem entendi o motivo da bronca, sabia que era por causa de algum tecido que descosturado. Meu sangue começou a subir, minha sede só aumentava. Quando me vi, estava estralhaçando a garganta do Giuseppe. Seus gritos foram abafados pelo sangue, mas o Damon apareceu na porta. Com o rosto espantado.
— O que você esta fazendo?!
— Suma daqui moleque!
Eu gritei para ele e voltei a atenção ao pescoço de seu pai, mesmo naquela época eu nao era tão cuidadosa ao morder
— Saia de cima do meu pai
Eu abri as mãos e o Giuseppe caiu no chão. Me virei para ele corri na sua frente
— Você nao sabe o que eu sou, nao me de ordens
Eu o ergui pelo pescoço, ainda estava decidindo se o matava ou nao
— Eu sou um monstro, você deveria tomar mais cuidado com quem convida para entrar em sua casa.
Sua voz estava fraca, mas ele ainda insistiu em falar
— Você nao é um monstro... É minha melhor amiga... Minha irmã...
Eu o soltei e ouvi seu pai tossir, a sua vida estava se esvaindo. O Damon correu até o pai e o abraçou
— Precisamos chamar ajuda
Eu neguei com a cabeça, rasguei meu pulso e fiz seu pai tomar. Suas feridas começaram a cicatrizar, o Damon me olhava admirado
— O que você é?
Eu passei a mao em seu cabelo e virei as costas, eu precisava ir embora. Ouvi os passos do Damon atrás de mim
— Aonde vai?
— Embora, estou deixando você e seu irmão correndo risco de vida
Ele começou a balançar a cabeça freneticamente e segurou meu braço
— Você nao pode ir, nao agora...
Eu segurei seu rosto
— Você nao entende Damon, eu nao tenho controle...
Ele me interrompeu
— Eu tambem nao tenho, vivo querendo brigar. Mas nós podemos nos ajudar
— É diferente
— Não é, confia em mim. Vamos trabalhar juntos, e os dois vão ficar na linha.
Contra todas as regras que eu seguia, eu fiquei. Expliquei para ele o que era, e se tornou nosso segredo, o que pareceu ter nos aproximado ainda mais. Voltamos a nos olhar, meus olhos estavam marejando graças as lembranças.
— Eu nao me lembrava...
— Você sabe até onde eu era capaz, e isso nao mudou. Eu nao mudei...
Ele esfregou os olhos e eu senti um pontada no estomago.
— Eu sei, eu errei. Mas nós precisamos tentar, todos conseguem, porque você vai ser diferente?
— Porque eu sou diferente...
Eu parei de falar porque senti um enjoo, coloquei a mao na boca
— O que foi?
Eu cerrei a sobrancelha e tentei me concentrar
— Acho que foi só um enjoo...
Mal terminei a frase, precisei correr e ir para o banheiro. Eu vomitei tudo que tinha no estomago, até mais do que imaginava ter comido. Lavei a boca e me arrastei de volta para o quarto.
— O que aconteceu?
Eu olhei por cima do olhos para ele
— Você ouviu
— Pensei que tinha encontrado um elefante
Damon me colocou sentada e sentou do meu lado
— Desde quando vampira fica enjoada?
— Desde que ele comece a morrer.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem!!



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