Make it to me escrita por Queen Jeller


Capítulo 8
Sempre mais


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo não tem TAAANTO Jeller, mas porque resolvi acelerar umas coisas para chegar onde quero. Espero que gostem e comentem!



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Já parecia ter escurecido lá fora quando eu consegui abrir meus olhos lentamente. Eu havia acabado adormecendo depois da conversa com Sarah. Quando acordei, Kurt estava trocando de roupa no quarto. Ele me olhou de canto de olho quando me mexi por debaixo das cobertas. Nós dois parecíamos bem melhor do que algumas horas atrás.

— Desculpa por te acordar. — Ele disse enquanto fechava o guarda roupa e eu já me levantava

— Uma hora tinha que acontecer. — Eu respondi abraçando por trás e beijando seu ombro. — Você está melhor? — Perguntei depois de um tempo.

— Sim. — Ele disse depois de vestir a camisa e me dar um rápido beijo.

— É bom saber que você está bem!

Sorri honestamente olhando em seus olhos quando a porta abriu. Era Sarah.

— Só para avisar que já estou indo, ok? — Ela acenou para ele com a cabeça, Eu não tive coragem de olhá-la no olho, mas sabia que ela estava me olhando. — Fiquem bem.

— Obrigado, Sis. Boa noite! — Kurt respondeu e ela se foi.

Ele beijou minha testa.

— Você quer sair para comer? — Ele perguntou depois de um tempo.

— Seria uma boa ideia. — Eu respondi e logo depois fui ao banheiro. Ao chegar na sala, ele já estava com a chave da casa na mão me esperando.

Saímos do apartamento e logo depois de pegar suas chaves e fechar tudo, fomos para a rua. Havíamos decidido ir a pé. Andar ia nos fazer bem. Kurt entrelaçou nossos dedos, mas dentre as ruas eu estava a me distrair, até que Kurt me puxou para mais perto.

— Você ta realmente bem? — Ele perguntou olhando para mim.

Eu dei um riso frouxo, porém falso.

— Só lembrando de uma idiotice.

— Ah, ok. — Ele disse acenando com a cabeça. Ele nunca mais havia me pressionado com minhas memórias, pois ele sabia que isso me afetava, mas eu não lembrei de nada. Esta recordando. A noite depois do nosso primeiro beijo.

— Eu estava me lembrando de quando eu comecei a fazer escolhas erradas. — Eu disse depois de um tempo e paramos, ele se virou para mim. — Na noite em que você pediu para te encontrar no final dessa rua. Eu estava há um quarteirão atrás quando percebi alguém me seguindo e acabei decidindo ir atrás de Oscar para saber o que afinal ele queria. Minha primeira escolha ruim. — Eu finalizei.

— Eu fui. — Ele respondeu quebrando o silêncio e depois olhando para mim. — Naquela noite eu te esperei.

— Desculpa por isso. — Eu disse acariciando seu rosto. — Mas eu não suportava a ideia de estar com você sem saber o que eu era. Eu precisava de respostas. Precisava saber quem eu era pra saber se eu ia ou não machucá-lo, Kurt.

— Foi complicado. — Ele completou. — Somos, aliás.

— Definitivamente. — Eu respondi e ele me abraçou.

— Mas não foi uma escolha errada. Você estava nos protegendo e isso não quer dizer que não seja maravilhoso te namorar agora. — Ele sussurrou em meu ouvido. — Porque é. É muito bom ser seu namorado, Jane.  — Ele disse me puxando pela cintura e chegamos a um restaurante.

 

Sentamos em uma mesa do lado de fora, mas ainda isolado. Não tinha muita gente ali aliás então estávamos confortáveis. Olhamos o menu e fizemos nosso pedido logo que o garçom veio nos atender. Ele prontamente se despediu e pediu para que ficássemos a vontade. Kurt logo colocou sua cadeira ao lado e eu encostei minha cabeça em seu ombro quando ele colocou a mão sob as minhas costas. Logo me veio na cabeça a voz de Sarah dizendo que estávamos agindo como se nada tivesse acontecido, sobre o mês de Kurt não ter sido bom por minha causa. Fechei os olhos repreendendo o pensamento até que Kurt tocou a ponta dos meus dedos que estava sob a mesa.

— Aconteceu algo? — Ele perguntou até que eu levantei minha cabeça olhando em sua direção

— O que? — Perguntei.

— Você e Sarah… — Ele respondeu. — Ela me pediu desculpas por achar que tinha magoado você. O que aconteceu?

— Ah… — Eu falei em um tom leve, não querendo entrar nesse assunto depois de um dia tão sobrecarregado. — Foi apenas uma conversa franca. — Finalizei com um sorriso falso.

— O que ela te disse? — Ele insistiu

Eu me virei para ele, dessa vez pondo uma pequena distância entre nós.

— Ela disse… — Eu comecei com um suspiro, ainda com seus dedos nos meus — que não entendia como nós agíamos como se nada tivesse acontecido no último mês porque tinha sido um mês infernal pra você.

— O que você disse? — Ele perguntou sério me olhando nos olhos.

— Que não tinha sido um mês fácil para mim também e que estávamos tentando consertar tudo juntos. — Eu disse mexendo seus dedos nos meus.

Ficamos em silêncio até que Kurt puxou meu corpo pra mais perto do seu.

— Desculpa por isso.

— Está tudo bem, Kurt. Nós sabíamos que ia ser assim e mesmo assim estamos aqui. — Ele sorriu e depois me beijou. — E sua equipe ainda nem sabe ainda.

— Talvez já suspeitem. — Ele disse levantando a sobrancelha e pela primeira vez rimos naquele dia.

— Tasha! — Completei.

Nos beijamos mais uma vez até que o garçom chegou com a comida. Comemos e logo pagamos a conta e decidimos ir para casa. Já estávamos na rua em que tivemos a estranha conversa sobre eu ter ido até o Oscar e eu acabei me desligando novamente pensando naquilo quando Kurt me apertou mais forte em seus braços.

— Obrigada. — Ele disse baixinho, como se me contasse algum segredo. Eu sorri e me virei para ele.

— Por o que? — Perguntei confusa

— Por não ter ido naquela noite. — Ele falou enfim. Eu o olhei confusa e ele continuou. — Você escolheu descobrir a verdade antes de se envolver comigo.

Eu o abracei. Amava esses momentos em que ele me entendia agora. Tão diferente dos meses anteriores, onde ele sequer me deixava falar. Senti sua respiração pesada em meu pescoço e me arrepiei, o apertando ainda mais forte e ele beijou o topo da minha cabeça.

— Eu sabia que se eu fosse eu ia me apaixonar ainda mais por você e depois iríamos nos perder quando Oscar reaparecesse.

— Mas agora ele não está mais aqui. — Ele disse ainda me apertando.

— Mas eu me apaixonei ainda mais por você antes dele ir embora.

Nos beijamos de novo, dessa vez nos perdendo em noção de tempo e espaço até que um carro passou e o som nos fez voltar a órbita. Rimos um pro outro e logo nossas mãos voltaram a se encontrar e refizemos nosso caminho. O dia havia sido longo e Kurt estava cansado então logo estávamos deitados um nos braços do outro.Eu estava de frente pra Kurt quando ele me apertou forte, pressionando sua cabeça sob meu pescoço e começou a rir.

— O que foi? — Perguntei sem entender a situação, mas ainda rindo.

— Você vai cansar de tanto obrigado que eu vou lhe dizer hoje. — Ele disse depois de um tempo e afastou sua cabeça do meu pescoço, agora olhando em meus olhos. — Mas eu preciso te agradecer por tornar esse dia mais leve pra mim. E não só esse, mas os últimos com o qual estivemos juntos.

— Não sabemos o que esperar amanhã, então temos que fazer do hoje o mais agradável possível. — Eu respondi.

Nos beijamos por mais alguns minutos e logo Kurt estava dormindo. Eu o observei dormir e pela primeira vez em muito tempo eu fechei meus olhos para rezar. Me veio a lembrança auditiva de uma oração africana, de proteção e eu repeti aquelas palavras até cair no sono novamente. Era quatro da manhã quando acordei com uns passos de Kurt já no corredor. Continuei com os olhos fechados. Havia um delicioso frio nos cercando, o que me fazia ter um pouco de preguiça de levantar da cama. Coloquei apenas meus olhos e boca pro lado de fora do lençol quando ele entrou no quarto.

— Bom dia. — Eu o disse.

— Bom dia. — Ele respondeu puxando o lençol de mim. — Isso é neve.

Olhei em uma das janelas e o tempo estava fechado, nevava muito.

— Algum sinônimo de preguiça? — Eu disse depois de um tempo já levantada, mas ainda perto da cama e Kurt me olhou com malícia.

— Não! — Eu disse puxando em cima da cama e atravessando rapidamente o quarto, mas logo Kurt me pegou pelos braços e pernas e me colocou em seus braços.

— Hoje você vai sim. — Ele disse rindo.

— Eu sei. — Disse retribuindo o riso. — Só estava testando se você ia me obrigar.

Ele me olhou com um sarcasmo e eu retribuir o olhar até que ele me levou ao banheiro.

Tomei banho enquanto ele terminava o café, mas logo bebemos e saído. Eu amava o frio por poder usar todo tipo de roupa que cobrisse minhas tatuagens. Me fazia parecer comum. Estávamos a caminho da casa da Patterson, mas Kurt estava indo como se fosse diretamente para o FBI.

— Kurt, nós não temos que ir para Patterson? — Eu disse apontando para a avenida que sempre entrávamos e ele sorriu, parando em um sinal e me jogando uma pasta do FBI.

Li aqueles papéis sem entender no início mas logo um sorriso voltou a nascer em meu rosto.

— Eu… — Disse com um tom de confusão até que Kurt parou o carro. Já estávamos no estacionamento.

— Você está de volta ao FBI! — Ele disse sorrindo e me dando um beijo no rosto. E eu não poderia ter outra coisa comigo senão um sorriso também.

 


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Notas finais do capítulo

É muito bom ter Jane de volta ao time e tenho novas coisas muito boas para explorar então espero que continuem a leitura!



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