Love and Hate escrita por Liv Winchester


Capítulo 8
Trilha


Notas iniciais do capítulo

Hey, gente!
Eu gostaria de agradecer a quem comentou.
Eu espero que gostem do capítulo.



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  LEÓN

 

 -ACORDA!-me acordei num susto e caí da cama.

 

 -AI!-gritei e escutei várias risadas, abri os olhos e vi Ludmila estendendo a mão para mim, eu a aceitei e me levantei do chão, minha cabana estava lotada de gente. Olhei em volta e nada da Violetta.-O que estão fazendo aqui?-perguntei confuso e as meninas se sentaram na minha cama, os meninos sentaram na cama do Broduay, que ficava ao lado da minha.

 

 -Viemos te derrubar da cama.-respondeu Ludmila simples e eu olhei para o relógio, era uma hora da tarde.

 

 -Eu perdi alguma atividade?-perguntei e eles se entrolharam, pareciam esconderr algo.

 

 -Não que nós saibamos.-respondeu Nathalia e eu passei a mão na nuca, andei até a saída da cabana e vi a folha de atividades.

 

 -Eu perdi a trilha, alguém sabe se a Violetta foi?-perguntei me virando para eles, que pareceram nervosos com a pergunta.

 

 -Faz exatamente seis horas que ela foi, só volta no final da tarde.-respondeu Francesca e nós ficamos em silêncio, o que eles queriam aqui?

 

 -OK, querem que eu pergunte ou vão me dizer o que estão fazendo aqui?

 

 -Nós queriamos saber... é só um exemplo... o que aconteceria se... só perguntando... o que aconteceria se dissessemos que o Tomás também foi para a trilha?-perguntou Federico e meu sangue ferveu, respirei fundo e ri fraco.

 

 -Isso é só um exemplo, certo?-perguntei e eles, novamente, se entreolharam.-Certo?-perguntei entre dentes.

 

 -Bem...-começou ele temendo terminar.

 

 -Me diz que o Tomás não foi para a trilha.-murmurei irritado.

 

 -Bem que gostariamos.-falou Braco.

 

 -Droga, Violetta!-bravejei socando a porta.

 

 -O que vai fazer?-perguntou Diego.

 

 -Eu vou atrás deles.-respondi encarando eles.

 


  [...]

 

 

   VIOLETTA

 

 Estávamos parados para descansar, já estavamos nos preparando para voltar, quem estava nos guiando era o Pablo e a Angie, Tomás estava me infernizando o tempo todo, já que, sem o León, o grupo ficou ímpar e eu tive que, por obrigação, fazer dupla com Tomás, eu já perdi a conta de quantos foras eu já dei nele só nessas últimas 6 horas. Todos estavam sentados e percebi o Tomás saindo de fininho para longe do grupo e, como obrigação minha, eu tive que ir atrás dele, eu sei que eu prometi para o León que não iria ficar perto do Tomás, mas, mesmo ele sendo um idiota, eu não podia deixar ele se perder, se bem que seria mais fácil eu me perder.

 

 -Aonde você vai?-perguntei e ele respondeu sem parar de andar:

 

 -E isso importa? Você passou o dia todo me dando vários foras.

 

 -Ah, me desculpa! Mas, se não lembra, você falou para aqueles seus amiguinhos que conseguiria me levar para cama, queria que eu fizesse o quê?-rebati e ele parou, bruscamente, se virando para mim.

 

 -Ah! Mas eu soube que o León fez muito pior com você e eu vi vocês se agarrando hoje de madrugada.-replicou  e eu o encarei furiosa.

 

 -Olha só, o que eu e o León fazemos não é da sua porcaria de conta.-bravejei e ele não hesitou em me lançar um olhar travesso.

 

 -Assim como também não é da "sua porcaria de conta" saber aonde estou indo.-e com essas palavras ele voltou a andar, furiosa eu o segui.-Quer parar de me seguir?!-bravejou e eu continuei andando atrás dele.

 

 -Não até me dizer aonde está indo.-rebati ainda o seguindo, olhei para trás e percebi que eu não conhecia mais nada.-Tomás.-chamei e ele nada falou, apenas continuou andando.-Tomás.-chamei de novo e nada.-TOMÁS!-gritei irritanda e ele se virou para mim, claramente furioso.

 

 -PORRA, VIOLETTA! O QUE QUER AGORA?!

 

 -Sabe para onde estamos indo?-perguntei e ele revirou os olhos.

 

 -É, claro que...-olhou em volta.-... sei. É por aqui...-falou indicando uma direção.-... eu acho.-completou indeciso e eu bati a mão na testa.

 

 -Que maravilha, estamos perdidos!

 

  [...]

 

 

   LEÓN

 

 Eu tentei me acalmar enquanto tomava o caminho da trilha, eles estavam há mais de 6 horas dentro da floresta, com certeza, eles já deviam estar voltando. Eu estava pensando em como matar o Tomás de cem maneiras diferentes. A raiva parecia me guiar, quanto mais eu andava, sentia que estava perto deles, e era melhor que eu tivesse perto.

 

   VIOLETTA

 

 Eu já estava de saco cheio, eu estava cansada e com vontade de me matar por ter seguido o Tomás. Ele ia na frente, me guiando por um caminho e outro, por um tempo eu achei que estávamos andando em círculos, mas logo descartei essa possibilidade.

 

 -Não sei porque eu te segui.-resmunguei parando de andar, me sentei em um tronco de árvore que tinha no chão e pus minha bolsa no chão.-Será que podemos parar um pouco? Meus pés estão doloridos.-murmurei pegando a minha garrafa de água na bolsa.

 

 -Jura, Violetta? Temos que continuar, se não vamos acabar passando a noite na floresta.-rebateu e eu bebi um grande gole de água.

 

 -Se levarmos em conta a posição do sol, deve ser umas 2 horas, ainda não está tarde, dá tempo para descansar.-falei guardando a garrafa.

 

 -É isso! O sol!-exclamou Tomás animado e eu franzi o cenho.

 

 -É, o sol é um bom relógio natural.-repliquei e ele revirou os olhos.

 

 -Não, sua louca, estou dizendo que o acampamento fica do mesmo lado que o sol se põe...-eu o interrompi.

 

 -E com a persepção de que é duas horas, o acampamento fica para lá!-exclamei indicando o oeste e Tomás assentiu.

 

 -Exatamente.-sorri animada e me levantei com a bolsa na mão.

 

 -Ótimo, agora vamos.

 

 -O quê? Não quer descansar?

 

 -Cala a boca e vamos logo.-rebati começando a andar e ele riu, foi quando eu lembrei de algo e resolvi perguntar: - Tomás, nós levamos cerca de 6 horas na floresta com o grupo, devia ser quase uma hora, levariamos mais 6 horas para voltar, chegariamos no acampamento de sete horas da noite...?-ele me interrompeu.

 

 -Sim, o que tem?

 

 -Nós mal começamos a voltar e já é 2 horas, vamos chegar no acampamento de oito horas da noite, isso se o caminho estiver certo e sem contar os minutos...-ele me interrompeu de novo.

 

 -Sem arrodeios, Violetta.

 

 -Será que... que vai haver algum tipo de confusão quando eles perceberem que não estamos com eles?-perguntei e ele me encarou com uma das sobrancelhas arqueadas.

 

 -Está perguntando isso por causa do León?-assenti e ele passou a mão pelos cabelos.-Da minha parte, não.-respondeu sem me encarar.

 

 -Sente algo por mim?-perguntei e ele sorriu simples.

 

 -Não.-respondeu, ele viu minha expressão confusa e riu.-Eu sei que disse que ia te... que eu ia ficar com você, mas é que eu sou assim... na língua de vocês é: Cafajeste?-falou e me aproximei dele enquanto andávamos.

 

 -Mas você é um belo de um cafajeste.-falei com um sorriso divertido no rosto e ele riu.

 

 -Gosto de você.-balbuciou.-Seria uma ótima amiga, isso se você quisesse ser minha amiga.-murmurou e eu prendi meu braço em volta do dele.

 

 -Eu nunca tive um amigo que fosse tão cafajeste quanto você.

 

 -É bom que eu seja o único.-fingiu me ameaçar e eu ri.

 


   [...]

 

 

   LEÓN

 

 Eu encontrei o grupo que foi para a trilha, já estava escurecendo, eu procurei Violetta no meio deles e não a encontrei, assim como não encontrei o Tomás. Angie veio até mim com um olhar curioso.

 

 -León, o que faz aqui?

 

 -A Violetta, onde ela está?-perguntei ofegante e ela olhou em volta.

 

 -Agora que falou, percebi que nem ela nem o Tomás estão aqui.-falou e eu a ecarei exasperado.

 

 -Você está de brincadeira? Tem que mandar alguém atrás dela.

 

 -Você quer dizer deles, certo?

 

 -Eu não me importo com o Tomás, então é dela.

 

 -Vamos levar o resto dos campistas para o centro de atividades, depois vamos mandar um grupo de busca atrás DELES.-falou dando ênfase na palavra "Deles".

 

 -Não, tem que ser agora.

 

 -León, a floresta não é imensa, vamos achá-los, eles não vão evaporar.

 

 -Eu já disse que não me importo com o Tomás?-perguntei e ela me encarou feio.

 

 -Eu já disse que se ambos desapareceram juntos devem estar juntos agora?

 

 -Como assim "juntos"?-perguntei confuso.

 

 -Eles estavam em dupla.-respondeu e eu respirei fundo.

 


   [...]

 

 

   VIOLETTA

 

 Já estava escuro e Tomás estava segurando a lanterna que ele tinha pego na sua mochila, eu estava ficando mais cansada, cada minuto que passava eu ficava mais cansada ainda, não lembro quando foi, só sei que eu estava escorada em Tomás, que me segurava com a mão vaga.

 

 -Tomás, eu...-parei de andar e ele pegou a minha bolsa.-O que está fazendo?-perguntei cansada.

 

 -Acho que só vamos precisar de uma mochila.-comentou tirando tudo que tinha na minha mochila na dele, assim que ele terminou, ele me deu a bolsa e se levantou.-Não vamos parar, temos que chegar ás oito da noite.

 

 -Eu estou cansada.-murmurei botando a bolsa nas costas.

 

 -Quem disse que você vai andar?-perguntou e eu franzi o cenho.-Você vai na minhas costas.-falou e eu engoli seco.-Vem.-me chamou se aproximando de um tronco de uma árvore no chão, eu fui até o tronco e subi no mesmo.

 

 -Tom...-ele me interrompeu.

 

 -Quero que prenda bem suas pernas em volta da minha cintura.-me instruiu e assim eu fiz, pus meus braços em volta do seu pescoço e respirei fundo. Ele começou a andar e eu me senti culpada por estar nas costas dele, ele estava fazendo muito esforço para nos levar de volta para o acampamento.

 

   [...]


    Depois de um tempo, eu resolvi descer das costas de Tomás para que ele descansasse, ele parecia muito exausto, mas ele parecia não querer parar de andar.

 

 -Tomás, descanse.-pedi e ele negou, tentei forçá-lo a sentar, só que eu era mais forte que eu.-Tomás.-reclamei e ele negou, novamente.

 

 -Não, Violetta, falta pouco, logo, logo, estaremos no acampamento, precisamos continuar.-murmurou segurando meus pulsos.

 

 -Tomás, senta.-mandei me irritanda e ele sorriu.

 

 -Eu devo levar isso para o lado malicioso?-perguntou com um sorriso fraco no rosto.

 

 -Só se estiver afim de morrer.-rebti e ele se sentou no chão.

 

 

   [...]

 


   LEÓN 
 
    -Eu estou preocupado com a Violetta e me recuso a acreditar que eles não querem que eu entre naquela floresta.-bravejei me jogando na cama, apertei o pequeno objeto na minha mão e mordi o lábio inferior.

 

 -Se acalma, León, ela é uma Castillo, nós sabemos o quanto a família Castillo é forte.-falou Francesca e eu respirei fundo.

 

 -É disso que eu tenho medo, ela vai me odiar quando saber.-murmurei encarando o teto.

 

 -Não só a você, nós também mentimos.-falou Camila e eu fechei os olhos. Elas mentiram, nós mentimos e eu tenho medo que se ela descobrir possa me odiar, não quero que ela volte a me odiar.

 

 -Só que a raiva dela vai repercutir mais em mim e vocês sabem disso.-murmurei encarando o delicado anel de prata com uma pequena safíra que estava na minha mão.-Eu prometi protegê-la e é isso que eu vou fazer.-falei me levantando e saindo da cabana com todos dentro dela gritando o meu nome, mas eu não voltaria, eu vou cumprir o que prometi. Eu protegê-la, de tudo e de todos.

 


   [...]


 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
No próximo capítulo eu vou botar a foto do Leonardo.
Obrigada mais uma vez pelos comentários!