Piratas do Caribe: As jóias elementares escrita por ImSabriss


Capítulo 4
Battle Cry


Notas iniciais do capítulo

Postarei o próximo semana que vem



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O navio português se aproximava depressa, Felicity ainda estava no observatório quando o primeiro tiro do canhão rival acertou o Pérola. O choque do impacto fez ela cair no convés. Seu chapeu caiu por um momento, soltando algumas mexas de seu cabelo, por sorte todos estavam ocupados demais para repararem nela, ou ao menos foi isso que ela pensou, pois o mestre Gibs viu toda a cena, porém as perguntas teriam que ficar para depois, afinal, eles estavam em uma batalha.
O Holandês Voador já estava no outro lado do navio adversário, atacando-o. Alguns portuguêses invadiram ambos os navois piratas, para uma luta espada com espada. Felizmente, a jovem Sparrow era ótima em esgrima.
Dois soldados atacaram-na ao mesmo tempo, ela conseguiu bloquear o primeiro e acertar o segundo com o cabo da espada, depois esfaqueou o primeiro no abdomen e cortou a garganta do outro.
Enquanto isso, no Holandês Voador, Heitor já estava atacando seu quinto soldado, com um bloqueio seguido por um giro perfeito, acertou o abdomem do soldado com a espada. A maioria dos soldados portuguêses já estavam mortos quando o pequeno Turner avistou o majestoso Vingança da Rainha Anna, já atacando seus inimigos. Agora, eram três contra um.
Os piratas, com o insentivo da chegada de um novo aliado, se tornaram mais agressivos, matando-os de vez. Logo o navio português afundou, graças a ajuda do Capitão Barbossa.
...
Todos se encontravam no Pérola, Barbossa e Elizabeth cumprimentavam seus amigos.
Heitor foi dar um abraço em sua mãe, fazia anos que eles não se viam. Ao completar 10 anos, Will o levou em seu barco para seus distintos caminhos, ensinou-o a manejar uma espada e a ser um pirata. E agora, depois de tantos anos, mãe e filho se encontravam novamente.
— Senti tanto a sua falta mãe, tanto.
Elizabeth o abraçou mais forte.
— Eu também filho, o tempo todo.
Felicity observava a cena atenta, queria poder abraçar sua mãe também. Ela nunca tinha visto Angélica, mas sentia muito sua falta.
Depois dos cumprimentos, cada um foi para seu navio, sendo que Elizabeth foi para o Holandês com Will.
Os marujos começaram a arrumar a bagunça de seus respectivos barcos. Gibs estava observando a tal menina disfarçada, queria falar com ela, saber quem ela era e o que estava fazendo no Pérola. Ele podia denunciá-la para Jack, mas antes queria saber o objetivo de tal moça no Pérola. Aproveitou que ela estava organizando a proa sozinha, e foi falar com ela.
— Eu sei quem você é moça, só preciso saber o que você está fazendo nesse navio.
—Por favor, não conte a ninguém!
— Porque você esta aqui?
Felicity explicou toda sua história, incluindo a parte que sua mãe falava de Gibs na carta.
— Espere um minuto? Então Angélica estava realmente grávida?
—Estava. Olha, eu precisava encontrar meu pai, alguém que pudesse cuidar de mim.
— Eu entendo filha, mas você precisa falar com Jack, antes que ele descubra da pior maneira.
— Eu vou falar. Só me dê um tempo para eu tomar coragem, não vai demorar, eu prometo.
—Tudo bem criança. Agora, me fale, qual é seu nome verdadeiro?
Felicity deu um de seus raros sorrisos.
—Me chamo Felicity.
Gibs sorriu para a garota, gostava dela.
...
Com o imprevisto da batalha, o navio atrasou várias horas, eles só chegariam na casa das sereias na manhã do dia seguinte, e ainda era meio da tarde.
Alguns marujos ainda arrumavam o convés, Felicity já tinha terminado suas tarefas e estava sentada na proa, observando o mar. Sempre que fazia isso ela lembrava de sua mãe. Queria muito conhecê-la, queria muito abraça-la e fazê-la se orgulhar, porém, ela não sabia se um dia poderia fazer isso.
City foi tirada de seus devaneios com a chegada de Simon a proa, ela sorriu para ele, mas seu sorriso foi desaparecendo quando viu os vários machucados em seu amigo.
— Simon, você está péssimo!
— Poxa, valeu pela ajuda com a auto estima.
Felicity ignorou a ironia de seu amigo e começou a puxá-lo em diração a cebine dele.
— Vamos, vou cuidar desses machucados.
Simon foi sem reclamar.
Abrindo a porta da cabine de seu amigo, City o fez sentar na cama e foi buscar água e panos. Quando foi começar a limpar os ferimentos de Simon, viu que ele estava rindo.
— Por que está rindo? - disse, começando a limpar as feridas.
— Estou rindo porque parece que estou em um dejá vu. Ela era protetora como você, e teimosa também. - respondeu, rindo mais nessa ultima parte.
— Ela? Ela quem?
—Minha irmã, Sophie. Você se parece muito com ela.
— Por isso que não contou nada ao Jack? Por que me pareço com ela?
— Sim, foi por isso.
— E o que aconteceu com ela?
— Foi morta por soldados portuguêses, Morávamos nas ruas de Lisboa, não tinhamos casa e nem família. Ela estav com muita fome, roubou um pão de uma das barracas da feira local. Os guardas a perseguiram e atiraram uma flecha na garganta dela.
— Eu sinto muito por isso. - sussurrou, com os olhos cheios de lágrimas.
— Depois disso Jack chegou em Lisboa, me viu sozinho na rua e me chamou para fazer parte da tripulação do Pérola.
Felicity parou o que estava fazendo e abraçou o amigo.
— Você é uma irmãzinha pra mim Felicity.
Ela o abraçou mais forte. Ele também era um irmão para ela.
...
Já no começo da noite, muitos marujos estavam em suas redes descansando.
Heitor estava no Pérola para dar privacidade a seus pais. Ele estava sozinho observando as ondas do mar, quando viu que tinha mais alguém no convés.
Felicity, depois de cuidar de Simon, foi para o convés observar o mar como sempre, estava tão distraída que nem percebeu a presença de Heitor, até o mesmo ir conversar com ela.
— Olá Dilan.
Ela imediatamente abaixou a cabeça.
—Olá. - respondeu.
— Dia difícil não?
— Você nem faz ideia.
Houve um certo silêncio por um tempo, até Heitor perguntar:
— Você também tem essa mania? De ficar olhando o mar quando está sozinho, para se sentir melhor?
Felicity olhou dicretamente para ele, e reconheceu nos olhar dele, o mesmo brilho que havia no seu quando observava o mar.
— Sim. Uma vez, a muito tempo, minha mãe me disse que se eu sentisse falta dela, eu deveria olhar para o mar, porque ela sempre estaria nele. Olhar para ele é como olha minha mãe. - respondeu voltando a olhar para baixo.
Foi a vez de Heitor olhar para ela, o chapéu tapava seu rosto, ele não podia ver muito dela, mas tinha certeza que tal marujo estava com um brilho nos olhos, brilho esse, que aparece quando se está em paz.
Ambos não falaram mais nada, ficaram apenas lado a lado, observando o brilho das ondas.
Entretanto, não ficaram sozinhos por muito tempo, Jack saiu de sua cabine com uma garrafa de rum em mãos, e cambaleando, obviamente bêbado.
Felicity observou seu jeito estranho de andar e cantarolar uma música qualquer, e começou a rir baixinho. Heitor também não aguentou e começou a rir.
Jack, alheio as duas pessoas o observando no convés, continuou a cantar. Estava ansioso para conseguir a imortalidade, assim conseguiria ficar com Angélica para sempre, quando a achasse, é claro. Ô mulher difícil de ser encontrada! Ele a procurava a anos e nada! Mas ele iria achá-la, agora que tinha admitido seu amor por ela, nada o impediria de encontrá-la e rouba-la para si. Ele só esperava que ela sentisse o mesmo.
...
Will e Elizabeth se encontravam aos beijos na cabine do capitão, já fazia dez anos que não se viam, precisavam matar a saudade.
— Will, nosso filho está tão lindo, eu senti tanta falta dele. - disse, encostanto a cabeça no ombro de seu marido.
— Ele é muito inteligente, como você
Lizzie sorriu para Will.
— Logo, logo estaremos todos juntos, e nunma mais vamos nos separar. - afirmou, acariciando os cabelos de sua esposa.
...
Felicity acordara cedo, faltava alguns minutos para o sol nascer. Ela foi até a proa do navio observar o sol nascendo. Longos minutos depois ela se levantou. Tinham chegado a Bahia da Espuma.


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Notas finais do capítulo

Comentem o que precisa ser melhorado. Beijinhos de Luz



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