O Conto dos Cavaleiros de Ouro escrita por Bosteta


Capítulo 4
Capítulo II Lealdade ao Imperador do Mal


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo meio longo, mas muito envolvente!



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A habilidade de Zeno e seu aparente sacrifício para alertar a todos emitindo um sinal de cosmo muito elevado e grandioso, soou como um aviso para os cavaleiros de Atena se direcionarem até o templo da Deusa. As casas de Peixes e Aquário que eram as mais próximas do templo de Atena e o Salão do Grande Mestre, poderiam chegar mais próximos ao local, sinalizado. Krest de Aquário e Rugonis de Peixes, ambos cavaleiros de ouro que vestiam suas armaduras em todo o tempo imediatamente saíram de suas casas, se encontraram em rumo ao templo de Atena, deixando o Salão do Grande Mestre para depois, viram que na entrada do lugar havia resíduos de chamas ainda acesas, se espantaram e olharam o caminho para o Monte Estelar, algo vos dizia para irem para lá, porém, foram surpreendidos com uma voz que lhes chamavam.

— Rugonis! Krest! – Uma voz feminina os chamava de dentro do templo da Deusa.

Rugonis era um jovem, não devia ter seus vinte e cinco anos de idade, possuía um longo cabelo vermelho até o meio de suas costas, era tido como o mais belo dos cavaleiros de ouro, porém, carregava consigo um fardo doloroso. Krest o cavaleiro de Aquário, era um dos mais velhos dentre os cavaleiros. Ele havia participado da Guerra Santa contra Ares e também de outras batalhas desde o século XIII, ele mantinha sua juventude graças ao controle de seu cosmo, o que muitas vezes resultava em uma enganação para as pessoas do Santuário que não acreditavam nisso, assim como Krest, Itia possuía a mesma idade.

Os dois imediatamente caminharam para dentro do templo de Atena, após ouvir seus nomes. Ao chegarem viram que o templo estava parcialmente destruído, alguns pilares de sustentação ao chão, paredes desmoronadas, o trono de Atena com lascas e demolido e o chão todo queimado, uma batalha havia acontecido ali. Procuraram pela voz que os chamou e viram uma das Servas de Atena, Pietra. Krest se aproximou da mulher.

— Como você está? – Disse ele agachando e tentando colocar a mulher em uma postura melhor, ela estava deitada e mal conseguia respirar, o cavaleiro a pegou e a colocou encostada em um dos pilares, ela estava bem ferida.

— Eu estou bem, mas Atena... – Ela deixou uma lágrima escapar. – Atena foi raptada por Takeshi de Pégaso. – Ela tossiu, estava um pouco fraca e cansada, seus ferimentos doíam e pareciam queimar.

— Um cavaleiro de bronze? – Perguntou assustado Rugonis que estava próximo aos dois. – Um cavaleiro de bronze teve todo esse poder de derrotá-las?

— Ele não parecia apenas um cavaleiro de bronze... Seu cosmo era sombrio e gigantesco, jamais presenciei um cosmo tão grande assim. – Ela tossiu e colocou sua mão sob seu flanco esquerdo, que estava ferido. – Procurem por Illyria e Xerazade, elas também foram derrotadas por Takeshi.

— Algo o estava possuindo então... A guerra começou. – Comentou Krest levantando-se.

Rugonis começou a vasculhar o lugar que era bem grande, um cavaleiro não podia estar naquele salão sem consentimento da Deusa. Krest ficou ali parado tentando cuidar da mulher enquanto Rugonis procurava pelas outras duas. O cavaleiro de Peixes seguiu até o trono e viu uma grande rachadura que levava as montanhas no final do Santuário. Tais montanhas nunca haviam sido exploradas antes e mesmo assim pareciam que haviam rastros de sangue pela descida totalmente irregular.

— Acho que encontrei algo por aqui, Krest. – Disse Rugonis, sério. – Irei investigar sozinho, leve essas moças para um lugar seguro, antes que seja tarde demais para isso. Algo está acontecendo e não é algo bom. – Ele disse e logo depois disso, pulou pela rachadura na parede que levava a um deslizamento de terra completamente irregular, ele ia se equilibrando e escorregando pela terra, a descida tinha mais de cinqüenta metros e Rugonis já não pôde ser mais visto.

Krest continuou a procura e encontrou Illyria debaixo de escombros, a retirou e viu que a mesma estava desacordada, o cavaleiro a pegou e com um braço a colocou nas costas, ajudou Pietra a se levantar e ambos começaram a caminhar para fora do templo de Atena, o Santuário corria sérios riscos. Krest iria alertar a todos que viessem, enquanto levaria ambas até algum lugar para recuperação.

Rugonis continuava sua caminhada na descida, não demorou muito até que alcançou o chão daquele terreno montanhoso e cheio de rochas e pedras, qualquer passo em falso, ele poderia sofrer uma queda fatal. Caminhou passando por cima de algumas rochas e chegou até mesmo a escalar um pequeno monte que antecipava a enorme cordilheira, viu que ao chão havia uma mulher, era Xerazade e imediatamente correu para ajudá-la.

— Você está bem? – Disse se aproximando dela, mas sem encostar-se na mesma.

A mulher estava bem fraca, com um sério ferimento em seu abdômen, devido à queda, alguns ossos foram fraturados também e seu estado era gravíssimo. Rugonis não poderia tocar a moça, seu fardo não permitia fazer isso. Quando de repente uma luz aparece exatamente atrás dele, o mesmo arregala os olhos, porém, já sabe o que poderia ser, um jovem de armadura cinza com cores azuladas aparece, longos cabelos esbranquiçados e em suas sobrancelhas duas pequenas pintas, que significavam que esse homem era de Jamir, um continente afastado do Santuário que era capaz de consertar as armaduras dos cavaleiros. Já que o continente Mu fora destruído nas últimas Guerras Santas.

— Hakurei! – Disse exaltado o homem. – Ela não me parece nada bem!

— Sim. – Disse o homem imediatamente a pegando. – Algo aconteceu no Santuário, não? Existem Fadas do Submundo por todos os lugares... Será que já começaram a agir, na Guerra Santa?

— Provavelmente. – Ele disse sério. – Estou indo atrás de Atena e o traidor do Pégaso, provavelmente ele também está sendo dominado por essas Fadas. Teremos que ter cuidado para também não sermos. – Alertou o homem. – Leve-a rápido, ela precisa de ajuda e também se encontrar alguém... – Ele parou. – Nada, não diga nada.

— Sim, Rugonis. – Completou Hakurei que então imediatamente com uma luz desapareceu dali da mesma forma que surgiu.

— A guerra começou... – Ele olhou para o céu estrelado e a lua brilhante, a noite seria intensa no Santuário. Algo estava acontecendo, uma traição, mas não somente uma, Zeno havia se sacrificado por algo maior, ele sorriu e apenas visou continuar sua procura por Atena.

O cavaleiro de Peixes deu meia volta e então continuou a sua caminhada por aqueles montes rochosos, havia um pequeno rastro de sangue que mostrava o caminho, Rugonis decidiu segui-lo, já que o sangue ia além de onde Xerazade estava, provavelmente, Atena ou Pégaso estavam feridos.

 

Os cavaleiros de Ouro começaram a reagir após a elevação do cosmo de Zeno, no Monte Estelar. O que eles não esperavam era que as Doze Casas também aparentemente estavam repletas de Fadas do Submundo, a casa de Sagitário estava repleta delas, assim como a casa de Libra que estava fechada, a de Virgem as borboletas que podiam controlar a mente dos cavaleiros não ousavam nem passar perto da mesma, parecia que havia uma barreira ali.

Avenir e Yves que em meio aquela explosão de cosmo, estavam rumando ao templo de Atena, decidiram voltar para o Coliseu e foram surpreendidos pelo cavaleiro de Câncer, que estava ali, se direcionando para o Templo de Atena.

— Sage! – Gritou Avenir. – O que foi esse cosmo? – Perguntou assustado.

— Avenir... Parece-me um alerta, algo ruim está acontecendo, percebe essas Fadas do Submundo? — Ele apontou para a próxima casa, a de Capricórnio e muitas delas estavam sobrevoando o lugar e a entrada da mesma. O homem era idêntico a Hakurei de Altar, ambos eram irmãos gêmeos, porém, um tinha a patente de cavaleiro de Ouro e outro de Prata, ambos eram considerados extremamente fortes. – Não podemos deixar que elas nos toquem ou seremos controlados por elas. Eu irei até o Salão do Grande Mestre e vocês retornem e avisem os Cavaleiros de Prata para tomarem cuidado, parece que todo o Santuário está infestado com essas fadas.

— Com certeza. – Disse Avenir. – Eu acredito que o cavaleiro de Pégaso, Takeshi tenha a ver com tudo isso. – Disse o cavaleiro. – Ontem à noite ele ficou de me dar o relatório sob os treinamentos dos novos cavaleiros, porém, está desaparecido desde então, no Coliseu, vimos um ascendente a cavaleiro morto com socos extremamente fortes, vindo talvez do cavaleiro de bronze.

— Entendo... Falarei com os demais sobre isso e também com Atena. – Estava sério e pensativo, já estava se locomovendo adiante para passar pelas demais casas e chegar até o Salão do Grande Mestre, quando foi surpreendido por uma luz azul fluorescente. Hakurei então surgiu, junto do corpo de Xerazade, em meio deles, a Serva de Atena parecia bastante ferida e seu estado era gravíssimo.

— Hakurei! – Espantado Sage o viu. – O que faz aqui? Por que ela está assim? – Estava preocupado com o estado da mesma.

— Eu a encontrei com Rugonis, depois do Templo de Atena. O cavaleiro de Peixes estava sob as montanhas rochosas e estava procurando por algo, me pediu que eu não dissesse nada, mas... Acabei dizendo, Atena foi raptada por Takeshi de Pégaso. O que está acontecendo? – Perguntou o homem aos demais, estava espantado.

— Acho que a guerra finalmente começou e Hades está fazendo com que nós mesmos, nos ataquemos. – Completou Tales de Hércules. – Veja essas Fadas do Submundo, elas devem estar controlando Takeshi.

— Então os espectros estão vivos? Hades também já escolheu o seu receptáculo? – Hakurei estava mais espantado agora.

— Não sabemos ainda. – Disse Sage. – Avenir e Tales sigam com a missão que eu lhes dei e levem Xerazade para ser tratada! Hakurei me acompanhe até o Templo do Grande Mestre, vamos ver o que está acontecendo por lá.

Todos confirmaram com a cabeça e Xerazade foi levada por Tales que a colocou sob seus braços e junto com Avenir foram se direcionando para o Coliseu e as barracas em volta dele, onde a maioria dos Cavaleiros de Prata viviam, além claro do vilarejo de Rodorio.

Os irmãos partiram para a casa de Capricórnio, na entrada não viram nada além de Fadas do Submundo. Muitas delas estavam já ali na entrada e sobrevoavam não somente a casa, como também circulavam em todo ao redor dela, Sage e Hakurei assustaram-se com aquilo, pois o cavaleiro de Capricórnio, era Ionia, o primeiro cavaleiro de Capricórnio existente, ele de fato estava vivo desde a era mitológica e protegia Atena desde aquela época, era tido como um dos mais experientes e poderosos cavaleiros, embora sua casa nesse momento estivesse vazia. Sage e Hakurei entraram.

Ao entrar viram que a casa defendida por Ionia estava vazia, não havia nada além da mobília e dos pilares de sustentação da mesma, deram mais alguns passos até que uma onde de Fadas do Submundo veio para cima deles.

— Cuidado! Não deixe que elas lhe toquem Hakurei! – Disse Sage alertando o irmão.

Ambos buscaram elevar seu cosmo para que elas fossem dissipadas com uma onda de poder, algumas delas foram eliminadas, mas uma sem que Hakurei e Sage percebessem encostou-se ao cavaleiro de Câncer. Hakurei sentiu um enorme cosmo vindo dele, mas apenas pensou que era o cosmo elevado do irmão devido ao uso causado para dissipar as borboletas, o cavaleiro de prata saiu à frente e percebeu que seu irmão ficou parado na casa de Capricórnio, logo na entrada, aquilo o deixou confuso e imediatamente ele viu uma borboleta saindo da armadura de Sage, ele já estava possuído.

— Sage! – Gritou enquanto parou. – Não pode ser, as Fadas encostaram em você... Você... – Quando percebeu seu irmão já estava correndo em sua direção com seu punho repleto de cosmo para atacá-lo. Hakurei cruzou seus braços a fim de defender o golpe do irmão.

— Matar os cavaleiros de Atena... – Disse Sage com uma voz alterada e vazia. Sage continuava a golpeá-lo rapidamente e Hakurei se defendia como dava, até que certo espaço surgiu entre eles e ambos puderam respirar um pouco.

Hakurei não pensou duas vezes e decidiu que tinha que livrar seu irmão, portanto, decidiu atacar. Ambos os golpes era defendidos, tanto por, Hakurei, quanto por Sage, eles estavam no mesmo nível de habilidade e também de poder, era incrível como ambos se portavam nessa batalha que aconteceu de repente. Qualquer erro seria crucial e então Sage foi enganado por Hakurei e levou um golpe na face que o fez ficar sem seu elmo da armadura de ouro.

— Sage! Você tem que vencer as Fadas! Elas estão te controlando! – Tentou avisar o irmão, após golpeá-lo na face.

— Matar os cavaleiros de Atena... – Sage se limitava apenas a pronunciar essa frase e partiu novamente para cima de Hakurei que então decidido preparava sua técnica.

Ondas do Inferno!— Hakurei fez uma grande bola de energia e disparou contra seu irmão. A esfera de energia era composta por almas do inferno que se unindo gerava uma grande quantia de cosmo e poderia ser destrutivo o seu poder, Sage então imitando seu irmão gêmeo utilizou da mesma forma, a mesma habilidade e as esferas enérgicas se chocaram no ar causando um grande terremoto na casa de Capricórnio.

Sage se movia rapidamente e então com um chute no estômago de seu irmão o impulsionou para trás, mas isso não foi o bastante, continuou a golpeá-lo com força, até que então fez o mesmo gesto que seu irmão e apontando para a face do mesmo que estava em meio aos escombros lançou:

Ondas do Inferno.— O golpe atingiu diretamente Hakurei e fez com que a casa de Capricórnio fosse parcialmente destruída, causando um grande rombo na parede lateral da mesma, destruindo móveis, pilares, teto, tudo. A noite havia começado fazia tempo, era por volta da meia-noite quando os irmãos batalhavam na casa de Capricórnio, a noite não era assim tão fria.

Hakurei se recuperou após o ataque de seu irmão que não parecia ter compaixão alguma para com ele, ao levantar-se e perceber o estrago causado pelo golpe anterior na casa de Capricórnio, percebeu que ao lado de seu irmão estavam mais algumas borboletas, talvez, essas estavam o controlando e também lhe dando mais poder ainda.

— Sage! Lembre-se de seu objetivo! Temos que proteger Atena e não lutar ao lado de Hades, juramos proteger essa terra e as pessoas daqui! – Hakurei estava com o braço direito totalmente ensangüentado e provavelmente quebrado, já que não o conseguia mexer.

— Atena? Não me faça rir... – Ele começou a rir logo após isso, estava visivelmente alterado. Sage não tinha um comportamento assim, desde que foram treinados por Itia, eram extremamente fiéis às leis de Atena e também ao juramento de defender a humanidade e propagar a paz para todos, os mesmos ensinamentos que Itia tinha para si mesmo. – Eu não preciso responder a um Cavaleiro de Prata.

Ouvindo as palavras de seu irmão, viu que as borboletas claramente estavam em sua mente, a dolorosa sensação de ver seu irmão sendo controlado, o fazia querer matar quem estava por trás disso. Hakurei apertou seu punho com força e estava furioso e seu cosmo rapidamente foi elevado á grandes alturas.

Chamas Demoníacas! — Foi surpreendido por Sage que acabou de lançar um de seus golpes mais poderosos. As Chamas Demoníacas eram compostas por um fogo azulado, o fogo era alimentado por almas do submundo e tal golpe atingia justamente a alma do oponente, no caso, Sage queria atingir justamente a alma de Hakurei e matá-lo logo de uma vez.

As chamas eram devastadoras, eram como uma enorme esfera que tinha o dobro do tamanho de Hakurei, o cavaleiro de prata estava com dificuldades para se esquivar, estava ferido, mas seu cosmo não havia diminuído, nem por um instante, o que lhe permitiu saltar com tamanha habilidade e quando as chamas tocaram a parede do lugar tudo voou pelos ares e mais um enorme estrago havia acontecido.

Hakurei imediatamente após o golpe vendo que seu irmão não o havia notado, com sua velocidade, utilizou Ondas do Inferno, para conversar diretamente com a alma do mesmo, já que seu corpo estava possuído pelas Fadas do Submundo. Essa habilidade lhe permitia enviar a alma do oponente ou sua própria para o mundo dos mortos, sendo assim, mesmo que o corpo da pessoa fosse imortal, sua alma poderia ser morta ali, Sage não foi capaz de se esquivar do golpe, sendo assim, sua alma fora levada para o Submundo, mas quando a transição entre mundos estava acontecendo, algo deu errado, as Fadas que estavam no controle de Sage interceptaram o golpe e não permitiram que isso acontecesse, sendo assim, o cavaleiro de Ouro ainda era tomado pelas mesmas.

— Irmão tolo... – Disse Sage após retornar do acontecido. – Eu explicarei o por que da traição... Todos os cavaleiros de Ouro vão ajudar Hades a conquistar o mundo, assim não haverá mais conflitos e nem guerras, o mundo descansará na paz. – Ele disse. – Venha, vamos lutar ao lado de Hades para que isso acabe de uma vez por todas. – Ele esticou a mão para o irmão.

— Então é isso, que você pensa? – Hakurei estava aparentemente cansado, Sage não. O efeito controlador das Fadas permitia uma grande resistência física ao controlado, algo que Hakurei já havia notado. – E você acha que a paz de Hades será como?

— Hades prometeu a morte a todos. Só a morte pode salvar, Hakurei. Não há outra salvação além da morte, junte-se a nós e ele também te salvará. – Disse Sage ao irmão, as borboletas sobrevoavam sua cabeça e estavam ao seu redor, parecia haver mais do que dez.

Eu sou o único que pode parar meu irmão, eu preciso fazer isso. Hakurei pensou consigo, enquanto seu irmão proclamava suas palavras sobre Hades, era inaceitável o que ele estava dizendo e o que as Fadas podiam fazer sobre um cavaleiro, por mais que seu cosmo fosse imenso. Hakurei elevou seu cosmo de uma forma espetacular, muitas almas surgiram em volta do cavaleiro de prata que estava por ali, seu irmão estava cego afirmando sua contestação para com Hades, o que permitiu que Hakurei concentrasse um enorme número de almas ao seu redor.

— Sinto muito meu irmão, mas você foi possuído. Eu jurei proteger Atena por todo o sempre e assim o farei nem que eu tenha que sacrificar minha vida para que você não possa cumprir com essa loucura. – As almas se prendiam à Hakurei, eram centenas delas, todas de forma azulada assim como as chamas feitas por Sage. – Hecatombe dos Espíritos!

Essa técnica usava as almas como pólvora, quanto mais almas, maior seria a explosão, no caso, a explosão seria colossal, talvez a casa de Capricórnio fosse levada junto com eles, a explosão foi realizada, uma imensidão de luz encobriu todo o lugar, fazendo brilhar mais forte que as estrelas do céu, após o disparo do golpe, Sage e Hakurei sumiram assim como suas armaduras e a casa de Capricórnio estava toda destruída, porém, ainda estava em pé, como se aquelas casas sobrevivessem mesmo de eras em eras.

Após a explosão de cosmo, o silêncio tomou conta da casa de Capricórnio, alguns passos foram ouvidos vindo de trás de um pilar de dentro da mesma. Este era Guateguard de Áries, ele tinha em sua volta dezenas de borboletas do submundo, ele começou a rir diante do que tinha visto, começou a caminhar para cima, em rumo ao Templo de Atena, enquanto caminhava, pediu para que as Fadas pudessem ver se Hakurei e Sage estivessem realmente mortos, as fadas imediatamente desapareceram de perto de si, ele continuava a andar, mas andava calmamente, Guateguard era conhecido por ser o cavaleiro mais fiel e protetor das Doze Casas, mas seu olhar e objetivo ao observar a luta de Sage e Hakurei, era completamente o oposto do que todos pensavam.

 

Esídio e Leon estavam espantados, o anoitecer já havia começado e eles olharam para aquela jovem amazona sem sua máscara. A jovem era bonita, tão bonita que deixavam eles meio sem graça próximos a ela. Eles sabiam que se uma amazona visse algum homem, teria que amá-lo ou matá-lo, mas a lei não se aplicava quando dois jovens vissem uma ao mesmo tempo.

— Não era a nossa intenção ver você sem a sua máscara... – Disse Esídio um pouco corado com a beleza da jovem e com a situação.

— Está tudo bem, eu não irei matá-los e também não irei amá-los, apenas deixe-me sozinha. – Respondeu ela, se virando, escondendo seu rosto, seus olhos estavam um pouco vermelhos, talvez estivesse chorando.

Leon se aproximou da jovem.

— Você estava chorando...? – Disse meio triste e apreensivo, se aproximando dela.

— Não! Vão embora! – Gritou ela, agachando e pegando sua máscara e colocando-a imediatamente. – Eu não estava chorando, apenas... Deixem-me sozinha. O que vocês fazem por aqui?

— Estávamos treinando e escutamos um barulho, decidimos vir ver, você não estava vestindo sua armadura, por isso, não sabíamos que era você. Desculpe-nos. – Disse Leon para ela. – Não queremos atrapalhar apenas ajudar, lutamos pela mesma causa.

— A propósito, eu me chamo Esídio e este louco é Leon. – Disse o cavaleiro de Hidra, esticando a mão para a amazona. – E você?

— Eu sou Alexis de Andrômeda. – Ela apertou a mão de Esídio. – Vocês são de quais constelações?

— Eu sou o cavaleiro de Hidra. – Completou Esídio.

— Leon, o Lobo Sangrento, muito prazer. – Ele riu, ficou jeito. – Sou o cavaleiro de Lobo. – Coçou a cabeça.

Foi quando nesse instante, os três sentiram a mesma força cósmica, a explosão do cosmo imenso vindo do Santuário, era com certeza algo bastante ruim. A noite próxima da cachoeira era fria e uma geada parecia se aproximar nos arredores do Santuário, haviam muitas estrelas no céu e a lua brilhava. De repente algumas rochas da cachoeira começaram a desmoronar, como eles estavam próximos da mesma que também formava um lago em sua queda. As pedras quase acertaram Leon que se esquivou rapidamente. Esídio e Leon pegaram suas armaduras que estavam guardadas na caixa, assim como Alexis que também pegou a sua, as rochas começaram a se desmoronar ainda mais rápido quase que encobrindo todo o lago.

Eles decidiram mutuamente voltar ao Santuário, pois aquela elevação de cosmo não poderia ser normal e como estavam em época de guerra, poderiam estar sendo atacados por Hades e seu exército.

De onde estavam até Rodorio não levaria muito mais do que quinze minutos, mas de Rodorio até o Santuário, demoraria uma hora se forem rápidos, a subida era bastante demorada. Correram e quando avistaram a entrada do vilarejo, uma rocha acabava de sair do chão e foi em direção à Esídio que não conseguiu esquivar-se e foi acertado em cheio, sendo jogado para trás, a rocha surgiu de repente, como se alguém a lançasse debaixo para cima.

— Esídio! – Gritou Leon para ajudar o amigo, viu que o mesmo já estava se levantando.

— Eu estou bem... – Disse ele meio zonzo. Aquela rocha que o atingiu não foi por acaso, o trio sentiu um cosmo logo à frente deles, algo estava errado.

Sentindo o cosmo, os três imediatamente tocam em suas caixas de Pandora e vestem suas armaduras, em um piscar de olhos já estavam vestidos e as armaduras poderiam lhe proporcionar a amplificação de seus poderes, como também uma maior resistência. Estavam atentos a qualquer movimento, a armadura de Esídio, era a de Hidra e por si só, se parecia com uma. Leon era o possuidor da de Lobo e seu elmo parecia um lobo com a boca aberta, assim como seu bracelete que lembrava as patas de um lobo gigante. Alexis possuía a de Andrômeda, era cor-de-rosa e possuía grandes correntes ao seu redor saindo de dentro da armadura. Continuaram com a guarda alta, para qualquer surpresa no local e sentiam um cosmo naquela região quando se surpreenderam com novamente muitas rochas vindo na direção deles.

Nebulosa de Andrômeda! — Gritou Alexis, uma de suas correntes agiram de forma rápida e veloz, como um muro de pedra as correntes pararam na frente de Leon, Esídio e Alexis, protegendo-os das rochas que não ultrapassaram a corrente.

— Vejo que suas correntes são fortes... – Foram então surpreendidos com uma voz que veio de trás dos três, rapidamente eles se viraram e notaram um homem robusto, vestia uma armadura negra que pegava todo seu corpo, este devia ter seus dois metros e meio de altura e era bastante forte, sua voz era grossa e potente. – Mas duvido muito que possa resistir à minha técnica suprema...

Antes mesmo de o homem acabar de falar, Esídio agiu, sua velocidade era incrível que até mesmo o homem robusto não acreditou, colocando seus dedos em uma forma de presa, ele rapidamente utilizou de seu golpe: Presas Venenosas. Tal golpe atingiu o mesmo em seu flanco direito, porém, o homem da armadura negra nem ao menos sentiu dor.

— Insetos. – Disse e com um tremendo golpe lançou Esídio contra algumas rochas que caíram no lago da cachoeira. – Como eu estava falando... Eu sou Rock de Golem, da Estrela Celestial do Chifre. E essa sua corrente não pode agüentar meu poderoso ataque! – Riu.

— Você é um espectro? – Perguntou assustado Leon, tanto ele quanto Alexis estavam assustados com a imensidão do homem e ainda mais depois que ele revelou seu nome e também a Estrela Celestial que servia, significava que ele era de fato um espectro, a pergunta foi feita apenas para confirmar o óbvio, quando uma pessoa realmente não acredita no que vê.

— É claro que sim e iremos acabar com vocês, defensores de Atena! Pois o nosso senhor Hades está para nascer! – Riu novamente e quando riu, novamente sentiu algo em seu flanco direito, era Esídio novamente que buscava um golpe, mas sem sucesso. Novamente Rock o golpeava e o lançava para o mesmo lugar, enquanto Leon e Alexis ficavam de frente para ele. – Agora é a vez de vocês! – Algumas rochas foram lançadas na direção deles.

— Minha corrente pode pará-lo! – Disse Alexis fazendo com que sua corrente quebrasse todas as rochas numa velocidade incrível, enquanto isso, Leon já se locomovia ao redor do inimigo. O jovem lobo corria em círculos visando confundir a atenção do espectro, enquanto isso, Alexis atingia as pedras com a corrente, nesse meio tempo, Leon saltou.

Garras de Lobo! — O cosmo era concentrado no punho de Leon, uma grande energia era voltada ali. Seu cosmo era calmo, mas ao mesmo tempo agressivo e parecendo um lobo em volta de si, ele golpeou Rock na face, porém, da mesma forma que Esídio seu golpe não teve nenhum efeito.

— Já disse que nenhum de vocês pode me confrontar, eu sou um espectro de Hades, somos imortais! – Ele novamente riu, mas foi surpreendido por Esídio que apareceu de forma imprevisível em sua frente.

— Já descobri o que ponto fraco. – Ele então movimentou seus braços de uma forma diferente e ao seu redor uma aura esverdeada era possível de observar, o cosmo parecia estar queimando em uma alta velocidade e em grande quantidade. – Punho da Hidra! — O cosmo que estava ao seu redor se concentrou em um soco, que atingiu entre o peitoral da armadura e o flanco direito. A armadura de Rock, era parecida com rochas, era bem resistente, parecia mesmo como uma montanha. Esídio atingiu exatamente entre uma brecha das armaduras, foi aí que Rock sentiu uma enorme dor e voou para trás com o golpe do cavaleiro.

O espectro rapidamente se recuperou do golpe e avançou contra eles, algumas rochas estavam o seguindo devido ao seu poder de telecinese que lhe permitia controlar as rochas, foi quando numa velocidade anormal o homem com o cosmo ao seu redor, avançou.

Avalanche Explosiva! — Um montante de rochas numa velocidade sem igual foi em direção aos cavaleiros e também na Amazona que não foi capaz de defender-se. As rochas formaram uma pilha em cima deles, meio que os soterrando. Parecia ser o fim do trio que lutava, enquanto Rock ia avançando. – Primeiro acabei com vocês, agora terei o vilarejo todo para acabar, foi bom Pandora ter me enviado por primeiro, eu sou o mais resistente dos espectros! – Riu enquanto a pilha de rochas soterrava o trio que lutava por Atena.

— Ainda não! – Gritou Leon, saltando do meio das rochas, de cima ele parecia concentrar um cosmo poderoso que Rock arregalou os olhos. – Eu não queria ter que usar isso contra um lixo igual você... Uivo Mortal!— O cosmo então ao redor de Leon se transformava em pequenos prismas e o cosmo os alterava para que o golpe chegasse até Rock que com o impacto parecia paralisado, os prismas chegavam a ser tão finos que o ar parecia cortar, chegando a causar grandes lascas em sua armadura.

Com isso Esídio então surge atrás do inimigo, concentrando seu cosmo novamente como anteriormente, disparou seu Punho da Hidra contra as costas do oponente que então era lançado para longe dali, antes mesmo que o espectro pudesse se debater contra o montante de pedras que caíram da cachoeira, a corrente de Alexis aparece e o pega pela perna.

Corrente de Andrômeda! – A corrente rapidamente entrava pelo vão entre o peitoral e o flanco direito, como Esídio havia dito, sendo assim com a força da corrente a armadura imediatamente se despedaçava e Rock ficava sem sua vestimenta e aparentemente estava nu diante deles.

— Parece que é seu fim, Rock. – Disse Leon, o homem estava em pé, estava trêmulo, pois, sua maior arma era sua armadura e a resistência da mesma, as rochas já não poderiam ferir os cavaleiros o que proporcionou a vitória antecipada deles, o espectro buscou correr, mas foi surpreendido pela corrente de Alexis que então atravessou diretamente o coração do inimigo e o matou ali mesmo, sem dar esperanças ao mesmo.

O trio não aparentava, mas estava completamente cansado. Quando viram o fim daquela ameaça finalmente caíram exaustos ao chão, principalmente Esídio que havia sido golpeado duas vezes, o inimigo era poderoso e só puderam vencer, por que estavam em três.

— Estou exausto... – Comentou Leon caindo na terra, deitando. – Isso que é enfrentar um espectro? Ufa! Eu acho que devem ser os mais fracos, não é?

— Provavelmente. – Disse Alexis, se apoiando em uma rocha ao lado, ela guardava suas correntes dentro de sua armadura que era um tanto quanto fechada e pouco mostrava seu corpo. – Mas são cento e oito espectros...

— O que? – Assustou-se Esídio.

— Atena me disse, tivemos uma aula sobre espectros antes de concluirmos nosso treinamento. Os espectros são imortais, mas somente se Hades já estiver em seu receptáculo e também Atena pode criar uma barreira para prender a alma dos espectros e Hades não pode revivê-los mais. – Alexis respirou, ela era inteligente e também uma exímia combatente, suas correntes eram incríveis. Leon e Esídio sabiam que o cosmo vindo de Alexis era grande e de fato era mais forte que ambos. – Os espectros são controlados por Pandora... A mulher que comanda as tropas de Hades.

— Pandora? – Esídio fez uma cara de quem não sabia de nada.

— Sim, a mulher que trouxe o mal ao mundo, ela sempre viveu junto de Hades e desde a era mitológica comanda suas tropas, foi assim na invasão contra Ares e vai ser assim agora com Hades. – Ela então olhou para ambos. – Vocês não estudavam?

— Bem... – Leon coçou a cabeça. – A gente preferia as aulas de combate. – Deu um sorriso amarelado.

Todos deram uma breve risada.

— Você então aprendeu diretamente com Atena? Eu convivi com ela em um orfanato, mas ela foi levada quando tinha sete anos, hoje deve ter uns dezoito anos, ou mais. – Disse Esídio. – Éramos grandes amigos, no passado. – Ele parecia cabisbaixo, até que Alexis o tocou.

— Ela ainda é a mesma pessoa, conosco ela falava da vida anterior dela, não dizia nada sobre guerras e passados, apenas próximo aos membros do exército. Ela é uma pessoa incrível e nos deu esperança para lutar ao seu lado. – Ela estava com sua máscara, nesse momento decidiu retirá-la. – Acho que não preciso usar isso com vocês, não é?

— Vai ter que escolher um de nós para matar e outro para amar. – Leon comentou fazendo um bico. – Esídio, você vai ao meu sepultamento? – Começou a rir, quando deixou os outros dois ali corados de vergonha.

— Precisamos ir imediatamente ao Santuário, pode ser que mais espectros como esse apareça por lá. – Comentou Esídio quebrando o gelo. – Não podemos ficar aqui.

Todos concordaram e então imediatamente se preparam a ir para o Santuário, antes passariam pelo vilarejo Rodorio, pois era o único caminho certo para tal da onde estavam. A noite estava chegando a sua metade, pois a lua estava no lugar mais alto do céu, juntamente com as estrelas. Nesse momento foi então que eles sentiram outra onda de cosmo absurda vinda novamente da direção do Santuário, algo estava acontecendo naquele lugar, então apertaram seus passos e correram para chegarem o mais rápido possível por lá.

Passaram pelo vilarejo rapidamente e notaram que lá as coisas estavam tranqüilas, já era noite e tudo estava quieto, os civis dormindo e nada estava aparentemente destruído por ali. Correram colina acima, estavam próximos de chegarem ao Santuário, nesse momento, já era pouco mais de meia noite e a lua começou a fazer o seu trajeto para desaparecer no horizonte. Para se chegar ao Coliseu era necessário passar por um portão gigante onde sempre estava fechado, nessa ocasião, o portão estava aberto, o trio se aproximou do portão e viram centenas de borboletas pelo Coliseu, logo mais ao lado, havia uma estrada para algumas casas, chamadas de barracas, onde normalmente os Cavaleiros de Prata moravam, as borboletas eram mais constantes nesse caminho, foi então que o trio viu dois cavaleiros de bronze lutarem entre si.

Estavam lutando Dorotheo de Pavão e Sirius de Índio, eles lutavam brutalmente, seus socos eram repletos de cosmo e nenhum deles parecia pegar leve. Leon e Esídio reconheceram seus amigos e imediatamente correram para ver o que estava acontecendo, foram surpreendidos por um cavaleiro de Prata que os agarrou e os jogou para fora do portão de entrada do Coliseu, ao redor desse monumento havia uma rasa floresta com poucas árvores, mas muita vegetação, ambos caíram na vegetação densa da mata, Alexis ficou preocupada.

— Não interfira, eles podem atacá-los também. – Era Ézio de Águia, um cavaleiro de prata.

— Por que eles estão lutando entre si? – Perguntou Alexis, não entendendo muita coisa.

— Consegue ver essa quantia enorme de borboletas? Elas são Fadas do Submundo, um espectro está por trás disso. Elas têm o poder de controlar a sua mente e sendo assim, estão controlando a mente dos cavaleiros do Santuário, para lutarem entre si. – Respondeu Ézio. – Precisamos por um fim nisso e eu já sei quem está por trás disso tudo. – Ele olhou para a floresta que antecipava o Coliseu. – Vamos.

Ézio correu com Alexis, Esídio e Leon para floresta adentro, o cavaleiro de prata parecia bastante experiente e ao redor do Coliseu não era um lugar muito frequentado, a noite ia passando e a quantidade de borboletas dentro do Santuário ia aumentando cada vez mais, enquanto mais cavaleiros eram possuídos pelas fadas.

 

Takeshi caminhava em meio as montanhas, o lugar era irregular, muitas rochas, poucas vegetação, muitos morros e descidas, elevações e depressões. Takeshi estava ferido, seu flanco esquerdo sangrava e ele caminhava com a mão apoiada nele. Com a outra mão segurava nas paredes montanhosas para não se desequilibrar e continuava a caminhada, em sua frente estava Atena.

Atena não estava ferida, nem tão pouco aflita com a situação, ela caminhava à frente, como Takeshi havia mandado ela e estavam na cordilheira que sucedia o Santuário e o templo da Deusa. Atena se virou para Takeshi, parando.

— Takeshi, não acha melhor pararmos? – Ela estava aparentemente preocupada com o ferimento do rapaz. – Precisamos cuidar do seu ferimento.

— Não diga besteiras, Atena... Isso não é nada. – Sua voz parecia alterada, como se fossem duas vozes ao mesmo tempo, aquilo parecia estranho e Takeshi já não era rodeado por aquelas borboletas. – Eu preciso proteger você...

— Você já está fazendo isso, agora deixe-me cuidar do seu ferimento. – Disse ela se aproximando do jovem cavaleiro.

— Não! – Ele gritou e com a força do grito se desequilibrou e acabou caindo ao chão daquele terreno, sua dor era imensa e ele mal conseguia se levantar, Atena se aproximou e buscou ajuda-lo, mas quando a Deusa estendeu a mão a ele, ele recusou e preferiu ficar caído, estava se contorcendo de dor.

O que ele tem? Diz que vai me proteger... Mas a ameaça é ele mesmo... Pensou consigo Atena enquanto novamente buscou ajudar o rapaz, deixou seu cetro do lado e tocou no rapaz que dessa vez aceitou a ajuda, ambos levantaram e ele se apoiou na parede rochosa, estava ofegante e bastante cansado, Atena parecia normal.

— Não vai me dizer o que está acontecendo, não é Takeshi? – Pegou seu cetro e sorriu para o rapaz.

Conte a ela Takeshi... Conte à ela que você é a própria morte e o mal vai despertar. Não! Não posso! Eu preciso proteger Atena... Por quanto tempo você acha que consegue fugir de mim, Takeshi? Por quanto tempo for preciso, eu protegerei Atena à todo custo! Você não pode... De repente Takeshi atinge seu ferimento e grita de dor, Atena não sabia o que fazer, o jovem apenas ficou agachado e olhou diretamente nos olhos da Deusa.

— Você confia em mim, Atena? – Ele estava sentindo muitas dores e seu olhar era fixado na Deusa. – Você realmente confia em mim? Se você disser que sim, vamos continuar, por favor.... Somente eu posso te proteger... – Ele se levantava com imensa dificuldade e então continuava sua caminhada, pedindo para que a Deusa fosse a sua frente.

Atena não chegou a responder a pergunta, apenas sorriu,confiava em seu cavaleiro, sabia que ele realmente a queria proteger, porém,não entendia o por que daquilo tudo e nem para onde estavam indo, de fato,aquelas cordilheiras levavam para um lugar distante do Santuário de Atena, umaregião pouco habitada por eles, caminharam mais um pouco e o anoitecer era belonaquelas montanhas, o frio era gostoso e a brisa do alto relaxava, mais àfrente o terreno parecia cessar de irregularidades, era ma descida em espiral,como se a natureza fosse uma grande arquiteta, o lugar era lindo e eles continuavama caminhar em rumo ao acaso.    


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