Ino Pov's

    Eu estava atônita, não estava acreditando no que estava vendo na minha frente. Em fração de segundos, todos estávamos longe de Sakura.

— Que porra está acontecendo aqui? - perguntou Neji extremamente nervoso e confuso.

— Quem são vocês? - perguntou a outra Sakura se virando para seu grupo e se afastando deles.

  Quando entramos naquela sala com Sakura, outro grupo idêntico a nós entrou pelo outro lado. Estávamos perdidos se aquela era a verdadeira ou falsa Sakura. O pior é que a Sakura que estava com nós, se fazia de vítima e a Sakura que estava com eles também. E o grupo também se fazia de vítima. Aquilo estava tão confuso que minha cabeça dois só de tentar entender.

— Meu Deus, quais de vocês são Meus verdadeiros amigos?! - perguntou Sakura do outro grupo perdida.

— Deixe de ser falsa, você está querendo enganar todos nós. Mas nos meus amigos você não será capaz de relar! - disse a Sakura que estava com nós.

   Era impossível decifrar qual a verdadeira. Meu corpo estava no automático, apenas se esquivava de qualquer coisa que me apresentasse alguma ameaça.

— Como vamos saber qual delas é a verdadeira?! - disse Sasuke revezando o olhar de uma para a outra.

— Pessoal, por favor, acreditem em mim. Ino por favor, sou eu.. - dizia a outra Sakura.

— Eu... Eu - nenhuma palavra concreta saía de minha boca.

Ino off

Sakura Pov's

   Eu não acreditava que aquilo estava realmente acontecendo. Eu não sabia qual era meu grupo de verdade. Estava com medo e confusa.

   Eu não conseguia pensar em nada. Eu queria apenas uma luz, alguma ideia para fazer eles acreditarem em mim. Quem quer que fosse meu grupo.

— Faça-me uma pergunta Ino. Uma pergunta que só eu poderei responder! – disse a Ino do outro grupo com o olhar desesperado.

— De quem você gosta? – perguntou ela.

— Eu... eu... gosto... – eu não conseguia dizer. Não tinha coragem mesmo numa hora como essa.

— Essa falsa não consegue dizer porque não sabe! – disse a falsa Sakura. – Ino, sou eu... eu gosto do Sasuke. Você sabe disso!

    Ino então sorriu e se aproximou dela.

— Ino não... por favor! – implorei. Eu não sabia se aquela era a Ino verdadeira ou falsa, mas não queria que ela se aproximasse de meu clone, pois se ela fosse a verdadeira, estaria correndo perigo.

    Mesmo assim ela continuou se aproximando e a abraçou. Eu não acreditei quando vi.

   Ino levou suas mãos lentamente até a cintura e pegou uma kunai, logo enfiando nas costas do meu clone, fazendo o mesmo se desfazer em pó. Eu fiquei ainda mais confusa do por que de ela fazer aquilo.

— Agora é sua vez de fazer uma pergunta que apenas eu saiba. – disse ela.

— Sakura, não caia na dela. Esses clones tem toda informação do seu cérebro. Eles saberão responder. – disse a Ino do meu grupo.

— E como é que você sabe disso? – disse me distanciando mais deles.

     Na mesma hora ela correu até mim furiosa, mas foi interferida por Kakashi entrando na minha frente, enfiando sua Kunai no peito dela. E então pude distinguir qual era meu grupo.

   Corri para o lado deles, o outro grupo começou a avançar, nós não poderíamos dar conta deles, eles eram altamente treinados. Nós, pelo menos meus amigos nunca haviam entrado em combate, apenas eu.  Não poderia arriscar perder algum deles. Ino só conseguiu deter meu clone porque a pegou desprevenida.

   Deixei os outros clones nas mãos de Kakashi, Tsunade e Sai. Puxei meus amigos e saímos daquela sala. Corremos até dobrar um corredor, entramos em uma sala de reunião onde estava tudo quebrado, eu tinha que leva-los para algum lugar seguro.

    Como já estive ali, saberia bem onde deixa-los. Precisava voltar logo para ajudar os outros. Não poderia leva-los para a saída, nossos pais estavam aqui e precisávamos salva-los antes de partir.

— Como sabia que não era eu? - perguntei a Ino.

— Você jamais assumiria isso em publico, ainda mais se Sasuke estivesse nesse grupo. - deu um meio sorriso e eu a abracei de lado.

   Paramos em frente à antiga sala de controle, onde só abria por dentro usando um código, o qual eu sei qual é, mas era diferente o código para abrir por fora, Sasuke tentou arromba-la, mas foi em vão. Era de ferro e por fora, só abriria com algum comando, tal esse que eu desconhecia.

   Me aproximei da porta e coloquei a mão na mesma, lamentando por estarmos sem saída. Mas ela acendeu a luz verde, logo abrindo a mesma. Me afastei assustada. Eu fiz aquilo?

— Sim, você fez isso. – disse Gaara para mim e só então percebi que pensei alto demais.

   Entramos na sala, onde todas as câmeras estavam funcionando perfeitamente.

— Você deve ter conseguido abrir pelo chip que Tsunade disse que colocaram em você, na sua nuca. – disse Hinata.

— Tem razão... isso me dá controle de onde estou, pelo menos aqui. – disse constatando que aquilo era realmente uma possibilidade. – Fiquem aqui, vou ajudar os outros.

— Não, Sakura, por favor fica. – pediu Naruto.

— Eu não posso... tudo isso é por minha culpa, eu não posso deixa-los sozinhos. Tenho que voltar para guia-los até aqui. Só eu conheço cada canto de onde estamos.

— Mesmo assim, eles sabem se virar, são treinados. Por favor não vá Sakura. – pediu Ino.

    A olhei com um olhar triste, denunciando que não importa o que façam, eu vou voltar. Ela entendeu meu olhar e correu em minha direção, com a intenção de me impedir, mas fui mais parida saindo da sala e fechando a porta que imediatamente se trancou pedindo o código para abri-la novamente. Eles não poderiam abrir, pois não sabem o códigos, estão trancados lá. Estão seguros, pelo menos estarão se ninguém confiável a abrir por fora.

   Caminhei pelo corredor, procurando fazer o mínimo barulho possível. Do nada escuto um choro igual ao de Ino. Meu corpo enrijeceu. Outro clone?

    Me preparei para lutar, pegando duas Kunais e esperando que algo acontecesse.

“Relaxa, ela vai voltar.” Disse uma voz igual a de Temari. Só então entendi que eu pude ouvir de onde eu estava, p que acontecia na sala de comando. Eu realmente estava ficando assustada com esses poderes vindo de mim. Poderes esses que eu não tinha quando estive presa aqui.

    Parece que quanto mais eu fico aqui, mais essas coisas estranhas evoluem em mim. Eu estou evoluindo, e tenho medo até onde isso pode chegar.

   Posso ouvir a distância, abrir portas com apenas um toque. Isso me assustava. Será que isso esta acontecendo pelo tal chip?

   Continuei caminhando até a sala que estávamos. Quando abri a porta, vi Sai enfiando sua kunai no pescoço do clone de Naruto, fazendo o mesmo se desfazer em pó, aquele era o último.

   Olhei ao canto e Tsunade estava caído segurando um ferimento em sua barriga, qual sangrava muito. Kakashi estava desmaiado, mesmo com tamanha força como a dele. Conseguiram o deixar inconsciente, afinal, deixei apenas três dos meus com oito dos deles. Ainda assim fiquei surpresa de eles terem dado conta de todos nesse tão pouco tempo.  

   Corri até Tsunade para a ajudar, cortei um pedaço de minha camiseta para estancar o sangue dali, coloquei uma mão encima da outra e pressionei contra o ferimento.

— Esta queimando. – disse Tsunade com cara de dor.

— O que? – perguntei olhando ao ferimento, o qual parecia estar fazendo alguma queimadura sem precisar de fogo, fazia borbulhas na pele de Tsunade. Logo parou de sangrar e o ferimento se fechou. Quentura estanca ferimentos, e mais uma vez, bastou colocar minhas mãos em alguém para cura-lo.

   Olhei para minhas mãos, e elas pareciam normais.

   Primeiro tocar na porta e ela se abrir, segundo audição e agora cura. Eu realmente estava com medo disso tudo. Estava com medo de eu estar na faze de transição e virar um zumbi ou qualquer outra máquina de Orochimaru.

    Deixando esses pensamentos de lado, corri até Kakashi, seu rosto estava sangrando, fiz menção de tocar no mesmo e abaixar a máscara de Kakashi mas o mesmo parou minha mão no mesmo ato. Confesso que fiquei com certa vontade de rir, pois mesmo desmaiado, ele apenas acordou porque eu iria tirar sua máscara. E isso só fez minha curiosidade sobre seu rosto aumentar.

   Kakashi se levantou com a mão na cabeça, Tsunade lhe deu apoio. Saímos de lá e fomos cautelosamente pelos corredores a caminho da sala em que se encontravam os outros.

   No meio do caminho, escutamos um ruído, paramos no mesmo instante. Logo algo dobra o corredor. Era uma moça, estava nua, seu corpo parecia um esqueleto, ela andava meio torta e carregava consigo um machado manchado de sangue. Seus cabelos negros e longos encobriam parte de seu rosto, mas mesmo assim, pude reconhecer.

— Não pode ser! – exclamei com os olhos cheios de lagrimas.