Incondicional escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 18
Iogurte Congelado




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P.O.V. Jace.

Aqui estou eu em frente a maldita loja de iogurte congelado. De novo!

Quando, de repente, vejo ela e a prima entrarem na loja. Me escondo e ativo a minha runa de audição.

Elas fizeram os pedidos e Jean pediu exatamente a mesma coisa que pediu quando saímos.

—Como você está?

—Como você acha? Hope, cometemos um genocídio. Não somos melhores que os que matamos, ou os vampiros nazistas que assassinaram a tia Hayley e você matou lá na Saint Anne's. Somos iguais a eles.

—Não. Não somos. Eles estavam te perseguindo só por você ser o que você é. Você tentou evitar o conflito, encontrar outra saída, mas... eles não te ouviram. Tivemos que apelar.

—Se vai ser mau, seja mau por um propósito se não, você não vale a pena ser perdoado.

—É isso ai mesmo. Relaxa, ele vai perdoar você. E se não perdoar, então ele não te merece. Deixou a vó dele viver, mesmo ela sendo uma vadia nazista elitista que queimou sei lá quantas pessoas vivas na fogueira.

—Ainda não consigo acreditar naquilo. Se não tivesse visto, não acreditaria.

—Foi horrível. Aquele homem com os olhos e a boca costuradas e aquela vara que fazia a fogueira acender. Eles não sentiam nada Jean! Já estavam mortos.

—Não é verdade. Eles só sentem uma coisa. Culpa. Era tanta, mas tanta culpa. Hope aquele lugar, eu sai de lá passando mal.

—É. Eu me lembro. Você vomitou em mim. Mas, vamos sair pra dançar. Tá? Vamos beber e dançar. Nada de Hollow dentro do corpo, vampiros ou Shadowhunters nazistas. Talvez você até perca sua virgindade hoje.

—Não.

—Bom, nós vamos nos arrumar, vou te deixar muito gostosa e vamos cair na gandaia!

—Ai, Hope...

—Você mesma disse que nossos... bom, seus pais e o meu pai e a minha madrasta querem um tempo a sós.

—E quanto ao Landon?

—Precisamos de uma noite de diversão. Noite das garotas.

—Então, vamos levar a Lizzie.

—Vamos levar a Lizzie. 

—E a Penélope.

—Vai dar barraco.

—Um brinde a isso.

—Vamos brindar com iogurte congelado?

—Porque não?

—Porque não?

Elas bateram os copinhos de plástico e riram.

—Só não vale me deixar vagaba ein?

—Vou deixar você gostosa tá? E aquele loiro aguado do neto da Juíza vai ver só. Ele que saia do caminho porque nós vamos passar!

Disse Hope jogando o cabelo para o outro lado.

Elas pagaram a conta e saíram da loja.

P.O.V. Hope.

Nós compramos vestidos novos e voltamos pra casa. Começamos a nos arrumar.

—Posso saber o porque de tudo isso?

—Você vai ter um tempo á sós com a tia Caroline. E tomei a liberdade de fazer feitiços silenciadores nos quartos. De nada.

—Hope!

—O que? Eu não nasci de chocadeira não e nem você.

O rosto da Jean ficou da cor do cabelo dela. E eu rachei de rir.

P.O.V. Magnus.

Saber que a Clave e o Ciclo foram dizimados, é chocante.

—Bom, eles são os Mikaelson, Alexander. É de se esperar que as filhas sejam encrenqueiras. Depois de tudo o que aconteceu, você precisa de um pouco de diversão.

—Diversão?

—Eu sei como é quando sei povo é chacinado sem piedade por um tirano doido. Sei como dói. Então, vamos sair para esquecer. Uns drinks na boate?

—Se eu não te conhecesse, diria que está feliz que todos os Shadowhunters estão mortos.

—Os membros do Ciclo sim. Se afogaram no próprio sangue. Desgraçados, assassinos de crianças. Olha, eu admito... fiz muita coisa durante este meu tempo na terra, mas eu tenho uma regra contra pessoas abusando de crianças então... eu matava membros do Ciclo por prazer. Os Membros da Clave podiam ser... entojados e metidos, mas pelo menos não feriam crianças.

—É acho que preciso de uma bebida.

P.O.V. Jace.

Decidi ir á Pandemônio. Um pouco de nostalgia não faria a menor diferença mesmo. Eu já tava no fundo do poço de qualquer maneira.

Imagine a minha cara quando aquela pessoa ruiva e a prima aparecem na boate. Ela passou por mim, acho que não me viu, mas pediu dois Martini e o cheiro do perfume de morango ficou no ar.

Vestido escarlate apertado pra cima do joelho, salto alto de esmalte vermelho. Parecia a encarnação do próprio Diabo.

A outra estava de vestido preto pra cima do joelho, salto alto de esmalte roxo. Vi mais outras três garotas.

Duas das quais presumi serem Penélope e Lizzie. Mas, quem seria a outra?

Elas estavam dançando, bebendo. Vi Alec e Magnus entrarem na boate.

—Elas tiveram a cara de pau de aparecer aqui? Depois do que fizeram? Você tem que expulsá-las Magnus.

—Não posso Alexander. A minha boate sempre teve política de receber a todos. Até membros do Ciclo uma vez. Contanto que elas não façam nada ilegal aqui dentro... podem ficar.

P.O.V. Jean.

Eu o vi no bar, mas achei melhor fazer que não.

—Eu vi o loiro no bar.

—Eu sei.

Enquanto estava dançando, esvaziei minha cabeça. Mas, a mente prega umas peças na gente. Porque a minha me levou de volta á aquele momento na loja de Iogurte. 

Então, fui buscar outra bebida. Sabia que ele havia vindo atrás de mim.

P.O.V. Alec.

Não acredito no que estou vendo com os meus olhos. O Jace foi correr atrás da lacraia assassina/ reencarnação da Clary?!

Nem sei o que aconteceu, mas ela desmaiou.

—Ah, isso não parece bom.

P.O.V. Jean.

Senti braços ao meu redor, sabia muito bem a quem aqueles braços pertenciam. A respiração do loiro no meu ouvido, o hálito de menta misturado com álcool e é claro o sempre tentador cheiro do sangue de anjo.

Então, dei um gole na minha bebida. Senti o líquido descer literalmente queimando a minha garganta. Era uma dose cavalar.

—Verbena.

Foi a única coisa que consegui dizer antes de apagar.

P.O.V. Jace.

Ela tá inconsciente. O que aconteceu?

—Jean? Jean?

A prima e as outras garotas vieram correndo.

—O que você fez com ela?!

—Eu não fiz nada. Ela simplesmente desmaiou.

—Vamos levar ela lá pra fora.

Eu a carreguei pra fora da boate.

—O que você fez com ela?!

—Nada! Ela desmaiou.

—O que é isso ai?

—É a bebida dela. Ela falou uma coisa antes de apagar, mas eu não entendi direito. Verdana?

—Verbena. Dá. 

A outra Mikaelson tomou o drink da minha mão e sentiu o cheiro.

—É. Com certeza, é verbena. Uma dose cavalar. Alguém fez isso de propósito.

—E como sabe que não foi ele?

—Ele nem sabe o que é verbena. Não foi ele.

—Ela vai morrer?

—Não. Bom, eu não sei. Jean assim como eu é a única da sua espécie. Nós tomamos verbena desde criança para desenvolver uma certa tolerância.

—Era pra ela ter acordado já. Certo?

—Não sei Josie.

Ela cheirou o copo de novo.

—Nem vem.

—O que?

—Não acho que isso era pra ela. Era pra mim.

—Como assim?

—Tem acônito aqui. E muito. 

—Fizeram um coquetel pra te matar?

—Basicamente. Se enganaram de Mikaelson e isso salvou a minha vida. Mas, ainda tem alguém tentando me matar. A natureza está tentando me matar desde antes de eu nascer!

Ela jogou o copo longe.

—Temos que levá-la daqui.

—Podemos levá-la a um hospital?

—Nada de hospital. Vamos pra casa.

 


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