Lucy Steinfeld P.O.V

Luly me mandou uma mensagem dizendo que estava rolando uma festa na casa do Adam. Qual era o motivo da festa e porque não fui convidada? Quando cheguei me deparei com uma mansão quase destruída, tinha copos espalhados pelo gramado, pessoas vomitando nos vasos decorativos da Sra. Hale. Céus, isso estava uma bagunça.

Quando eu entrei na casa, quase fiquei surda, o som estava muito alto, não duvidava que alguém à um km daqui ouvisse qual música estava tocando. Pessoas que nunca vi na vida estavam ali, poderiam ser os novatos, mas quem se importa mesmo??

Adam estava tirando suas roupas ao som da música em cima da mesa. As novatas estavam babando — talvez elas precisassem de um balde, ou talvez eu devesse acabar com aquele showzinho patético dele— E é claro que eu escolhi a segunda opção. Me enfiei no meio daquelas vadiazinhas e consegui chegar a tempo de gritar e mandar ele parar com aquilo.

— ADAM HALE. O que pensa que está fazendo? — Grito seu nome em plenos pulmões.

— Lucy, meu amor. — Diz tentando se equilibrar em cima da mesa. — Desculpe meninas, mas essa é minha namorada. Lucy essas são as meninas.

— Não quero saber quem são essas depravadas. Quero que você desça daí agora, Adam. — Digo furiosa e ele ri da minha cara na frente daquelas idiotas.

— Você não é minha mãe, querida Lucy. Não irei descer até acabar o que comecei. — Diz puxando o elástico da cueca.

As meninas gritavam desesperadamente e eu precisava pensar. O que deixaria Adam irado? Simples, pague na mesma moeda. Chamei alguns meninos e disse que faria um stripper, logo apareceu milhares.

Subi na mesa de centro, e o DJ que era meu amigo, colocou uma música lenta e sensual. Quer jogar Adam? Vamos jogar.

Comecei tirando meu casaco. Os meninos começaram a gritar, atraindo a atenção de todos em volta. — incluindo as vagabundas que estavam em cima do Adam — Depois tirei a camiseta rosa que estava usando, revelando meu sutiã branco de rendas.

— Vai Steinfeld, mostra o seu melhor. — Grita Nathan.

— O Adam vai ter um treco. Espera ele ver isso. — Resmunga Thalles para Marcel.

Me viro de costas e vou abrindo devagar o fecho lateral da minha saia xadrez e dou uma pequena rebolada, levando os meninos a insanidade. Afinal sou Lucy Steinfeld, sou maravilhosa.

Minha saia finalmente caiu sob meus pés, revelando minha calcinha branca rendada. Flashs e mais flashs surgem — confesso que fiquei meia cega com tanta luz em cima de mim. — Sinto alguém puxar meu braço, mas por conta da claridade, não consigo ver quem é.

— Está louca, Steinfeld? O que pensa que está fazendo? — Pergunta Adam furioso.

— Meninos, esse aqui é meu namorado. Adam, esses são os meninos.

— Sei quem são cada um. E se eles continuarem aqui nos próximos cinco segundos, eu arrebento a cara de todos.

Em questão de segundos, todos os meninos que estavam em minha volta sumiram.

— Vamos pro meu quarto agora conversar. — Ele disse enquanto me puxava pelo braço.

A festa continuou normalmente depois de todo aquele show. O andar de cima estava mais disputado do que nunca, qualquer quarto livre era uma bênção para quem queria ter uma rapidinha com um estranho.

Adam Hale P.O.V

Se queria me irritar, Lucy Steinfeld, você conseguiu.

Onde já se viu se despir na frente de TODOS os meninos da escola. Meu coração estava acelerado e minhas mãos pinicavam para acertar um murro na cara de qualquer palhaço que fizesse uma piada sobre esse assunto.

Lucy estava acabando de colocar suas roupas, enquanto eu lavava o rosto. Sim, eu estava bêbado, mas quando a vi fazendo aquela loucura, minha consciência voltou em segundos. Não é por nada, mas minha namorada tem um corpo maravilhoso.

— Você é tão maravilhosa. — Digo beijando seu pescoço e abraçando a sua cintura.

— Eu sou Lucy Steinfeld, tenho que ser maravilhosa. — Diz e eu sinto o seu sarcasmo exalando.

— Você poderia ser qualquer pessoa, eu ainda te acharia maravilhosa. Até porque eu te amo. — Digo a virando de frente.

— Eu também te amo, seu idiota. — Diz e me beija logo em seguida.

Eu amava beijar aqueles lábios macios e extremamente chamativos. Suas curvas eram maravilhosas e convidativas. E quando fazíamos amor, meu Santo Deus, ela me levava a loucura em questão de momentos. Eu simplesmente amo essa patricinha.

Alguém muito infeliz bateu na porta e eu estava preparado para bater em quem estivesse atrás daquela porta.

— Adam sou eu, a Allison. Sei que está com Lucy, mas começaram uma briga lá em baixo. Pare o que está fazendo antes de que quebrem a nossa casa.

Quem foi idiota o suficiente para arrumar briga na minha casa??

— Estou descendo, Allison.

Ouço passos se distanciasse da porta e respiro fundo.

— Vai resolver isso, Adam. Podemos continuar outro dia.

— Por esse e muitos outros motivos que eu te amo. Já volto.

Saio porta a fora, louco de raiva.

Scott Levine P.O.V

A situação fugiu do controle, uma briga surgiu na roda de jogos. Marcellus saiu no braço com um menino novato. Adam havia sumido e Thalles estava bêbado demais para fazer qualquer coisa. Me aproximei da multidão e vi que estava ficando cada vez pior.

— Marcel, PARE!! — Disse o tirando de cima do novato que mal sabia quem era. — Qual é o seu problema? Isso é uma festa.

— Não fui eu que comecei, ele não aceitou perder e começou a provocar.

— Ele é só um novato, não sabe das regras.

— Não me importo com as regras ridículas do Adam. Não vou apanhar de uma criança que mal saiu das fraldas.

— Vem esfriar essa cabeça. E enquanto ao resto de vocês, CIRCULANDO daqui. — Digo gritando a última frase.

Todos começaram a caminhar e eu fui pra cozinha com Marcel. Cheguei na cozinha e vi Allison com o novato/veterano/garoto de Londres. Ela sorria pra ele. Parecia estar gostando da conversa. Qual é, Scott. Você a perdeu, coloque isso na cabeça.

O jogo poderia até ter acabado, mas não iria poder perder a oportunidade de perturbar a pobre Allie.

— Opa! Desculpe casal, não vi vocês ai. Vem Marcel, temos que conversar. — Digo quando viro meu copo de cerveja em cima deles.

Allison parecia que ia me matar, mas eu não ligo.

— Tu não perde a chance de ser um cara irritante.

— Caro Marcel, a querida Allison brincou com fogo. Ela sabia das consequências.

— Que seja. Eu vou embora, a festa acabou pra mim.

Marcel saiu pela parte lateral da casa. Fiquei observando as pessoas que estavam no quintal próximo a piscina.

Josh Hawking P.O.V

Conversar com a Allison é incrível. Ela é uma menina extraordinária, além de linda é muito inteligente.

Senti seu corpo tremer quando o babaca do Scott jogou cerveja em nós. Eu sabia que eles escondiam algo, mas eu não sabia o que.

— Me desculpa pelo Scott, ele é um idiota.

— Não se preocupa, adoro um banho de cerveja. Pode me levar a um banheiro?

— No meu quarto tem um. Os daqui de baixo devem estar ocupados.

— Se eu te conhecesse bem, diria que isso é um tipo de flerte.

— Nunca espere isso de mim, nobre Josh.

— Não seria cortês da minha parte esperar tal ato de uma dama.

Ela sorriu com a minha resposta e pegou em minha mão. Me conduziu até seu quarto, mas antes esbarramos em seu irmão.

— Aonde pensa que vai novato? Ela é minha irmã. — Pergunta Adam.

— E-ela vai me levar ao banheiro. — Digo e ele rir.

— Não precisa gaguejar novato. Eu não bato em ninguém que não fez nada.

— Pare de nos importunar, Adam. Vem Josh, deixa ele pra lá.

O quarto era muito bonito e totalmente diferente do que esperava. Era azul turquesa, achava que era rosa pink. Os móveis todos brancos e moldados para ela.

Sentei na cama enquanto ela estava procurando algo no armário.

— Tem uma camisa antiga do Adam que eu uso. Se quiser usar enquanto eu lavo a sua, pode ficar a vontade. — Disse e me atirou a camisa. — Vou tomar um banho, não suporto cheiro de cerveja. — Disse e sumiu porta a dentro.

Ela não trancou a porta do banheiro. Será que ela quer que eu entre? Não Josh, você mal a conhece. Por favor, não comece com essa loucura.

Deitei na cama e fechei os olhos. A cama era tão boa que acabei pegando no sono. Acordei com alguém me chamando e quando abri os olhos vi o paraíso em minha frente.

— Não acredito que adormeceu, nobre Josh.

— Peço que me perdoe, senhorita Allison. Sua cama foi muito convidativa ao meu inconsciente.

— Lhe perdoarei desta vez. Pois sei que demorei no banho. Agora é a sua vez. Vou secar a sua camisa e passar algo em sua jaqueta.

— Tudo bem. Preciso de uma toalha limpa.

— Claro. Tem toalhas limpas no armário em baixo da pia. Precisa de algo mais?

— Quer tomar banho comigo?

— Engraçadinho. Vai logo.

(...)

Ficamos conversando cerca de uma hora. Allie era uma menina sonhadora e muito inteligente. Ela sonhava alto, e não me restava dúvida que conseguiria realizar tal sonho.

— Allison, eu tenho que ir embora, infelizmente. — Digo triste

— Tudo bem. Mas posso te pedir uma coisa?

— Claro que pode.

— Fica aqui até eu pegar no sono? Gosto de dormir abraçada com alguém.

— Seu irmão não vai me bater amanhã?

— Claro que não. Caso ele tente, eu o mato.

— Então, eu ficaria feliz em realizar o seu pedido.

Deitamos em sua cama confortável. Conversamos por breves segundos e logo ela adormeceu. Fiquei fazendo carinho em seus cabelos cor de fogo por mais alguns minutos. Minhas pálpebras ficaram cada vez mais pesadas e eu acabei me rendendo ao sono.