Viveme Sin Miedo escrita por Marília Ruffo Évora


Capítulo 6
Capítulo 06- Irei até o fim!


Notas iniciais do capítulo

O capítulo de hoje vou dedicar em especial à Luciana Alves que está fazendo aniversário hoje! Parabéns Luuuu! Tudo de melhor para sua vida. Awiwis ♥



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...
Carlos: O que farei com ele? É para o deixar entrar?
Vicente: Mas é claro que não! Não podemos deixar ele levar a Inês.
Victoriano: E por que não? Ele é o marido dela.
Rosa: Victoriano, eu conheço você e Inês a muito tempo, e sei que você não é uma pessoa tão indiferente assim, muito menos quando se trata da mulher que você amou.
Rosa havia tocado na ferida de Victoriano, ele a olhava com desaprovação pelo comentário.
"SAIA DEPRESSA INÊS"
Victoriano: Não quero tocar nessa assunto. Carlos, vá chamar Inês!
Rosa estava incrédula.
Rosa: Victoriano, eu sei que as coisas entre você e Inês não são as melhores, mas chegar ao ponto de entregar a coitada da mulher para o homem que a deixou naquele estado
e quase a matou? Você viu os hematomas, como pode pensar em entregar Inês?
Victoriano: Coitada? Só falta você me dizer que Inês é a vítima dessa história toda.
Rosa: Mas a culpada também não é. Por favor, escute esse pedido como o de uma mulher que te cuida como mãe.
Victoriano não conseguia ignorar quando Rosa o pedia dessa maneira.
Victoriano: Vamos fazer como você quiser, mas só dessa vez. Carlos, vá a casa de Rosa e avise Inês que Loreto está aqui e não é para ela sair.
Carlos: Sim senhor!
Carlos sai para o fundo da propriedade para avisar Inês.
Victoriano: Vou lá ver o que ele vai fazer.
Vicente: Eu vou também.
Rosa: E eu também.
Victoriano: Vamos todos se assim preferirem.
Victoriano, Vicente e Rosa seguem para o portão e lá encontram com Loreto acompanhado de Rubens. Victoriano abre o portão para conversar com Loreto, mas não deixa o mesmo
entrar.
Victoriano: Posso saber o motivo de tanto barulho na porta da minha casa?
Loreto: Desculpe interromper seu momento da beleza, mas estou procurando minha mulher.
Victoriano: E por qual motivo você veio procurar ela na minha casa?
Loreto: Porque tenho absoluta certeza de que ela está aqui.
Victoriano: Não seja estúpido! Não aceitaria ela na minha casa.
Loreto: Victoriano, não estou para brincadeira! Onde está Inês?
Victoriano: Já disse que ela não está aqui.
Loreto: Pois só acredito vendo.
Loreto avança querendo entrar pelo portão, mas é barrado por Victoriano e Vicente.
Victoriano: E com qual autoridade você pensa em entrar na minha casa? Aqui você não pisa. Vai embora! Fora daqui!
Loreto: Eu posso até ir embora, mas se minha mulher estiver aqui, mais cedo ou mais tarde eu vou ficar sabendo e não irá ser muito agradável para você.
Victoriano: Eu espero que isso não seja uma ameaça Loreto, porque não sou o Victoriano piedoso de antes e se precisar, não irei pensar duas vezes para...
Rosa: Já chega!
Rosa aperta a mão de Victoriano com medo dele fazer alguma besteira.
Loreto olha para Rosa com desdém e ri alto.
Loreto: Vejam só! Quem diria que o grande fazendeiro Victoriano Santos seria motivo de preocupação somente para uma criada... Sabe, a Inês costuma mesmo fazer umas
brincadeiras como essa de sumir... mas é até bom, porque eu realmente amo nossas reconciliações. É muito prazeroso reconciliar com sua amada na minha cama.
Victoriano da um soco no rosto de Loreto, que ia rervidar, mas é impedido por Vicente e Rubens.
Rosa: Já chega! Fora daqui e não volte mais.
Loreto cospe sangue no chão.
Loreto: Eu vou! Mas pode ter certeza que vai me pagar por essa, Victoriano.
Loreto e Rubens entram no carro e vão embora. Victoriano fica parado olhando para o nada e é interrompido por Rosa.
Rosa: Vamos, filho.
Victoriano: Não entendo, Rosa.
Rosa: Sobre o que está dizendo?
Victoriano: Eu sempre quis fazer as coisas certas, mas olha só para mim... não fiz nada do que sonhei, e agora vou entrar em um casamento sem sentimento.
Rosa: Você não tem que passar por isso. Filho, você vai se arrepender e eu não quero te ver sofrer. Você não ama a Débora e eu penso que ela também não te ama. Você
não precisa fazer isso. Agora Inês está de volta e quem sabe vocês dois...
Victoriano: Inês é casada e não existe nós dois. Isso é uma história velha e enterrada. Victoriano se vira e vai em direção a casa.
...
Na porta da casa, Victoriano vê Carlos.
Victoriano: Diga a Inês que Loreto já foi.
Carlos: Ela não está lá, senhor.
Victoriano: Como não está lá?
Carlos: Eu fui até a casa de Rosa como o senhor mandou para avisar que ela não saísse, mas quando cheguei lá a senhora Inês não estava.
Victoriano: Como não estava? E para onde ela foi?
Carlos: Não sei! Um dos peões viu ela indo para o lado da cachoeira.
Victoriano: E deixaram ela ir no estado em que ela está?
Victoriano nem esperou Carlos responder e saiu em disparada em direção à cachoeira.
...
"Cachoeira"
Victoriano chega na lado de baixo da cachoeira e procura por Inês. Quando ele olha para cima, ele vê ela bem na ponta da cachoeira e parecia estar prestes a saltar. Mais
do que depressa ele da a volta e chega ao topo e grita por Inês. Ela se vira e olha para ele assustada.
Inês: O que você está fazendo aqui? Que susto!
Victoriano: Inês, saia dessa beira, você pode escorregar.
Inês: Não seja exagerado. Só quero dar um mergulho.
Victoriano: Você vai mesmo vir com essa história de mergulho pra cima de mim? Cuidado! Você vai cair.
Inês: Vai me dizer que se importa?
Victoriano: Qual o motivo disso? Saia daí.
Inês começa ir andando lentamente para a ponta da rocha que ficava ao lado da cachoeira.
Inês: Estava aqui pensando... Você lembra quando a gente vinha aqui?
Inês olha para Victoriano, que abaixa a cabeça.
Inês: Você lembra?
Victoriano: Faz tanto tempo...
Inês: Mas eu lembro! Lembro quando a gente vinha aqui à tarde e ficavamos aqui deitados, nessa mesma rocha, e ficavamos olhando para o céu e conversando sobre o nosso futuro.
Sobre como seria nossa vida juntos, nosso casamento, nossos filhos... Me lembro também que eu não sabia nadar, e não sei até hoje, mas mesmo assim eu saltava daqui e
você pulava atrás para tirar da água e depois sempre me dava bronca por fazer isso... mas eu sabia que você sempre me salvaria e no fim nós sempre terminávamos aos beijos.
Inês da um sorriso por se lembrar desse momento feliz e de que ela tinha muita saudade. Ela continua caminhando para a beira.
Inês: Foi nessa cachoeira que nós juramos que poderia tudo acontecer e passar o tempo que for porque...
Inês não consegue terminar de falar pois começa a chorar. Ela olha para a beira da cachoeira que estava muito perto...
Victoriano: Nós sempre iríamos nos amar.
Inês é surpreendida por Victoriano que já estava bem atrás dela e a abraça por trás. Inês fecha os olhos e Victoriano cheira seus cabelos.
Victoriano: Nós sempre iríamos nos amar e diante dos problemas nos ajudaríamos a levantar.
Inês: Que você sempre estaria ao meu lado e nunca iríamos nos separar.
Victoriano: Nós juramos nos amar para sempre...
Inês se vira para ele.
Inês: E eu te amo, Victoriano. Te amo e sempre vou amar você.
Inês olha nos olhos de Victoriano e resolve voltar à casa de Rosa. Victoriano deita sobre a rocha e olha para o céu... Depois de passasr longos minutos ali,
ele se levanta já com uma idéia na mente.
...
Victoriano chega na fazenda e ao entrar na casa se depara com Débora a sua espera na sala. Ela vai até ele e o beija.
Débora: Que demora, meu amor! Estava com saudades.
Victoriano: Que bom te encontrar aqui, estava mesmo precisando falar contigo.
Débora: É sobre o nosso casamento?
Victoriano: Sim! Sobre o fato que não irá ter mais casamento.
Débora: O QUE? COMO NÃO IRÁ TER CASAMENTO?
Victoriano: Fala baixo. Venha até meu escritório.
Os dois se dirigem ao escritório. Ao entrarem, Victoriano tranca a porta.
Débora: Me explica agora essa história.
Victoriano: Sente-se, Débora... Irei te contar uma história de uma época da minha vida que está voltando. Vou te contar uma história sobre mim e Inês Huerta.
Victoriano conta toda sua história com Inês para Débora.
Débora: Então é isso? Você vai me deixar com esperança de ficar de novo com a mulher que você amou? Ou você ainda a ama?
Victoriano não responde...
Victoriano: Agora vem a segunda parte da história. Hoje, depois de pensar um bom tempo sobre a vida, tive uma idéia e para isso vou precisar de você.
Débora: Pois pode contar comigo para tudo, meu amor!
Victoriano: Débora, eu estou sendo sincero ao contar minha história para você, então por favor tire sua máscara. Eu sei que você não me ama e você também sabe que não
te amo. Sei também que o seu maior interesse nesse relacionamento é dinheiro, e quanto a isso não se preocupe pois não irá faltar.
Débora: O que quer dizer?
Victoriano explica todo o seu plano para Débora.
Débora: Então esse é o plano... Se for isso realmente, você pode me incluir.
Victoriano: ótimo! Você será de grande aproveito para o plano se concretizar.
Débora: Mas você está mesmo disposto a ir até o fim?
Victoriano olha para baixo e responde como se tentasse convencer a si mesmo.
Victoriano: Sim. Irei até o fim.
Débora: Então quando começamos?
Victoriano: Hoje mesmo. É só fazer como eu te falei.
Débora: Por mim tudo bem! Essa Inês não perde por esperar.
Débora se retira do escritório e deixa Victoriano perdido em seus pensamentos. Depois de algum tempo, ele finalmente se levanta com a intenção de ir à casa de Rosa.
Victoriano: Chegou a hora de Inês pagar por tudo o que me fez! Eu só espero que não me arrependa, pois agora irei até o fim.


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Notas finais do capítulo

Qual será o plano de Victoriano?



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